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Farmacocinética e Farmacodinâmica, Notas de estudo de Farmacologia

Resumo que contempla o basico da farmacologia, farmaco cinética e dinâmica entendendo a entrada do medicamento e como ele é transportado

Tipologia: Notas de estudo

2024

À venda por 08/02/2025

julia-ferreira-92
julia-ferreira-92 🇧🇷

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Farmacologia
É a ciência que estuda as interações entre os
compostos químicos com o organismo vivo ou
sistema biológico, podendo causar um efeito bom
ou ruim.
Farmacodinâmica: mecanismo de ação; o que o
fármaco faz com o organismo.
Farmacocinética: destino do fármaco; o que o
organismo faz com o fármaco.
Farmacologia pré-clínica; eficácia e RAM do
fármaco nos animais (mamíferos).
Farmacologia clínica: eficácia e RAM do fármaco
em homem.
Por que estudar?
- Para compreender o mecanismo pelo qual uma
substância química afetará o funcionamento do
organismo;
- Escolher o fármaco mais adequado para certas
características fisiológicas;
- Garantir que o fármaco atinja a concentração
adequada;
- Para ter sucesso terapêutico no tratamento de
doenças.
Conceitos básicos:
Droga: toda substância natural ou sintética,
capaz de produzir em doses variáveis os
fenômenos de dependência psicológica ou
orgânica, sendo considerado como um problema
de saúde.
Remédio: todo e qualquer tipo de cuidado para
curar ou aliviar doenças, sintomas, desconforto e
mal-estar.
Medicamento: “produto farmacêutico,
tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade
profilática, curativa, paliativa ou para fins de
diagnóstico” (Lei nº 5.991, de 17/12/1973). É uma
forma farmacêutica terminada que contém o
fármaco, geralmente em associação com
adjuvantes farmacotécnicos.
- De referência: medicamento inovador registrado
no órgão federal responsável pela vigilância
sanitária e comercializado no país, comprovada
segurança e eficácia cientificamente.
- Genérico: similar a um produto de referência ou
inovador, geralmente produzido após a expiração
ou renúncia da proteção patentária ou de outros
direitos de exclusividade.
- Similar: contém o mesmo princípio ativo,
apresenta a mesma concentração, forma
farmacêutica, via de administração, posologia e
indicação terapêutica. Deferem em
características relativas ao tamanho e forma do
produto, prazo de validade, embalagem,
rotulagem, excipientes e veículos, identificado por
nome comercial ou marca;
Fármaco: é a substância química que é o
princípio ativo do medicamento. Uma substância
química de estrutura conhecida, que não seja um
nutriente ou um ingrediente essencial da dieta,
que quando administrada a um organismo vivo,
produz um efeito biológico.
Formas farmacêuticas:
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Farmacologia

É a ciência que estuda as interações entre os compostos químicos com o organismo vivo ou sistema biológico, podendo causar um efeito bom ou ruim. Farmacodinâmica: mecanismo de ação; o que o fármaco faz com o organismo. Farmacocinética: destino do fármaco; o que o organismo faz com o fármaco. Farmacologia pré-clínica; eficácia e RAM do fármaco nos animais (mamíferos). Farmacologia clínica: eficácia e RAM do fármaco em homem. Por que estudar?

  • Para compreender o mecanismo pelo qual uma substância química afetará o funcionamento do organismo;
  • Escolher o fármaco mais adequado para certas características fisiológicas;
  • Garantir que o fármaco atinja a concentração adequada;
  • Para ter sucesso terapêutico no tratamento de doenças. Conceitos básicos: Droga : toda substância natural ou sintética, capaz de produzir em doses variáveis os fenômenos de dependência psicológica ou orgânica, sendo considerado como um problema de saúde. Remédio: todo e qualquer tipo de cuidado para curar ou aliviar doenças, sintomas, desconforto e mal-estar. Medicamento: “produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico” (Lei nº 5.991, de 17/12/1973). É uma forma farmacêutica terminada que contém o fármaco, geralmente em associação com adjuvantes farmacotécnicos.
    • De referência: medicamento inovador registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no país, comprovada segurança e eficácia cientificamente.
    • Genérico: similar a um produto de referência ou inovador, geralmente produzido após a expiração ou renúncia da proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade.
    • Similar: contém o mesmo princípio ativo, apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica. Deferem em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículos, identificado por nome comercial ou marca; Fármaco: é a substância química que é o princípio ativo do medicamento. Uma substância química de estrutura conhecida, que não seja um nutriente ou um ingrediente essencial da dieta, que quando administrada a um organismo vivo, produz um efeito biológico. Formas farmacêuticas:

