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O Pinus no Brasil é importante fonte de matéria-prima destinada a diversos fins ao setor industrial de base florestal. Esse gênero possui uma diversidade de espécies, dividas de acordo com as condições climáticas: em subtropicais e tropicais. O estudo de crescimento e produção que descreve quantitativamente um sistema pode servir de base para as tomadas de decisões do planejamento florestal, indicando qual espécie melhor se adapta ao sítio e qual manejo adequado. Este trabalho tem como objetivo
Tipologia: Notas de estudo
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Trabalho de conclusão de curso apresentado no Curso de Engenharia Florestal, da União Latino-Americana de Tecnologia, como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel em Engenharia Florestal. Orientador: Prof. MSc. Vitor C. M. Coelho
Jaguariaíva / PR,13 /12 / 2012.
A Deus, a maior fonte de força e perseverança. A minha família, pela paciência, carinho e compreensão. A meu namorado, pelo apoio incansável.
Dedico AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por sempre me guiar dando forças para chegar até aqui. Aos meus pais Alvaro e Elizabeth, e irmã Bruna por acreditarem em mim e me apoiarem sempre. Ao meu namorado Jefferson, pela ajuda e compreensão. Ao meu orientador Vitor Cezar Miessa Coelho, pela dedicação e por partilhar suas ideias me conduzindo ao longo da pesquisa. A Engenheira Florestal Lucia Helena Martins Guimarães, pela oportunidade, apoio e incentivo. A Sengés Florestadora e Agrícola Ltda., que colocaram à disposição dados e informações para a realização deste trabalho. A equipe de inventário da Sengés Florestadora e Agrícola Cleverson, Everton e Doni pela ajuda na coleta de dados de campo.
“Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível.” Charles Chaplin. RESUMO
MANIS, R. ESTUDO COMPARATIVO DE CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DE TRÊS ESPÉCIES DE Pinus sp. (Pinaceae) NA REGIÃO DE SENGÉS, PARANÁ. Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharela em Engenharia Florestal, União Latino-Americana de Tecnologia, Jaguariaíva, 2012.
O Pinus no Brasil é importante fonte de matéria-prima destinada a diversos fins ao setor industrial de base florestal. Esse gênero possui uma diversidade de espécies, dividas de acordo com as condições climáticas: em subtropicais e tropicais. O estudo de crescimento e produção que descreve quantitativamente um sistema pode servir de base para as tomadas de decisões do planejamento florestal, indicando qual espécie melhor se adapta ao sítio e qual manejo adequado. Este trabalho tem como objetivo o estudo do crescimento e produção preliminar em área transversal através do artifício da análise parcial de tronco, além de uma análise qualitativa dos fustes, taxa de mortalidade e sobrevivência. A área de estudo provém de um povoamento de P. taeda (espécie subtropical), P. caribaea e P. oocarpa (espécies tropicais) equiâneos de sete anos, e mesmos tratos silviculturais, localizados no município de Sengés, PR. Como critério de seleção das árvores amostras foi utilizado os DAP’s das árvores centro de classe diamétrica III e V que representam a posição sociológica média e dominante respectivamente. Por fim os resultados indicaram que os Pinus tropicais se desenvolveram melhor em crescimento e produção, porém o Pinus subtropical se destacou com menores percentagens de defeitos.
Palavras-chave: Análise de tronco. Crescimento. Produção. Pinus.
CAP – circunferência à altura do peito DAP – diâmetro a altura do peito U.A – unidade amostral IMA - incremento médio anual ICA - incremento corrente anual ANATRO – análise de tronco ATC – análise de tronco completa ATP – análise de tronco parcial
QUADRO 1 – CARACTERIZAÇÃO DAS REGIÕES BIOCLIMÁTICAS DO ESTADO DO PARANÁ.... QUADRO 2 – RECOMENDAÇÃO DE ESPÉCIES PARA PLANTIOS COMERCIAIS NAS REGIÕES BIOCLIMÁTICAS DO PARANÁ ................................................................... QUADRO 3 – QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA................................................................. QUADRO 4 – CÁLCULO DE DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA ...............................................................
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Para o estudo de crescimento e produção é utilizada à técnica da análise de tronco que permite investigar o crescimento passado de uma árvore. Pode ser classificado como análise completa de tronco e análise parcial de tronco. Análise completa é aquela em que são coletadas fatias a determinadas alturas ao longo do fuste; a análise parcial é aquela em que a árvore em pé é tradada e obtêm-se rolos de incremento. Das amostras é feita a medição dos diâmetros pela visualização dos anéis de crescimento. (CAMPOS; LEITE, 2009). Este trabalho de pesquisa teve como objetivo estudar o crescimento e produção de florestas de Pinus caribaea , Pinus oocarpa e Pinus taeda , no município de Sengés, no Estado do Paraná, utilizando análise de tronco parcial e avaliando qualitativamente o desenvolvimento destas.
1.1JUSTIFICATIVA
Conforme Machado e Figueiredo Filho (2006), para a elaboração de planos de manejo são necessárias informações sobre a floresta, avaliação do estoque atual e a produtividade do estoque em crescimento, bem como sua produção esperada. O estudo do crescimento e produção pode ser a técnica mais adequada para determinação da espécie que melhor se adapta ao sítio em estudo.
1.2OBJETIVOS
1.2.1Objetivo(s) Geral
Avaliar preliminarmente o crescimento e produção em área transversal de três espécies de Pinus: Pinus caribaea, Pinus oocarpa e Pinus taeda.
1.3.2 Objetivo(s) Específico(s)
a)Avaliar o crescimento e produção através de incrementos em área transversal das três espécies; b)Avaliar a máxima produtividade das três espécies; c)Determinar a espécie de melhores características fenotípicas.
