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exercicio de bioestatistica, Exercícios de Bioestatística

conteudos de exercicio de bioestatistica

Tipologia: Exercícios

2021

Compartilhado em 16/12/2021

raelly-amorim
raelly-amorim 🇧🇷

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Preparo e administração
de medicamentos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Descrever os cuidados de enfermagem para preparo e administração
de medicamentos.
Demonstrar com exemplos o cálculo de gotejamento para gotas e
microgotas.
Demonstrar com exemplos o cálculo de gotejamento para minutos
e horas.
Introdução
A qualidade e a segurança são elementos totalmente interligados e de
extrema importância na assistência à saúde do paciente. Dessa forma, re-
presentam preocupações constantes da atualidade, tornando-se desafios
diários a superar para garantir a eficiência e a eficácia do sistema de saúde.
No ambiente hospitalar, o preparo e a administração de medica-
mentos compreendem atividades assistenciais baseadas em diversos
conhecimentos técnicos com uma probabilidade grande de falhas, o
que reduz a segurança dos pacientes.
Neste capítulo, você estudará sobre os cuidados que os profissionais
da área da enfermagem devem ter quanto ao preparo e à administração
de medicamentos, além do cálculo de gotejamento aplicado para gotas e
microgotas para minutos e horas, a fim de não haver falhas nesse processo
e um tratamento farmacológico com total eficácia.
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Preparo e administração

de medicamentos

Objetivos de aprendizagem

Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

„ Descrever os cuidados de enfermagem para preparo e administração de medicamentos. „ Demonstrar com exemplos o cálculo de gotejamento para gotas e microgotas. „ Demonstrar com exemplos o cálculo de gotejamento para minutos e horas.

Introdução

A qualidade e a segurança são elementos totalmente interligados e de extrema importância na assistência à saúde do paciente. Dessa forma, re- presentam preocupações constantes da atualidade, tornando-se desafios diários a superar para garantir a eficiência e a eficácia do sistema de saúde. No ambiente hospitalar, o preparo e a administração de medica- mentos compreendem atividades assistenciais baseadas em diversos conhecimentos técnicos com uma probabilidade grande de falhas, o que reduz a segurança dos pacientes. Neste capítulo, você estudará sobre os cuidados que os profissionais da área da enfermagem devem ter quanto ao preparo e à administração de medicamentos, além do cálculo de gotejamento aplicado para gotas e microgotas para minutos e horas, a fim de não haver falhas nesse processo e um tratamento farmacológico com total eficácia.

Cuidados de enfermagem no preparo e

na administração de medicamentos

A segurança do paciente deve estar associada a um mínimo de risco de danos desnecessários ligados ao cuidado de sua saúde. No âmbito hospitalar, esses

danos podem estar relacionados a erros de medicação durante o processo de uti- lização do fármaco, na maioria das vezes nas etapas de preparo e administração. Assim, torna-se necessário identificar a origem e os fatores determinantes

dessas falhas, com o propósito de direcionar ações de prevenção por meio de práticas seguras quanto à utilização do fármaco.

A equipe de enfermagem, nesse sentido, tem um papel fundamental em todo o processo preventivo, tanto na identificação e na interceptação do erro, relatando o ocorrido, quanto na diminuição do risco no manejo do fármaco.

A seguir, você observará os cuidados de enfermagem direcionados ao preparo e à administração de medicamentos.

De acordo com Peduzzi e Anselmi (2004 apud OPITZ, 2006), a etapa de preparo de medicamentos corresponde às tarefas realizadas pela equipe de enfermagem tendo como orientação a prescrição médica: separar, manusear

e diluir o fármaco a ser aplicado no paciente como tratamento terapêutico. Torriani et al. (2016) relatam que, para assegurar o correto preparo do

medicamento nas atividades de assistência à saúde, a segurança e a eficácia terapêutica devem ser mantidas por intermédio de práticas com técnicas ade- quadas, de modo a não alterar as propriedades e características do medicamento.

Os fatores que podem modificar a estrutura dos medicamentos são tipo e volume dos diluentes usados, concentração, temperatura, pH, luminosidade,

ordem dos elementos adicionados na solução, umidade, etc.. No caso de medicamentos injetáveis apresentados na forma líquida, pronto para uso ou a com necessidade de diluição, ou na forma sólida, exigindo um

diluente para a sua administração, existem algumas recomendações quanto ao seu preparo, para que sejam seguros ao paciente.

Primeiro, deve-se conhecer o fármaco, buscando dados extremamente necessários para o seu preparo, como diluente, volume, concentração, com- patibilidade com soros e recipientes, proteção de luminosidade, tempo de

estabilidade após a abertura do frasco, local adequado de conservação e informações específicas do produto.