Efeitos:

  • Benéfico;
  • Colateral: efeito diferente do principal, podendo ser benéfico, indiferente e não necessariamente indesejado;
  • Adverso: toda reação prejudicial ou indesejável, não intencional, que se apresenta após a administração de um medicamento. Pode apresentar variabilidade individual derivada da fisiologia, patologia e genética. Desenvolvimento de um novo fármaco:

Farmacocinética

ADME (absorção distribuição, metabolismo e excreção); Absorção: passagem do fármaco do seu local de administração para a circulação sanguínea.

  • Importante para a maioria das vidas de administração, exceto a intravenosa e alguns casos da inalatória que não ocorre absorção intestinal já que segue para o sangue ou pulmão direto.
  • Início da ação do fármaco: largamente determinado pela taxa de absorção (quanto maior a quantidade mais rápido age);
  • Intensidade da ação do fármaco: determinada pela extensão da absorção (vilosidades intestinais); Determinantes:
    1. Via de administração:
  • pH e grau de ionização: Para excreção de uma substância básica há necessidade de um pH ácido da urina, pois assim se prioriza sua forma ionizada, e para excreção de uma substância ácida há necessidade de um pH básico da urina. Distribuição:
  • Transferência reversível do fármaco de um local ao outro dentro do organismo;
  • Depende em grade parte da adequação sanguínea. A velocidade depende da taxa de perfusão (velocidade que os corpos são movidos); A taxa de distribuição demonstra o perfil de distribuição do fármaco no sangue e em diferentes tecidos. O volume de distribuição refere-se a proporção de fármaco que se divide entre o plasma e os demais compartimentos. Volume no qual o fármaco absorvido encontra-se dissolvido em concentração equivalente à do plasma.  Quanto menor a concentração do fármaco presente no plasma maior o volume de distribuição.  Quanto menor o volume de distribuição, menor deve ser a dose do fármaco, uma vez que ele se encontra em maiores quantidades no plasma. Fatores que afetam o Vd:
  • Grau de ligação aos receptores de alta afinidade;
  • Coeficiente de distribuição no tecido adiposo (quanto mais absorvido por esse tecido mais lento é o feito e mais demora para ele ser excretado);
  • Acúmulo em tecidos pouco irrigados (em caso de exercícios o corpo submete sangue para os músculos, enquanto os tecidos hepáticos por exemplo recebem menos sangue, e com isso o fármaco pode ficar acumulado nessas regiões);
  • Proteínas plasmáticas e teciduais (albumina por exemplo). Fármacos que se ligam a essas proteínas tendem a ficar retidos nos vasos e não atravessarem membranas uma vez que ficam de grande tamanho.
  • Em casos de alto nível dessas proteínas, deve- se levar ao aumento da dose, já que o fármaco fica preso nos vasos e não possui um efeito ativo no tecido necessário.
  • Em casos de desnutrição e diminuição dessas proteínas, as doses devem ser reajustadas e diminuídas já que o efeito será mais rápido, pois não ficarão retidas. Metabolismo/biotransformação Reações químicas, normalmente medidas por enzimas que converte o fármaco em um

composto diferente do originalmente administrado. Ocorre no fígado, dentro dos hepatócitos. Fases: 1- Formação de um derivado, no qual aumenta-se a hidrossolubilidade adicionando um grupo hidroxila. (Pode ser mediada por enzimas) 2- Formação de uma substância inativa altamente hidrossolúvel e que pode ser excretada e evitar que ocorra reabsorção. Fatores que afetam a biotransformação: Inibição ou indução enzimática: na qual um medicamento pode aumentar ou diminuir a atividade de determinadas enzimas.  Um medicamento pode competir com outra substância pela mesma enzima e quem “ganha” pode ser o de maior quantidade ou o que disputa melhor o espaço com o outro. Pode ocorrer interações medicamentosas, na qual um medicamento é indutor de uma determinada enzima enquanto o outro é inibidor da mesma, assim ocorrera efeitos adversos.  Atuam sob a mesma enzima, onde uma induz (Rifampicina) e faz com que os efeitos do substrato comum (Vafarina) diminua, já que aumenta a biotransformação.  Se a substância é indutora ela aumenta o metabolismo do fármaco, enquanto as inibidoras diminuem a metabolização. Doenças hepáticas podem alterar a função e alteração no fluxo sanguíneo.

