





Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Este documento aborda as estruturas de contenção, que são necessárias quando o estado natural de um maciço de solo ou rocha é alterado, causando deformações excessivas ou até colapso. O texto discute as investigações geotécnicas necessárias para montar um perfil geotécnico, identificar parâmetros geotécnicos e determinar os parâmetros de resistência e deformabilidade, compressibilidade, características físicas e permeabilidade. Além disso, o documento discute os ensaios de campo e laboratório para determinar esses parâmetros, diferentes tipos de ensaios e o dimensionamento de estruturas de contenção.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
1 / 9
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
DISCIPLINA: Projeto de Fundações - CEULS/ULBRA - 2020/ ALUNO: Anderson Lima Marinho
ESTRUTURAS DE CONTENÇÃO As estruturas de contenção são obras de engenharia civil necessárias quando o estado de equilíbrio natural de um maciço de solo ou de rocha é alterado por solicitações que podem ocasionar deformações excessivas e até mesmo o colapso. A estrutura deverá então suportar as pressões laterais (empuxo) do material a ser contido de forma a garantir segurança ao talude. Nas estruturas de contenção o objetivo das investigações geotécnicas é propiciar o reconhecimento da estratigrafia do local, possibilitando a montagem de perfil geotécnico que fará parte das análises de estabilidade, bem como identificar os parâmetros geotécnicos das camadas que compõem o perfil geotécnico e/ou orientam na sua definição. Os principais parâmetros geotécnicos são: a) Parâmetros de resistência e deformabilidade. Determinado pelo coeficiente de Poisson, ângulo de atrito e coesão; b) Parâmetros de compressibilidade. Determinado pelo índice de compressão e índice de recompressão; c) Características físicas. Determinada pelo peso específico, densidade real dos grãos, porosidade, índice de vazios; teor de umidade natural, limite de liquidez e limite de plasticidade; d) Parâmetro de permeabilidade. Determinado pelo coeficiente de permeabilidade. A determinação dos parâmetros pode ser efetuada por meio de ensaios de campo e/ou ensaios de laboratório. Os ensaios de campo são fundamentais para o reconhecimento do substrato de um terreno, estimativa de parâmetros geomecânicos e, consequentemente, para o dimensionamento de estruturas de fundações. Dentre os diferentes tipos de ensaios in situ, destacam-se o ensaio de simples reconhecimento (SPT) pela simplicidade, baixo custo e elevada experiência empírica acumulada; o ensaio de penetração de cone (CPT) pelo registro quase contínuo de resistência; e o Penetrômetro Dinâmico (DP) pela facilidade de execução e rapidez. Para o dimensionamento de estrutura de contenção pelo método clássico, além dos pesos específicos (natural e saturado), são necessários apenas os
parâmetros de resistência. Já os parâmetros necessários para as análises no método dos elementos finitos dependem do modelo constitutivo utilizado, e, geralmente, quanto mais sofisticado o modelo, maior o número de parâmetros necessários. Dentre as obras mais comuns destacam-se os muros de arrimo ou muros de gravidade, constituídos de concreto ciclópico, concreto armado, cortina atirantada, gabiões, solo cimento ensacado, muros em forma de cortina com perfis metálicos com painéis pré-moldados, estacas pranchas, etc.
Empuxo de Terra Se a solicitação imposta ao solo envolver deformações laterais de compressão ou de extensão, o equilíbrio é alterado e o solo se afasta da condição de repouso. O estado de repouso corresponde à pressão exercida pelo solo de retroaterro sobre um muro de contenção rígido e fixo, ou seja, que não sofre movimentos na direção lateral. O estado ativo ocorre quando o muro sofre movimentos laterais suficientemente grandes no sentido de se afastar do retroaterro. De forma análoga, o estado passivo corresponde à movimentação do muro de encontro ao retroaterro.
Figura 01 – Variação do coeficiente de empuxo em função do movimento de translação do muro.
A figura 01 ilustra uma variação típica do coeficiente de empuxo K em função do deslocamento de translação lateral de um muro rígido em relação ao retroaterro. Pode-se notar que o movimento lateral necessário para atingir o estado ativo é muito reduzido, da ordem de 0,1% a 0,4% da altura do muro, dependendo da
A figura 02 apresenta de forma resumida o método de Rankine para o cálculo do empuxo “E” nos estados ativo e passivo de tensões, para o caso de retroaterro com superfície horizontal. Uma vez que a distribuição de tensões laterais no muro é admitida como triangular, o ponto de aplicação do empuxo “E” situa-se a 33% da altura do muro. Entretanto, resultados experimentais em modelos reduzidos indicam que em muros com rotação no topo ou com retroaterros de areia compacta, o ponto de aplicação de “E” pode situar-se mais acima, da ordem de 40 a 50% da altura do muro. Com isto, a tendência ao tombamento do muro é, na realidade, maior do que a prevista na teoria de Rankine, sendo o erro contrário a segurança do muro. Figura 02 – Método de Rankine: cálculo do empuxo para retroaterro horizontal.
A teoria de Rankine pode ser estendida para o caso de retroaterro com superfície inclinada de um ângulo β com a horizontal (figura 03). Neste caso, a tensão efetiva do solo sobre o muro pode ainda ser admitida com distribuição triangular, porém atuando com direção β, paralela à superfície do retroaterro. A figura 03 resume os procedimentos do método de Rankine para cálculo do empuxo ativo do solo sobre o muro.
Figura 03 – Método de Rankine: cálculo do empuxo ativo para retroaterro inclinado.
Método de Coulomb Na teoria de Coulomb, considera-se o equilíbrio limite de uma cunha de solo com seção triangular, delimitada pelo tardoz do muro e pelas superfícies do retroaterro e de ruptura. A solução do problema não é rigorosamente correta, pois considera unicamente duas equações de equilíbrio de forças, desprezando o equilíbrio de momentos. Para o caso ativo, a incorreção da teoria de Coulomb é em geral desprezível (GEO, 1993). Os principais passos para a solução gráfica de Coulomb estão resumidos a seguir: i) Arbitra-se uma superfície de ruptura , com inclinação próxima à indicada pelo método de Rankine. ii) Plota-se o polígono de forças, considerando todas as magnitudes e direções das forças que atuam na cunha OA1M de solo instável (figura 04). iii) Determina-se o valor do empuxo E1 correspondente à superfície OA arbitrada. iv) Arbitra-se uma nova superfície de ruptura (OA2), plota-se o novo polígono de forças e determina-se o empuxo E2 correspondente. v) Repete-se o procedimento por diversas vezes, com o objetivo de se obter um gráfico de variação do empuxo E com a distância X (afastamento do ponto A da superfície de ruptura em relação ao ponto M no topo do muro). No caso ativo, o ponto correspondente ao valor máximo do gráfico E vs X indica a magnitude do empuxo EA e a posição da superfície crítica de coulomb. No
Figura 05 – Determinação do ponto de aplicação do empuxo.
No caso de empuxo ativo provocado por retroaterro não-coesivo (c’ = 0), a solução analítica do método de Coulomb é explicitada na figura 06.
Figura 06 – Método de Coulomb: equação para cálculo do empuxo ativo.
Exemplificação: PROJETO DE MURO DE ARRIMO
1ª. Etapa - Pré-dimensionamento. (O projeto é conduzido assumindo-se um pré-dimensionamento)
2ª. Etapa - Definição dos esforços atuantes. (Cálculo do empuxo de terra)
Métodos mais utilizados:
Solução: