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Um estudo sobre as condições das bacias de contenção de produtos químicos na fabricação de papel kraft na klabin unidade de otacílio costa, santa catarina, brasil. O estudo analisou as patologias ocasionadas pelos produtos estocados e por danos causados por outro motivo, com foco nas bacias de contenção das máquinas de papel ‘11’ e ‘12’. As manifestações patológicas foram identificadas conforme o produto estocado, como soda cáustica em escamas, soda cáustica aquosa (contech®), sulfato de alumínio e óleos minerais. As bacias de contenção foram fotografadas e identificadas para uma melhor compreensão de como foram encontradas.
Tipologia: Teses (TCC)
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Não perca as partes importantes!
Dionei Klug^1 Samuel Garcia Schmuller^2
O estudo surgiu através de um interesse em saber as condições que se encontram as bacias de contenção de produtos químicos na fabricação de papel kraft na empresa Klabin, unidade de Otacílio Costaeda importância da análise a ser efetuada. Buscou se diagnosticar possíveis patologias existes nas bacias de contenção em virtude da exposição dos produtos contidos e armazenados por elas. Durante o projeto, analisei de forma visual e através de inspeções as condições de contenção e quais as patologias ocasionaram alguma alteração na capacidade de conter um eventual vazamento e por fim, se os materiais armazenados afetaram ou aceleraram o aparecimento dessas manifestações patológicas.
Palavras-chave: Bacia de contenção. Manifestação patológica. Armazenamento.
(^1) Acadêmico do Curso de Bacharelado em Engenharia Civil, 10ª fase, do Centro Universitário UNIFACVEST. (^2) Professor Orientador. Graduado em Engenharia Civil, pela Universidade do Planalto Catarinense. Docente do curso de Engenharia Civil no Centro Universitário UNIFACVEST.
Dionei Klug^1 Samuel Garcia Schmuller^2
The study was based on an interest in knowing the conditions of the chemical containment basins in kraft paper making in Klabin, a unit in Otacílio Costa, and the importance of the analysis to be carried out. It sought to diagnose possible pathologies existing in the containment basins by virtue of the exposure of the products contained and stored by them. During the project, I analyzed visually and through inspections the conditions of containment and which pathologies caused some alteration in the capacity to contain a possible leak and finally, if the stored materials affected or accelerated the appearance of these pathological manifestations.
Key words: Containment basin. Pathological manifestations. Storage.
(^1) Acadêmico do Curso de Bacharelado em Engenharia Civil, 10ª fase, do Centro Universitário UNIFACVEST. (^2) Professor Orientador. Graduado em Engenharia Civil, pela Universidade do Planalto Catarinense. Docente do curso de Engenharia Civil no Centro Universitário UNIFACVEST.
em tanques estacionários, que define os parâmetros mínimos de projeto para a construção das bacias de contenção e na NBR 12235:1992 Armazenagem de resíduos sólidos perigosos, que estabelece os parâmetros a serem considerados para a construção dos diques, assim como algumas definições e instruções sobre o armazenamento de produtos químicos em estado sólido. Esta norma também estabelece os arranjos necessários conforme alguns recorrentes problemas causados em bacias de contenção, que, por conta de mudança em alguns equipamentos ou do aparecimento de manifestações patológicas que necessita uma análise crítica sobre a real capacidade em conter ou não, um imaginável transbordo de produto. Para avaliar as condições encontradas, foram realizadasinspeções feitas com vistorias “ in loco” , alinham que a principal causa dessas manifestações é originada por conta do transbordo, vazamento ou rompimento das tubulações que transportam os produtos de um local para outro, que para RIPPER e SOUZA, ao identificar que há uma patologia, faz-se necessário o uso de inspeções constantes.
Ao se verificar que uma estrutura de concreto armado ou protendido está "doente", isto é, que apresenta problemas patológicos, torna-se necessário efetuar uma vistoria detalhada e cuidadosamente planejada para que sepossa determinar as reais condições da estrutura, de forma a avaliar as anomalias existentes, suas causas, providências a serem tomadas e os métodos a serem adotados para a recuperação ou o reforço (RIPPER e SOUZA, 1998, p.78) As análises presentes nesse artigo estão baseadas principalmente nas patologias ocasionadas pela ação das águas sulfatadas (soda cáustica e sulfato de alumínio) que para RIPPER e SOUZA.
Os sulfatos são elementos extremamente agressivos, e a ação de águas sulfatadas pode ser responsável, ao fim de algum tempo, pela total desagregação do concreto. Os principais sulfatos, tais como os de magnésio, cálcio, potássio, sódio e o de amônio, são encontrados na água do mar, em águas subterrâneas e, em alguns casos, em águas poluídas com dejetos industriais. Ao serem transportados pelo meio do concreto, dão origem à formação de um sal. chamado de sal de Candlot^1 , e à consequente desagregação do concreto (RIPPER e SOUZA, 1998, p.55).
Segundo SANTOS, essas manifestações patológicas em alvenaria são formadas por aguas salinas ocultas que acarretam na desagregação e no descolamento dos elementos construtivos.
(^1) Sal de Candlot, conhecido também como etringita tardia, é um composto químico mineral que pode ocorrer por ataque de sulfatos de meio externo, causando efeitos expansivos que acabam desagregando o concreto.
