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Guias e Dicas
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estado da arte um estudo revisado de trabalhos, Trabalhos de Química

estado da arte um estudo revisado de trabalhos

Tipologia: Trabalhos

2025

Compartilhado em 23/04/2025

evandro-souza-67
evandro-souza-67 🇧🇷

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UM ESTADO DA ARTE A RESPEITO DO ENSINO DE QUÍMICA E DE
ESTUDANTES COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
Daniela Silva Rosa
danyela_630@hotmail.com
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
Evandro Conceição de Souza
evandro.souza954@academico.ufgd.edu.br
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
Micael Sanches Manoel
Micaelsanches34@gmail.com
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
Isabella Guedes Martinez
isabellamartinez@ufgd.edu.br
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
RESUMO
Este trabalho se caracteriza como um estado da arte que teve como objetivo mapear,
classificar e interpretar os trabalhos científicos voltados ao Ensino de Química para alunos com
Transtorno do Espectro Autista (TEA). Nesse sentido, buscou-se investigar as dificuldades
pedagógicas existentes no contexto escolar, voltadas para alunos com TEA. Desta forma,
verificou-se como o ensino de Química tem sido abordado para estes alunos e como esse ensino
tem promovido à alfabetização cientifica e a inclusão escolar. Com este propósito, foi realizada
uma pesquisa que nos subsidiou ao acesso aos trabalhos relacionados a esta temática. O corpus
de análise considerado nesta pesquisa foram as publicações que situam entre o período de 2016
e 2022, encontradas entre os trabalhos do Encontro Nacional de Ensino de Química (ENEQ),
anais do Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC) e por fim, no
banco de dados do Google acadêmico. A partir desta pesquisa, foi possível organizar os temas
em categorias, sendo elas: Práticas Pedagógicas no Ensino de Química e Ciências para
Estudantes com TEA, Atividades Lúdicas no Ensino de Química e Ciência para Estudantes
com TEA, Utilização das Tecnologias no Ensino de Química para Estudantes com TEA,
Formação de Professores e Ensino Inclusivo, Ensino de Química e Ciências para Estudantes
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UM ESTADO DA ARTE A RESPEITO DO ENSINO DE QUÍMICA E DE

ESTUDANTES COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Daniela Silva Rosa

danyela_630@hotmail.com

Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Evandro Conceição de Souza

evandro.souza954@academico.ufgd.edu.br

Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Micael Sanches Manoel

Micaelsanches34@gmail.com

Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Isabella Guedes Martinez

isabellamartinez@ufgd.edu.br

Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

RESUMO

Este trabalho se caracteriza como um estado da arte que teve como objetivo mapear, classificar e interpretar os trabalhos científicos voltados ao Ensino de Química para alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Nesse sentido, buscou-se investigar as dificuldades pedagógicas existentes no contexto escolar, voltadas para alunos com TEA. Desta forma, verificou-se como o ensino de Química tem sido abordado para estes alunos e como esse ensino tem promovido à alfabetização cientifica e a inclusão escolar. Com este propósito, foi realizada uma pesquisa que nos subsidiou ao acesso aos trabalhos relacionados a esta temática. O corpus de análise considerado nesta pesquisa foram as publicações que situam entre o período de 2016 e 2022, encontradas entre os trabalhos do Encontro Nacional de Ensino de Química (ENEQ), anais do Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC) e por fim, no banco de dados do Google acadêmico. A partir desta pesquisa, foi possível organizar os temas em categorias, sendo elas: Práticas Pedagógicas no Ensino de Química e Ciências para Estudantes com TEA, Atividades Lúdicas no Ensino de Química e Ciência para Estudantes com TEA, Utilização das Tecnologias no Ensino de Química para Estudantes com TEA, Formação de Professores e Ensino Inclusivo, Ensino de Química e Ciências para Estudantes

