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Escritórios Virtuais e Globalização: O Desafio ao Paradigma do 'Escritório Real' (Part I), Resumos de Administração Empresarial

Neste artigo, murilo m. Nogueira discute o paradigma do 'escritório real' e a disseminação do conceito de 'escritório virtual' na era da globalização, tecnologia avançada e mudanças políticas. O autor questiona a necessidade de locais físicos permanentes e a infraestrutura tradicional em empresas.

Tipologia: Resumos

2012

Compartilhado em 13/10/2022

marcus-agrippa
marcus-agrippa 🇧🇷

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Escritórios Virtuais e Globalização (parte I): o abalo do “Escritório Real”
Murilo M. Nogueira
Nesta série de três artigos discutiremos o paradigma do “Escritório
Real”, o surgimento do conceito de “Escritório Virtual” e sua
disseminação em todo o mundo, dentro do painel de intensas
mudanças políticas e tecnológicas do final do século XX.
Em que você pensa quando ou ouve a palavra “empresa”?
Talvez em pessoas, máquinas, produtos, serviços, lucro...
Certamente, você terá visualizado tudo isso em um ambiente:
salas de escritórios, galpões, prédios... Temos como um fato
implícito que toda empresa possui um ou mais locais físicos
definidos nos quais se desenrolam suas “atividades”.
Esse paradigma não escrito, que aqui chamaremos de “Escritório
Real”, se apoia em três conceitos:
1) Toda Empresa tem endereços fixos e permanentes, chamados “sede e filiais”.
2) Todos os funcionários da Empresa devem se deslocar diariamente para esses endereços, onde
executam suas tarefas durante um período regular, chamado de “expediente”.
3) Toda a infraestrutura e recursos necessários às tarefas devem estar disponíveis nesses
endereços, todo o tempo.
Assim tem sido desde as guildas medievais, passando pelos empreendimentos comerciais e
financeiros da Europa mercantilista, fábricas da Era Industrial, chegando até as modernas
empresas do século XX.
Contudo, os acontecimentos dos últimos anos do século passado vieram por em cheque esse
paradigma, abalando as estruturas do Escritório Real.
A Nova Ordem Mundial
Entre 1989 e 1993 cai o Muro de Berlim, desaparece a União Soviética, surge a União Europeia e
os Estados Unidos invadem o Iraque pela primeira vez. Mais do que o fim da Guerra Fria, esses
eventos marcam o início de um novo arranjo político mundial, em que os países agem e se
relacionam não mais por afinidades ideológicas, mas por interesses comerciais, e em que a
importância de uma nação se apoia não tanto na sua força bélica como no seu poderio
econômico.
O comércio internacional cresce e a interação cultural aumenta como nunca antes pela
abertura de fronteiras, migração de populações e disseminação de informações facilitada pela
Nova Tecnologia de Informação.
A Nova Tecnologia da Informação
Já nos anos 1960, e mais fortemente a partir dos anos 1980, o progresso tecnológico na área da
eletrônica digital e telecomunicações (microprocessadores, microcomputadores, fibras ópticas,
transmissão digital de dados e voz) alterou dramaticamente a produtividade e métodos de trabalho
do escritório convencional. Máquinas de escrever, arquivos de fichas, mimeógrafos, telegramas
são exemplos de itens típicos de qualquer escritório há 30 anos, hoje extintos.
Também nos anos 1980 outro fenômeno ganha força e popularidade: a internet (e, mais tarde, a
World Wide Web) integra pessoas e instituições de todo o planeta numa grande rede mundial de
computadores e documentos, revolucionando os métodos de trabalho, criando novos e mais
eficazes meios de interação profissional e troca de informações.
Sobre o autor:
Murilo M. Nogueira é
graduado em Engenharia
(UFRJ), Administração de
Empresas (UERJ) e
Informática (UERJ), com
especialização em
Engenharia Econômica
(UFRJ) e MBA em
Management (FGV-RJ).
É Diretor da Espaço 2D
Escritórios Virtuais.
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Escritórios Virtuais e Globalização (parte I): o abalo do “Escritório Real”

Murilo M. Nogueira

Nesta série de três artigos discutiremos o paradigma do “Escritório Real”, o surgimento do conceito de “Escritório Virtual” e sua disseminação em todo o mundo, dentro do painel de intensas mudanças políticas e tecnológicas do final do século XX. Em que você pensa quando lê ou ouve a palavra “empresa”? Talvez em pessoas, máquinas, produtos, serviços, lucro... Certamente, você terá visualizado tudo isso em um ambiente: salas de escritórios, galpões, prédios... Temos como um fato implícito que toda empresa possui um ou mais locais físicos definidos nos quais se desenrolam suas “atividades”. Esse paradigma não escrito, que aqui chamaremos de “Escritório Real”, se apoia em três conceitos:

