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Antibióticos: Tipos, Mecanismos de Ação e Riscos, Resumos de Farmacologia

Este documento discute sobre diferentes tipos de antibióticos, suas propriedades, mecanismos de ação e riscos associados. Apresenta informações sobre substâncias sintéticas e naturais, como polimixina, penicilina e cravo da índia, e sua importância na produção de antimicrobianos. Além disso, discute sobre infecções bacterianas, espectro de ação de antibióticos, farmacocinética e posologia.

O que você vai aprender

  • Quais são as principais infecções bacterianas e quais antibióticos são usados para tratá-las?
  • Quais são os principais riscos associados à antibioticoterapia?
  • Quais são os principais mecanismos de ação de antibióticos?
  • Qual é a diferença entre substâncias sintéticas e naturais em relação a produção de antimicrobianos?

Tipologia: Resumos

2020

Compartilhado em 02/10/2022

resendearielly
resendearielly 🇧🇷

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Antibióticos
São substâncias que em sua maioria são produzidas por organismo vivos (Ex: Fungos, bactérias)
que inibem o crescimento (proliferação bacteriana) ou destroem outros microrganismos.
Em sentindo mais amplo devemos incluir as substâncias sintéticas (hoje tem a biotecnologia a
favor da produção de antimicrobianos, então, a recombinação gênica é um excelente aliado e
uma forma de produzir esse tipo de substância sem degradar tanto o meio ambiente) ou
semissintéticas com a mesma ação (que foram produzidos em maioria, hoje se tem sintéticas em
larga escala, mas as semissintéticas ainda se encontram no mercado).
Quando se fala em uma substância microbiana totalmente sintética deixa de levar o nome
de antibiótico e passa a se chamar de quimioterápico. Toda substância que é produzida
quimicamente (como para tratamento de câncer) de forma puramente sintética vai levar o
nome de quimioterápico. Isso quer dizer que por exemplo: antifúngico, anti-hipertensivo,
antidiabético, entre outros medicamentos que são produzidos de forma puramente
sintéticas vão ser chamados de quimioterápicos.
Porque no caso de uma cefalosporina por exemplo chama antibiótico e não quimioterápico? Por
questão de cultura e de ética. O conselho nacional de medicina junto com outros órgãos de
quimioterápicos e de oncologia por exemplo, preferiram colocar essa denominação
quimioterápicos apenas para aquele tipo de tratamento oncológico. Isso porque o termo
quimioterápico está muito relacionado a tratamento cancerígeno.
Como falado a maioria dos antibióticos hoje são extraídos de organismos vivos como é o caso da
Polimixina que foi extraído da B. polymyxa, os penicillium que são altamente usados como é o
caso dos P. notatum ou P chrysogenum, onde originaram as Penicilinas. Daí temos inúmeros tipo
de microrganismo tanto bactérias com fungos que serviram de conhecimento em maioria de
forma empírica onde não se pretendia ter a descoberta daquela substância, mas que acabou
sendo notado que seria uma alternativa para extração dessas substâncias e poderiam ser
utilizadas oara tratamentos antibacterianos.
Animais
Também se tem estudos a partir de animais, é o caso do gênero Phyliomedusa (P.
hypochodriales e P. oreades).
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Antibióticos São substâncias que em sua maioria são produzidas por organismo vivos (Ex: Fungos, bactérias) que inibem o crescimento (proliferação bacteriana) ou destroem outros microrganismos. Em sentindo mais amplo devemos incluir as substâncias sintéticas (hoje tem a biotecnologia a favor da produção de antimicrobianos, então, a recombinação gênica é um excelente aliado e uma forma de produzir esse tipo de substância sem degradar tanto o meio ambiente) ou semissintéticas com a mesma ação (que foram produzidos em maioria, hoje se tem sintéticas em larga escala, mas as semissintéticas ainda se encontram no mercado). Quando se fala em uma substância microbiana totalmente sintética deixa de levar o nome de antibiótico e passa a se chamar de quimioterápico. Toda substância que é produzida quimicamente (como para tratamento de câncer) de forma puramente sintética vai levar o nome de quimioterápico. Isso quer dizer que por exemplo: antifúngico, anti-hipertensivo, antidiabético, entre outros medicamentos que são produzidos de forma puramente sintéticas vão ser chamados de quimioterápicos. Porque no caso de uma cefalosporina por exemplo chama antibiótico e não quimioterápico? Por questão de cultura e de ética. O conselho nacional de medicina junto com outros órgãos de quimioterápicos e de oncologia por exemplo, preferiram colocar essa denominação quimioterápicos apenas para aquele tipo de tratamento oncológico. Isso porque o termo quimioterápico está muito relacionado a tratamento cancerígeno. Como falado a maioria dos antibióticos hoje são extraídos de organismos vivos como é o caso da Polimixina que foi extraído da B. polymyxa, os penicillium que são altamente usados como é o caso dos P. notatum ou P chrysogenum, onde originaram as Penicilinas. Daí temos inúmeros tipo de microrganismo tanto bactérias com fungos que serviram de conhecimento em maioria de forma empírica onde não se pretendia ter a descoberta daquela substância, mas que acabou sendo notado que seria uma alternativa para extração dessas substâncias e poderiam ser utilizadas oara tratamentos antibacterianos. Animais Também se tem estudos a partir de animais, é o caso do gênero Phyliomedusa ( P. hypochodriales e P. oreades ).

