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ESCRITA DE SINAIS E CONVERSAÇÃO EM LIBRAS, Slides de Comunicação

Praticar conversação por meio de diálogos em LIBRAS. PRÉ-REQUISITOS ... O diálogo é tido como uma prática de conversação entre duas ou mais pessoas podendo ...

Tipologia: Slides

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Miguel86
Miguel86 🇧🇷

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A
ESCRITA DE SINAIS E CONVERSÃO
EM LIBRAS
METAS
Introdução à escrita de sinais e à conversação por meio de diálogos em LIBRAS.
OBJETIVOS
Ao fi nal desta aula, o aluno deverá:
Compreender o sistema visuo-gráfi co-esquemático Sutton-SignWriting
Praticar conversação por meio de diálogos em LIBRAS.
PRÉ-REQUISITOS
Aula 7 – Aspectos Gramaticais da LIBRAS
Aula 8 – Aspectos Sintáticos da LIBRAS
Aula 9 – Introdução ao Vocabulário em LIBRAS.
Edivaldo da Silva Costa
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A

ESCRITA DE SINAIS E CONVERSAÇÃO

EM LIBRAS

METAS

Introdução à escrita de sinais e à conversação por meio de diálogos em LIBRAS. OBJETIVOS Ao fi nal desta aula, o aluno deverá: Compreender o sistema visuo-gráfi co-esquemático Sutton-SignWriting Praticar conversação por meio de diálogos em LIBRAS. PRÉ-REQUISITOS Aula 7 – Aspectos Gramaticais da LIBRAS Aula 8 – Aspectos Sintáticos da LIBRAS Aula 9 – Introdução ao Vocabulário em LIBRAS.

Edivaldo da Silva Costa

Língua Brasileira de Sinais

INTRODUÇÃO

Prezado acadêmico, seja bem-vindo à Escrita de Sinais e Conversação em LIBRAS. Nesta aula estudaremos o sistema visuo-gráfico-esquemático Sutton-SignWriting. Além disso, serão apresentados diálogos práticos em LIBRAS, em situações contextualizadas, e os sinais que serão praticados são os que foram estudados na aula anterior, Introdução ao Vocabulário em LIBRAS. Obrigado(a)!

O SISTEMA SUTTON-SIGNWRITING

O Sutton-SignWriting System (SW) é um sistema visuo-gráfico- esquemático para registro de quaisquer línguas cinésico-visuais no mundo, idealizado em 1974, pela coreografa californiana Valerie Sutton, na Universidade de Copenhague, na Dinamarca, juntamente com os pesquisadores de surdos da Dansk TangSprog (DTS). Esse sistema é possível de ser aplicável na área de escrita de sinais, porém ainda falta a regulamentação legal para o seu devido uso, como o pedagógico, em nosso país. Até a década de 1970, as línguas de sinais, conforme Gesser (2009) aponta, eram consideradas ágrafas ou sem escrita, pois não possuíam uma forma de registro próprio. Anterior a essa década, de acordo com Stumpf (2005) e Barreto e Barreto (2015), surgiram alguns sistemas de notações como o Mimographie, em 1822, pelo educador francês Roch-Ambroise Auguste Bébian e, em 1960, o StokoeNotation, pelo linguista estadunidense William C. Stokoe Jr. Na Figura 02 estão dispostas as fotografias e sinais pessoais dos respetivos pesquisadores norte-americanos, Valerie Sutton, dançarina e idealizadora ouvinte do sistema SW, Adam Frost, professor surdo usuário da American Sign Languege (ASL) e sua forma gráfica e Stephen E. Slenvincski Jr., programador ouvinte responsável pela criação de softwares e plataformas virtuais do SW. Ver glossário no final da Aula Ver glossário no final da Aula

Língua Brasileira de Sinais Em 2015, Leoni Ramos Souza Nascimento foi o primeiro professor a lecionar a disciplina Escrita de Sinais no curso de graduação em Letras Libras Licenciatura da Universidade Federal de Sergipe. Na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Stumpf (2005) defendeu no Programa de Pós-graduação em Informática na Educação a primeira tese de doutorado sobre SW e destacou que a sua “estrutura é composta de informações referentes às mãos, movimento, expressão facial e corpo” (p. 58). Mão: direita/esquerda Configuração de Mão: Grupo, Sentido, Palma, Posição, Configuração dos dedos e local. Configuração de Braço: Plano de antebraço, Ângulo de antebraço, Plano de braço e Ângulo de braço. Movimento: dedos e mão Movimento dos dedos: Movimento interno, Frequência e Dedo(s) Movimentos da mão: Contato (Tipo de contato, Frequência, Local da mão em contato e Local em contato com a mão), Movimento (Tipo de movimento, Posição, Frequência e Tamanho) e Dinâmica. Expressão facial: testa, sobrancelha, olhos, olhar, bochecha, nariz, boca, língua, dentes, outros. Corpo: ombro, tronco, cabeça e Movimento O sistema SW é formado a partir da convenção simbólica dos três seguintes elementos geométricos: quadrado – punho fechado, círculo – punho aberto e pentágono – mão plana, conforme mostrado na Figura 05. Figura 05 – As três configurações básicas de mão. Fonte: Imagens retiradas de SUTTON (1996). Punho fechado Punho Aberto Mão Plana Por conta do espaço de sinalização emergem dois planos: parede e chão e orientações de palma frontal, medial e dorsal (Ver Figura 06).

