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FABLAB FINAL-TESTE - TC-online, Notas de aula de Máquinas

criador (PRAHALAD, 2000, apud MOTA, 2012, p. 13). ... Figura 39- Planta Baixa Primeiro Pavimento. ... Figura 41- Planta Baixa Terceiro Pavimento.

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

EmiliaCuca
EmiliaCuca 🇧🇷

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UNIVERSIDADE FEEVALE
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
EDUARDA VIACAVA KAPPEL
FAB LAB CREATIVE WORKING
Novo Hamburgo
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UNIVERSIDADE FEEVALE

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

EDUARDA VIACAVA KAPPEL

FAB LAB CREATIVE WORKING

Novo Hamburgo 2015

EDUARDA VIACAVA KAPPEL

FAB LAB CREATIVE WORKING

Pesquisa de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Feevale.

Professores: Alessandra Brito, Carlos Henrique Goldman, Geisa Tamara Bugs

Orientador: Eduardo Reuter Schneck

Novo Hamburgo 2015

Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância. Sócatres

SUMÁRIO

  • 1 INTRODUÇÃO ____________________________________________________
  • 1.1 JUSTIFICATIVA __________________________________________________
  • 1.2 QUESTÃO DE PESQUISA_________________________________________
  • 1.3 OBJETIVOS ____________________________________________________
  • 2 TEMA __________________________________________________________
  • 2.1 A NOVA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL ________________________________
  • 2.2 COWORKING __________________________________________________
  • 2.3 INDÚSTRIA CRIATIVA____________________________________________
  • 2.3.1 A influência da Classe Criativa __________________________________
  • 2.3.2 A Classe Criativa no Brasil e no Rio Grande do Sul _________________
  • 2.4 FAB LAB_______________________________________________________
  • 2.4.1 A Fab Charter e os espaços de um Fab Lab ________________________
  • 2.4.2 Atividades Propostas __________________________________________
  • 2.4.3 Modelos de Fab Lab ___________________________________________
  • 3 MÉTODO DE PESQUISA ___________________________________________
  • 3.1 ENTREVISTA ___________________________________________________
  • 3.2 ESTUDOS DE CASO _____________________________________________
  • 3.2.1 Fabrique Lab _________________________________________________
  • 3.2.2 Garagem Fab Lab _____________________________________________
  • 4 ÁREA DE INTERVENÇÃO __________________________________________
  • 4.1 MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE ___________________________________
  • 4.1.1 O Despertar do Quarto Distrito __________________________________
  • 4.2 ÁREA DE INTERVENÇÃO E JUSTIFICATIVA _________________________
  • 4.2.2 Análises e Levantamentos sobre o Lote ___________________________
  • 4.3 PLANO DIRETOR _______________________________________________
  • 5 PROJETO PRETENDIDO ___________________________________________
  • 5.1 PROJETOS REFERENCIAIS_______________________________________
  • 5.1.1 Projetos Referenciais Análogos _________________________________
  • 5.1.1.1 DTU Skylab _________________________________________________
  • 5.1.1.2 Casa FIRJAN ________________________________________________
  • 5.1.1.3 Garagem Fab Lab ____________________________________________
  • 5.1.1.4 Fabrique Lab ________________________________________________
  • 5.1.2 Projetos Referenciais Formais ___________________________________
  • 5.1.2.1 Centro Cultural de Sedan _______________________________________
  • 5.1.2.2 Centro de Documentação do Memorial Bergen ______________________
  • 5.2 PÚBLICO ALVO _________________________________________________
  • 5.3 TAMANHO E PORTE DO PROJETO ________________________________
  • 5.4 PROGRAMA DE NECESSIDADES __________________________________
  • 5.5 CONCEITUAÇÃO _______________________________________________
  • 5.6 ORGANOGRAMA E FLUXOGRAMA _________________________________
  • 5.7 INTENÇÕES DE PROJETO________________________________________
  • 5.8 MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS___________________________
  • 5.8.1 Estrutura em aço ______________________________________________
  • 5.8.1 Aço Corten ___________________________________________________
  • 5.9 NORMAS TÉCNICAS_____________________________________________
  • 5.9.1 NBR 9050/2004 - Acessibilidade a Edificações ______________________
  • 5.9.2 NBR 9077/2001 - Saída de Emergência em Edifícios _________________
  • 6 CONCLUSÃO ____________________________________________________
  • REFERÊNCIAS ____________________________________________________
  • APÊNDICES ______________________________________________________