Onde conseguiram extrair uma substância chamada Filosseptina (2005). (Extraíram os Peptídeos de Ps1-Ps6). Ainda hoje está em fase de estudo, não tem um estudo conclusivo, mas os estudos in vitro mostraram poderia ser uma ótima alternativa antibacteriana para bactérias em específico. Plantas Como também se tem propriedades antibacterianas naturais, a partir de plantas, como também a partir de substâncias que foram originadas por alguns tipos de insetos. É o caso por exemplo do cravo da índia que tem uma excelente atividade antibacteriana, atividade repelente inseticida. Como também o pólen, além do pólen o mel que é sintetizado pelas abelhas apresenta uma excelente atividade antibacteriana. Parâmetros farmacológicos Relacionados aos parâmetros farmacológicos os antibacterianos são classificados de duas formas. Com atividade bacteriostática e atividade bactericida. O termo “cida” significa morte, ou seja, bactericida que dizer que mata as bactérias. É uma substância que quando em contato com grupo populacional bacteriano consegue matar, destrói os microrganismos. Exemplos: aminoglicosídeos, quinolonas, penicilinas e cefalosporinas. Alguns antibióticos tendem a apresentar um quadro de diarreia. A diarreia é a eliminação de todo o composto que se ingere junto a uma grande quantidade de água, por questão de osmose. As bactérias comensais que ficam na região intestinal que são importantes para o processo digestório, durante a administração dos antibióticos também vão ser eliminadas, o intestino fica desprotegido perde a proteção natural. Então, tudo que se come e ao chegar na região intestinal deveria absolvido pelas bactérias não são, em decorrência disso serão eliminadas. Por isso que é muito comum os quadros de diarreia. Os bacteriostáticos também promovem isso, porém, de forma mais tardia. Os bactericidas são mais potenciais para esse tipo de ação. O termo “estática” significa parar, então, a atividade bacteriostática controla o crescimento bacteriano ao inibir sua multiplicação. A eliminação do microrganismo depende da imunidade do paciente. Exemplos: sulfonamidas, cloranfenicol, tetraciclinas e nitrofurantoína. Nem todo paciente pode utilizar antibióticos bactericidas. Bactericida é um tipo de antibiótico que rompe a parede celular das bactérias. Ao romper essas bactérias as substâncias internas migram para a região tecidual e acabam sendo tóxicas para o organismo do indivíduo, por exemplo uma pessoa imunossuprimida que já está com a imunidade debilitada, a partir do momento em que essas substâncias tóxicas atingem a região tecidual deveria ter o sistema imune ativo para combater, então se o indivíduo é imunodeprimido ele não vai ter condições imunológicas para tentar combater essas substâncias tóxicas e essa toxicidade vai aumentando a ponto de trazer malefícios para o organismo do indivíduo, por isso que os bactericidas não devem ser utilizados por todo tipo de paciente. (Por exemplo as bactérias gram-negativas apresentam a parede de mureina e na membrana externa um conjunto de substâncias químicas que formam LPS (Lipopolissacarídeos) que apresentam endotoxinas que são liberadas no organismo quando o antibiótico quebra a parede celular da bactéria).

