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Um estudo retrospectivo sobre a ocorrência de fimose traumática em equinos e o tratamento utilizando a técnica de circuncisão com encurtamento do pênis. O estudo analisou 367 propriedades rurais e identificou 49 casos de fimose, sendo 43 deles de origem traumática. A técnica de circuncisão com encurtamento peniano foi utilizada para corrigir a enfermidade em 20 animais, distribuídos em dois grupos de acordo com o protocolo anestésico utilizado. O estudo concluiu que a técnica de circuncisão com encurtamento peniano é uma alternativa viável e eficiente no tratamento de fimose traumática em equinos.
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Tipologia: Notas de aula
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Ciência Rural, Santa Maria, OnlineEstudo retrospectivo de fimose traumática em equinos e tratamento utilizando a técnica de circuncisão... 1
ISSN 0103-
Luiz Antonio Franco da SilvaI*^ Rogério Elias RabeloII^ Roberta Ferro de GodoyIII Olízio Claudino da SilvaI^ Leandro Guimarães FrancoI^ Cássia Maria Molinaro CoelhoI Leonardo Lamaro CardosoI
Retrospective study of traumatic phimosis in horses and treatment with penis shortening surgery circumcision (1982-2007)
RESUMO
Traumatismos no pênis e prepúcio de garanhões são causas comuns de infertilidade nos equinos e entre elas destaca-se a fimose, que, neste estudo retrospectivo, realizado em 367 propriedades rurais, foram encontrados 49 casos da enfermidade, sendo 43 casos de origem traumática e com 12 óbitos. A técnica de circuncisão com encurtamento do pênis foi utilizada para a correção da enfermidade em 20 animais, distribuídos em dois grupos de acordo com o protocolo anestésico utilizado. Todos os equinos apresentaram como complicação pós-operatória edema em vários graus, porém diminuindo significativamente em 95% dos animais após o sétimo dia. Assim, concluiu-se que a técnica de circuncisão com encurtamento peniano constitui-se em alternativa viável e eficiente no tratamento de fimose traumática em equinos.
Palavras-chave : fimose, prepúcio, equino.
ABSTRACT Penis and prepuce injuries of stallions are common causes of infertility in horses and among them, paraphimosis is featured. This retrospective study was conducted in 367 rural properties and 49 cases were found; 43 of them were traumatic with 12 deaths. The technique of circumcision with shortening of the penis was used for the correction of the disease in 20 animals. They were divided into two groups according to the anesthetic protocol used. All horses had post-operative complications such as edema in various degrees, which decreased significantly in 95% of animals after the seventh day. Thus, it was concluded that the technique of circumcision with penis shortening is an effective alternative in the treatment of traumatic paraphimosis in horses.
Key words: phimosis, prepuce, equine.
O pênis do equino é classificado como musculocavernoso e pode ser anatomicamente dividido em base, corpo e glande. A glande e o corpo são envolvidos pelo prepúcio quando em repouso. O prepúcio apresenta um dobramento duplo de pele, lâmina externa e interna, possuindo ainda uma prega prepucial interna. No óstio prepucial, a pele, ou lâmina externa, transforma-se na cavidade prepucial, que segue caudalmente como lâmina interna, para, finalmente voltar-se envolvendo o pênis. O prepúcio pode ser movimentado pelos músculos prepuciais, que se originam no músculo cutâneo (LITTLE & HOLYOAK, 1992; CERVENY et al., 2004). A ocorrência de traumas envolvendo o pênis e prepúcio são causas comuns de infertilidade em garanhões (MACKINNON & VOSS, 1992). Os traumatismos produzidos na genitália externa são considerados uma condição de risco para os garanhões e devem ser tratadas como emergência a fim de se evitar danos à espermatogênese, à habilidade de realização da cópula e em especial à ejaculação do animal (PERKINS & FRAZER, 1994). As lesões traumáticas podem interromper uma estação de monta ou diminuir a eficiência reprodutiva do plantel, justificando a importância econômica do problema (PAPA & LEME, 2002). As causas mais freqüentes de lesões prepuciais IEscola de Veterinária, Universidade Federal de Goiás (UFG), Campus II, CP 131, 74001-970, Goiânia, GO, Brasil. E-mail: lafranco@vet.ufg.br. *Autor para correspondência. II (^) Escola de Veterinária, UFG, Campus Avançado Jataí, Jatái, GO, Brasil. IIIFaculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF, Brasil.
Recebido para publicação 15.01.08 Aprovado em 13.07.