Escrita de Sinais e Conversação em Libras (^) Aula 10 Figura 06 – Planos parede e chão, respectivamente, para CM [D]. Fonte: Imagens retiradas de SUTTON (1996). Plano Parede Plano Chão Conforme Sutton (1996), o SW tem dez grupos de símbolos para mãos que são agrupadas numa sequência dos dedos usados denominados SEQUÊNCIA-SÍMBOLO-SIGNWRITING (Fig. 07), que é a ordem dos símbolos usada para procurar sinais nos dicionários escritos em SW, os quais possuem todas as configurações de mão, pois é um sistema universal que deve ser traduzido e adaptado a qualquer língua de sinais no mundo. Os grupos de mãos seguem a sequência dos números na ASL. A pesquisadora surda brasileira, Marianne Rossi Stumpf vinculada ao Projeto SignNet e com o apoio institucional do CNPq/ProTeM – UCPel/PUC-RS/ULBRA realizou a tradução parcial e adaptação do livro Lessons in SignWriting: a system of Written for Sign Language, de Valerie Sutton, do Inglês/ASL para o Português/LIBRAS, o qual foi publicado originalmente pelo Deaf Action Commite for SignWriting (DAC). Figura 07 – Grupos de mãos. Fonte: Arquivo pessoal.

Escrita de Sinais e Conversação em Libras (^) Aula 10 O SW possui seis símbolos de contato: tocar, duplo tocar, esfregar, escovar, bater e pegar. Os símbolos de dedos também são seis: articulação média fecha, articulação média abre, articulação proximal fecha, articulação proximal abre, articulações proximais abrem e fecham simultaneamente e articulações proximais abrem e fecham alternadamente. Meu/Minha Faca Perguntar Amigo(a) Universo Contexto Andar Escola

Língua Brasileira de Sinais Cavalo Animais Tigre Onça Figura 10 – Exemplos de escrita de sinais com símbolos de contato e de dedos, respectivamente. Fonte: Arquivo pessoal e imagens 3D-SW cedidas pelo surdo Carlos Magno Azevedo Silva. As setas de movimentos se estabelecem como formas geométricas vetoriais sendo retilíneas, curvilíneas, angulares, sinuosas, semicirculares e helicoidais. O movimento para cima e para baixo paralelo à parede é escrito com setas duplas, diferentemente do movimento para frente e para trás paralelo ao chão, que é escrito com setas simples. Os movimentos para os lados podem ser escritos com setas simples ou duplas. A mão direita é representada por seta de ponta preta, a mão esquerda por seta de ponta branca e a seta neutra por ambas as mãos. Os símbolos de dinâmica de movimentos podem ser adicionados as expressões faciais ou configurações de mão para classificadores e indicam simultaneidade, alternância, consecutivo, lento, rápido, tenso e relaxado.

Língua Brasileira de Sinais Uma pessoa passar por outra Prédios Floresta/Natureza Figura 11 – Exemplos de escrita de sinais com setas de movimento. Fonte: Arquivo pessoal e imagens 3D-SW cedidas pelo surdo Carlos Magno Azevedo Silva. Os símbolos de face se compõem nas expressões faciais e se dividem em dez grupos: testa, sobrancelhas, olhos, direção do olhar, bochecha, nariz, boca, língua, dentes e outros. Meio dia Não querer Ainda não

Escrita de Sinais e Conversação em Libras (^) Aula 10 Não gostar Crianças Muito longe Figura 12 – Exemplos de escrita de sinais com símbolos de face. Fonte: Arquivo pessoal e imagens 3D-SW cedidas pelo surdo Carlos Magno Azevedo Silva. ATENÇÃO!!! O sistema Sutton-SignWriting System não possui nenhuma relação com os códigos de registros gráficos das línguas orais-auditivas que seguem o código alfabético. Para saber mais sobre os diferentes sistemas de escrita de sinais no Brasil consulte Silva et al. (2018) e para ter acesso completo a descrição do sistema SW (SUTTON, 1996) consulte: https://www. signwriting.org/archive/docs5/sw0472-BR-Licoes-SignWriting.pdf.

