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Ética empresarial e suas teorias
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
IMPLANTAÇÃO DO CÓDIGO DE ÉTICA OU
CONDUTA ÉTICA NAS EMPRESAS.
Letícia.
Desde a infância, estamos sujeitos à influência de nosso meio social, por intermédio da família, da escola, dos amigos, dos meios de comunicação de massa. As palavras: ética e moral indicam costumes acumulados, - conjunto de normas e valores dos grupos sociais em um contexto. É o aspecto social da moral se manifestando e, mesmo ao nascer, o homem já se defronta com um conjunto de regras, normas e valores aceitos em seu grupo social.
A moral, porém, não se reduz apenas a seu aspecto social, pois a medida que desenvolvemos nossa reflexão crítica passamos a questionar os valores herdados, para então decidir se aceitamos ou não as normas. A decisão de acatar uma determinada norma é sempre fruto de uma reflexão pessoal consciente, que pode ser chamada de interiorização.
É essa interiorização das normas que qualifica um ato como sendo moral. Por exemplo: existe uma norma no código de trânsito que nos proíbe de buzinar diante de um hospital. Podemos cumpri-la por razões íntimas, pela consciência de que os doentes sofrem com isso. Nesse caso houve a interiorização da norma e o ato é um ato moral. Mas, se apenas seguimos a norma por medo das punições previstas pelo código de trânsito, não houve o processo de interiorização e meu ato escapa do campo moral.
Conforme afirmações anteriores, dizemos que a Ética não se confunde com a moral. A moral é a regulação dos valores e comportamentos considerados legítimos por uma determinada sociedade, um povo, uma religião, certa tradição cultural, etc. Há morais específicas, também, em grupos sociais mais restritos: uma instituição, um partido político ... Há, portanto, muitas e diversas morais.
Isto significa dizer que a moral é um fenômeno social particular que não tem compromisso com a universalidade, isto é, com o que é válido e de direito para todos os homens. Exceto quando atacada: justifica-se dizendo universal, supostamente válida para todos. Mas, então, todas e quaisquer normas morais são legítimas? Não deveria existir alguma forma de julgamento da validade das morais? Existe, e essa forma é o que chamamos de ética.
A ética é uma reflexão crítica sobre a moralidade, mas ela não é puramente teoria. A ética é um conjunto de princípios e disposições voltados para a ação, historicamente produzidos, cujo objetivo é balizar as ações humanas. A ética existe como uma referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tomar cada vez mais humana.
A ética pode e deve ser incorporada pelos indivíduos, sob a forma de uma atitude diante da vida cotidiana, capaz de julgar criticamente os apelos a críticos da moral vigente. Mas a ética, tanto quanto a moral, não é um conjunto de verdades fixas, imutáveis. A ética se move, historicamente, se amplia e se adensa. Para entendermos como isso acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a escravidão foi considerada "natural".
Entre a moral e a ética há uma tensão permanente: a ação moral busca uma compreensão e uma justificação crítica universal, e a ética, por sua vez, exerce uma permanente vigilância crítica sobre a moral, para reforçá-la ou transformá-la.
Porque deparamos com dificuldades na hora de implantar um Código de Ética ou mesmo resgatar princípios de Conduta Ética, principalmente nas pequenas e médias Empresas?
Os gerentes devem assumir a condição de educadores e como tal ser um exemplo de valores e atitudes Éticas inspirando seu comportamento efetivo os seus colaboradores. Precisamos conscientizar a todos à importância de manter a Ética dentro das Organizações.
Poucos assuntos têm sido tão discutidos nas empresas do mundo inteiro quanto a ética corporativa.
Neste contexto, a ética é definida como transparência nas relações e preocupação com o impacto das suas atividades na sociedade e vem sendo vista como uma espécie de requisito para a sobrevivência das empresas no mundo moderno.
Um fato relevante que se pode questionar quanto à ética é: ''por que se percebe tanta diferença entre o discurso das pessoas e a prática, quando se trata da ética?" O fato é que o discurso, por transpor as idéias, é mais fácil de se alterar do que a prática, que está sujeita a atritos e obstáculos. E além disso, é que o discurso está dissociado da prática. E mais, os valores da sociedade mudam com o tempo, e com conseqüência disto, as empresas têm de mudar as suas práticas.
