FACULDADE SÃO BENTO DA BAHIA
DISCIPLINA: SAGRADA ESCRITURA IV
PROFESSORA: IRMÃ ESCOLÁSTICA
ALUNO: AÉCIO ALVES DO AMARAL.
III- Característica do milagre, conforme a Bíblia
A Sagrada Escritura apresenta alguns significados de milagres, são estes: sinal,
força, coisa admirável. Como um sinal, temos como exemplo em Jo 3,2 “Rabi,
sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém
pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele.” O
Senhor sempre esteve muito presente no meio do povo, revelando-se com grande poder
e autoridade. Assim, “revelar a presença atuante de Deus: uma força que atua e que
provoca uma coisa admirável, chamando a atenção, e que, por isso mesmo, se torna
sinal de Deus” é a característica forte do milagre. A título de exemplo, podemos conferir
em vários trechos da Sagrada Escritura a manifestação de Deus aos povos com seus
sinais ou milagres, desde Moisés em Ex 4,3; 7.1 (a vara transformada em serpente) e
depois restaurada em Ex 4.4 até o apóstolo dos gentis em At 28,5 (mordida da serpente)
Deus age de modo extraordinário, diretamente ou indiretamente para que o povo
compreenda através do milagre uma força de sua presença atuante e operante na
humanidade.
A Sagrada Escritura ainda assim reconhece sendo um milagre, uma chuva, o sol
para iluminar o dia e a lua para iluminar a noite. Entretanto para a nossa concepção
moderna nisso não há milagre algum, é natural, é da natureza, diz a ciência. Nesse
embate da ciência versos fé, o milagre se torna algo questionável e questionado. Para a
ciência tudo pode ser explicado a posteiori, e ainda por mais que se explique e prove ela
não pode ter o direito e nem provar que a presença de Deus se fez ali. Para a Igreja e
conforme a Bíblia há critérios para distinguir o milagre verdadeiro do falso: “devem
estar dentro do conjunto do plano de Deus e devem estar de acordo com o resto da
revelação (Dt 13, 1-18).
IV – A historicidade dos milagres de Jesus
Ainda dentro da historicidade dos milagres de Jesus algumas pessoas viam Jesus
Cristo como um milagreiro qualquer, um homem que procurava o reconhecimento de
seus dons como era comum na época. Tais argumentos, não são convincentes porque o
milagre não é uma magia como se apresentava naqueles tempos. Os evangelhos atestam