Ainda, no frasco-ampola, o volume de líquido a ser extraído deverá ser substituído pela quantidade equivalente a ar, antes de aspirar a dose do medica- mento; contudo, antes de realizar essa técnica, é sempre importante confirmar

se o fármaco em questão é compatível (TORRIANI et al. , 2016). Todos os medicamentos deverão ser preparados próximo ao horário de ad-

ministração, para não prejudicar a estabilidade do fármaco, evitando possíveis erros de medicação. Após o preparo, é preciso rotular os medicamentos com os dados de identificação completos do paciente e do preparo.

Para fármacos injetáveis, deve-se verificar o aspecto físico do medicamento antes de aspirar a dose prescrita, uma vez que modificações relacionadas à

cor do líquido ou do pó, a partículas flutuantes no líquido ou à turvação da substância podem surgir durante o preparo. Para medicamentos em forma de comprimidos, é comum parti-los, embora

se deva atentar para as seguintes condições: partição em doses iguais; perda de parte do conteúdo em razão da pulverização e da fragmentação do comprimido;

risco de contaminação com outros microrganismos; e alteração na estabilidade. De acordo com Torriani et al. (2016), alguns medicamentos não devem ser repartidos, triturados ou abertos em virtude da estreita faixa terapêutica.

Assim, antes de realizar essa técnica, é preciso compartilhá-la com o médico, o farmacêutico e o paciente, visto que utilizar este tipo de medicamento de

maneira inteira compreende a maneira mais segura de assegurar a dose correta. Quando o paciente apresentar dificuldades de deglutição de comprimidos ou cápsulas, deve-se abordar alternativas com os demais profissionais para

que ele consiga fazê-lo, como uma formulação líquida do fármaco, dissolução em água, mudança do fármaco ou da via de administração.

Já a administração de medicamentos, segundo Coimbra e Cassiani ( apud OPITZ, 2006), equivale também às atividades realizadas pela equipe de enfermagem, em sua maioria por técnicos e auxiliares de enfermagem

com a supervisão do enfermeiro, de modo a implementar efetivamente a terapêutica médica.

Segundo Torriani et al. (2016), a administração do fármaco corresponde à ultima etapa do processo, que tem por objetivo cumprir, por intermédio de várias ações, o tratamento terapêutico previamente estabelecido em prescrição.

Alguns erros recorrentes quanto à administração de fármacos são:

„ quanto ao medicamento prescrito anteriormente; „ quanto às doses a serem administradas no paciente; „ administração de doses superiores às prescritas anteriormente; „ não administração da dose recomendada em prescrição;

„ administração em via diferente daquela da prescrição; „ horário de administração diferente do estabelecido em prescrição ou imposto pela instituição de saúde; „ administração de medicamentos em apresentação distinta da prescrita; „ erros quanto à infusão/ao gotejamento; „ erros de incompatibilidade entre dois ou mais medicamentos; „ técnicas incorretas quanto à administração do medicamento; „ administração de medicamentos com prazo expirado ou integridade física ou química comprometida; „ erros quanto ao monitoramento, ou seja, avaliação das respostas do paciente quanto ao tratamento farmacológico; „ erros quanto a documentar a administração do fármaco no prontuário do paciente.

As causas desses erros podem estar ligadas a vários fatores, tanto de cunho

individual, como deficiência quanto à formação, quanto sistêmico, como falha de comunicação entre os profissionais ou iluminação inadequada. A partir das informações descritas quanto aos erros cometidos em relação

à administração de medicamentos, faz-se necessário conhecer as causas dessas falhas, para desenvolver ações preventivas nos serviços de saúde em prol da

segurança e da qualidade de assistência ao paciente.

Cálculo de gotejamento para gotas e

microgotas em horas

Fluidoterapia, infusão venosa, venóclise ou soroterapia correspondem à admi- nistração de grandes volumes de líquidos ou nutrientes, como água, eletrólitos,

vitaminas, proteínas e calorias, via parenteral. De acordo com Gomes et al. (2018), a administração de um grande volume

de líquido tem como objetivos restaurar as reservas orgânicas e manter o equilíbrio acidobásico do organismo, bem como promover a nutrição parenteral e aplicar medicamentos e hemoderivados.

A soroterapia é indicada nos casos de (COSTA; EUGÊNIO, 2014):

„ desidratação; „ desnutrição; „ pré e pós-operatório; „ infusão de medicamentos diluídos.