O lado bom do discurso ético é a apropriação da exigência de transparência e correção. Devido às mutações do mercado, às vezes, as empresas se comportam da maneira como anda o mercado, porém como a empresa é uma comunidade de pessoas, muitas vezes os valores existentes lá fora são intemalizados e mobilizam a direção da ética corporativa.
Atualmente, as empresas estão fazendo de tudo para se destacar diante de suas concorrente e uma forma é através da ética. A conclusão disto é que as empresas responsáveis são as que aplicam a ética nos processos e nas decisões de negócios. E não apenas nisto, a ética está cada vez mais presente nas metas de cada executivo, impactando diretamente no seu bônus.
Muitos exemplos poderiam ser citados de empresas que estão começando a valorizar e a alertar seus funcionários sobre a ética. Algumas empresas já implantaram
inclusive um comitê de ética, o qual se destina à proteção da imagem da companhia. E não é apenas à proteção a imagem que a ética preserva, pois quando os funcionários vivem em um ambiente ético, a transparência ajuda a diminuir a ineficiência de falta de informação e a confiança presente consegue também abaixar os custos de controle.
Com isso as empresas estão se questionando: "se dá resultado ser ético, então porque não são todos éticos?". Uma possível explicação para isto é dada pela Teoria dos Jogos, em que a melhor situação para a coletividade é que todos os jogadores sejam éticos, mas o maior lucro individual é obtido quando os outros crêem que somos responsáveis ao mesmo tempo em que agimos com oportunismo. Nota-se que este modelo reflete-se na realidade, pois o comportamento ético é contaminante.
Contudo, a resposta que se pode dar a pergunta acima é: A dificuldade que nos deparamos na hora de implantar um Código de Ética ou mesmo uma Conduta Ética é que geralmente esta gera dúvidas, ou seja, decisões éticas são, por princípio dilemas, pois no mundo dos negócios, eles são complicados pelo fato de que os beneficios da conduta ética são em geral intangíveis, e os custos, imediatos. Uma empresa só vai ter comportamento ético se o grupo controlador aceitar que seus valores, baseados em honestidade, verdade e justiça, podem levar a algumas perdas, mas em contrapartida, agir corretamente contribui para multiplicar as oportunidades de construir uma carreira sólida e permite realizar negociações num ambiente de confiança, o que é vital para obter resultados mais produtivos e mutuamente vantajosos para todas as partes.
O nosso objetivo com este estudo é conscientizar a importância de uma conduta ética ou mesmo a implantação de um código de ética nas organizações, pois a cada dia que passa a ética tem mostrado ser um dos caminhos para a lucratividade, para o sucesso e para o bem comum, agregando valor material e moral ao patrimônio da organização. A implantação do Código de Ética ou Conduta Ética nas pequenas e médias empresas é de grande importância para o seu desenvolvimento, uma vez que a maioria das grandes empresas já possui seu código de ética.
Após coletado todos os dados, foram tratados de maneira crítica, sendo extraídos as informações mais importantes e concretas que fundamentem o tema problema citado anteriormente.
Os motivos pelos quais muitos empresários estão implantando Códigos de Conduta Ética nas empresas são a melhora na imagem do negócio, e porque isto agrega valor, como também cria vínculos de aceitação e colaboração mútua entre os colaboradores. 1
O Código de Ética é um instrumento de realização dos princípios, visão e missão da empresa. Serve para orientar as ações de seus colaboradores e explicitar a postura social da empresa em face dos diferentes públicos com os quais interage. É da máxima importância que seu conteúdo seja refletido nas atitudes das pessoas a que se dirige e encontre respaldo na alta administração da empresa, que tanto quanto o último empregado contratado tem a responsabilidade de vivenciá-lo.
Pata definir sua ética, sua forma de atuar no mercado, cada empresa precisa saber o que deseja fazer e o que espera de cada um dos funcionários /colaboradores. As empresas, assim como as pessoas têm características próprias e singulares, e é por essa razão os códigos de ética devem ser concebidos por cada empresa que deseja dispor desse instrumento.
