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Estratégia boa Estratégia ruim utiliza exemplos fascinantes de empresas, entidades sem fins lucrativos e organizações militares para revelar suas originais e pragmáticas ideias; Os exemplos variam da Apple à General Motors, das duas guerras no Iraque ao Afeganistão, de um pequeno supermercado ao Walmart, da Nvidia ao Silicon Graphics, da Getty Trust ao Los Angeles Unified School District, da Cisco Systems ao Paccar e do Global Crossing à crise financeira; Neste livro, Richard Rumelt demonstra que uma estratégia boa é muitas vezes inesperada, pois a maioria das organizações não a possui; Em vez disso, elas estabelecem “visões”, confundem metas financeiras com estratégia e perseguem uma “bagunça” de políticas e ações conflitantes; Refletindo uma compreensão surpreendente e a integração de economia, finanças, tecnologia e história com o brilhantismo e as fraquezas do caráter humano, Rumelt argumenta que a essência de uma estratégia boa é o insight sobre a verdadeira natureza da situação;
Tipologia: Esquemas
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Richard Rumelt, Editora Elsevier, 2011
Aldemir drummond é professor da Fundação Dom Cabral e coor- denador do Núcleo de Estratégia e Economias Emergentes.
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Estratégia é sempre sobre ação, sobre fazer alguma coisa. E ela passa a ser uma boa estratégia quando essa ação tem um norte, uma diretriz deri- vada de um diagnóstico claro e conciso da situação enfrentada, com um conjunto de ações coordenadas. Do ponto de vista prático, uma boa estratégia uti- liza fontes de poder, aplicando-as onde possam surtir grandes efeitos – no curto prazo, o emprego hábil de recursos, políticas e ações; no longo prazo, o desen- vovimento de capacidades valiosas para os negócios. Uma síntese das fontes de poder, segundo Rumelt:
E, mesmo rendendo um tributo ao mainstream da estratégia, na última parte, as inovações trazidas por Rumelt ao seu campo de estudo tornam fundamental a leitura deste livro.
tégia. Inova ao conceituá-la como um processo de resolução de problemas, em que o diagnóstico, as diretrizes e as ações coordenadas formam o seu núcleo fundamental. Inova ao diferenciá-la da estratégia ruim, uma listagem de objetivos desprovidos de um desafio a vencer, ou um fim em si mesmo, nascidos da “visão” de um líder, visionário ou transformacional, acompa- nhada de um template, “missão”, “valores” e “estra- tégia”, sem base no esforço de diagnóstico. Inova, finalmente, ao compará-la a uma hipótese científica, que, como tal, descreve como o mundo funciona. Em 1993, a IBM entrou em declínio. Seu produ- to à época – desktops – tornara-se uma commodity, devido à concorrência dos competidores clone. A indústria de computadores estava se fragmentando, empresas separadas ofereciam chips, memórias, disco rígido, teclados, softwares, monitores, sistemas operacionais, etc. Lou Gestner, CEO da IBM, percebeu que em uma indústria fragmentada, sua empresa era a única com experiência em todas as áreas. Declarou, então, que a IBM precisava continuar integrada, mas não em torno de plataformas de hardware, e sim de soluções para os clientes. Assim, redirecionou os recursos da empresa e lançou uma nova diretriz de ação. Uma estratégia, como uma hipótese científica, é um prog- nóstico culto e elaborado de como o mundo funciona. Ela nasce como um insight ou um julgamento criativo. Em 1983, numa visita à Itália, Howard Schultz, gerente de marketing de uma pequena cadeia de lojas de venda de café torrado em Seattle (EUA), vivenciou a experiência de tomar um café expresso numa cafe- teria em Milão. E pensou em recriar essa experiência na América. Convenceu os donos de sua empresa a lhe darem um pequeno espaço para testar a ideia. Mas, por divergências quanto ao volume de investi- mento, acabou deixando o emprego e começando seu próprio negócio – Il Giornale, uma cópia fiel do Italian expresso bar. Após customizá-lo ao gosto americano, em 1987 ele comprou as operações comerciais de seu antigo empregador e adotou o nome Starbucks. Em 1990, a empresa já era rentável. Em 1992, ele lançou seu IPO já com 125 lojas e 2.000 empregados. Em 2001, com 4.700 lojas, faturava US$ 2,6 bilhões. michel A. AbrAs é professor convidado da Fundação Dom Cabral e consultor de empresas.
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