1 INTRODUÇÃO

A presente Pesquisa do Trabalho Final de Graduação do curso de Arquitetura e Urbanismo, da Universidade Feevale, tem por finalidade reunir informações e analisar aspectos relevantes para fundamentar a concepção de um projeto arquitetônico destinado ao desenvolvimento de um Laboratório de Fabricação Digital (Fab Lab) na cidade de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. O Fab Lab, abreviação do termo inglês Fabrication Laboratory , traduzido por Laboratório de Fabricação, é um fenômeno com relação à fabricação digital e pessoal. Seu sucesso acontece como reflexo de uma sociedade que vem sofrendo grandes mudanças, influenciadas especialmente por sua classe criativa. Através da revisão bibliográfica, foi necessário perceber a previsão de um futuro revolucionário relacionado à fabricação pessoal para melhor compreender o conceito inovador dos Fab Labs. Investigou-se sua origem e sua importância econômica e social, relacionando este tema com as atividades de Coworking e da Indústria Criativa. Também, intencionou-se, em um estudo conjunto, assimilar a influência da classe criativa em nossa sociedade. A aplicação de pesquisas de campo e análises de projetos referenciais e análogos, auxiliam na busca pelas necessidades básicas e físicas responsáveis pela viabilidade do projeto arquitetônico. Apontada como a segunda cidade mais criativa do Brasil pela Fecomércio - SP, Porto Alegre foi escolhida como sede de implantação de tal projeto. Para sustentar esta proposta, o trabalho apresenta ainda as informações e análises pertinentes ao município e ao lote de intervenção e seu entorno, pré- dimensionamento de ambientes e programa de necessidades, legislação e normas técnicas, assim como materiais e técnicas construtivas. Todas as informações aqui citadas irão auxiliar na elaboração do projeto arquitetônico do Fab Lab Creative Working, na disciplina do Trabalho Final de Graduação, do curso de Arquitetura e Urbanismo.

1.1 JUSTIFICATIVA

A sociedade muda de acordo com suas necessidades. A nova sociedade globalizada está cada vez mais focada em redes de troca de conhecimento, nas

1.2 QUESTÃO DE PESQUISA

A questão de pesquisa que embasa este trabalho é: “Como criar um ambiente qualificado, abrangendo de maneira excelente os conceitos de um Fab Lab, do Coworking e da Indústria Criativa, disseminando e incentivando a criatividade e a fabricação digital na cidade de Porto Alegre?”

1.3 OBJETIVOS

A presente pesquisa tem por objetivo principal explorar e analisar o tema proposto, bem como buscar referências análogas e formais e demais informações pertinentes, viabilizando qualitativamente o embasamento do projeto arquitetônico do Fab Lab Creative Working, a ser elaborado na disciplina do Trabalho Final de Graduação. Entender os termos Fab Lab, Coworking e Indústria Criativa, de onde surgiram, quais são suas essências e conceitos, e que influências e importâncias podem ter. Analisar o reflexo desses temas economicamente, socialmente e culturalmente. Bem como analisar e aprofundar conhecimentos com relação ao município e região escolhida, tais como seu clima, geografia, economia e outros fatores determinantes na resolução do projeto. Além de buscar conhecer os limites e regulamentos propostos pelo plano do município, com relação ao lote eleito. Averiguar requisitos técnicos estabelecidos por normas técnicas que devam ser aplicadas ao projeto pretendido. Explorar referências tanto análogas quanto formais, estudos de caso e possíveis materiais construtivos, com intuito de propor o programa de necessidades e explanar as intenções de projeto.