(^1) Revista Exame - 14 de Maio de 2003.
Vale ressaltar que Códigos de Ética de outras empresas podem servir de referência, mas não servem para expressar a vontade e a cultura da empresa, que pretende implantá-lo. Este fator é extremamente relevante, pois fiz pesquisa nos Códigos de Ética do Banco Itaú, Banco HSBC, Volvo, e outras grandes companhias, e em nenhum dos casos tínhamos regras similares, pois cada empresa é única em sua forma de reger seus princípios e valor.
O próprio processo de implantação do Código de Ética cria um mecanismo de sensibilização de todos os interessados, pela reflexão e troca de idéias que supõe.
O conteúdo do Código de Ética é formado por um conjunto de políticas e práticas específicas. abrangendo todos campos possíveis. Este material é reunido em um relatório de fácil compreensão para que possa circular adequadamente entre todos os interessados. Uma vez aprimorado com sugestões e críticas de todos os envolvidos, o relatório dará origem a um documento que servirá como parâmetro para determinados comportamentos, tornando claras as responsabilidades de cada um. Depois de determinadas as assertivas, essas serão reunidas e aproveitadas para a criação de um Código de Ética.
V árias organizações têm optado por definir com clareza, no código, ações disciplinares em casos de violação dos artigos. Muitas vezes o descumprimento das determinações contidas no Código de Ética podem ser passíveis de punições já previstas nas legislações trabalhistas, de responsabilidade civil, penal, e outras.
Entre os inúmeros tópicos abordados em Códigos de Ética, predominam alguns como respeito às leis do país, conflitos de interesse, proteção do patrimônio da instituição, transparência nas comunicações internas e com os stakeholders da organização, denúncia, prática de suborno e corrupção em geral.
genuíno, com adesão voluntária de todos os integrantes da organização, incorporando de maneira natural e profissional os princípios éticos da instituição.
A adoção de um Código de Ética é uma ótima oportunidade de aumentar a integração entre os funcionários da empresa e estimular o comprometimento deles. Ademais, esse permite a uniformização de critérios na empresa, dando respaldo para aqueles que devem tomar decisões, como também serve de parâmetro para a solução dos conflitos. Protege, de um lado, o trabalhador que se apóia na cultura da empresa refletida nas disposições do código. De outro lado, serve de respaldo para a empresa, por ocasião da solução de problemas de desvio de conduta de algum colaborador, acionista, fornecedor, ou outros.
O Código costuma trazer para a empresa harmonia, ordem transparência, tranqüilidade, em razão dos referenciais que ena, deixando um lastro decorrente do cumprimento de sua missão e de seus compromissos.
É absolutamente imprescindível que haja consistência e coerência entre o que está disposto no Código de Ética e o que se vive na organização. Caso contrário, ficaria claramente identificado uma falsidade que desfaz toda a imagem que a empresa pretende transmitir ao seu público. Essa é a grande desvantagem do Código de Ética.
Há, ainda, aqueles que consideram desnecessária a implantação do Código de Ética, pois a relacionam (a ética) como patrimônio do individual, e que cada um a utiliza como qmser.
A conduta ética não é um procedimento prático, e fácil de se diagnosticar. Ela se aplica as infinitas situações, que podem ocorrer no trabalho ou no próprio ambiente familiar, e são essenciais para manter uma melhor relação comunitária e de negócios.
Portanto, o que se espera das empresas quanto a sua conduta ética vai muito além do simples cumprimento da lei, mesmo porque, pode haver leis que sejam antiéticas ou 1mora1s.
O que importa é que os homens de negócios sejam bem formados, que os profissionais sejam treinados, pois o cerne da questão está na formação pessoal. Caso contrário, a implantação do Código de Ética será inócua.
As questões éticas devem se trabalhadas em todos os níveis da atividade empresarial. A ética empresarial envolve as regras básicas de comportamento, tanto a níveis de colaboradores, como a de gestor e dos dirigentes da empresa.