  1. Toda Empresa tem endereços fixos e permanentes, chamados “sede e filiais”.
  2. Todos os funcionários da Empresa devem se deslocar diariamente para esses endereços, onde executam suas tarefas durante um período regular, chamado de “expediente”.
  3. Toda a infraestrutura e recursos necessários às tarefas devem estar disponíveis nesses endereços, todo o tempo. Assim tem sido desde as guildas medievais, passando pelos empreendimentos comerciais e financeiros da Europa mercantilista, fábricas da Era Industrial, chegando até as modernas empresas do século XX. Contudo, os acontecimentos dos últimos anos do século passado vieram por em cheque esse paradigma, abalando as estruturas do Escritório Real. A Nova Ordem Mundial Entre 1989 e 1993 cai o Muro de Berlim, desaparece a União Soviética, surge a União Europeia e os Estados Unidos invadem o Iraque pela primeira vez. Mais do que o fim da Guerra Fria, esses eventos marcam o início de um novo arranjo político mundial, em que os países agem e se relacionam não mais por afinidades ideológicas, mas por interesses comerciais, e em que a importância de uma nação se apoia não tanto na sua força bélica como no seu poderio econômico. O comércio internacional cresce e a interação cultural aumenta como nunca antes ― pela abertura de fronteiras, migração de populações e disseminação de informações facilitada pela Nova Tecnologia de Informação. A Nova Tecnologia da Informação Já nos anos 1960, e mais fortemente a partir dos anos 1980, o progresso tecnológico na área da eletrônica digital e telecomunicações (microprocessadores, microcomputadores, fibras ópticas, transmissão digital de dados e voz) alterou dramaticamente a produtividade e métodos de trabalho do escritório convencional. Máquinas de escrever, arquivos de fichas, mimeógrafos, telegramas são exemplos de itens típicos de qualquer escritório há 30 anos, hoje extintos. Também nos anos 1980 outro fenômeno ganha força e popularidade: a internet (e, mais tarde, a World Wide Web) integra pessoas e instituições de todo o planeta numa grande rede mundial de computadores e documentos, revolucionando os métodos de trabalho, criando novos e mais eficazes meios de interação profissional e troca de informações. Sobre o autor: Murilo M. Nogueira é graduado em Engenharia (UFRJ), Administração de Empresas (UERJ) e Informática (UERJ), com especialização em Engenharia Econômica (UFRJ) e MBA em Management (FGV-RJ). É Diretor da Espaço 2D Escritórios Virtuais.

A popularização dos computadores portáteis (laptops ou notebooks) e telefones celulares, por sua vez, conferiu mobilidade ao trabalho, que passou a ser realizado a qualquer hora, em qualquer lugar. O Novo Mercado Global As mudanças políticas e o progresso tecnológico colaboraram para criar um mercado único global, altamente competitivo. As empresas agora concorrem não apenas com o vizinho, mas com companhias de países tão distantes quanto China, México e Irlanda. Também o dinheiro venceu fronteiras. O Euro unifica as moedas da Europa. O dólar se consolida como referência universal e, mais importante, mercados financeiros, bancos e bolsas de valores estão acessíveis a investidores de qualquer lugar do mundo. Milhões de dólares saem de uma aplicação para outra, de um país para outro, em segundos, apertando uma simples tecla de computador. Surgem grandes fortunas e grandes crises mundiais: México, Ásia, Rússia... E nas empresas, o que mudou? Quase tudo! Tecnologia, produtos, métodos de trabalho, clientes, fornecedores, concorrentes... Agilidade, flexibilidade e baixo custo passam a ser as palavras-chave. Tudo passa a ser questionado: é a época da qualidade total, reengenharia, terceirização, just-in- time, benchmarking... Novas palavras com uma coisa em comum: mudança. Se tudo mudou no Escritório Real, por que não ele próprio? Endereços físicos permanentes, equipes de trabalho com horários fixos, infraestrutura própria, tudo isso significa custos, burocracia, lentidão... Enquanto caíam muros, fronteiras e paradigmas, os alicerces antigos e sólidos do Escritório Real começaram a apresentar suas primeiras rachaduras. Nota para divulgação: Este texto foi preparado com o único objetivo de divulgar o conceito de Escritório Virtual e suas vantagens, porém julgamos adequado nomear as fontes primárias. Caso queira reproduzir os textos ou citá-los em trabalhos técnicos ou acadêmicos, blogs ou páginas da internet, favor fazer referência ao autor e ao endereço da página onde está o artigo, como no modelo abaixo: M.M. NOGUEIRA. Escritórios virtuais para novos negócios. Disponível em: https://www.espaco2d.com.br/artigo4.htm