Parâmetros farmacodinâmicos Espectro de ação dos antibióticos Espectro é a atividade antibacteriana que os antibióticos promovem. Quanto maior for o grupo de bactérias e microrganismos que esses antibióticos conseguirem atingir maior será o espectro de ação. Quanto menor for essa atividade menor será o espectro de ação. Esse espectro é quantidade/longitude de ação do antibacteriano.  Pequeno espectro : atuam em um tipo ou um grupo limitado de microrganismo. Exemplo: Isoniazida é ativa somente contra microbactérias (é usado por exemplo para tratamento da turbeculose, age para Mycobacterium tuberculosis ). Tem um espectro de ação curto/pequeno.  Espectro ampliado: Eficazes contra gram-positivas e contra um significativo número de bactérias gram-negativas. Exemplo: Ampicilina (age contra gram-positivas e algumas gram-negativas). Acaba ampliando o espectro de ação.  Amplo espectro: Afetam ampla variedade de espécies microbianas. Exemplo: Clonafenicol, tetraciclina, metronidazol (atinge desde bactérias até protozoários, que pode ser usado para tratamento de ameba, giárdia. São fármacos de primeira escolha inclusive, pois além de bactérias consegue atingir outras espécies de microrganismos). São tipos de antibióticos que tem uma amplitude maior. Esse quadro mostra de forma bem clara a relação do espectro de ação. É possível observar que as penicilinas atingem bactérias gram-negativas, gram-positivas e clamídia, é perceptível que o espectro é ampliado. A Tetraciclina abrange gram-negativa, gram-positiva, clamídia, Rickettsia, atinge um grupo populacional ainda maior. Isoniazida (microbactéria) e Polimixina (gram-negativa) são restritos, se enquadram em pequeno espectro de ação. Em azul é possível observar uma faixa para vírus e mostra que nenhum antibiótico tem propriedade capacidade viricida, para combater vírus.

Parâmetros farmacocinéticosCONCENTRAÇÃO INIBITÓRIA MÍNIMA (MIC) (Também poderia ser chamada de concentração bacteriostática mínima ). Menor concentração da droga capaz de inibir o crescimento de um microrganismo, ou seja, é a menor quantidade que precisa tomar daquele antibiótico para que seja efetivo para que as bactérias não consigam mais se proliferar.  CONCENTRAÇÃO BACTERICIDA MÍNIMA (MBC) Menor concentração da droga capaz de matar o microrganismo. É a menor concentração do antimicrobiano capaz de matar as bactérias. Aspectos importantes da antibioticoterapia Existem alguns aspectos que devem ser levados em consideração para a escolha do antibiótico em relação a infecção bacteriana.  Mecanismo de ação (os antibióticos são classificados de acordo como o mecanismo). Hoje é muito comum o indivíduo está com infecção bacteriana e o médico prescreve um antibiótico de amplo espectro, que vai resultar em maiores efeitos colaterais no paciente. O ideal seria fazer antibiograma que é o exame específico para a avaliação dos tipos de bactérias presentes na infecção e quais antibióticos a bactéria já seria resistente e ainda sensíveis para a partir disso fazer a terapia. Supondo que o indivíduo esteja em quadro de emergência, uma urgência de infecção renal, o indivíduo não vai esperar uma semana para sair resultado do exame para fazer o tratamento, então, o médico prescreve o antibiótico onde se tem antibióticos de primeira escolha para determinados tipos de infecções e quando sai o resultado do antibiograma aí deve-se fazer a avaliação. A partir dessa avaliação pode trocar o antibiótico, permanecer ou aumentar a concentração.  Espectro de atuação (quando mais específico for a terapia melhor para o tratamento).  Farmacocinética (interações e efeitos adversos)  Posologia (não deveria ser generalizada e sim personificada)  Principais indicações clínicas (tem que ser avaliado que determinado antibiótico serve para determinada infecção). Princípios da antibioticoterapia Por questão presuntiva, por questões convencionais as penicilinas e macrolídeos são de primeira escolha, amoxicilina. Por isso que é tão comum o médico prescreve esse tipo de antibiótico. Tem uma dúvida muito grande em ralação a infecção e inflamação. Inflamação não se trata com antibiótico, pelo fato de pessoas tratarem a inflamação na garganta com amoxicilina por exemplo, hoje a amoxicilina já não faz efeito em muitos dos indivíduos, pois as bactérias já criaram resistência. Aí parte para azitromicina que comparado com amoxicilina é mais potente, mas tem mais efeitos colaterais. Na inflamação vai ter os seguintes sinais:  Rubor  Calor  Dor