2 Silva et al.
incluem coices de éguas durante o cortejo sexual, abrasão por pêlos da cauda, briga com outros equinos e traumatismos provocados por cercas, principalmente quando o pênis encontra-se ereto (SCHUMACHER & VAUGHAN, 1988; GATEWOOD et al., 1989 ; PERKINS & FRAZER, 1994). Dentre as enfermidades que comprometem o aparelho reprodutor do equino, a fimose caracteriza- se pela estenose do óstio prepucial e impossibilidade dos animais em exteriorizar o pênis. A alteração pode ser congênita ou adquirida em conseqüência de hematomas, neoplasias, granulomas, infecções e traumatismos, podendo causar retenção de urina com formação de processos inflamatórios na mucosa prepúcial (SCHUMACHER & VAUGHAN, 1988; MEDEIROS et al., 1997). O tratamento da fimose visa promover o retorno da configuração anatômica do prepúcio e a terapia medicamentosa com corticóides deve ser tentada antes da intervenção cirúrgica, principalmente quando se tratar de garanhões, pois o ato cirúrgico pode alterar a eficiência reprodutiva do animal (GATEWOOD et al., 1989). A técnica de circuncisão com encurtamento do pênis é indicada na preparação de rufiões equinos, remoção de neoplasias, granulomas e excesso de tecido cicatricial como em fimoses (TURNER & MCILWRAITH, 1985; MAIR et al., 2000). Esta técnica apresenta um período de intervenção curto, poucos planos anatômicos atingidos, fácil reconstrução da ferida cirúrgica, além de poder ser realizada a campo (SILVA et al., 1995). Entretanto, apesar da fimose traumática em equinos ser um assunto relativamente descrito na literatura, são poucas as abordagens, relacionadas a etiopatogenia do processo, procedimentos cirúrgicos e condutas adotadas no pós- operatório. O objetivo desse estudo foi avaliar aspectos epidemiológicos da enfermidade e propor a utilização da técnica de circuncisão com encurtamento do pênis, analisando sua viabilidade no tratamento de fimose traumática em equinos.
MATERIAL E MÉTODOS
O estudo foi realizado no Estado de Goiás, Brasil, em 367 propriedades rurais e no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Goiás (HV/UFG), no período de 1982 a 2007, utilizando uma população de 5128 equinos do sexo masculino, de diferentes idades, raças, castrados e não castrados. Os atendimentos foram realizados por ocasião de aulas práticas ministradas em propriedades rurais, desenvolvimento de projetos de extensão e pesquisa
ou mediante solicitação dos proprietários. Para se avaliar a ocorrência de fimose e aspectos envolvidos na etiopatogenia da enfermidade, foi elaborado um questionário fechado, cujas indagações principais eram direcionadas para o número de equinos do sexo masculino existentes na propriedade, distribuição por faixa etária, situação reprodutiva, comportamento do animal enfermo, manejo, presença de lesões no prepúcio, pênis e escroto, protocolos terapêuticos empregados, destino dos animais enfermos e ocorrência de casos similares em outras ocasiões. Após o diagnostico clínico (MEDEIROS et al., 1997), 20 equinos portadores de fimose traumática foram selecionados e distribuídos em dois grupos (GI e GII) de dez animais cada, de acordo com o local onde foi realizado o tratamento. No grupo GI, foram alocados equinos operados a campo, com protocolo de anestesia intravenosa total e no grupo GII alocados os equinos operados no Centro Cirúrgico de Grandes Animais da HV/UFG, empregando anestesia inalatória. Outros 29 casos de fimose traumática relatados na pesquisa foram alocados no grupo GIII e utilizados apenas para o estudo epidemiológico. Portanto, computou-se um total de 49 animais portadores do problema durante o estudo. A técnica preconizada para a correção da enfermidade dos equinos pertencentes aos grupos GI e GII foi a circuncisão com encurtamento peniano (SILVA et al., 1995) e modificada nesse estudo para a correção do problema. No pré-operatório os animais receberam soro antitetânico (Vencofarma, Londrina- PR), via subcutânea (SC) e foram submetidos a jejum hídrico e alimentar de 12 horas. O protocolo anestésico utilizado nos equinos distribuídos no grupo GI foi 0,1mg kg-1^ de acepromazima (Acepran®^ , Univet, São Paulo- SP), por via intramuscular (IM) como medicação pré- anestésica (MPA) e indução com 0,1mg kg -1^ de diazepam (Compaz®, Cristália, Itapira-SP), associado a 2,2mg kg-1^ de cetamina (Ketamina Agener ®^ , Agener União, Embu-Guaçu-SP), administrados por via intravenosa (IV). A manutenção foi realizada por infusão contínua de 100mg kg-1^ h-1^ de éter gliceril guaiacol a 5% (Henrifarma, São Paulo-SP) associado a 4,0mg kg- h-1^ de cetamina e 1,0mg kg-1^ h-1^ de xilazina (Sedomin®, Konig, Santana de Parnaíba-SP), diluídos em solução fisiológica a 0,9% (JP Indústria Farmacêutica S.A, São Paulo-SP). Nos animais pertencentes ao grupo GII a MPA e indução foi a mesma sendo a manutenção anestésica realizada com halotano (Tanohalo®, Cristália, Itapira-SP). A anti-sepsia nos animais pertencentes a ambos os grupos foi realizada mediante limpeza do campo cirúrgico com água e sabão e aplicação de iodopovidona (Farmogral, Brasília-DF).
