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Escoliose Idiopática do Adolescente: Diagnóstico e Tratamento Conservador, Slides de Fisioterapia

Contém história natural, etiologia, fatores de risco, avaliação clínica, anamnese, exame objetivo, avaliação imagenologica, tratamento, ortetização, monitoramento, exercícios de tratamento. Slides apresentados em seminário acadêmico com nota máxima.

Tipologia: Slides

2023

À venda por 21/06/2024

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sarah-parada 🇧🇷

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Escoliose Idiopática do
Adolescente: Diagnóstico e
Tratamento Conservador
Camila Pimenta 8073870
Sarah Elisa 8075192
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Baixe Escoliose Idiopática do Adolescente: Diagnóstico e Tratamento Conservador e outras Slides em PDF para Fisioterapia, somente na Docsity!

Escoliose Idiopática do

Adolescente: Diagnóstico e

Tratamento Conservador

Camila Pimenta 8073870 Sarah Elisa 8075192

Introdução

A escoliose é definida como um desvio tridimensional da coluna vertebral. É caracterizada por uma curva, medida através do ângulo de Cobb (AC), que excede os 10 graus em plano coronal acompanhada de rotação axial das vértebras.

Classificação

Existem dois grupos de escoliose: a não idiopática e a idiopática. O diagnóstico da escoliose idiopática só é realizado desde que a não idiopática tenha sido excluída.

  • A escoliose não idiopática pode ser classificada nos seguintes grupos: congénita, neuromuscular, sindrómica, tumoral, infeciosa e fraturária devendo integrar o diagnóstico diferencial da escoliose idiopática.
  • A escoliose idiopática é classificada em diferentes tipos de acordo com a idade de aparecimento, etiologia, gravidade e tipo de curva.

Etiologia

É multifatorial. A contribuição genética pode ocorrer sendo que algumas formas familiares estão associadas a um locus do cromossomo X com padrão de hereditariedade dominante. No entanto também outros loci podem contribuir. Provavelmente trata-se de uma doença poligênica influenciada por genes que codificam proteínas essenciais em tecidos que estabilizam a coluna vertebral. As alterações hormonais relacionadas com a secreção de hormônio de crescimento, de estrogénios, de melatonina, alterações do tecido conjuntivo, da musculatura paraespinhal, da postura axial e da microestrutura plaquetária têm sido sugeridos como fatores etiológicos.

História natural

O desenvolvimento da curva vertebral da escoliose ocorre mais rapidamente no pico de crescimento pubertário. Durante o desenvolvimento pubertário ocorre inicialmente o crescimento longitudinal dos membros seguido de crescimento longitudinal do esqueleto axial, altura de maior progressão da EIA. Após o crescimento vertebral completo, o risco de progressão é menor. As consequências podem refletir na restrição e assimetria da mobilidade torácica com impacto na função ventilatória particularmente em curvas com AC > 30 graus, de localização cefálica e se associadas a perda de cifose torácica. Tais alterações geram menor capacidade para o exercício e insuficiência cardiorrespiratória nos casos graves. A lombalgia, a perceção negativa da saúde e da imagem corporal e os problemas psicossociais associados afetam a qualidade de vida.

Avaliação clínica

Tem como objetivo a determinação da etiologia e a avaliação da magnitude e do risco de progressão da curva.

Anamnese

Deve abordar aspetos que são a desfavor da EIA nomeadamente curva de progressão rápida, presença de dor noturna, sintomas neurológicos, perceção de dismetria dos membros inferiores e fraqueza muscular. A história familiar é útil para exclusão de outras etiologias hereditárias de escoliose ou suportar o diagnóstico de EIA dado tendência à sua ocorrência em familiares. A falta de ar, a diminuição da tolerância ao exercício e a lombalgia devem ser questionadas. O potencial de progressão deve ser determinado pela abordagem da trajetória de crescimento nomeadamente a ocorrência do pico de crescimento pubertário. A avaliação da qualidade de vida deve integrar a avaliação clínica dispondo-se de ferramentas como o Scoliosis Research Society Questionnaire (SRS-22r).

Exame objetivo

  • (^) O escoliómetro é um dispositivo útil para rastreio da escoliose e quantificação do ângulo de rotação de tronco (ART). O ART entre 5 a 7 graus é usualmente o limite para requisição de radiografia correspondendo aproximadamente a 20 graus de AC.
  • (^) O potencial de crescimento é caracterizado através do registo da altura do doente nas curvas de crescimento padronizadas e estará próximo do seu término quando há uma variação < 1 cm da altura num período de seis meses.

Exame objetivo

  • (^) Alguns aspetos do exame objetivo podem sugerir o diagnóstico de escoliose sindrómica: envergadura aumentada em relação a altura pode sugerir síndrome de Marfan, as máculas café-au-lait ou efélides axilares sugerem neurofibromatose, os sinais cutâneos axiais lombossagrados sugerem disrafismo espinhal.
  • (^) O exame neurológico é obrigatório para exclusão de escoliose neuromuscular. A fraqueza muscular, as alterações de tónus, a diminuição ou ausência de reflexos, a ataxia e a presença de deformidades são compatíveis com esse diagnóstico.

Avaliação imagenológica

  • (^) A radiografia é necessária para confirmar o diagnóstico, avaliar a etiologia, determinar o padrão da curva, quantificar a magnitude (AC), avaliar a maturidade esquelética e monitorizar a progressão da curva. Recomenda-se a radiografia em crianças/adolescentes com escoliose ou assimetria torácica ou lombar evidente ao exame físico ou com ≥ 7° na escoliometria ou ≥ 5° em crianças com IMC > percentual pois essas apresentam curvas mais graves.

Avaliação imagenológica

  • (^) Na radiografia deve-se atentar a possíveis causas de escoliose secundária nomeadamente hemivértebras ou vértebras em cunha, radiolucência do corpo vertebral ou erosão dos pedículos, aumento do espaço interpedicular.
  • (^) A curva mais comum na EIA é a curva dupla torácica direita, lombar esquerda. A direção da curva é definida pela convexidade e a localização pela vértebra mais desviada e rodada em relação à linha média.
  • (^) O AC é a referência padrão para monitorização quantitativa da escoliose e é formado pela interseção de uma linha paralela ao prato vertebral superior da vértebra mais cefálica com uma linha paralela ao prato vertebral inferior da vértebra mais caudal da curva, ou alternativamente através da interseção das suas perpendiculares.

Classificação de Risser: O sinal de Risser corresponde ao grau de ossificação e fusão da apófise ilíaca e permite a avaliação da maturidade esquelética numa radiografia postero-anterior