com TEA. Como embasamento teórico, metodológico e epistemológico, utilizamos os princípios norteados da Pesquisa Qualitativa. INTRODUÇÃO O presente artigo se iniciou a partir de uma disciplina de Alfabetização Cientifica no Ensino de Química desenvolvida na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Nesse sentido, surgiu a necessidade de se investigar como tem sido abordado e desenvolvido o ensino de Química para estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e como esse ensino tem promovido a alfabetização cientifica e a inclusão escolar. Nesse sentido, vamos pontuar tópicos a respeito da história até se chegar ao período da Inclusão. A exclusão representa a primeira das quatro fases da educação especial; no período da Idade Média, a sociedade era completamente controlada pela religião e por divindades, e acreditava-se que a deficiência seria uma consequência da intervenção de forças demoníacas e, nesse contexto, muitas pessoas que eram física e mentalmente diferentes eram associadas à imagem do diabo e a possessões de feitiçaria e bruxaria, sendo vítimas de perseguições, julgamentos e execuções (CORREIA, 1997). Porém, a religião, com toda influência cultural, ao afirmar que o homem seria a imagem e semelhança de Deus, propiciava interpretação de que realmente havia conflitos em acreditar que o ser humano deveria ser perfeito, e propunha a ideia da condição humana como incluindo perfeição física e mental” (MAZZOTTA, 1986). No período medieval, surgiram as primeiras atitudes de empatia para com pessoas que apresentavam alguma deformidade física, e, sendo assim, “a piedade de alguns nobres e algumas ordens religiosas estiveram na base da fundação de hospícios e de albergues que acolheram deficientes e marginalizados” (SILVA, 2009 p. 136). Ainda segundo o autor, essa condição social, foi o que motivou essa profunda condição de degeneração moral, abandono e miséria, e consequentemente foi interpretada, por parte considerável da sociedade, como necessária à segurança da sociedade (SILVA, 2009). As pessoas com deficiência que suportavam viver em tais condições eram encaminhadas sob regime de escravidão para orfanatos, prisões ou outras instituições do Estado (CORREIA, 1997). Uma Ordem Real de 1606 refere que no Hotel Dieu, um hospital de Paris

procedimento para inseri-los em uma instituição de ensino especial ou numa classe especial somente reforçava o processo segregativo (CORREIA, 1997). Os estudos de Mazzota (1996) apontam três atitudes sociais que marcaram a história da Educação Inclusiva no tratamento proferido às pessoas com deficiência: marginalização, assistencialismo e educação/reabilitação. “ A marginalização é caracterizada como uma atitude de descrença na possibilidade de mudança das pessoas com deficiência, o que leva a uma completa omissão da sociedade em relação à organização de serviços para essa população. O assistencialismo é uma atitude marcada por um sentido filantrópico, paternalista e humanitário, porque permanece a descrença na capacidade de mudança do indivíduo, acompanhada pelo princípio cristão de solidariedade humana, que busca apenas dar proteção às pessoas com deficiência. A educação/reabilitação apresenta-se como uma atitude de crença na possibilidade de mudança das pessoas com deficiência e as ações resultantes dessa atitude são voltadas para a organização de serviços educacionais. Cabe ressaltar que o fato de uma concepção ou atitude social predominar em determinado período não significa que concepções e atitudes diferenciadas não convivam em um mesmo contexto”. (MAZZOTA, 1996) (BRASIL, 2006, p. 05-06). De acordo com Silva (2009), em Portugal, correspondendo a esta fase de institucionalização, foi criado, em 1822, o “Instituto de Surdos, Mudos e Cegos”, a que se seguiram dois asilos para cegos, dois institutos para cegos e dois institutos para surdos (SILVA, 2009 p. 138). Só posteriormente, em 1916, surgirá o Instituto Médico-Pedagógico da Casa Pia de Lisboa, que detinha a função de instituição beneficente voltada para o atendimento a pacientes ditos deficientes, oferecendo-lhes consultas médicas, medicamentos com o intuito de oferecer uma higiene mental e mais tarde como Centro Orientador e de Propaganda Técnica dos Problemas de Saúde Mental e Infantil de todo o país (SILVA, 2009). Em 1941 foi criado o Instituto António Aurélio da Costa Ferreira e, nos anos sessenta, apareceram as primeiras Associações de Pais: a Associação Portuguesa de Pais e Amigos de