2 TEMA

O tema abordado neste trabalho é a proposta de um Fab Lab, com a inserção dos pontos positivos e significativos da Indústria Criativa e do Coworking, resultando em um espaço totalmente novo e completo, atendendo a diversas possibilidades e atividades e favorecendo,de maneira eficaz,a cidade de Porto Alegre. Para melhor compreensão do tema,será apresentado neste Capítulo o prognóstico de uma Nova Revolução Industrial associada à fabricação digital,o embasamento teórico sobre o Fab Lab e sua rede mundial, o conceito de Coworking e a Indústria Criativa. Serão apontadas também a influência da classe criativa na economia, na comunidade e no cotidiano, bem como a importância de espaços que incentivem a ascensão da mesma.

2.1 A NOVA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

De acordo com Anderson (2012), o modelo industrial do século XX carregava inúmeros limites. Ninguém conseguia mudar o mundo com sua ideia, não havia como construir um produto em larga escala sem, antes de mais nada, conseguir incitar o interesse de um fabricante que pagaria pelo licenciamento da invenção passando a decidir, por conta, o que produzir. O caminho não se abria até sua porta. Não era necessário apenas inteligência para os grandes inventores e empreendedores da época, mas também sorte.No entanto, de acordo com Nunes (2014), esse desejo humano de materializar uma ideia ou necessidade, em algo físico, sempre existiu, e nunca fora possível de ser realizado antes. Anderson (2012) aponta então a significativa mudança trazida pela internet à nossa sociedade, que está relacionada com a democratização dos meios de invenção e de produção. Qualquer pessoa com um laptop pode impulsionar a origem de uma empresa capaz de mudar o mundo, ou comercializar uma ideia de serviço através de algumas linhas de software. Um simples clique, e o produto é lançado na rede, alcançando um mercado global. Entretanto, tal mudança ainda se apresenta limitada ao universo digital. São empresas, ideias e produtos existentes apenas no mundo dos bits. Nossa vida, porém, está voltada principalmente ao Mundo Real dos Lugares e Coisas, dos átomos constituídos pela casa em que moramos, a comida que comemos, o carro

publicaram novas ferramentas para trabalho cooperativo, incluindo apresentações remotas via internet (YANATA, 2011). Para Bernie, a definição de coworking se limitava à cooperação online. Porém, foi o sentido modificado por Brad Neuberg desse termo que veio a se espalhar globalmente (YANATA, 2011). Em 2005, Brad utilizou esse termo para designar um espaço físico, o qual ele chamou de Hat Factory (Fábrica de chapéus), onde as pessoas poderiam realizar suas atividades e compartilhar ideias e experiências com outros profissionais. O espaço era voltado principalmente para profissionais autônomos que não tinham outro local de trabalho a não ser a própria casa. O local criado por Brad servia como residência de três profissionais, e durante o dia era aberto para que outros profissionais de diversas áreas pudessem interagir com eles, utilizando o espaço para trabalhar (NEIVA e SANTOS, 2013). O conceito rapidamente se espalhou pelo mundo. No final de 2010, um site alemão especializado em coworking, chamado Deskmag.com, realizou uma pesquisa global com 661 profissionais de 24 países, que revelou que existiam mais de 3mil espaços espalhados pelo globo, 700 deles nos Estados Unidos e 70 no Brasil (YANATA, 2011). O mercado de coworking é jovem, emergente e vem crescendo constantemente. Dados estatísticos apontam que sua capacidade dobra a cada ano. Uma parte significativa dos coworkers trabalhava em escritórios tradicionais ou em sua própria residência. Porém, mais de 40% são jovens entre 19 e 25 anos, revelando que profissionais que procuram o coworking são aqueles que estão entrando no mercado de trabalho (NEIVA e SANTOS, 2013),o que ajuda o entendimento do seu sucesso, já que 72% dos entrevistados pela Deskmag apontaram o baixo custo dos espaços como algo importante. Além disso, a maioria dos coworkers diz gostar do trabalho independente, mas são menos produtivos quando estão sozinhos (YANATA, 2011). Em resposta aos questionamentos da Deskmag sobre o que seria mais importante em um espaço coworking, os cinco itens mais votados foram: horários flexíveis, interação com outros, troca de conhecimento, oportunidades e descobertas aleatórias e baixo custo (YANATA, 2011).

