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A pedagogia de loris malaguzzi, um educador italiano que revolucionou a educação infantil no pós-guerra. Ele fundou a abordagem reggio emília, que enfatiza a singularidade de cada criança, a escuta atenta, o pensamento crítico, a arte e a documentação do processo de aprendizagem. O documento também discute a importância do ambiente como um terceiro educador, a expressão artística e criatividade, a metodologia de projetos, o ateliê e o papel do atelierista.
Tipologia: Trabalhos
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Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro Fundamentos e Metodologias da Educação Infantil Docente: Luciana Muniz Discentes: Beatriz Viana, Daniel, Isabella Alves, Joane Francis e Melissa Gomes. A pedagogia de Loris Malaguzzi Loris Malaguzzi nasceu na Itália em 1920, mais precisamente numa comuna em Correggio. Essa cidade fica a 20 quilômetros da cidade de Reggio Emilia, que ao decorrer deste trabalho terá sua importância destacada na trajetória de Malaguzzi. Em 1940, Loris se formou em Pedagogia na Universidade de Urbino e passou a dar aulas nessa localidade. Para fins de contextualização, cabe aqui uma breve explicação do panorama histórico, social e político que a Itália estava vivendo, pois isso traz maior clareza sobre a motivação do trabalho de Loris Malaguzzi. Em 01 de setembro de 1939, se inicia a Segunda Guerra Mundial, que contou com a participação da Itália, como aliada da Alemanha, contudo, sem grande êxito. Ao final, em 1945, os nazistas se renderam na Itália, terminando a ditadura do fascismo italiano imposta por Benito Mussolini. Ainda nesse ano, em 02 de setembro de 1945, a Segunda Guerra Mundial chega ao fim. É possível imaginar o cenário de devastação econômica, social, estrutural e também educacional que a Itália viveu no pós-guerra e Loris Malaguzzi acompanhou tudo isso. Em 1946, Malaguzzi fica sabendo de uma escola que está sendo construída sem nenhum apoio estatal, na região de Reggio Emilia. Apenas com a ajuda de pais, voluntários e camponeses, que usavam materiais retirados dos escombros e que reuniram alguns bens para custear a construção da escola. Pessoas que acreditavam que a reconstrução do país se daria por meio da educação. Esses acontecimentos marcam e revolucionam o trabalho de Loris Malaguzzi. Ele repensa o modelo educacional que existia até então e se dá conta de que esse modelo não deixava espaço
o modelo educacional que existia até então e se dá conta de que esse modelo não deixava espaço para que as crianças se expressassem, desenvolvessem e experimentassem novas experiências por conta própria. Os princípios pedagógicos de Loris Malaguzzi Como princípio educacional, Loris Malaguzzi entende que cada criança é única e se relaciona com o mundo de um modo singular. De acordo com essa concepção de aprendizagem, os educadores devem observar e confiar nas diversas formas que as crianças têm de participar, proceder e fazer escolhas. Um dos aspectos mais marcantes e característicos de Loris é sua ideia das “Cem linguagens das crianças”. Por meio desse pressuposto, ele reconhece e valoriza todas as maneiras pelas quais a criança interpreta o seu entorno e cria suas teorias sobre a vida. Assim, Malaguzzi provoca os adultos a reconhecerem e valorizarem todas as formas de expressão e comunicação das crianças. À vista disso, em sua abordagem, a escuta é vista como um verbo ativo, não passivo. Ele acredita, portanto, que o aprendizado decorre em grande parte do trabalho das próprias crianças, de suas atividades e do uso dos recursos que elas têm. E, nesse sentido, as crianças desempenham um papel ativo na construção dos conhecimentos, e o aprendizado se torna um processo auto construtivo. A escola, para Loris Malaguzzi, é comparada a um laboratório, no qual os processos de pesquisa de crianças e adultos estão estreitamente interligados. Com isso, seu principal objetivo é que a escola não seja um lugar de produção do aprendizado, mas sim das condições para o aprendizado. Escola onde a criança desempenha um papel ativo na construção de seu próprio conhecimento e do conhecimento coletivo. Fazer deste lugar um verdadeiro laboratório permanente, interligando os processos de pesquisa para evoluir constantemente, esse sempre foi um grande desafio. Consequentemente, a escola é formada por estúdios e oficinas, onde as mãos das crianças, o fazer e a bagunça têm espaço para ser e acontecer. Dessa forma, as crianças são incentivadas a brincar, a observar e a se comunicar por meio de experiências concretas. Sendo que o mais importante nessa proposta educacional é o desenvolvimento da criatividade e da liberdade de ação. Por isso, ela pode ser considerada uma “pedagogia do movimento”. Principais ideias de Malaguzzi Acredita-se que o marco zero de sua filosofia tenha se dado numa reunião de pais marcada para discutir sobre as dificuldades das crianças com a língua italiana, pelo uso de dialetos locais, bem como das posturas conservadoras dos professores. A ideia era colher sugestões destes pais, mas ali nasce um preceito: “tudo sobre as crianças e para as crianças somente pode ser aprendido com as crianças”. Unindo princípios como: o protagonismo da criança, a escuta ativa, o pensamento crítico, a arte e a documentação; nasce aquilo que hoje conhecemos por abordagem Reggio Emilia. Os princípios da abordagem Reggio Emilia detalham a ideia de que o aprendizado pode acontecer de outras maneiras além da mecânica, adquirindo um caráter mais dinâmico e criativo. O