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2.1O GÊNERO Pinus NO BRASIL
Segundo Shimizu (s/d), muitas espécies de Pinus foram trazidas para o Brasil por imigrantes europeus como curiosidade, com finalidade ornamental e para produção de madeira. As primeiras florestas desse gênero de que se têm notícias foi por volta de 1880, no Rio Grande do Sul, com a espécie Pinus canariensis , procedente das Ilhas Canárias. Segundo o mesmo autor, em torno de 1936, foram iniciados os primeiros testes com espécies europeias de Pinus para fins silviculturais, porém não se adaptou ao clima de nossa região. Por meio do Serviço Florestal do Estado de São Paulo em 1948, foram iniciados testes com espécies americanas conhecidas como “pinheiros amarelos” que incluem: P. palustris, P. echinata, P. elliotti e P. taeda, e do Chile o Pinus radiata que foi praticamente dizimado_._ Dentre essas, o P. elliottii e P. taeda tiveram um destaque maior que as demais espécies, pelo rápido crescimento e reprodução excessiva no Sul e Sudeste do Brasil. Segundo Kronka, Bertonali e Ponce (2005), os incentivos fiscais a reflorestamentos na década de 60 favorecem a introdução do gênero em escala comercial, com propósito de atender a demanda de matéria-prima na falta da Araucária angustifólia , considerada uma das melhores madeiras do mundo submetida a uma exploração intensiva. Ainda o mesmo autor, o sucesso de seu crescimento rápido e boa adaptação aos solos ligeiramente ácidos do Brasil, que constitui a maior parte dos solos do país, permitiu a implantação de extensas áreas. Desde então, outras espécies têm sido introduzidas, provenientes não só dos Estados Unidos, mas também do México, América Central, Ilhas Caribenhas e da Ásia para o abastecimento industrial no processamento mecânico, na produção de madeira serrada, madeira laminada, na confecção de painéis ou na produção de celulose e papel. Kronka, Bertolani e Ponce (2005) constata que o gênero Pinus é dividido em dois grupos de acordo com as condições climáticas: em subtropicais e tropicais. Algumas espécies introduzidas:
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o nível do mar até 2.500 m de altitude, ocasionando até 4.500 m, com ampla variação de tipo de solo. (KRONKA; BERTOLANI; PONCE, 2005 p.
Segundo Shimizu (s/d), o Pinus taeda (FIGURA 1) é a espécie mais importante dentre as espécies florestais plantadas comercialmente. Os primeiros plantios comerciais com essa espécie no Brasil, apesar de terem tido um crescimento rápido no início, resultaram em árvores de má qualidade, com bifurcações e muitos ramos grosseiros pelo fato de serem oriundos de sementes importadas sem nenhum controle de qualidade (normalmente coletadas de povoamentos de baixa qualidade nas origens). Esta espécie é muito variável quanto à resistência a geada e a temperatura requerida para seu processo de crescimento. Consequentemente, após vários estudos e avaliações sobre variações geográficas nas amostras introduzidas no Brasil, às sementes procedentes da planície costeira da Carolina do Sul foram às de maior produtividade e melhor qualidade de fuste no Sul e Sudeste do Brasil, onde as geadas não são tão fortes. Para os locais com geadas mais fortes, como nas serras gauchas e no planalto catarinense, as sementes originárias de locais mais frios como Carolina do norte tem demonstrado maior produtividade. (SHIMIZU, S/D). Suassuna (1977) relata que esta espécie está plantada em vários locais da região sul, em altitudes superiores a 1.200m e apresentam excelente crescimento. Para Shimizu (s/d), através de vários trabalhos de avaliação e cruzamentos controlados, obtiveram grandes resultados conseguindo alterar as características da espécie, aumentando o valor das florestas de P. taeda. A madeira dessa espécie é empregada principalmente para processamento mecânico na fabricação de peças serradas para estruturas, fabricação de móveis, embalagens, molduras e chapas de vários padrões. Quanto maior a densidade da matéria-prima maior é a qualidade da madeira, dentro dos limites normais da espécie. Porém na produção de celulose de fibra longa pelos processos mecânicos e semimecânicos, a madeira juvenil, de menor densidade, é na maioria das vezes preferida.
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FIGURA 1 – Povoamento de Pinus taeda na região de Sengés – PR
Fonte: A autora
2.1.2 Pinus caribaea var****. caribaea Barr. Et Golf****.
É originário de Cuba (Pinar Del Rio e Isla de lós Pinos). O clima da região é de origem tropical, com temperatura média anual de 24,5 a 25ºC e precipitação entre 1.200 e 1.600 mm anuais, estação seca característica, com 4 a 5 meses de duração. Entre as outras variedades de P. caribaea , essa é a que apresenta as melhores formações de tronco, embora com incremento menor. (KRONKA; BERTOLANI; PONCE, 2005 p.18). De acordo com EMBRAPA (1986), os solos das regiões de origem desta espécie são geralmente ácidos, com textura variável de média a leve e com drenagem livre. Conhecido também como “ Pinus do Caribe” O Pinus caribaea (FIGURA 2) é recomendado para locais altos e secos, por não suportar solos com baixadas e com pouca drenagem. A madeira é utilizada em construção leve e pesada, construção de barcos, laminação, compensados, chapa de fibras e na fabricação de poupa de fibras longas. Esta espécie também pode proporcionar grande rendimento econômico na produção de resina. Apresenta bom comportamento em relação a geadas, entre tanto, não é recomendado para regiões frias. Entre as três espécies de P. caribaea , esta espécie é a que apresenta maior