4 Silva et al.
MG), na dose de 20000UI kg-1^ , IM, a cada 48 horas até completar três aplicações e 1,1mg kg-1^ de flunixim meglumine (Banamine®^ , Schering-Plough-Cotia-SP), IM, diariamente, por três dias consecutivos. A ferida cirúrgica foi higienizada diariamente com uma solução a 3:100 de iodophor (Biocid®, Pfizer, Guarulhos - SP) e aplicação de pomada a base de penicilina (Ganadol®^ , Fort Dodge, Campinas-SP) até a completa cicatrização clínica. Esse mesmo protocolo foi empregado no escroto após a orquiectomia. A remoção dos pontos foi praticada entre o 12o^ e 13o^ dia do pós-operatório iniciando-se de forma alternada e considerando sempre a reparação clínica da ferida. Nos locais onde a cicatrização clínica não havia se completado, os pontos de Donatti foram mantidos por mais três dias. A evolução clínica das feridas dos animais que constituíram os dois grupos foi avaliada anotando-se a presença de possíveis casos de edema, deiscência parcial ou total da ferida cirúrgica, desenvolvimento de abscesso e recidivas. O edema foi classificado em discreto quando o aumento de volume localizava-se apenas no prepúcio, moderado quando atingia o prepúcio e escroto e intenso nos casos em que o aumento de volume se estendia até a região ventral do abdome.
Os dados obtidos foram analisados descritivamente de acordo com SAMPAIO (2002).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
De um universo de 5128 equinos do sexo masculino existentes nas 367 propriedades atendidas, 3995 (77,9%) eram castrados e 1133 (22,1%) não castrados. Quanto à faixa etária, 1321 (25,8%) possuíam até cinco anos, 2786 (54,4%) entre cinco e dez anos, 907 (17,6%) entre dez e quinze anos e 114 (2,2%) acima de quinze anos de idade. Acrescente-se que 4009 (78,2%) eram manejados extensivamente, 848 (16,5%) em regime semi-extensivo e 271 (5,3%) manejados intensivamente. Os dados obtidos após aplicação dos questionários apontaram seqüencialmente e em ordem decrescente de ocorrência, o prepúcio, seguido pelo pênis e escroto como os principais locais de lesões adquiridas na genitália de equinos, sendo os tumores, habronemose, pitiose, hérnia inguinal, parafimose e fimose os achados de maior ocorrência. Quanto aos 49 casos de fimose traumática considerados no presente estudo, incluindo os 20 equinos submetidos ao tratamento cirúrgico (Grupos I
Figura 2 - Fimose traumática em equinos. A - Destruição parcial do prepúcio. B- Destruição parcial do prepúcio acompanhado de retenção urinária. C-Demarcação do tecido epitelial de revestimento peniano com pinças de Allis. D-Aspecto final da ferida cirúrgica.