2.3 INDÚSTRIA CRIATIVA

As Indústrias Criativas não são necessariamente novas, mas passaram a ganhar maior destaque econômico e social a partir do surgimento da sociedade do conhecimento. A partir de 1990 iniciou-se a discussão com relação a importância de indústrias ou atividades econômicas que usam a criatividade como principal elemento de seu processo produtivo (LIMA, 2004). Foram mudanças econômicas e sociais em países industrializados que resultaram na alternância de foco das atividades industrializadas para atividades relacionadas ao conhecimento (BENDASSOLLI, WOOD JR., KIRSCHBAUM, CUNHA, 2009). Irrompeu inicialmente na Itália, mas foi na Inglaterra, em 1998 que o termo " Creative Industries " (Indústrias Criativas) foi estabelecido, formalmente, pela primeira vez. Para o governo inglês, fazem parte da classe criativa: publicidade, arquitetura, mercado de artes e antigüidades, artesanato, design, moda, filmagem, softwares interativos de lazer, música, artes performáticas, editoração, serviços de computação, rádio e televisão (SISTEMA FIRJAN, 2008). Inúmeros autores tentaram definir as indústrias criativas de diversas formas. Apesar de não existir uma única definição consensual, o relatório da UNCTAD^1 procurou propor uma definição: “os ciclos de criação, produção e distribuição de bens e serviços que usam criatividade e capital intelectual como insumos primários” (SISTEMA FIRJAN, 2008). Nota-se componentes principais dentro dessas indústrias: a criatividade como elemento central, a cultura vista na forma de objetos culturais e a capacidade de transformar tais significados em valor econômico (BENDASSOLLI et al., 2009). É possível perceber, dentro das Indústrias Criativas, uma convergência entre artes, negócios e tecnologias. Sua forma de produção foca na criatividade, além da valorização da arte pela arte, são pessoas criativas e artistas que vão dar origem à concepção e desenvolvimento dos produtos e resultando em mais uma de suas características essenciais, que vem a ser a variedade dos produtos gerados. Outra característica relevante é o uso intensivo de novas tecnologias, além da busca por equipes polivalentes, necessária em função da própria natureza das atividades que exigem diferentes especialidades e competências (BENDASSOLLI et al., 2009).

(^1) United Nations Conference on Trade and Development - Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento.

Da mesma forma, o Sistema Firjan (2012a) também ressalta a importância do desenvolvimento dos setores criativos no progresso urbano e regional, principalmente em função do seu estímulo à geração de empregos qualificados e possibilidade de desenvolvimento de produtos que agregam alto valor. Segundo Florida (2011), ficam bem claras tamanhas mudanças e a importância da criatividade ao analisarmos duas situações, comparando o cotidiano de 1900 com o da década de 1950 e contrastarmos esta última década com os dias atuais. Na primeira situação, as mudanças aparentam ser mais expressivas, com surgimento de novas tecnologias, ruas, carros, aviões, aparelhos elétricos, rádios, televisões, refrigeradores, entre outros. No entanto, com relação aos valores das suas respectivas sociedades e o modo de viver e trabalhar das pessoas comuns, as modificações não são tão significativas. As divisões de trabalho dentro das empresas, carga horária, maioria dos funcionários sendo homens brancos, vestidos de terno em escritórios, mulheres limitadas aos cargos de secretárias, divisões entre pessoas de raças diferentes, enfim, tudo muito semelhante à 1900. Já de 1950 para os dias de hoje, a individualidade e o estilo pessoal passaram a ser mais valorizados que a conformidade com princípios organizacionais. No trabalho, pessoas de etnias diferentes e mulheres ocupam altos cargos e usam calça jeans, alguns funcionários usam tatuagens e piercings. Na rua, grupos étnicos se misturam, casais inter-raciais e homossexuais caminham normalmente, e mulheres praticam exercícios em suas bicicletas utilizando apenas um top na parte superior. As mudanças da nossa era não são tão tecnológicas, como muitos acreditam, mas sociais e culturais. E para Florida (2011), todas essas mudanças fazem total sentido, já que vivemos em uma época em que os estilos de vida e as visões do mundo estão sofrendo as maiores transformações possíveis. Muito já foi discutido sobre o que teria causado tamanhas transformações. Inúmeras teorias surgiram, mas a maioria concorda que as mudanças nos foram impostas. Elas não acontecem de maneira caótica, mas coerente e racional. E a dificuldade de entender a lógica por trás de tudo acontece porque tais mudanças ainda estão em andamento. Porém, com algumas relações possíveis de se enxergar, um padrão, permite entender a força responsável por tudo: a ascensão da criatividade como ponto central na economia e na sociedade (FLORIDA, 2011).

