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Guias e Dicas
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Relação de Transformação em Transformadores Monofásicos: Teória e Prática, Esquemas de Engenharia Elétrica

A teoria e a prática da relação de transformação em transformadores monofásicos. A teoria aborda as relações entre tensões e correntes primárias e secundárias de um transformador ideal, enquanto a prática discute as medidas experimentais de relações de transformação para transformadores com baixa e alta dispersão de fluxo, com e sem carga. O documento inclui experimentos para medir as tensões e correntes, cálculos de potência ativa consumida e análises comparativas.

O que você vai aprender

  • Quais são as diferenças na potência ativa consumida em um transformador com baixa e alta dispersão de fluxo?
  • Qual é a relação entre tensões e correntes primárias e secundárias em um transformador ideal?
  • Como as relações de transformação teórica e prática se diferem em transformadores monofásicos?

Tipologia: Esquemas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Florentino88
Florentino88 🇧🇷

4.7

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bg1
1
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE ENGENHARIA - DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
ELETROTÉCNICA
Experiência 04: Relação de transformação
Objetivos: Analisar experimentalmente a relação de transformação de transformadores monofásicos.
1.0 - Introdução
Relação de transformação é a relação que existe entre as tensões e correntes do primário e
secundário de um transformador. Considere a representação elétrica de um transformador monofásico,
mostrado na Figura 1, onde as correntes e tensões são tratadas como senoidais puras.
m
ϕ
1
v
m
ϕ
2
v
1
l
ϕ
2
ϕ
Figura 1 – Transformador de dois enrolamentos.
Suponha-se que as propriedades do transformador da Figura 1 são idealizadas no sentido de que as
resistências dos enrolamentos (R
1
e R
2
) são desprezíveis, todo o fluxo está confinado ao núcleo e se
concatena com ambos os enrolamentos (não existem fluxos de dispersão dados por φ
l1
e φ
l2
), as perdas no
núcleo são desprezíveis, e a permeabilidade do núcleo é alta suficiente para que uma corrente de
excitação (ou força magnetomotriz fmm) desprezível seja necessária para estabelecer o fluxo no núcleo.
Estas propriedades são aproximadas, mas nunca realmente atingidas nos transformadores reais. Um
transformador hipotético tendo estas propriedades é frequentemente chamado de transformador ideal.
Para o transformador ideal referido são válidas as seguintes relações:
1
1 1 1
m
d
d
v e N
dt dt
ϕ
λ
= = =
(1)
2
2 2 2
m
d
d
v e N
dt dt
ϕ
λ
= = =
(2)
Da relação entre (1) e (2) vem:
1 1 1
2 2 2
v e N
v e N
= =
(3)
pf3
pf4

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”

FACULDADE DE ENGENHARIA - DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

ELETROTÉCNICA

Experiência 04: Relação de transformação

Objetivos : Analisar experimentalmente a relação de transformação de transformadores monofásicos.

1.0 - Introdução

Relação de transformação é a relação que existe entre as tensões e correntes do primário e secundário de um transformador. Considere a representação elétrica de um transformador monofásico, mostrado na Figura 1, onde as correntes e tensões são tratadas como senoidais puras.

ϕ m

v 1

ϕ m

ϕ l 1 ϕ l 2 v 2

Figura 1 – Transformador de dois enrolamentos. Suponha-se que as propriedades do transformador da Figura 1 são idealizadas no sentido de que as resistências dos enrolamentos (R 1 e R 2 ) são desprezíveis, todo o fluxo está confinado ao núcleo e se concatena com ambos os enrolamentos (não existem fluxos de dispersão dados por φl1 e φl2 ), as perdas no núcleo são desprezíveis, e a permeabilidade do núcleo é alta suficiente para que uma corrente de excitação (ou força magnetomotriz fmm) desprezível seja necessária para estabelecer o fluxo no núcleo. Estas propriedades são aproximadas, mas nunca realmente atingidas nos transformadores reais. Um transformador hipotético tendo estas propriedades é frequentemente chamado de transformador ideal. Para o transformador ideal referido são válidas as seguintes relações:

v 1 e 1 d^1 N 1 d^ m

dt dt

v 2 e 2 d^2 N 2 d^ m

dt dt

Da relação entre (1) e (2) vem:

1 1 1 2 2 2

v e N

v^ =^ e =^ N (3)

Assim um transformador ideal transforma as tensões na relação direta do número de espiras dos respectivos enrolamentos. Considerando que há uma carga ligada ao secundário tem-se a seguinte relação válida:

ℑ = ℑ 1 2 = N i 1 1 = N i 2 2 = H l (4)

Observe que para as direções de referência mostradas na Figura 1 as fmms de i 1 e i 2 estão em direções opostas e, portanto se compensam. A fmm líquida agindo no núcleo é, portanto, nula, de acordo com a suposição de que a corrente de excitação de um transformador ideal é nula. Da equação (4) vem:

1 2 2 1

i N

i^ =^ N (5)

Assim um transformador ideal transforma as correntes na razão inversa do número de espiras nos respectivos enrolamentos. Note-se das equações (3) e (5) que:

(^1 21 1 2 ) 2 1

v i v i v i

v^ =^ i ⇒^ =^ (6)

Isto quer dizer que a potência instantânea de entrada iguala a potência instantânea de saída, uma condição decorrente de ter desprezado todas as causas de perdas de potência ativa e reativa no transformador.

A partir das equações (3) e (5) podemos definir a relação de transformação como sendo:

(^1 1 1 2 21 ) 2 2 1

T T T T

v N K v K v e i K i i

v N i K

sendo:

KT : relação de transformação teórica.

Se: KT > 1 – transformador abaixador; KT < 1 – transformador elevador. Considerando-se o transformador da Figura 1 a vazio ( i 2 =0), pode-se definir a relação de transformação teórica como uma aproximação da equação (7). Isto porque para o transformador a vazio, a corrente de excitação é muito pequena, e portanto pode-se aproximar o comportamento de um transformador a vazio a um transformador ideal. Dessa maneira, pode-se escrever para o transformador a vazio a relação de transformação teórica:

T^1 2

K v

v

Quando o transformador alimenta uma carga conectada no seu secundário como na Figura 1, as quedas de tensões nos enrolamentos primários e secundários não podem ser desprezadas, isto quer dizer que:

3.0 Relatório:

a) Comentar cada item dos dados de placa do transformador;

b) Compare os valores das relações de transformação teórica e real (para baixa e para alta dispersão de fluxo), justificando o que ocorreu com os valores;

c) Compare os valores de potência ativa no secundário do transformador (baixa e alta dispersão de fluxo) quando se alimenta carga resistiva nominal, justificando o que ocorreu com tais valores;

d) Fazer teoricamente as ligações para baixa dispersão:

 110/110 V;  110/220 V;  440/220 V.

Prof. Fábio Prof. Malange Adilson – Ténico Everaldo - Técnico