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e II) e 29 animais cujo problema ocorreu em períodos sem acompanhamento de um profissional do estudo (GIII) foi possível resgatar informações, as quais indicam que em 43 animais (87,8%) a enfermidade iniciou-se após traumatismo na genitália provocado por arame, objetos perfurantes ou coices de outros animais, especialmente fêmeas durante o cortejo sexual. Estes achados encontram sustentação nos trabalhos de MEMON et al. (1987), SCHUMACHER & VAUGHAN (1988), PERKINS & FRAZER (1994) e MEDEIROS et al. (1997), que também os apontaram como fatores desencadeantes do problema, ressaltando que a maior freqüência dos traumas no pênis e prepúcio ocorre por ocasião da estação de monta, principalmente quando se adota a monta natural. Os autores acrescentaram que outras lesões prepuciais podem participar da etiopatogenia do processo, confirmando as informações obtidas no presente estudo, já que em três (6,1%) animais, antecedendo ao diagnóstico de fimose houve relato da ocorrência de habronemose cutânea e em três (6,1%) o problema ocorreu após exérese de massa tumoral. Como ambas as enfermidades localizavam-se na região do óstio prepucial, deduz-se que contaminações das feridas durante o pós- operatório e reação cicatricial exacerbada no local da intervenção cirúrgica possam ter propiciado o desenvolvimento da estenose do óstio prepucial e, conseqüentemente a fimose. Dentre as 367(100%) propriedades catalogadas nesse estudo, o problema ocorreu ou foi diagnosticado por ocasião das visitas em 49 (13,3%). Destas, em 24 (49%) os proprietários recorreram à assistência técnica especializada para tratar a enfermidade, 21 (42%) utilizaram algum tratamento clínico, mas sem obedecer a orientação técnica e quatro (9%) propriedades não utilizaram qualquer protocolo terapêutico, deixando o processo evoluir até o óbito dos animais. Em relação aos 29 (100%) equinos alocados no grupo GIII cujo problema foi diagnosticado em outras ocasiões, quatro (13,8%) foram submetidos a tratamento cirúrgico, 13 (44,8%) descartados e em 12 (41,4%) o processo evoluiu para o óbito, apesar das inúmeras tentativas em solucionar o problema empregando alguns tratamentos sem orientação clínica. Possivelmente a retenção urinária, produção de endotoxinas e a dificuldade dos equinos se locomoverem contribuíram para a morte desses animais. Segundo MEDEIROS et al. (1997) a fimose pode ocasionar retenção de urina na cavidade prepucial com inflamação na mucosa prepucial, sem no entanto apontarem o óbito como uma das complicações da enfermidade.
Quanto aos protocolos anestésicos empregados nos 20 equinos portadores de fimose traumática e submetidos ao tratamento cirúrgico utilizando a técnica de circuncisão com encurtamento do pênis, tanto para os animais operados a campo (GI) como no centro cirúrgico do HV/UFG (GII) permitiram a realização, com segurança, dos procedimentos cirúrgicos sem observar qualquer intercorrência durante o trans-operatório. A conduta aqui adotada encontra-se respaldada nos trabalhos de MEMON et al. (1987), WALDRIDGE & GILLIS, (1996) e MEDEIROS et al. (1997) os quais afirmaram que a correção cirúrgica de fimose e outras enfermidades prepuciais e penianas em equinos requerem protocolos de anestesia geral, seja intravenosa total ou inalatória. Os autores argumentam que a anestesia geral proporciona maior conforto para o animal e cirurgião e, possibilita a realização dos procedimentos cirúrgicos com o mínimo de intercorrências. A divisão da técnica de circuncisão com encurtamento do pênis, em quatro tempos operatórios, preconizada por SILVA et al. (1995) e empregada nos animais distribuídos nos grupos GI e GII, fundamentou- se na seqüência de manobras estabelecidas, conduta que permitiu a realização dos procedimentos cirúrgicos de forma ordenada, evitando-se inversão de manobras e conseqüentemente o comprometimento do resultado final. A conduta adotada ainda facilitou a localização da porção livre do pênis e sua posterior preparação para fixação no tecido localizado na face interna do folheto prepucial externo. Embora MEDEIROS et al. (1997) tenham empregado procedimento similar no tratamento de fimose em equinos os autores não fizeram referencia a técnica de circuncisão e a sua divisão em tempos operatórios, conforme metodologia descrita no presente estudo. O exame clínico do tecido epitelial de revestimento peniano realizado logo após a exposição manual do pênis revelou que apenas dois equinos (10%) apresentaram lesões como fibrose e úlceras nessa estrutura anatômica. A integridade desse folheto foi importante durante o trans-operatório e pode ter contribuído para o sucesso dos procedimentos cirúrgicos. A sutura em padrão simples separado empregando fio de náilon e utilizada para fixar o tecido sub-eptelial da porção livre do pênis ao tecido localizado sobre a face interna do folheto prepucial externo (Figura 1-C), foi fundamental para manter o órgão na posição correta, evitando-se a sua retração e, conseqüentemente, o recrudescimento do processo. Essa manobra difere da técnica descrita por SILVA et al. (1995), pois esses autores não descolaram e
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proceder ao tratamento cirúrgico e a dificuldade na condução do pós-operatório em alguns criatórios atendidos, o número de casos recuperados indica que a modificação realizada na técnica original de circuncisão com encurtamento do pênis constitui-se em alternativa viável no tratamento de fimose traumática em equinos.
CONCLUSÕES
Fatores como injúria tecidual peniana e prepucial associados à ausência de tratamento ou o emprego de tratamentos inapropriados podem ter propiciado o desenvolvimento de fimose nos equinos desse estudo. A técnica de circuncisão com encurtamento do pênis com as modificações propostas neste estudo mostrou ser uma alternativa eficiente para a correção desta enfermidade. Óbitos ocorreram quando o tratamento foi inadequado e devido intercorrências pós-operatórias.
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