Um estudo do Sistema Firjan (2008) mostrou que o núcleo da classe criativa empregava 638 mil trabalhadores no Brasil, 1,8% do total dos trabalhadores formais. Já um estudo mais atual, apontou que a cadeia criativa, incluindo todas atividades relacionadas, movimenta mais de 2 milhões de empresas brasileiras atualmente (SISTEMA FIRJAN, 2012b). Porém, tudo isso não significa que a criatividade passou a ser o ponto central em nossas vidas e a solução de todos os problemas. O atual sistema criativo está crescendo sim, porém, ainda se encontra distante de atingir a maturidade.Segue, portanto, evoluindo. Justamente por esse motivo, é importante entendermos as mudanças, a importância da criatividade e participarmos da ascensão da mesma (FLORIDA, 2011).

2.3.2 A Classe Criativa no Brasil e no Rio Grande do Sul

Segundo Florida (2011), no Brasil, a classe criativa compõe um pouco menos de 20% da força de trabalho total, somando cerca de 18 milhões de pessoas. Conforme já mencionado, movimenta mais de 2 milhões de empresas. Usando a massa salarial dessas empresas como base, estima-se que a classe criativa gere um Produto Interno Bruto (PIB) que gira em torno de R$ 110 bilhões ou 2,7% do total no país. Se todas as atividades relacionadas e de apoio forem consideradas, esse número pode chegar a R$ 737 bilhões, 18% do PIB brasileiro (SISTEMA FIRJAN, 2012b). Com esses números mencionados, o Brasil fica em uma boa colocação na economia mundial (Figura 1), superando países como Itália, França e Holanda. Sem dúvida, é preciso um forte desenvolvimento para conseguirmos alcançar o Reino Unido, França e Estados Unidos, no entanto, fica claro a relevância da posição do Brasil e que, de fato, se trata de um país criativo (SISTEMA FIRJAN, 2012b).

Milhares de jovens estão sendo instigados a optarem por carreiras relacionadas à área criativa, em função das oportunidades de emprego. Em 2006, dos 737 mil formandos no Brasil, em torno de 90 mil (12,2%) estavam inscritos em um dos 118 cursos da área (SISTEMA FIRJAN, 2008). Florida (2011), aponta criatividade como papel central no estímulo e revitalização da prosperidade e do crescimento. Ele relata que cidades que conseguem manter e atrair mais profissionais criativos possuem para enfrentar crises. No Rio Grande do Sul, 18 mil empresas trabalham utilizando as ideias como principal ferramenta de produção. Através desse contexto, supõe criativa gaúcha gire cerca de 1,9% do PIB no estado. Equival 5,2 bilhões por ano, esses números posicionam o Rio Grande do Sul como quinto maior estado na produção de bens e serviços criativos do país. Além disso, é o líder da região Sul em número de profissionais criativos, com 50mil, ficando at de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Em destaque estão a Moda e o Design,que juntos somam mais de 25% dos empregados do estado, e a Arquitetura e Engenharia, que são as profissões c 11.510 profissionais, como mostra a Figura

Figura

Ainda, de acordo com Martins (2015), a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio gaúcha, Porto Alegre, está no pódio das capitais mais criativas do país, perdendo

Milhares de jovens estão sendo instigados a optarem por carreiras área criativa, em função das oportunidades de emprego. Em 2006, dos 737 mil formandos no Brasil, em torno de 90 mil (12,2%) estavam inscritos em um dos 118 cursos da área (SISTEMA FIRJAN, 2008). Florida (2011), aponta criatividade como papel central no estímulo e revitalização da prosperidade e do crescimento. Ele relata que cidades que conseguem manter e atrair mais profissionais criativos possuem