Até o ano de 2010 eram descobertos de dois a três antibióticos ao ano. Depois de 2010 a cada 2 ou 3 anos é que surge um novo antibiótico. Estimasse que daqui a 10 anos vai surgir um antibióticos novo a cada dez anos. A primeira classe de antibióticos que foi descoberta foram as sulfonamidas. A primeira classe que foi descoberta e utilizada ocorreu em 1940 com as penicilinas compondo a classe dos beta lactâmicos, posteriormente a penicilina (que hoje é utilizada como medicamento de primeira escolha para sífilis) vieram os outros antibióticos. De mais ou menos 1964 até 2000 foi quando aconteceu a inovação gap ápice da antibioticoterapia, foi quando se descobriu maior número de antibióticos na história. A partir do ano 2000 começou a diminuir, nessa época foram descobertas as Oxazolidononas (Linezolida), posteriormente os lipopetídeos (daptomicina) e Mutilina. MECANISMO DE AÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS  Os fármacos que inibem a síntese proteica são a maior classe, pois tem o maior número de antibióticos.  Os que inibem a síntese no material genético  Os que inibem a síntese da parede celular

 Aqueles que destroem a membrana celular  Os que bloqueio das vias e inibição do metabolismo do ácido fólico.

1. Agentes que inibem a síntese da parede celular (bactericidas) A destruição parte do princípio de quebrar/romper a parede celular das bactérias. BETA-LACTÂMICOS  Apresentam quatro classes dentro dessa classificação de beta-lactâmicos.  Todos têm em comum uma amisa cíclica, chamado de anel beta-lactâmico

Penicilina V Semi sintéticas (penicilina + radicais) Isoxazolilpenicilinas (Flucloxacilina) Aminopenicilinas (Amoxicilina e ampicilina) as mais conhecidas. Ureidopenicilinas (Piperacilina) Carboxipenicilinas (Ticarcilina) Penicilina G cristalina ou Benzilpenicilina (benzentacil) Meia-vida curta, acaba dificultando seu uso em determinados tipos de terapia. Apresenta uma baixa absorção no meio gastrointestinal, 85% inativa meio ácido = indisponibilidade vo. Por isso que penicilina G não ingerida via oral, é administrada via intramuscular, diferentemente da penicilina V que pode ser administrada via oral. Elevada concentração em tecidos (exceto SNC, por isso que as penicilinas não são fármacos prescritos para quadros de meningite que uma infecção da região de meninges do SNC). 70% excreção renal ainda de forma ativa (um paciente que é doente renal crônico, que tem uma disfunção renal, não consegue ter a taxa de filtração glomerular normal, esse indivíduo vai sofrer toxicidade. Por isso que se tem que ter muito cuidado na administração de penicilina para esse tipo de indivíduo). 90% são secretadas na região tubular. 10% consegue ser filtrado na região glomerular. Benzilpenicilinaformas: Cristalina : eliminação rápida Procaína e benzatina : Muitos acham que a procaína e a benzatina são associadas a penicilina para a diminuição da dor, mas esse não é o propósito, embora tenham uma ação anestésica local o propósito é aumentar o peso molecular. Pois, quando se aumenta o peso molecular e a lipofilia da penicilina vai aumentar o efeito depósito , favorecendo para que esse antibiótico permaneça mais tempo na região intramuscular para que ele seja liberado aos poucos, isso faz com que o tempo de meia vida seja maior. A Benzilpenicilina tem um tempo de meia vida curto, acaba dificultando muito os tratamentos. Contudo, quando a Benzilpenicilina é associada a procaína ou benzatina, assim o efeito depósito aumenta e o tempo de meia vida também. Indicações mais comuns Infecções por estreptocócicas Amigdalites Erisipela Infecções puerperais (pós parto) Endocardites (subagudas) Infecções dentárias Actinomicoses (que são tipos de infecções geradas por fungos e que porta de entrada para infecção bacteriana). Leptospirose Sífilis (tratamento de sífilis onde hoje as penicilinas ainda são fármacos de primeira escolha) Principais efeitos indesejáveis: Reações de hipersensibilidade (alérgicas)  Erupções cutâneas  Febre

 Choque anafilático agudo Distúrbios gastrointestinais (penicilinas de amplo espectro) Dica: geralmente os nomes das penicilinas possui a terminação CILINA