DIÁLOGO E CONTEXTOS

“Quando uma pessoa aprende uma língua, apreende também os hábitos culturais e os contextos aos quais certas expressões estão vinculadas. Diante de situações como apresentações de pessoas, cumprimentos, saudações, cerimônias religiosas, casamentos, velórios, entre outros eventos, as pessoas assumem comportamentos distintos e se comunicam de acordo com estas situações. Para todas as situações há formas de expressões diferenciadas mais formais e informais. Por exemplo, o cumprimento e saudações de duas pessoas que são amigas são diferentes do de pessoas que são apenas conhecidas e diferente ainda de pessoas que estão sendo apresentadas pela primeira vez.” (FELIPE, 2005, p. 15)

Escrita de Sinais e Conversação em Libras (^) Aula 10 A) Bom dia! Você é surdo(a)? B) Bom dia! Sim, eu sou surdo(a). E você também é surdo(a)? A) Não! Eu sou ouvinte, intérprete de Língua de Sinais? B) Que bom! Qual é o seu nome? A) O meu nome é _______. E, qual é o seu nome? B) O meu nome é _______. Qual é o seu sinal? A) O meu sinal é ______. Qual é o seu sinal? B) O meu sinal é ______. Nós dois vamos conversar lá fora? A) Desculpa, eu preciso ir para aula depois eu voltarei, você poderá me aguardar aqui embaixo, ok? B) Ok, eu o aguardarei. DIÁLOGO EM LIBRAS – II “Advérbios de tempo, calendário, dias da semana e meses do ano”

Língua Brasileira de Sinais A) Oi, tudo bem? Você trabalha pela manhã, tarde ou à noite? B) Oi, tudo bem. Trabalho pela manhã. A) Você acorda que horas? B) Eu acordo às 5:00 horas da manhã. A) 5:00 horas, por quê? O seu trabalho fica distante? B) Sim, muito longe. A) Ah! Desculpe eu preciso sair. B) Ok. Tchau!

CONCLUSÃO

O sistema SignWriting (SW) surgiu em 1974 a partir do DanceWriting (DW), este último criado em 1970 por meio da relação em dança e Língua de Sinais, o parâmetro movimento. O SW é uma potente ferramenta de registro da LIBRAS e pode ser aplicado à educação de surdos, pois no processo de escolarização, aprendem a língua de sinais formal, apoiados nas experiências visuais e na comunidade surda desenvolvem as sentenças linguísticas por meio dos classificadores e do português sinalizado.

RESUMO

A conversação é a base das relações interpessoais sendo marcada pelo contexto no qual o indivíduo está inserido, podendo ser familiar, escolar, de trabalho ou de comunidade. No contexto familiar, a maioria dos surdos possuem pais ouvintes e desenvolvem a língua de sinais informal por meio dos gestos.

Língua Brasileira de Sinais FELIPE dos Santos, Tanya Amara. Libras em contexto: Curso Básico. 6 ed. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2005. GESSER, Audrei. LIBRAS? Que língua é essa? Crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. NASCIMENTO, Leoni Ramos Souza; COSTA, Edivaldo da Silva. A importância da escrita de língua brasileira de sinais por meio do sistema SingWriting. In: 9º Encontro Internacional de Formação de Professores (ENFOPE) e 10º Fórum Permanente de inovação Educacional (FOPIE), Universidade Tiradentes, Aracaju-SE, 2016. SILVA, Alan David Sousa; COSTA, Edivaldo da Silva; BÓZOLI, Daniele Miki Fujikawa; GUMIERO, Daniela Gomes. Os sistemas de escrita de sinais no Brasil. Revista Virtual de Cultura Surda (RVCS). Editora Arara Azul, Ed. N. 23, 2018. RIBEIRO, Sérgio. Escrita de sinais na educação do aluno surdo. Instituto Memória, 2016. STUMPF, Marianne Rossi. Aprendizagem da escrita de língua de sinais pelo sistema de SignWriting: língua de sinais no papel e no computador. 2005 Tese (Doutorado em Informática na Educação). Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, Porto Alegre, 2005. SUTTON, Valerie. Lessons in SignWriting: a system of written for sign language. Deaf Action Commite for SignWriting - DAC, La Jolla, Califórnia- USA, 1996.

GLOSSÁRIO

ASL – Língua Americana de Sinais (American Sign Language) Classificadores: São configurações de mãos específicas que, relacionadas à coisa, pessoa e animal, funcionam como marcadores de concordância e podem vir junto ao verbo para classificar o sujeito ou o objeto ligado à ação verbal. DTS – Língua de Sinais Dinamarquesa (Dansk Tegnsprog). Para ver mais sobre essa língua, acesse o site: http://dansktegnsprog.dk Português Sinalizado: É uma modalidade utilizada nas metodologias bimodalistas por meio dos sinais dispostos na sintaxe e semântica da Língua Portuguesa.