Crianças Mongolóides, em 1962, mais tarde chamada Associação Portuguesa de Pais e Amigos de Crianças Diminuídas e, posteriormente, em 1965, Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental, e por outro lado, Centros de Educação Especial e também Centros de Observação, os quais dependiam do Ministério dos Assuntos Sociais (SILVA, 2009). A Integração que representa a terceira das quatro fases da educação especial, se inicia na década de quarenta do século XX assistiu-se, ainda, à construção de centros para pessoas com deficiências, mas a partir dos anos sessenta do mesmo século, os pressupostos teóricos e as práticas de institucionalização começaram a ser questionados (CORREIA, 1997). As transformações sociais do pós-guerra, a Declaração dos Direitos da Criança e dos Direitos do Homem, as Associações de Pais então criadas e a mudança de filosofia relativamente à educação especial, que estiveram na origem da fase da integração (CORREIA, 1997). Tradicionalmente, a integração escolar das crianças e jovens com Necessidades Educacionais Especiais pode ser observada tendo em conta duas situações: a intervenção focalizada no aluno e a intervenção focalizada na escola (SILVA, 2009). As experiências iniciais de integração destes alunos em classes regulares relacionam-se à intervenção focada no aluno; o auxílio ocorria em salas próprias para a finalidade, após um diagnóstico do corpo médico ou psicológico (SILVA, 2009). Foi reduzido de modo a não provocar qualquer incomodo na turma do ensino regular, especificamente porque a permanência destes alunos na escola não ocasionava mudanças a nível do currículo, nem a nível das estratégias pedagógicas utilizadas, a intervenção estava a cargo de professores especialistas, de psicólogos e de terapeutas (SILVA, 2009). “O processo de integração no sistema regular de ensino teve assim, como objetivo, “normalizar” o indivíduo, a nível físico, funcional e social, pressupondo a proximidade física, a interação, a assimilação e a aceitação” (SILVA, 2009 p. 141). A Inclusão que representa a última das quatro fases da educação especial, pressupõe que a escola inclusiva é aquela que cria um ambiente favorável para todas as crianças, incluindo as que apresentam necessidades especiais e super dotação (YOSHIDA, 2018). As crianças com necessidades especiais têm direito à Educação em escola regular, no coexistir com todos os demais alunos, a criança com deficiência deixa de ser “segregada”, o acolhimento consiste na

Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5 rotula esses distúrbios como espectro. É importante compreender que o autismo não é uma doença e sim uma condição. Desta forma cada pessoa dentro do espectro possui características diferentes. Não existe cura para o autismo, porém existem tratamentos e terapias comportamentais que auxiliam as pessoas dentro do espectro a ter mais autonomia e a conviver melhor com outras pessoas do seu cotidiano. Compreendemos que os diagnósticos de TEA são classificados em níveis de intensidade. Sendo assim, pessoas diagnosticadas com nível 1, apresentam sintomas menos graves e requerem apenas um suporte mínimo para auxiliá-los em suas atividades do cotidiano, porém essas pessoas podem ter dificuldades em situações sociais, comportamentos repetitivos e restritivos, sendo capazes de se comunicar verbalmente, no entanto podem ter dificuldade em manter um diálogo (SILVA e MULICK, 2009). É importante dizer que as pessoas classificadas com nível 1, podem apresentar sintomas diferentes entre elas. Pessoas diagnosticadas com nível 2, possuem mais dificuldades com as situações sociais e apresentam comportamento repetitivo e restritivo. Desta forma, o comportamento não verbal pode ser mais atípico, em que podem não fazer muito contato visual, podem não olhar para quem está falando com elas e podem não conseguir expressar emoções por meio da fala (CARLEY, 2019). E as pessoas diagnosticadas com nível 3 necessitam de muito apoio, pois apresentam dificuldades na comunicação e nas habilidades sociais, além de comportamentos repetitivos e restritivos como balanço e ecolalia que atrapalham sua vida cotidiana. Apesar de poderem se comunicar verbalmente, muitas pessoas não falam (SILVA e MULICK, 2009). Desta forma, com base para esta investigação, foi desenvolvido um Estado da arte. Nesse sentido, realizamos um levantamento dos estudos e pesquisas acerca do Ensino de Química, voltada a estudantes autistas. Esta pesquisa se dividiu em três (3) etapas, em que a primeira se centrou nos anais do Encontro Nacional de Ensino de Química (ENEQ), a segunda no site do Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC) e por fim, a terceira no banco de dados do Google acadêmico. ESTADO DA ARTE No contexto desta pesquisa, entende-se por Estado da arte, as pesquisas realizadas para compreender como está a produção acadêmica e cientifica sobre um determinado tema. Sendo