No Rio Grande do Sul, 18 mil empresas trabalham utilizando as ideias como principal ferramenta de produção. Através desse contexto, supõe criativa gaúcha gire cerca de 1,9% do PIB no estado. Equivalente a um PIB de R$ 5,2 bilhões por ano, esses números posicionam o Rio Grande do Sul como quinto maior estado na produção de bens e serviços criativos do país. Além disso, é o líder da região Sul em número de profissionais criativos, com 50mil, ficando at de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Em destaque estão a Moda e o que juntos somam mais de 25% dos empregados do estado, e a Arquitetura que são as profissões com maior número de empregados, com como mostra a Figura 3 (SISTEMA FIRJAN, 2012

Figura 3- Profissões e número de empregados

Fonte: SISTEMA FIRJAN (2012a)

Ainda, de acordo com Martins (2015), a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP)af gaúcha, Porto Alegre, está no pódio das capitais mais criativas do país, perdendo

Milhares de jovens estão sendo instigados a optarem por carreiras área criativa, em função das oportunidades de emprego. Em 2006, dos 737 mil formandos no Brasil, em torno de 90 mil (12,2%) estavam inscritos em

Florida (2011), aponta criatividade como papel central no estímulo e revitalização da prosperidade e do crescimento. Ele relata que cidades que conseguem manter e atrair mais profissionais criativos possuem melhor capacidade

No Rio Grande do Sul, 18 mil empresas trabalham utilizando as ideias como principal ferramenta de produção. Através desse contexto, supõe-se que a classe ente a um PIB de R$ 5,2 bilhões por ano, esses números posicionam o Rio Grande do Sul como quinto maior estado na produção de bens e serviços criativos do país. Além disso, é o líder da região Sul em número de profissionais criativos, com 50mil, ficando atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Em destaque estão a Moda e o que juntos somam mais de 25% dos empregados do estado, e a Arquitetura om maior número de empregados, com (SISTEMA FIRJAN, 2012a).

Ainda, de acordo com Martins (2015), a Federação do Comércio de Bens, afirma que a capital gaúcha, Porto Alegre, está no pódio das capitais mais criativas do país, perdendo

apenas para São Paulo. A autora menciona que o reconhecimento é justificado através de projetos e iniciativas que vem crescendo na cidade, como por exemplo o projeto Tecendo Ideias, idealizado pela prefeitura, que busca estimular a economia criativa.

2.4 FAB LAB

Trata-se de um Laboratório de Fabricação Digital, uma plataforma de prototipagem rápida destinada aos empreendedores que querem passar mais rapidamente do conceito ao protótipo, aos designers, aos artistas, aos estudantes, e a qualquer pessoa que deseja experimentar e enriquecer seus conhecimentos práticos em eletrônica, sem a necessidade de ser especialista (EYCHENNES e NEVES, 2013). Os Fab Labs são vistos como espaços para a inovação através da disponibilização de ferramentas tecnológicas que possibilitam a chamada expressão Do It Yourself (Faça Você Mesmo). A fabricação pessoal, então, constitui a essência do conceito dos Fab Labs (MIKHAK, 2002, apud MOTA, 2012, p. 1). De acordo com Eychennes e Neves (2013), esse conceito do Fab Lab é recente. Em 2001, no Massachusetts Institute of Technology(MIT) , dentro do laboratório interdisciplinar chamado Center for Bits and Atoms(CBA) , centro de pesquisa que tem como principal foco a revolução digital e, em particular, a fabricação digital, surgiu o primeiro Fab Lab. Foi implantado sob a liderança do professor e diretor do CBA, conhecido como "pai" dos FabLabs, Neil Gershenfeld, que a partir de um curso intitulado " How to Make Almost Anything " (Como fazer quase qualquer coisa), propiciou aos alunos a oportunidade de materializar as suas próprias ideias, pessoais e originais. Percebeu então, o potencial da fabricação pessoal, a partir do entusiasmo manifestado pelos alunos (EYCHENNES e NEVES, 2013). Neil Gershenfeld relembra a origem do Fab Lab em seu discurso no TED (2006):

"A fim de trabalhar questões de fabricação digital, o CBA obteve um financiamento importante para compra de máquinas capazes de fabricar qualquer coisa em qualquer escala. (...) Estudantes de todos os cursos apareceram. Eles não possuíam necessariamente as habilidades técnicas,