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Guias e Dicas
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Evolução da literatura infantil., Notas de aula de Literatura

A evolução da literatura infantil desde o século XVII até aos dias de hoje. São abordados os principais autores e obras que marcaram cada época, bem como as mudanças na percepção das crianças e da literatura infantil ao longo do tempo. É também discutido o papel do professor na promoção da leitura e no desenvolvimento das capacidades cognitivas e emocionais das crianças.

Tipologia: Notas de aula

2023

À venda por 25/01/2023

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EVOLUÇÃO DA LITERATURA INFANTIL
No século XVII (17) existia dois públicos-alvo para a literatura infantil: as crianças
aristocráticas que assistam a uma literatura destinada aos adultos, como por exemplo, as
novelas de cavalaria, clássicos ou livros religiosos nos serões da corte e as crianças
iletradas das classes sociais mais baixas, como por exemplo, o povo, com uma literatura
dos contos tradicionais, canções e rimas de tradição oral contada pelos mais velhos à
lareira.
Charles Perrault (escreveu a “A Bela Adormecida”, “Cinderela”, “O Barba-Azul”, “O
Gatos das Botas”, entre outros) surge e idealiza as crianças e os jovens como sendo
heróis onde passam a ser vistas como um ser em formação e com necessidades
específicas o que leva a edição de contos de fadas e de textos com um plano de fundo
didático e moral.
Surge também Jeanne Beaumont com o ‘Ciclo do Animal Noivo’ com a presença do
maravilhoso com origens míticas, como por exemplo, o “Eros e Psique”, a “A Bela e a
Cobra”, e a “A Bela e o Monstro”.
No século XVIII (18) surgem os Irmãos Grimm que recolhem e compilam histórias
orais e apresentam uma complexidade grande em termos de leitura e estrutura.
Suspeitavam que os irmãos não recolhiam e sim, reescreviam e modificavam as
histórias ouvidas.
No século XIX (19) surge Carlos Collodi com o ‘Pinóquio’ na altura em que as
crianças passam a ter acesso à escolaridade tornando-se a mesma, obrigatória.
As crianças eram vistas como um pecado, uma vez que, a imaginação privava a razão,
porém essa perceção alterou-se na mesma época.
O ‘Pinóquio’ centra-se na teoria do ‘Bom Selvagem’ que defende que as crianças mal
nascem são boas e a idade adulta corrompe-as a inocência e a bondade. Defende
ainda a escola como um local de cultura, consciência, responsabilidade e cidadania.
Neste mesmo século, o conto passa a ser considerado um género literário.
Desta forma, o antigo foi marcado por La Fontaine e os modernos pelos Charles
Perrault, Jeanne Beaumont e Carlos Collodi.
Na época antiga (La Fontaine), a literatura era vista como sendo edificante e
moralizante e asfixiada por um excesso de pedagogia.
Atualmente, é vista como um objeto estético em que a criança interioriza a estrutura e o
funcionamento da língua materna tendo como principais objetivos o desenvolvimento
de um melhor e aumento do vocabulário, o desenvolvimento de uma melhor escrita, o
desenvolvimento da autonomia do pensamento crítico e o desenvolvimento da visão
sobre o mundo e nós próprios.
O professor desempenha um papel fundamental, devendo cativar e orientar a criança
e/ou jovem para a leitura, para a exploração e para a discussão dos seus sentimentos e
emoções ajudando-o a pensar antes de agir, a não ter medos e receios e a criar a sua
própria história, desta forma, podemos educar através do ‘contar histórias’.
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EVOLUÇÃO DA LITERATURA INFANTIL

No século XVII (17) existia dois públicos-alvo para a literatura infantil: as crianças aristocráticas que assistam a uma literatura destinada aos adultos, como por exemplo, as novelas de cavalaria, clássicos ou livros religiosos nos serões da corte e as crianças iletradas das classes sociais mais baixas, como por exemplo, o povo, com uma literatura dos contos tradicionais, canções e rimas de tradição oral contada pelos mais velhos à lareira. Charles Perrault (escreveu a “A Bela Adormecida”, “Cinderela”, “O Barba-Azul”, “O Gatos das Botas”, entre outros) surge e idealiza as crianças e os jovens como sendo heróis onde passam a ser vistas como um ser em formação e com necessidades específicas o que leva a edição de contos de fadas e de textos com um plano de fundo didático e moral. Surge também Jeanne Beaumont com o ‘Ciclo do Animal Noivo’ com a presença do maravilhoso com origens míticas, como por exemplo, o “Eros e Psique”, a “A Bela e a Cobra”, e a “A Bela e o Monstro”. No século XVIII (18) surgem os Irmãos Grimm que recolhem e compilam histórias orais e apresentam uma complexidade grande em termos de leitura e estrutura. Suspeitavam que os irmãos não recolhiam e sim, reescreviam e modificavam as histórias ouvidas. No século XIX (19) surge Carlos Collodi com o ‘Pinóquio’ na altura em que as crianças passam a ter acesso à escolaridade tornando-se a mesma, obrigatória. As crianças eram vistas como um pecado, uma vez que, a imaginação privava a razão, porém essa perceção alterou-se na mesma época. O ‘Pinóquio’ centra-se na teoria do ‘Bom Selvagem’ que defende que as crianças mal nascem já são boas e a idade adulta corrompe-as a inocência e a bondade. Defende ainda a escola como um local de cultura, consciência, responsabilidade e cidadania. Neste mesmo século, o conto passa a ser considerado um género literário. Desta forma, o antigo foi marcado por La Fontaine e os modernos pelos Charles Perrault, Jeanne Beaumont e Carlos Collodi. Na época antiga (La Fontaine), a literatura era vista como sendo edificante e moralizante e asfixiada por um excesso de pedagogia. Atualmente, é vista como um objeto estético em que a criança interioriza a estrutura e o funcionamento da língua materna tendo como principais objetivos o desenvolvimento de um melhor e aumento do vocabulário, o desenvolvimento de uma melhor escrita, o desenvolvimento da autonomia do pensamento crítico e o desenvolvimento da visão sobre o mundo e nós próprios. O professor desempenha um papel fundamental, devendo cativar e orientar a criança e/ou jovem para a leitura, para a exploração e para a discussão dos seus sentimentos e emoções ajudando-o a pensar antes de agir, a não ter medos e receios e a criar a sua própria história, desta forma, podemos educar através do ‘contar histórias’.

A literatura desenvolve ainda a criatividade, a educação de emoções, a autoestima e a resolução de problemas e também estimula a sabedoria e enriquece a socialização.