assim, este processo de identificar, mapear e de discutir sobre um determinado tema é um tipo de fonte de revisão bibliográfica (FERREIRA, 2002). Nesse sentido, buscamos compreender como tem sido abordado o ensino de Química para estudantes com TEA. O objetivo foi produzir um levantamento dos estudos e pesquisas, realizados entre os anos de 2016 e início de 2022, a cerca de como tem sido abordado o ensino de Química para estudantes com TEA e como esse ensino tem promovido a alfabetização cientifica e a inclusão escolar. Com o intuito de realizar uma melhor organização, utilizamos os descritores: Ensino de Química, Ensino de Ciências, Ensino Médio, Inclusão, Alfabetização Cientifica, Adaptação, Metodologias Ativas, Autismo, Autistas, Transtorno do Espectro autista, Educação Especial e Educação Inclusivas. Foram encontrados quatrocentos e quarenta (404) trabalhos, dentre eles artigos, teses, anais e dissertações. Toda via, na nossa concepção, apenas vinte (20) trabalhos apresentaram relevância no que tange nossa temática. Sendo assim, categorizamos os trabalhos encontrados nas categorias: Práticas Pedagógicas no Ensino de Química e Ciência para Estudantes com TEA, Atividades Lúdicas no Ensino de Química e Ciências para Estudantes com TEA, Utilização das Tecnologias no Ensino de Química para estudantes com TEA, Formação de Professores e Ensino Inclusivo, Ensino de Química e Ciências para Estudantes com TEA. QUADRO 1: TEMÁTICAS ESCOLHIDAS E QUANTIDADES POR ANO Temáticas 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 Práticas Pedagógicas no Ensino de Química e Ciências para Estudantes com TEA

Atividades Lúdicas no Ensino de Química e Ciência para Estudantes com TEA

Utilização das Tecnologias no Ensino de Química para Estudantes com TEA

Formação de Professores 1 - 1 - - - - Ensino Inclusivo, Ensino de - 1 - - 3 4 -

concluem que o envolvimento dos estudantes com TEA, abriu meios de se trabalhar a inclusão de forma interdisciplinar para a potencialização dos conteúdos de Ciências. O segundo trabalho desta primeira temática, intitulado “Práticas Pedagógicas Significativas no Ensino de Ciências para Autistas” foi realizado pelo Instituto Federal do Espírito Santo (IFES) e trata-se de uma pesquisa que apresenta possibilidades e potencialização do processo de ensino e aprendizado de ciências com estudantes com TEA, por meio da aplicação interventiva de múltiplos métodos no acompanhamento do cotidiano escolar, embasado pela teoria de Aprendizagem Significativa/Crítica. A ideia é que através desse estudo seja possível implementar adaptações das práticas pedagógicas em várias escolas para esses estudantes. Sendo assim, foi realizado sequências didáticas diversificadas com materiais diferenciados (maquetes/projetos, curtas, computadores e tabletes, atividades com imagens/filmes e jogos) em ambientes diferentes como quadra esportiva, laboratório de artes, de ciências, de informática, sala de vídeo entre outros. Desta forma, algumas atividades não são descritas no artigo, pois são condutas aplicáveis essencialmente da atividade do professor de atendimento educacional especializado na sua rotina de trabalho. Os autores concluem que o ensino tradicional, dificulta desenvolvimento e interesse dos estudantes com TEA, sendo necessário repensar as metodologias aplicadas para estes estudantes. Por fim, o último trabalho desta categoria “As estratégias e ferramentas em Educação Inclusiva do transtorno do espectro do autismo (TEA) no Ensino de Ciências: Um olhar nos ENPECs da última década” discutiu sobre estratégias e ferramentas para alunos com TEA, esse trabalho foi desenvolvido por acadêmicos que analisaram os trabalhos publicados nos ENPECs na última década que dissertaram sobre estudantes com TEA no ensino de Ciências. Dentre os trabalhos analisados, foram selecionados apenas quatro (4) que estavam relacionados ao TEA. Desta forma é possível perceber a importância de se analisar e discutir os trabalhos relacionados a estudantes com TEA, pois poucos trabalhos são encontrados a respeito deste assunto. No entanto, para desenvolver estratégias e ferramentas de ensino de ciências, para estudantes com TEA, é necessário um diagnóstico preciso para o desenvolvimento de práticas pedagógicas em turmas, pois é necessário conhecer o aluno para que assim, possa desenvolver estratégias que promovam a inclusão.

