Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

História e Definição da Epidemiologia: Origem, Princípios e Aplicações, Slides de Epidemiologia

Uma visão histórica da epidemiologia, a ciência que estuda a ocorrência, distribuição e fatores determinantes dos eventos relacionados à saúde na população. A história da epidemiologia é abordada desde o tratado de hipócrates até a atualidade, com destaque para a instituição do sistema nacional de vigilância epidemiológica no brasil. O documento também detalha os princípios e objetivos da epidemiologia, além de suas principais aplicações e termos relacionados.

Tipologia: Slides

2020

Compartilhado em 23/03/2024

gabriella-alcantara-de-souza-maia
gabriella-alcantara-de-souza-maia 🇧🇷

1 documento

1 / 25

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
EPIDEMIOLOGIA
Disciplina: Processo Saúde / Doença e
seus condicionantes.
Enfermeira Gabriella Alcantara de Souza Maia
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18
pf19

Pré-visualização parcial do texto

Baixe História e Definição da Epidemiologia: Origem, Princípios e Aplicações e outras Slides em PDF para Epidemiologia, somente na Docsity!

Disciplina: Processo Saúde / Doença e

seus condicionantes.

Enfermeira Gabriella Alcantara de Souza Maia

1 DEFINIÇÃO 2 A Associação Internacional de Epidemiologia (International Epidemiological Association - IEA) define epidemiologia como: [...] o estudo dos fatores que determinam a frequência e a distribuição das doenças nas coletividades humanas (Organización Mundial de la Salud - OMS, 1973, p. 12).

1 DEFINIÇÃO 4 Etimologia: Termo de origem grega: epi + demio + logia (sobre) + (população) + (estudo)

Epidemiologia é portanto, a ciência que estuda a Epidemiologia é portanto, a ciência que estuda a

ocorrência, a distribuição e os fatores ocorrência, a distribuição e os fatores

determinantes dos eventos relacionados à saúde determinantes dos eventos relacionados à saúde

na população. na população.

1 DEFINIÇÃO DE EPIDEMIOLOGIA 5 Os princípios mais importantes da Epidemiologia são:

  • Os agravos à saúde não ocorrem ao acaso na população. (relação de causa e efeito)
  • A distribuição desigual dos agravos à saúde é produto da ação de fatores que se distribuem desigualmente na população.

2 HISTÓRICO 7 O texto “Tratado dos ares, das águas e dos lugares” ( disponível em http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/arquivo-pessoal/IP/impresso/tratado-sobre-os-a res-as-aguas-e-os-lugares ) lançou as bases da investigação epidemiológica, considerando aspectos ambientais, como a presença de montanhas, a temperatura, o tempo e também outros, como a procedência do indivíduo, o seu trabalho, o uso abusivo de sal, do álcool e o excesso de comida aliado à falta de atividade física, utilizadas até hoje. Hipócrates (há 2000 anos atras) acreditava que as doenças dos seres humanos provavelmente estejam relacionadas aos ambientes externo e interno do indivíduo.

2 HISTÓRICO

  • Inicialmente : Controle de Doenças Transmissíveis - Posteriormente : Relação entre condições ou agentes ambientais e doenças específicas.
  • Segunda Metade do Século XX: Doenças Crônicas Não Transmissíveis tais como doença cardíaca e câncer, sobretudo nos países industrializados. No século XIX a distribuição das doenças em grupos humanos específicos passou a ser medida em larga escala através de uma abordagem epidemiológica que compara coeficientes (taxas) de doenças em subgrupos populacionais.

10 2 HISTÓRICO NO BRASIL: As primeiras intervenções estatais no campo da prevenção e controle de doenças, datam do início do século XX e foram orientadas pelo avanço da era bacteriológica e pela descoberta dos ciclos epidemiológicos de algumas doenças infecciosas e parasitárias. Essas intervenções consistiram na organização de grandes campanhas sanitárias e visavam controlar doenças que comprometiam a atividade econômica, a exemplo da febre amarela, peste e varíola.

11 2 HISTÓRICO NO BRASIL: As campanhas valiam-se de instrumentos precisos para o diagnóstico de casos, combate a vetores, imunização e tratamento em massa com fármacos, dentre outros. O modelo operacional baseava-se em atuações verticais, sob forte inspiração militar, e compreendia fases bem estabelecidas – preparatória, de ataque, de consolidação e de manutenção.

NO BRASIL: Na década de 1960, o programa de erradicação da varíola também instituiu uma fase de vigilância epidemiológica, que se seguia à de vacinação em massa da população. Pretendia-se, mediante busca ativa de casos de varíola, a detecção precoce de surtos e o bloqueio imediato da transmissão da doença. Essa metodologia consagrou-se como fundamental para o êxito da erradicação da varíola em escala mundial e serviu de base para a organização de sistemas nacionais de vigilância epidemiológica. 13 2 HISTÓRICO

NO BRASIL: No Brasil, a Campanha de Erradicação da Varíola – CEV (1966-1973) é reconhecida como marco da institucionalização das ações de vigilância no país, tendo fomentado e apoiado a organização de unidades de vigilância epidemiológica na estrutura das secretarias estaduais de saúde. O modelo da CEV inspirou a Fundação Serviços de Saúde Pública (FSESP) a organizar, em 1969, um sistema de notificação semanal de doenças selecionadas e a disseminar informações pertinentes em um boletim epidemiológico de circulação quinzenal. 14 2 HISTÓRICO

NO BRASIL: Por recomendação da 5ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1975, o Ministério da Saúde instituiu o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE), por meio de legislação específica (Lei n° 6.259/75 e Decreto n° 78.231/76). Esses instrumentos tornaram obrigatória a notificação de doenças transmissíveis selecionadas, constantes de relação estabelecida por Portaria. Em 1977, foi elaborado, pelo Ministério da Saúde, o primeiro Manual de Vigilância Epidemiológica, reunindo e compatibilizando as normas técnicas que eram, então, utilizadas para a vigilância de cada doença, no âmbito de programas de controle específicos. 16 2 HISTÓRICO

O Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou o SNVE, definindo, em seu texto legal (Lei n° 8.080/90), a vigilância epidemiológica como “um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos ”. Além de ampliar o conceito, as ações de vigilância epidemiológica passaram a ser operacionalizadas num contexto de profunda reorganização do sistema de saúde brasileiro, caracterizada pela descentralização de responsabilidades, pela universalidade, integralidade e equidade na prestação de serviços. 17 2 HISTÓRICO

3 OBJETIVOS

  1. Descrever a distribuição e magnitude dos problemas de saúde nas populações humanas;
  2. Proporcionar dados essenciais para o planejamento, execução e avaliação das ações de prevenção, controle e tratamento das doenças, estabelecendo prioridades;
  3. Identificar fatores etiológicos na gênese das enfermidades. (Rouquayrol,1999)(Rouquayrol,1999)

4 PRINCIPAIS USOS

  1. Diagnóstico de saúde comunitária.
  2. Monitoramento das condições de saúde.
  3. Identificação dos determinantes de doenças ou agravos.
  4. Validação de métodos diagnósticos.
  5. Estudo da história natural das doenças.
  6. Avaliação epidemiológica de serviços de saúde (ex.:avaliação de população vacinada).