Quando um profissional de enfermagem administra uma solução via en- dovenosa, precisa conhecer sobre o tempo e o volume que aquele líquido total deverá correr. A duração dependerá do diagnóstico médico, da idade e do peso

do paciente, bem como do seu estado geral. Gomes et al. (2018) relatam que, idealmente, a relação da dosagem da

solução a ser aplicada seja realizada por bombas infusoras, para não haber erros de hiper ou hipo-hidratação. Caso o estabelecimento de saúde não disponha de uma bomba de infusão,

faz-se necessário que o profissional de enfermagem realize o cálculo de gote- jamento em microgotas (mgts) ou gotas (gts), a fim de seguir precisamente a

prescrição. Na Figura 2, tem-se o exemplo de um equipo para cada tipo citado.

Figura 2. Equipo de (a) microgotas e de (b) gotas. Fonte: Adaptada de Enfermagem Bio (2015, documento on-line).

(a)

(b)

Geralmente, nas instituições de saúde, o equipo de macrogotas (ou gotas) é utilizado para soluções de eletrólitos, antibioticoterapia, soroterapia, reposições

de eletrólitos, cristaloides e coloides. Já o de microgotas, além das ocasiões citadas, é principalmente usado em paciente pediátricos, neonatais e adultos

que realizam tratamento quimioterápico, quando há a necessidade de uma precisão de infusão em pequenos volumes.

Para realizar os cálculos de gotejamento, é necessário conhecer as seguintes medidas: „ 1 gota corresponde a 3 microgotas; „ 1 mL corresponde a 20 gotas; „ 1 mL corresponde a 60 microgotas; „ 1 hora corresponde a 60 minutos.

Para o cálculo de gotas, utilize a seguinte fórmula:

Número de gotas/minuto =

volume total em mililitros tempo em horas ×

Já para o cálculo de microgotas:

Número de microgotas/minuto =

volume total em mililitros tempo em horas

Lembrando que o item “tempo” dessas duas fórmulas (gotas e microgotas)

deverá estar em horas (valor inteiro), como 1 hora, 2 horas, 3 horas, etc.. Para você entender melhor este conteúdo, aplicaremos as fórmulas citadas de

gotas e microgotas em situações cotidianas de um profissional de enfermagem na atividade de soroterapia como tratamento terapêutico.

Exemplo 1: no setor em que está trabalhando, você tem um paciente para o qual foi prescrita a infusão de 500 mL de soro por um período de 12 horas.

Você deve se perguntar: quantas gotas deverão cair por minuto para regular o gotejamento em questão? Como a pergunta diz respeito ao cálculo de gotas, você aplicará a seguinte

fórmula:

Número de gotas/minuto = volume total em mililitros tempo em horas × 3

Assim, serão 50 microgotas a serem infundidas em um período total de 10 horas.

Cálculo de gotejamento para gotas e

microgotas em minutos

Caso o tempo para os cálculos de gotas e microgotas esteja em minutos

(p. ex., 90 minutos, 180 minutos), deverão ser utilizadas outras fórmulas para conhecer a infusão.

Para o cálculo de gotas, utilize a seguinte fórmula:

Número de gotas/minuto =

volume total em mililitros × 20 tempo em minutos

Já para o cálculo de microgotas, empregue a seguinte fórmula:

Número de microgotas/minuto =

volume total em mililitros × tempo em minutos

Para você entender melhor este conteúdo, aplicaremos as fórmulas citadas de gotas e microgotas em situações cotidianas do profissional de enfermagem na atividade de soroterapia como tratamento terapêutico.

Exemplo 1: você, como profissional da saúde, precisará infundir 500 mL de

soro por um período total de 714 minutos. Você deve se perguntar: quantas gotas cairão por minuto para regular o gotejamento? Como a questão remete ao cálculo de gotas, você aplicará a seguinte

fórmula:

Número de gotas/minuto =

volume total em mililitros × tempo em minutos

Temos que:

„ Volume total = 500 mL. „ Tempo = 714 minutos.

Aplicando na fórmula:

Número de gotas/minuto =

500 × 20

Número de gotas/minuto = 14

Número de gotas/minuto =

Assim, serão 14 gotas a serem infundidas em um período total de 714 minutos.

Exemplo 2: calcule o gotejamento em microgotas para uma infusão de

1.000 mL via administração parenteral por um período de 480 minutos. Como a questão refere-se ao cálculo de gotas, você aplicará a seguinte fórmula:

Número de microgotas/minuto =

volume total em mililitro s × 60 tempo em minutos

Assim, temos:

„ Volume total = 1.000 mL. „ Tempo = 480 minutos.