A via farmacêutica pode aumentar ou diminuir a rapidez que se aumenta a concentração do fármaco no plasma. Medicamentos administrados por via intravenosa tendem a chegar a corrente sanguínea muito mais rápido e atingirem mais rapidamente seu efeito. Clearence: equivale ao volume de sangue depurado do fármaco por unidade de tempo. Ou seja, a capacidade do organismo eliminar um fármaco. Essa depuração é aditiva, ou seja, existe em várias partes do corpo, renal que é quase maioria, hepático e outros órgãos. Tempo de meia vida: equivale o tempo necessário para que a concentração plasmática do fármaco diminua pela metade. É uma característica de fármacos com eliminação cinética de primeira ordem. Regime de doses: é um plano para administração de um medicamento durante um período. A dose de ataque será aquela que aumentará consideravelmente a concentração do fármaco no sangue. Dose fixa vs dose repetida:

Farmacodinâmica

Refere-se aos efeitos do fármaco no organismo (informação fármaco-receptor)

  1. Canais iônicos: podem ser regulados ou não por receptores. Podem bloquear a permeação e não permitir que se inicie um potencial de ação, já que os canais de sódio estarão bloqueados. Podem aumentar ou diminuir a probabilidade de abertura desses canais, podendo diminuir e aumentar o disparo de potenciais de ação.
  2. Enzimas Os inibidores podem ser de natureza de competição irreversível, ou seja, aqueles que se ligam e não soltam, ou de competição reversível, na qual se ligam e podem se soltar. Os falsos substratos são aqueles que demonstram conformação semelhante ao verdadeiro ligante do receptor. Pró fármaco, aquele que entra no corpo em sua forma inativa e deve ser ativado para que ocorra efeito.
  3. Moléculas transportadoras Fármacos podem se ligar a essas moléculas e bloquear o transporte de substâncias.
  4. Receptores São estruturas proteicas que coordenam as funções em diferentes células do corpo, desencadeando diferentes efeitos celulares. Podem ter natureza rápida ou lenda e se localizam na membrana plasmática, citoplasma ou podem ser nucleares.  É aquele componente do organismo que interage com um fármaco e inicia a cadeia de eventos que leva aos efeitos observados desse fármaco. São responsáveis por determinar as relações quantitativas entre dose ou concentração de um

DAG E IP 3 também são responsáveis pela fosforilação de proteínas (adição de um grupo fosfato e que desempenha papel fundamental em diversos eventos celulares, além de ser um dos principais mecanismos de regulação das proteínas). Em resumo: c) Ligados a quinases

  • Via Ra/Raf/MAP quinase (divisão crescimento e diferenciação celular);
  • Via Jak/Stat ativada por citocinas- controla a síntese e liberação de mediadores inflamatórios;
    • São responsáveis por mediar fatores de crescimento, citocinas e insulina. Impacto das quinases no organismo: d) Receptores nucleares
    • Controlam a transcrição gênica;
    • Os principais ligantes são: hormônios esteroides e tiroidianos, vitamina D, ácido retinóico;
    • Os receptores são formados por proteínas intracelulares;
    • Os efeitos são produzidos em consequência da síntese alterada de proteínas. Interação fármaco receptor

Ligação fármaco-receptor:

  • O efeito produzido pelos fármacos seria diretamente proporcional a quantidade de complexo fármaco-receptor formado;
  • Essa interação é determinada pela afinidade do fármaco pelo receptor;
  • O efeito máximo ocorre em função apenas da quantidade de receptores ocupados. Tipos de ligações:
  • Reversivel: típico de drogas Pode correr interação de Van der Waals, que são forças de atração que atuam entre moléculas, átomos ou íons.
  • Irreversivel: se aplica a algumas drogas Caracterizada pelas ligações covalentes. Propriedade dos fármacos: Atividade intrínseca depende diretamente da afinidade, pois sem afinidade não há capacidade de produzir resposta. Relação entre concentração do fármaco e resposta: Curva dose- respostas graduais  A e B são capazes de chegar ao efeito máximo, no entanto, a potência (corresponde a concentração em que o fármaco produz 50% de sua resposta máxima) é menor em A do que em B, logo é necessário menor concentração do fármaco A para conseguir 50% de resposta, logo, ele é mais potente Curva de ligação do fármaco-receptor  Fármaco B possui um número maior de ligantes conectados ao receptor. Dessa forma obteremos o significado dos conceitos:
    • Potência: corresponde a concentração em que o fármaco produz 50% de sua resposta máxima, ou seja, quanto menor a concentração do fármaco para chegar aos 50% da Emax, mais potente ele é.
    • Eficácia máxima: corresponde a quantidade de fármaco necessária para alcançar 100% de resposta. Receptores de reserva: São receptores que se apresentam em quantidade além da necessária para gerar o efeito biológico máximo. A existência de receptores de reserva não implica qualquer subdivisão funcional do conteúdo de receptores,

Tipos: Antagonismo competitivo reversível

  • Na presença de um antagonista competitivo, a ocupação do agonista (proporção de receptores aos quais o agonista está ligado) em dada concentração desse agonista é reduzida, pois o receptor só é capaz de receber uma molécula de cada vez. No entanto, como os dois competem entre si, o aumento da concentração do agonista é capaz de restabelecer sua ocupação (e, portanto, a resposta do tecido). Antagonismo competitivo irreversível:
  • Ocorre quando o antagonista se liga ao receptor na mesma posição do agonista, mas se dissocia dos receptores muito lentamente, ou não se dissocia, o que resulta no fato de não ocorrer alteração na ocupação do antagonista quando o agonista é adicionado.  Pseudoirreversivel são aqueles que demoram a se soltar do receptor, mas se a concentração do agonista for aumentada, ele se soltara. Em resumo, um fármaco com um antagonista competitivo consegue alcançar seu efeito biológico total se for elevada sua concentração, enquanto o fármaco com antagonista não competitivo, não alterará o seu efeito biológico com aumento de concentração. Antagonista vs Agonista inverso
  • Os agonistas inversos podem ser considerados fármacos com eficácia negativa, o que os diferencia dos agonistas (eficácia positiva) e dos antagonistas neutros (eficácia zero). Antagonistas neutros, ao se ligarem ao ponto de ligação do agonista, vão antagonizar tanto agonistas como agonistas inversos. Visto isso, vemos que o aumento da concentração de antagonista irá reduzir a ativação dos receptores. Modulação alostérica

Além do local de ligação do agonista (antagonistas competitivos se ligam também), há outros locais de ligação que podem influenciar a função do receptor.

  • Podem aumentar ou diminuir a afinidade dos agonistas pelo local de ligação do agonista;
  • Fármacos alostéricos se ligam a um local do receptor diferente dos agonistas “tradicionais”. Estes podem modificar a atividade do receptor por: (i) alteração da afinidade do agonista; (ii) alteração da eficácia do agonista; (iii) desencadeando-os, diretamente, a resposta. Quando há uma modulação da afinidade negativa , ou seja, o fármaco alostérico irá diminuir a afinidade agonista-receptor, fazendo com que haja necessidade de aumento da concentração do agonista para que se alcance a resposta máxima. Quando há uma modulação positiva da afinidade , o fármaco alostérico faz com que a afinidade do agonista e receptor aumente, com isso há necessidade de menor quantidade de agonista para que se alcance a resposta máxima. Quando ocorre uma modulação negativa da eficácia , faz com que a resposta máxima seja reduzida e a concentração do agonista precise ser aumentada. Quando ocorre uma modulação positiva da eficácia , faz com que a resposta máxima seja aumentada e a concentração do agonista precise ser reduzida. Dessensibilização
    • Perda da eficácia terapêutica do medicamento, pode ser chamada de resistência.
    • Causada por alteração em receptores, perda de receptores, exaustão de receptores, aumento da degradação metabólica e adaptação fisiológica.