Em relação à segunda categoria, Atividades Lúdicas no Ensino de Química e Ciência para Estudantes com TEA” foram encontrados quatro (4) trabalhos. O primeiro é intitulado “Ações Educativas como ferramentas pedagógicas com ênfase para alunos Especiais no Ensino de Química”, ao qual foi realizada pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) no ano de

  1. O objetivo foi desenvolver atividades lúdicas para alunos especiais da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) relacionadas ao conteúdo de Química para facilitar a compreensão dos conceitos e assim através desta metodologia, motivar alunos e professores. Realizou-se com os estudantes um teatro que encenava a importância das macromoléculas na vida de uma menina saudável, jogos didáticos, tabela periódica comestível e dança, os alunos participaram das atividades de forma rotatória. Os autores concluem que as atividades citadas acima, facilitaram a compreensão dos conteúdos de Química, sendo todas as atividades realizadas bem aceitas pelos alunos, pois participaram e interagiram. O segundo artigo analisado foi “Atividades Lúdicas no Ensino de Química para autistas”, foi desenvolvido pelo Instituto Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) o qual se trata de uma proposta de material didático, que tem por objetivo facilitar a aprendizagem de química para estudantes com TEA do 1° ano do Ensino médio. O tema estruturante utilizado neste material didático foi Química e Hidrosfera ao qual se relaciona á Química da água. Sendo assim, a atividade trata-se de um jogo chamado Ilha do Tesouro composto por perguntas e respostas relacionadas ao tema, onde o objetivo do jogo é que o aluno acerte as perguntas e siga uma trilha até chegar a Ilha do Tesouro. O terceiro trabalho, “Inclusão de Alunos autistas: Adaptação de plano de aula de Química” realizado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), discutiu que muitos professores se sentem despreparados para atender estudantes com necessidades especificas educacionais. Desta forma, um grupo do Programa Institucional de Iniciação á Docência (PIBID) Química da UEPG, elaborou planos de aulas adaptados a estudantes com TEA, o que permitiu que os licenciados conhecessem as dificuldades e desafios de inclusão escolar de estudantes especiais e, classes regulares de ensino. Para a elaboração dos planos de aulas verificou-se as características do estudante com TEA, levando em consideração suas habilidades e dificuldades. O plano de aula escolhido refere-se á identificação dos tipos de poluição. Portanto foi realizado um teatro em forma de narrativa, contando a história do

tabela periódica é um jogo que é norteador de 10 perguntas objetivas, todas relacionadas à tabela periódica, bem com, desde sua criação. Fazendo necessária a teoria, para que todo o conhecimento adquirindo em sala de aula, seja colocado em prática com o recurso tecnológico utilizado, é importante relatar que o uso de metodologias alternativas não é para acabar com o ensino tradicional e sim aperfeiçoá-lo para eu haja sempre um ensino continuo, para que novos meios possam ser usados para o ensinar química e dentre outras componentes curriculares. Os autores concluíram que os resultados alcançados foram satisfatórios mediante a metodologia proposta da pesquisa, podendo ser usados com toda a turma não fazendo distinção dos alunos, assim havendo uma inclusão mutua, não sendo necessária uma atividade individual para o aluno independente de sua especificidade com foco no ensino de química, objetivando uma busca alternativa no ensino explorando jogos educacionais, como os jogos virtuais “Quiz da Tabela Periódica” e o “Nome Teste dos Elementos da Tabela Periódica”. No que concerne á quarta temática do quadro 1, “Formação de Professores”, foram encontrados (2) trabalhos. “Interface Universidade/Escola e valorização do pequeno grupo de professores para a formação de professores” os autores dão ênfase em compreender as necessidades formativas dos professores da educação básica por meio de um Pequeno Grupo de Pesquisa (PGP). Um dos focos do estudo foi à inclusão escolar, pois os professores solicitaram a necessidade de discutir a cerca disso, uma vez que o profissional da educação não está instrumentalizado para lidar com essa situação em sala de aula, sendo o foco da discussão “Práticas inclusivas para pessoas com Transtorno do Espectro Autista”. O segundo trabalho relacionado a esta temática “O papel da música no currículo funcional do Ensino de Ciências para alunos com autismo: formação continuada”, foi realizado pela Universidade Federal de Itajubá no ano de 2016, e teve como objetivo refletir sobre a inclusão de alunos com autismo considerando a música num currículo funcional natural. Foi feita uma pesquisa mista (quantiqualitativa), onde buscou-se mostrar a realidade numérica de atendimentos de alunos com autismo na cidade de Itajubá-MG, seguida de um panorama sobre a forma como esses alunos são atendidos hoje. Diante da análise dos dados, e entendendo a necessidade de formação continuada aos professores, foi feita a proposta do curso de formação continuada. O curso de formação continuada busca mostrar aos professores uma ferramenta de trabalho eficiente no manejo de crianças com transtorno do espectro autista: a música. A música