lógica de aprendizagem da criança por meio da escuta – que é o ponto central do trabalho pedagógico. A escola em Reggio Emilia está em contínua mudança porque o projeto de educação que propõe se baseia no relacionamento e na participação (rede de comunicação entre crianças, professores e pais), e, consequentemente, seu trabalho é reflexivo, repensa-se e reconstrói-se constantemente. A Escola 25 Aprille - Diana A Escola 25 Aprille – Diana, foi erguida através dos esforços de todos que estavam tentando, após o fim da guerra, fornecer aos seus pequeninos um outro tipo de escola, um local onde poderiam ter liberdade de expressão e de criatividade. Ao erguerem a 25 Aprille, colocaram uma placa em pedra, que permanece no local desde então. Os dizeres contidos nela faziam menção de como e quem construiu a Escola. Nela está o seguinte dizer: Uomini e donne, sibsieme, abbiamo costruito i muri di questa scuola, perche la volevamo nuova e diversa per i nostri figli. “ Homens e mulheres, juntos, construímos os muros dessa escola, porque a queríamos nova e diferente para os nossos filhos ”. Influências do Trabalho do Educador na Educação Infantil: ● ·Abordagem centrada na criança Malaguzzi acreditava na consideração e respeito à singularidade de cada criança. Sua abordagem enfatiza a escuta atenta das crianças; Ambiente como terceiro educador Malaguzzi via o ambiente como um “terceiro educador” que interage com as crianças e influencia seu desenvolvimento. Os três educadores, conforme Malaguzzi: 2 professores + Ambiente.
Os três educadores, conforme Malaguzzi: 2 professores + Ambiente. ● Expressão artística e criatividade Malaguzzi via a arte como uma linguagem poderosa que permite que as crianças expressem pensamentos, sentimentos e ideias de diversas maneiras. ● Colaboração entre educadores, pais e comunidade Loris, valorizava a estreita colaboração entre educadores, pais e membros da comunidade. Uma parceria crucial. Inclusive, aos finais de semana, se reuniam para conversarem sobre o que havia ocorrido durante a semana. Semelhante ao que é feito na Educação Infantil do ISERJ, quando, normalmente, às quartas-feiras, docentes e funcionários se reúnem e de tempos em tempos, pais, docentes e alunos se encontram em passeios planejados. ● Aprendizado por meio de projetos Metodologia de projetos para envolver as crianças em atividades de aprendizado significativos e interdisciplinares. Esses projetos são frequentemente orientados pelos interesses das crianças e incentivam a exploração, a pesquisa e a solução de problemas. Lembrando que toda atividade desenvolvida era exposta em paredes para que todos pudessem apreciá-los. ü Atêlie O ateliê era um espaço privilegiado, nele professores e alunos construíam a aprendizagem através da exploração de projetos e pesquisas, em que não apenas constavam ideias, mas sim objetos e instrumentos que pudessem nortear o mundo das ideias e pensamentos, fazendo com que a imaginação fosse fator importante também neste processo.
A Educação Infantil do ISERJ, tem como abordagem a Reggio Emília. Parte das ilustrações contidas no slide, aonde aparecem crianças, são o comparativo da Escola 25 Aprille – Escola Diana – a 1ª construída com o nosso ISERJ. Pensar em acompanhar os passos da abordagem Reggio Emília, significa e se faz necessário, uma formação continuada e uma mente aberta para o mundo infantil e o que mais englobar ao seu redor. Necessário olharmos lá atrás e verificar o que motivou a criação da primeira Escola, tudo o que eles pensaram para as suas crianças, tudo que eles queriam de diferente para elas. Eles não se acomodaram, eles acharam meios de fazer acontecer e foi isso que fez Loris Malaguzzi, de bicicleta, chegar até o Vilarejo de Villa Cella, o local aonde todos estavam lutando pelo bem comum dos seus pequeninos: A construção de uma escola para crianças pequenas. Ressalto, que, existem outras abordagens e outras vão existir, iguais, melhores ou acrescentando, ou fazendo uma junção de todas que já existem e possuem embasamentos semelhantes. Malaguzzi enfatizava e dizia:
A criança tem cem mãos, cem pensamentos, cem modos de pensar, de jogar e de falar. Cem, sempre cem modos de escutar as maravilhas de amar. Cem alegrias para cantar e compreender. Cem mundos para descobrir. Cem mundos para inventar. Cem mundos para sonhar. A criança tem cem linguagens (e depois, cem, cem, cem), mas roubaram-lhe noventa e nove. A escola e a cultura separam-lhe a cabeça do corpo. Dizem-lhe: de pensar sem as mãos, de fazer sem a cabeça, de escutar e de não falar, De compreender sem alegrias, de amar e maravilhar-se só na Páscoa e no Natal. Dizem-lhe: de descobrir o mundo que já existe e, de cem, roubaram-lhe noventa e nove. Dizem-lhe: que o jogo e o trabalho, a realidade e a fantasia, a ciência e a imaginação, O céu e a terra, a razão e o sonho, são coisas que não estão juntas. Dizem-lhe: que as cem não existem. A criança diz: ao contrário,
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