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Uma análise detalhada da evolução da segurança do trabalho, desde a revolução agrícola até a revolução da informação. Aborda as principais transformações nos ambientes de trabalho, os impactos na saúde e segurança dos trabalhadores, bem como as iniciativas e legislações que surgiram ao longo desse processo. O texto destaca a importância da constante atualização dos profissionais de segurança do trabalho para compreender os desafios impostos pelas inovações tecnológicas. Com uma descrição abrangente e contextualizada, este documento pode ser uma valiosa fonte de informação para estudantes, pesquisadores e profissionais interessados em entender a trajetória da segurança do trabalho e suas implicações no mundo contemporâneo.
Tipologia: Resumos
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Para entender todas as conquistas da segurança do trabalho desde antigamente até os dias de hoje, é importante conhecer como ocorreu a evolução da segurança do trabalho. Por volta do século 4 a.C., Hipócrates registrou pela primeira vez a existência de doenças causadas pelo contato de trabalhadores com o chumbo. Alguns anos mais tarde, Plínio, o Velho, no livro História Natural (publicado por ele em 79 d.C.), cita
substâncias perigosas aos trabalhadores das minas, como zinco, enxofre e mercúrio. Além disso, ele relata pela primeira vez na história o uso de proteção individual: os escravos que trabalhavam expostos a poeiras improvisavam a proteção amarrando máscaras feitas de bexiga de carneiro, cobrindo boca e nariz, para minimizar o contato com substâncias que causavam mal-estar. Bernardino Ramazzini, médico italiano, publicou um livro no ano de 1700 em que apresentava as doenças do trabalho. Na obra, foram descritas mais de 50 atividades e medidas que deveriam ser adotadas para reduzir os riscos à saúde dos trabalhadores. Na época, preservar a saúde do trabalhador significava manter o vigor dele e evitar perdas de produtividade. Veja a seguir como o cenário de saúde e segurança do trabalho evoluiu ao longo das revoluções citadas anteriormente. A Revolução Agrícola, que ocorreu na Inglaterra nos séculos XVIII e XIX, trouxe modificações nas tecnologias utilizadas para produzir no campo. Técnicas como diversificação de sementes, rotação de culturas e divisão do espaço com a pecuária permitiram aumentar o potencial de produção das terras.
A Primeira Revolução Industrial iniciou na Inglaterra, após 1760. Como marco, há o surgimento e a popularização da máquina a vapor, que utiliza carvão como combustível, e as novas maneiras de trabalhar o ferro. Não apenas o modo de produzir foi transformado, mas também a sociedade e a forma de ela viver. Para aumentar a produção, os empresários investiam em máquinas que imitavam os movimentos das mãos dos tecelões, mas com mais força e mais velocidade. Na época, os operadores de máquinas não precisavam conhecer o processo de tecelagem, apenas deveriam saber como operar o equipamento. Para ter condições de pagar por máquinas tão caras, os empresários extraíam o máximo da mão de obra, a qual migrava do campo para as cidades. Assim, empregavam, com jornadas de trabalho exaustivas, podendo durar 16 horas por dia, tanto homens quanto mulheres e ainda crianças. Mesmo assim, apesar do esforço, os trabalhadores recebiam baixas remunerações. Como era de se esperar, foram registradas altíssimas taxas de acidentes e de doenças ocupacionais. Além das longas jornadas de trabalho, os colaboradores não tinham direito às férias. Os ambientes das fábricas eram ruidosos, escuros e sem higiene. Há registros inclusive de empresários que não permitiam idas ao banheiro sem autorização e aplicação de castigos corporais. A figura 2 ilustra como o ser humano e as máquinas conviviam nesse período: em ambientes pouco ou nada planejados para execução do processo de trabalho.
Figura 2 – Produção de algodão e de lã na Primeira Revolução Industrial Fonte: http://industrialrevolution.org.uk/factories-industrial-revolution. Como consequências de ambientes insalubres, eram comuns acidentes com incêndio/explosão nas fases de produção do vapor e na transformação deste em energia; doenças como surdez, devido ao ruído das caldeiras; e tumores originados do contato com o fumo resultante de combustão. Além disso, ocorriam muitos acidentes quando as correias de transmissão dos motores a vapor eram rompidas. Nesse cenário, os movimentos trabalhistas e sociais passaram a pressionar os políticos em busca de melhorias, motivando o surgimento das primeiras legislações para proteção dos colaboradores. Contudo, essas legislações apenas limitavam a idade das crianças no ambiente laboral e proibiam o trabalho noturno destas. Com o passar dos anos, surgiu a Segunda Revolução Industrial, com início após 1850, como base no uso de fontes de energia como a eletricidade e o petróleo. O uso de iluminação elétrica permitiu expandir a duração da jornada de trabalho, pois não havia mais a necessidade da luz solar para trabalhar.
tomada de decisão. Portanto, de certa forma, as máquinas trouxeram mais agilidade à execução das atividades nas organizações. A partir de 1990, a Internet passa a ganhar popularidade. Os sistemas de comunicação são aprimorados, e microprocessadores passam a fazer parte do cotidiano. O século XXI traz consigo a Quarta Revolução Industrial, também conhecida por Revolução Digital, originando a Indústria 4.0. O momento atual permite combinar tecnologias físicas, digitais e biológicas, o que faz com que as mudanças sejam cada vez mais velozes. Assim, é imprescindível que as empresas busquem estar atualizadas para competir no mercado. Se, no passado, as primeiras máquinas eram controladas por alavancas, com poucas possibilidades de “programação”, as evoluções tecnológica e eletrônica permitem novas funções, que requerem a atenção plena e ágil dos colaboradores e a interpretação de dados em painéis para embasar decisões. Atualmente, muitos processos produtivos nas empresas são executados apenas por máquinas e equipamentos. O colaborador, por sua vez, é responsável por controlar os aparelhos. Dessa forma, reduzem-se os riscos a que o funcionário estaria exposto,
o que gera menos custos com acidentes. A figura 3 ilustra a interação entre um trabalhador e os equipamentos eletrônicos: embora muitas atividades arriscadas para os seres humanos sejam executadas por máquinas, ainda assim os postos de trabalho não se encontram completamente livres de fatores de risco, necessitando de constante atenção dos profissionais de saúde e segurança do trabalho. Portanto, o técnico em segurança do trabalho precisa atualizar-se constantemente e buscar sempre compreender como os ambientes resultantes da inovação tecnológica afetam a saúde dos colaboradores. Figura 3 – Interação entre ser humano e máquinas Fonte: <https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/maintenance-engineer-using- laptop-computer-control-740406568>.