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equivalente mecânico do calor introdução, Notas de estudo de Energia

A razão entre o trabalho mecânico realizado W e a quantidade de calor gerado através de fricção Q é denominada equivalente mecânico do calor. Neste experimento ...

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Amanda_90
Amanda_90 🇧🇷

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EQUIVALENTE MECÂNICO DO CALOR
INTRODUÇÃO
Por um longo período de tempo prevaleceu um debate científico sobre como definir a energia
térmica de um sistema, outrora chamada apenas de calor, que costumava ser descrita em termos de
sua temperatura. Este debate se centrava em compreender se o calor era uma forma de energia ou
uma grandeza de magnitude independente, que seria conservada. Durante a primeira metade do
século XIX comprovou-se que a energia mecânica produzida devido à fricção era completamente
convertida em calor, independentemente do processo de transformação utilizado ou das
características físicas e químicas dos materiais envolvidos. O calor foi então definido como a energia
devido a movimentos moleculares ou atômicos desordenados e macroscopicamente invisíveis.
A razão entre o trabalho mecânico realizado W e a quantidade de calor gerado através de
fricção Q é denominada equivalente mecânico do calor.
Neste experimento realizamos trabalho mecânico através da rotação de um cilindro metálico,
sujeito à fricção de uma fita de nylon. Avaliaremos o aumento de temperatura do cilindro em função
de trabalho realizado e compararemos este valor ao calor produzido.
PARTE EXPERIMENTAL
Objetivo
Medir o equivalente mecânico do calor e verificar a primeira lei da termodinâmica.
Material utilizado
Cilindro metálico, fita de nylon, peso com massa entre 1kg e 5kg, dinamômetro,
termômetro, sistema com manivela para rotação do cilindro metálico.
Procedimentos:
Neste experimento, um corpo de teste de metal gira, sendo aquecido pela fricção devido a
uma fita tensionada de material sintético. O equivalente mecânico do calor é determinado a partir do
trabalho mecânico e comparado ao aumento de energia térmica deduzido através do aumento de
temperatura do cilindro.
A montagem experimental é vista na figura 1. O cilindro de fricção e uma manivela estão
presos a um rolamento que permite o movimento rotativo. Uma placa base serve como suporte,
fixada à mesa com as braçadeiras. A fita de nylon usada para produzir fricção é presa ao
dinamômetro e perfaz 2,5 voltas em torno do cilindro (de modo que o dinamômetro seja aliviado
quando a manivela é girada no sentido horário). Um peso fornecido, com massa entre 1 kg e 5 kg é
ligado à extremidade inferior da fita de fricção. Para medir a temperatura, um termômetro é mantido
fixo, introduzido no furo do cilindro metálico. Deve-se verificar se o termômetro e o furo do cilindro
estão cuidadosamente alinhados, de modo que o termômetro não seja danificado enquanto o cilindro
estiver rodando. Para melhorar o contato térmico, uma pasta de boa condutividade térmica deve ser
aplicada à superfície do cilindro que está em contato com a faixa de nylon e à ponta do termômetro.
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EQUIVALENTE MECÂNICO DO CALOR

INTRODUÇÃO

Por um longo período de tempo prevaleceu um debate científico sobre como definir a energia térmica de um sistema, outrora chamada apenas de calor, que costumava ser descrita em termos de sua temperatura. Este debate se centrava em compreender se o calor era uma forma de energia ou uma grandeza de magnitude independente, que seria conservada. Durante a primeira metade do século XIX comprovou-se que a energia mecânica produzida devido à fricção era completamente convertida em calor, independentemente do processo de transformação utilizado ou das características físicas e químicas dos materiais envolvidos. O calor foi então definido como a energia devido a movimentos moleculares ou atômicos desordenados e macroscopicamente invisíveis.

A razão entre o trabalho mecânico realizado W e a quantidade de calor gerado através de fricção Q é denominada equivalente mecânico do calor.

Neste experimento realizamos trabalho mecânico através da rotação de um cilindro metálico, sujeito à fricção de uma fita de nylon. Avaliaremos o aumento de temperatura do cilindro em função de trabalho realizado e compararemos este valor ao calor produzido.

PARTE EXPERIMENTAL

Objetivo  Medir o equivalente mecânico do calor e verificar a primeira lei da termodinâmica.

Material utilizado  Cilindro metálico, fita de nylon, peso com massa entre 1kg e 5kg, dinamômetro, termômetro, sistema com manivela para rotação do cilindro metálico.

Procedimentos:

Neste experimento, um corpo de teste de metal gira, sendo aquecido pela fricção devido a uma fita tensionada de material sintético. O equivalente mecânico do calor é determinado a partir do trabalho mecânico e comparado ao aumento de energia térmica deduzido através do aumento de temperatura do cilindro.

A montagem experimental é vista na figura 1. O cilindro de fricção e uma manivela estão presos a um rolamento que permite o movimento rotativo. Uma placa base serve como suporte, fixada à mesa com as braçadeiras. A fita de nylon usada para produzir fricção é presa ao dinamômetro e perfaz 2,5 voltas em torno do cilindro (de modo que o dinamômetro seja aliviado quando a manivela é girada no sentido horário). Um peso fornecido, com massa entre 1 kg e 5 kg é ligado à extremidade inferior da fita de fricção. Para medir a temperatura, um termômetro é mantido fixo, introduzido no furo do cilindro metálico. Deve-se verificar se o termômetro e o furo do cilindro estão cuidadosamente alinhados, de modo que o termômetro não seja danificado enquanto o cilindro estiver rodando. Para melhorar o contato térmico, uma pasta de boa condutividade térmica deve ser aplicada à superfície do cilindro que está em contato com a faixa de nylon e à ponta do termômetro.

Fig. 1 – (a) Montagem experimental para medição do equivalente mecânico do calor. (b) Representação esquemática das forças que atuam sobre o cilindro de latão, sujeito à tração do dinamômetro e da força peso de uma massa.

 Para iniciar as medidas a temperatura do cilindro deve ser registrada a cada trinta segundos durante três minutos.

 Depois disso, a alça da manivela deve ser girada 200 vezes no sentido horário, reduzindo- se a tensão medida pelo dinamômetro em relação à condição de repouso do sistema (para um operador posicionado atrás da manivela). O movimento deve ser o mais rápido e regular possível. Sugere-se uma taxa média de uma volta por segundo.

 Deve-se então, simultaneamente, registrar o valor médio da força FD que atua sobre um dos lados da fita, determinada pelo o dinamômetro (o valor deve ser lido ao se executarem as revoluções da manivela sob a taxa constante escolhida acima).

 Durante todo o processo deve-se continuar coletando os valores da temperatura a cada intervalo de 30 segundos. Após terminar o movimento da manivela, será observada uma diminuição contínua da temperatura. Os valores obtidos no termômetro ainda devem ser anotados a cada 30 segundos ao longo de um intervalo de, no mínimo, 5 minutos.

Os dados devem ser dispostos em um gráfico de temperatura em função do tempo, como o visto na fig. 2.

(a) (b)

Fig. 2 - Exemplo de gráfico da temperatura registrada no termômetro para o cilindro de latão em função do tempo.