como forma de comunicação primária do ser humano, é dotada de características que estimulam o bom desenvolvimento da criança. Assim, pode ser uma ferramenta útil ao currículo funcional das crianças com TEA assistidas por escolas inclusivas. Para a realização da pesquisa foram seguidos os seguintes passos: - Levantamento do número de escolas que fazem o atendimento de crianças com deficiência na cidade alvo: Itajubá/MG. - Visita às escolas e realização das entrevistas semiestruturadas com os diretores e um professor indicado por ele de cada escola. - Organização e análise hermenêutica dos dados coletados nas entrevistas. - Elaboração de proposta do curso de formação continuada para professores baseado nos resultados encontrados. A autora concluiu que a Inclusão de crianças com TEA não é uma tarefa simples para a comunidade escolar. Muitas questões permeiam esse processo. Questões como as dificuldades que o meio social impõe, as dificuldades pedagógicas que os professores encontram e muitas vezes não sabem como direcioná-las, são alguns exemplos. A autora também afirma que, mesmo existindo uma troca entre os alunos com deficiência e os alunos típicos no que diz respeito aos benefícios de Inclusão, existem muitas barreiras que ainda mostram resistências a esse processo. Professores que confundem inclusão com o aceitar a matrícula de um aluno com deficiência é um exemplo de barreira ao processo de inclusão. Esse tipo de postura escolar acaba prejudicando o bom desenvolvimento do aluno e consequentemente prejudica o processo de inclusão escolar. Não adianta todas as potencialidades que a música apresenta ao desenvolvimento humano se não for agradável ao aluno com deficiência. O ponto crucial sempre é o bem-estar do aluno. Se esse não está se sentindo confortável, o processo de aprendizagem não se dará de forma satisfatória, abrangendo todas as suas potencialidades. Na quinta categoria “Ensino Inclusivo, Ensino de Química e Ciências para Estudantes com TEA” foram encontrados oito (8) trabalhos. No artigo “Ensino Inclusivo de Química: Uma proposta de tabela periódica para os autistas” foi desenvolvida uma proposta de Tabela Periódica (TP) inclusiva, adaptada pelos autores, na qual visa o desenvolvimento do estudante com TEA com essa ferramenta e assim como promover interações sociais entre alunos com TEA e alunos que não possuem esse transtorno no âmbito escolar. Sendo assim a TP foi adaptada utilizando EVA em cores específicas que estão relacionadas com o TEA, como a cor azul que além de representar alunos com TEA é caracterizada por promover a comunicação verbal e a cor amarela e laranja são caracterizadas por promover a sociabilidade com esses alunos e quebrar a monotonia. Entretanto, de acordo com os autores essa proposta descrita não foi realizada, será uma das etapas futuras.

O referencial teórico utilizado pela autora foi sempre seguindo a metodologia Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handicapped Children (TEACCH – Tratamento e Educação de Crianças com Autismo e Problemas de Comunicação Relacionados), desenvolvida por Eric Schopler. A pesquisa consiste, na estruturação e adequação do ambiente espaço, atividades e materiais, no sentido de reduzir a ansiedade, diminuir os comportamentos disruptivos e assim poder potenciar as aprendizagens, a autonomia e a independência destas crianças. A pesquisa foi realizada com uma criança de quatorze (14) anos, do 9º ano do ensino fundamental. O autor concluiu que embora com as suas limitações sociais e de comunicação, este jovem está integrado em contexto escolar e consegue adquirir competências. O contexto escolar em que o aluno se insere é propício à aquisição de novos saberes e competências sociais, emocionais e intelectuais, onde os professores e colegas respeitam a diferença e conseguem estimular e desenvolver aprendizagens, ajudando-o na sua formação e no seu desenvolvimento integral. O artigo cujo título é “Ensino de Ciências da Natureza e Recursos Didáticos para Estudantes com Deficiência e com Transtorno do Espectro Autista: Um estudo bibliográfico”, foi realizado pela Universidade Federal de São Carlos, no ano de 2021. A autora realizou uma pesquisa bibliográfica que discorreu a respeito de uma revisão de trabalhos científicos na área do ensino de Ciências da Natureza sobre a produção de recursos didático-pedagógicos no contexto da educação inclusiva. A partir do levantamento por meio das plataformas digitais SciELO, CAPES, BDTD e Google acadêmico, foram selecionados 111 trabalhos, dentre eles artigos, anais de evento, dissertações, teses, monografias e trabalhos de conclusão de curso, no período entre 2008 e