As bacias de contenção foram identificadas conforme o produto estocado O sulfato de alumínio, Al 2 (SO 4 ) 3 é utilizado nas máquinas de papel para ajustar a acidez na colagem, na retenção de finos e cargas, na drenagem e na formação da folha. O hidróxido de sódio sólido (NaOH), conhecido popularmente como soda cáustica em escamas (sólido) é utilizados nos chuveiros agulhas para a limpeza dos feltros úmidos das prensas e da tela formadora, bem como o hidróxido de sódio aquoso, conhecido pelo nome comercial Contech®. Também são utilizados e estocados óleos minerais que fazem parte dos sistemas de hidráulicos de lubrificação e acionamento dos equipamentos, óleos esses que não influenciaram na manifestação patológica na bacia de contenção deles por conta do tempo que estiveram expostos. Os locais estudados foram fotografados e identificados para uma melhor e mais fácil compreensão de como foram encontrados, e conforme o produto que era estocado nos tanques que estavam dentro de determinada bacia de contenção, sendo assim, foi estudado as condições conforme Quadro 01 a seguir:
Quadro 01- Denominação das bacias de contenção Denominação da bacia de contenção Produtos estocados^
Tipo de produto (nome usual entre a operação) SCS Hidróxido de sódio sólido (NaOH) Soda cáustica em escamas
SCA Hidróxido de sódio sólido (NaOH) Soda cáustica aquosa (Contech®)
AS Sulfato de alumínio (Al 2 (SO 4 ) 3 ) Sulfato
Fonte: (DADOS PRÓPRIOS, 2017).
Durante as vistorias nessas bacias de contenção, pode constatar o alto número de manifestações patológicas presentes nelas, portanto, abordarei abaixo o que pude identificar de patologia em cada bacia de contenção e a relação com o material armazenado.
que compõe a bacia de contenção provavelmente devem ter sido provocados por conta de algum transbordo no tanque ou até mesmo uma necessidade de baixar o nível do mesmo, efetuando uma manobra de abertura do dreno do tanque liberando o produto dentro da bacia, ocasionado assim à desagregação do concreto e de sua armadura. Durante as inspeções, foi verificado que não havia nenhum tipo de fissura ou abertura que poderia ocasionar vazamento de produto para fora da bacia ouincapacitar retenção do produto contido nela, porém, a seção de concreto que forma a parede, esta bem reduzida causa obvia da ação da soda cáustica que desagregou parte da mesma.
4.2 Bacia de contenção SCA (Soda cáustica aquosa)
A bacia de contenção SCA, Fotografia 04, localizada no lado de acionamento da máquina de papel 12, está armazena a soda cáustica na forma de aquosa que é utilizada para limpezas gerais por parte da operação.
Fotografia 04. Bacia de contenção de soda cáustica aquosa Fonte: autoria própria
Neste local, as manifestações patológicas se apresentaram de forma um pouco distinta, o produto estocado é praticamente o mesmo, alterando apenas seu estado físico e um pouco de sua concentração química, fica evidente a formação do Candlot, que para RIPPER e SOUZA é um indicador de inicio da desagregação do concreto conforme mostra em maior detalhe a Fotografia 05.
Fotografia 05. Inflorescência e desagregação de parte da base do tanque de soda cáustica
Foi observada, que a formação do sal tem origem na ação violeta causada por respingos da soda cáustica (RIPPER e SOUZA, 1998). As paredes de concreto que formam o dique são estruturas recentes que ainda não sofreram ou demonstram manifestações patológicas, o mesmo não se pode dizer sobre a base que suporta o tanque, que está visivelmente desagregada.
4.3 Bacia de contenção SA (Sulfato de alumínio)
A bacia de contenção SA, Fotografia 06, tem como objetivo reter um possível transbordo ou vazamento das linhas que transportam o sulfato de alumínio para as máquinas de papel.
Fotografia 06. Identificação bacia de contenção de sulfato de alumínio Fonte: autoria própria
Outra solução que começa a ser difundida no mercado é a utilização de revestimentos aplicados em forma de pintura e aplicação sobre as bacias de contenção. Esses revestimentos são impermeáveis e garantem assim que os líquidos não infiltrem, vazem ou danifiquem o concreto.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5737 – Cimentos Portland resistentes a sulfatos , Rio de Janeiro:ABNT; 1992.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7505 – Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis , Rio de Janeiro:ABNT; 2000.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12235 – Armazenamento de resíduos sólidos perigosos , Rio de Janeiro:ABNT; 1992.
IANTAS, Lauren Cristina. Estudo de caso: análise de patologias estruturais em edificação de gestão pública. 2010. 58 f. Trabalho de Conclusão de Curso-Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2010.
KLABIN. A Empresa https://www.klabin.com.br/pt/a-klabin/a-empresa/ Acesso: novembro 2017
RIPPER, Thomaz; SOUZA, Vicente Custódio Moreira de. Patologia, recuperação ereforço de estruturas de concreto. São Paulo: PINI, 1998.
SANTOS, Silmara Silva. Patologia das construções. Revista Especialize On-line IPOG,
WIKIPÉDIA. A Enciclopédia Livre. Papel kraft https://pt.wikipedia.org/wiki/Papel_kraft Acesso: novembro 2017.