E é através da ética profissional que estamos tentando melhorar o clima organizacional. Assim esperamos que todos tomem consciência para a necessidade de terem um comportamento fundamentado a ética.
Através de pesquisa em vários livros que abordam sobre o assunto "Ética", podemos citar um texto, que em meu ponto de vista é de extrema importância, sobre as virtudes básicas profissionais.
"Muitas são as virtudes que um profissional precisa ter para que desenvolva com eficácia seu trabalho. Em verdade, múltiplas exigências existem, mas entre elas, destacam- se algumas, básicas, sem as quais se impossibilita a consecução do êxito moral".
Quase sempre, na maioria dos casos, o sucesso profissional se faz acompanhar de condutas fundamentais corretas. Tais virtudes básicas são comuns a quase todas as profissões, mas destacam-se, ainda mais, naquelas de natureza liberal.
Se algo e confiado a alguém, seja o que for, passa a requerer a fiel guarda, a lealdade, a sinceridade e um propósito firme de intransigente probidade. Tudo isto se consubstancia no respeito para com o que é de terceiros, como tributo à confiança que é depositada; tais atos, quando praticados no campo da virtude, caracterizam a honestidade.
Sob esse aspecto a honestidade situa-se como uma compatível prática do bem com a confiança depositada por terceiros em alguém.
A desonestidade, por sua vez, é exatamente a transgressão ao direito de terceiros, derivada dos: abuso de confiança, indução maliciosa, arbitrariedade, pressão ou outro fator que venha a trair ou a subtrair algo que tenha sido confiado.
A vida em comum exige, pois, a probidade; nesse sentido e imprescindível que cada um tenha conhecimento dos limites de seus espaços e posses, em relação àqueles de seu semelhante.
E necessário ser honesto, parecer honesto e ter o ânimo de sê-lo para que exista a prática do respeito ao direito de nosso semelhante.
A honestidade é um princípio que não admite relatividade, ou seja, o indivíduo é ou não é honesto; não existe o relativamente honesto nem o aproximadamente honesto, tão como não existe uma honestidade adaptável a cada comportamento perante terceiros.
A própria sociedade termina por ter sempre reservas contra aqueles que praticaram atos desleais, desonestos, por abalo de confiança em suas atitudes e só muito esforço e o tempo podem reverter tal quadro.
Tal como a confiança, com a qual se relaciona diretamente, a honestidade é algo absoluto, notadamente no caso da ética profissional.
Não se trata de um costume, apenas, de um comportamento, mas de uma conduta que obriga ao respeito e à lealdade para com o bem de terceiros, em face de algo que, sendo entregue, criou uma expectativa de zelo por parte do depositante.
Finalmente, é preciso considerar a intenção honesta. No sentido ético, a intenção significa "tender para", no sentido de uma ''finalidade moral".
Quando ocorre o inverso, ou seja, a "intenção desonesta", é preciso avaliar, também, sua dimensão. Ainda que não se efetue o ato, a intenção para o ato desonesto já é, por si só, uma transgressão ética.
O profissional honesto não tem intenção de prejudicar quem quer que seja, assim como não entra em conflito que possa gerar lesão a terceiros. Não pratica, também, a lealdade com o vicioso.
Conceitualmente, lealdade tem sido empregada como sinônimo de probidade e esta como sinônimo de honestidade. A deslealdade implica desonestidade e esta deslealdade, sendo dificil demarcar territórios de razões que limitam tais conceitos, mas entendo também que não se podem confundir. O honesto exige que se seja leal e o leal consagra a honestidade, mas em sentido apenas relativo.
Embora a lealdade seja condição essencial para a prática honesta e até possa ser tomada como sinônimo de honestidade, esta representa um conceito de maior amplitude, que envolve outros deveres. Um ser pode ser leal com um ladrão; será honesto perante o ladrão, mas desonesto em relação a terceiros, pela conivência ativa ou passiva no ato vicioso.
Portanto, a lealdade a qual nos referimos em todo o texto refere-se àquela que ocorre em atos éticos, jamais aquela que simplesmente deflui de uma fidelidade e cumplicidade com atos viciosos.