  1. As análises tiveram o objetivo de evidenciar a diversidade, a criação e o uso de recursos no processo de ensino e aprendizagem dos alunos vinculados à educação especial na educação básica. O procedimento metodológico escolhido foi a pesquisa bibliográfica, este possibilita a análise e posterior reflexão crítica de fontes bibliográficas pré-existentes a partir de etapas ordenadas e flexíveis conforme os objetivos da pesquisa. Com essas pesquisas a autora pode demonstram que o acesso à escola não garante a aprendizagem. A legislação voltada à educação inclusiva tem avançado ao longo dos anos e de fato contribuiu para o aumento do número de matrículas de alunos com deficiência/TEA no ensino regular, porém ainda tratam a educação especial de forma genérica, ou seja, à parte das

políticas da educação básica. Portanto, percebe-se a necessidade da criação de políticas públicas dentro da educação básica que considerem as especificidades do alunado no currículo e que estejam direcionadas ao cotidiano da sala de aula ao alocar mais investimentos em infraestrutura, tecnologia e materiais didáticos, junto do incentivo a pesquisas que melhorem as práticas mediadoras, embasando suficientemente os professores na formação inicial e continuada, e desenvolvam e disponibilizem recursos didático-pedagógicos adequados para garantir uma educação verdadeiramente inclusiva que promova processos de desenvolvimento humano. O quinto artigo desta categoria cujo título é “Pedro e o Poder da Inclusão: O Ensino de Ciências para alunos de Ensino Fundamental diagnosticados no espectro Autista usando narrativas heroicas”, foi realizado pelo Instituto Federal do Espírito Santo, no ano de 2020. Os sujeitos dessa pesquisa são alunos de escolas de Ensino Fundamental da rede pública estadual do Espírito Santo. O objetivo geral, por intermédio de bases teóricas construtivistas, foi analisar os modelos de aprendizagem dos alunos com TEA voltados a área de Ciências, compreendendo suas potencialidades e construindo um produto educacional que lhes atribua por intermédio de uma aprendizagem significativa, habilidades para um aprender mais sólido, e que permita a passagem de um aprendizado concreto-empírico para um aprendizado formal-lógico e simbólico. Mais precisamente foi realizado, nesse trabalho, pelos modelos diagnósticos e compreensivos do autismo que as narrativas heroicas (produto educacional ensejado) alcançaram um aprendizado mais significativo e útil ao cotidiano dos sujeitos. A metodologia proposta objetivou aplicação de um questionário diagnóstico e realizar análises do modelo de aprendizagem e das melhores estratégias didático pedagógicas para o ensino de ciências com alunos com TEA, e partir dos resultados construir um e-book com narrativas heroicas que auxiliem e potencializem o aprendizado, voltado à verdadeira inclusão. O uso de narrativas heroicas e de uma aprendizagem significativa potencializaram o aprendizado dos alunos com TEA. O autor concluiu que a partir deste trabalho pode verificar que, o processo ensino aprendizagem executado de forma desinteressante para o aluno TEA, não terá o mesmo êxito e será somente exaustivo, considerando que a criança não apresentará a mesma energia que dispõe quando realiza uma atividade de seu interesse e se o interesse como vimos é a finalidade da ação, então é ele que permite escolher os meios, ou seja, objetos para chegar à satisfação de cumprir suas necessidades.

desenvolvidas estavam baseadas na utilização dos sentidos sensoriais para compreensão dos conceitos. Sendo a audição e a visão os primeiros sentidos a serem explorados através da temática acerca de alimentos. Posteriormente, todos os sentidos serão explorados (Tato, paladar, olfato, visão e audição) aonde os alunos terão que perceber semelhanças e diferenças entre bananas, verdes, maduras, cozidas e apodrecidas, verificando sua cor, textura, odor e gosto. Relativo a sétima categoria denominada “Alfabetização e o Transtorno do Espectro Autista”, estudamos um (1) trabalho denominado “Vestindo os Óculos da Pedagogia Waldorf: Inclusão, Alfabetização e Transtorno do Espectro Autista”, o qual foi realizado pela Universidade Estadual Paulista – UNESP, no ano de 2020, o referencial teórico utilizado foi a Pedagogia Waldorf, criada por Rudolf Steiner que se mostrou favorável a esse processo de inclusão, baseia-se em princípios de valorização das potencialidades do ser humano, propondo uma educação integral que visa o atendimento às necessidades de cada indivíduo. Dentro dessa temática, a presente pesquisa teve como objetivo geral descrever e analisar o processo inicial de alfabetização e letramento, considerando uma classe comum com um aluno diagnosticado com TEA. A autora concluiu por meio desse levantamento e constatou-se uma grande defasagem com relação às publicações acadêmicas com a temática da pesquisa em questão, envolvendo inclusão escolar, alfabetização, TEA e Pedagogia Waldorf. Não foi encontrado nenhum trabalho que correspondesse a essa busca nas bases de dados pesquisadas, nacionais e internacionais, evidenciando a autenticidade e importância da divulgação desta pesquisa. Por meio da pesquisa foi possível ressaltar a importância da reflexão da própria prática pedagógica, analisando o nível de desenvolvimento de cada aluno, a responsividade dos discentes e da própria docente para a atividade trazida, quais estratégias seguir, quais materiais e instrumentos são necessários, avaliar-se em todo o processo para melhorar e proporcionar um É um árduo processo de encantar e não deixar de encantar-se pela beleza do processo de ensino- aprendizagem dos alunos. PARA NÃO CONCLUIR Esta pesquisa se caracterizou como Estado da Arte, pois visou descrever a produção cientifica que relaciona ao desenvolvimento do estudante com TEA durante o processo de

ensino e aprendizagem. Nesse sentido, buscou-se investigar as dificuldades pedagógicas existentes no contexto escolar, voltadas para alunos com TEA. Desta forma, verificou-se como o ensino de Química tem sido abordado para estes alunos e como esse ensino tem promovido à alfabetização cientifica e a inclusão escolar. Para tanto, foi realizada uma busca em diferentes fontes bibliográficas, a qual se delimitou entre os anos de 2016 e 2022. É importante destacar que esta pesquisa teve como embasamento teórico a pesquisa qualitativa. Ademais, referente aos descritores escolhidos, tivemos o intuito de direcionar a revisão para trabalhos que abordassem o ensino de Química e Ciências para alunos com TEA. O presente estudo permitiu identificar, uma realidade para o TEA em que, de um lado, o desenvolvimento de pesquisas pautadas na multidisciplinaridade na educação, e do outro, a pouca abordagem de estudos sobre autismo, o que remete a questionamentos sobre a realidade dos processos de inclusão educacional. É possível observar que o assunto é complexo e que remete o entendimento não apenas de currículo e práticas pedagógicas ajustadas às demandas dos estudantes autistas, mas sobretudo de estudos mais avançado sobre educação, neurociência e comportamento humano, buscando assim efetivar realmente uma educação integral. Nossa intenção, ao analisar as pesquisas abordadas é discutir a escolarização de pessoas diagnosticadas com TEA e compreender como se constitui o campo da produção de conhecimento sobre a escolarização de estudantes assim diagnosticados, a fim de visualizar um panorama sobre a produção acadêmica. Como nós, acadêmicos de licenciaturas e futuros professores de estudantes autistas, podemos trabalhar em sala de aula de forma a aumentar nossas competências didáticas e, ao mesmo tempo, aumentar nossa sensibilidade e empatia? De que maneira se constrói a inclusão? E que atendimento educacional é possível para essas pessoas em meio a tantas incertezas? REFERÊNCIAS CORREIA, A. M.; FERNANDES, P. EDUCAÇÃO ESPECIAL: LIMITES E POTENCIALIDADES DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA. Revista interritórios. Revista de Educação Universidade Federal de Pernambuco, BR, v.2, n.3, 2016. FERREIRA, N. S. A. As pesquisas denominadas "estado da arte." Educação & sociedade,