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Entendes o que lês? é uma obra de fundamental importância, pois fornece informações ... São abundantes os livros sobre como entender a Bíblia. Alguns.
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Mestre em Ciências da Religião pela Umesp, professor de Antigo e Novo Testamento, teologia do Novo Testamento e pregação expositiva da Faculdade Teológica Batista de São Paulo.
Linguista e professor de hebraico, grego e exegese bíblica.
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
INTRODUÇÃO: A NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO (^9)
Abreviaturas
Gn Gênesis Êx Êxodo Lv Levítico Nm Números Dt Deuteronômio Js Josué Jz Juízes Rt Rute 1Sm 1Samuel 2Sm 2Samuel 1Rs 1Reis 2Rs 2Reis 1Cr 1Crônicas 2Cr 2Crônicas Ed Esdras Ne Neemias Et Ester Jó Jó Sl Salmos Pv Provérbios
Ec Eclesiastes Ct Cântico do Cânticos Is Isaías Jr Jeremias Lm Lamentações Ez Ezequiel Dn Daniel Os Oseias Jl Joel Am Amós Ob Obadias Jn Jonas Mq Miquéias Na Naum Hb Habacuque Sf Sofonias Ag Ageu Zc Zacarias Ml Malaquias
Mt Mateus Mc Marcos Lc Lucas Jo João At Atos
Rm Romanos 1Co 1Coríntios 2Co 2Coríntios Gl Gálatas Ef Efésios
10 ENTENDES O QUE LÊS?
1Ts 1Tessalonicenses 2Ts 2Tessalonicenses 1Tm 1Timóteo 2Tm 2Timóteo Tt Tito Fm Filemom Hb Hebreus
Tg Tiago 1Pe 1Pedro 2Pe 2Pedro 1Jo 1João 2Jo 2João 3Jo 3João Ap Apocalipse
a.C. antes de Cristo AT Antigo Testamento c. cerca de cap.(s) capítulo(s) cf. conferir d.C. depois de Cristo e.g. exempli gratia , por exemplo
ed. editado por et al. et alii , e outros etc. et cetera , e outras coisas i.e. id est , isto é NT Novo Testamento p. página(s) v. ver; versículo(s); volume(s)
A 21 Almeida 21, 2008 ACF Almeida Corrigida e Fiel, 1994 ARA Almeida Revista e Atualizada, 1993 ARC Almeida Revista e Corrigida, 1995 BJ Bíblia de Jerusalém, 1981, 2002 BV Bíblia Viva, 1981 ESV The English Standard Version, 2001 GNB The Good News Bible, 1976 G NB 2 The Good News Bible, 2ª ed., 1994 JB The Jerusalem Bible, 1985 KJV The King James Version, 1611 LB The Living Bible, 1971 NAB The New American Bible, 1970 NASB The New American Standard Bible, 1960 NASU The Updated New American Standard Bible, 1995 NEB The New English Bible, 1961
INTRODUÇÃO: A NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO (^13)
Prefácio à terceira edição
em português
á é uma façanha um livro ser relevante para as pessoas de seu tempo. Mas continuar sendo relevante mesmo depois de algu- mas décadas é, sem sombra de dúvida, uma proeza que se apli- ca a poucos livros. Entendes o que lês? certamente é uma dessas raras obras que os anos não conseguiram calar, pois ainda fala às novas gerações com a mesma força, impacto e relevância com que falou à geração da época em que foi escrito. Apesar disso, os autores, Gordon D. Fee e Douglas Stuart, sen- tiram a necessidade de fazer algumas atualizações, tanto bibliográfi- cas quanto textuais, na maioria dos capítulos, principalmente no que diz respeito às questões que envolvem a narrativa bíblica. O leitor que já conhece as edições anteriores em português no- tará que foi acrescentado um capítulo sobre versões e traduções bíblicas: “Ferramenta básica: uma boa tradução”. Esse capítulo não é um acréscimo dos autores à nova edição americana, pois já constava na primeira edição em inglês. No entanto, por ocasião da elaboração das edições anteriores em português, pelo fato de o capítulo 2 basear sua discussão sobre versões da Bíblia em inglês, optou-se por não inserir esse capítulo. Contudo, diante da notória evolução dos estu- dos na área de tradução bíblica, hoje julgamos ser importante para o estudioso da Bíblia a discussão teórica que os autores propõem nesse capítulo sobre tradução. Assim, nesta nova edição em português, optamos por incluir o capítulo 2. Nele, conservamos a discussão em torno das traduções da Bíblia em inglês, em respeito aos comentários dos autores. Não seria correto substituirmos as traduções inglesas que os autores analisam por traduções equivalentes em português, uma vez que toda a análise que eles fazem se baseia nas primeiras, e não nas últimas. A bem da verdade é provável que os autores jamais tenham
14 ENTENDES O QUE LÊS?
lido alguma tradução da Bíblia em português, razão pela qual os co- mentários deles não se aplicam de modo algum às nossas traduções. No restante da obra, porém, nos casos em que os autores não discutem a tradução bíblica em si, mas apenas fazem citações do texto bíblico, foram usadas traduções em português que fossem equivalen- tes. Esperamos que o leitor, em seu estudo particular, possa por si mesmo comparar as versões em inglês (que traduzimos literalmente no capítulo 2) com as atuais versões disponíveis em português. Desde a sua primeira publicação em português, em 1984, este livro tem sido adotado por diversos professores de seminário, princi- palmente por aqueles que estão envolvidos com a tarefa da interpre- tação e pregação da palavra de Deus. Contudo, muitos pastores e estudiosos da Bíblia também têm usufruído dos valiosos recursos que esta obra oferece para o ensino da palavra. Por isso, nossa expec- tativa é que esta nova edição continue sua trajetória de contribuição para o exercício de um dos ministérios mais importantes da igreja de Jesus Cristo, o ministério da pregação do Evangelho.
Os Editores Janeiro de 2011
16 ENTENDES O QUE LÊS?
Version; estávamos conscientes de como poucos dentre a maioria das pessoas nos EUA e Canadá (aqueles abaixo de 35 anos) tem qualquer intimidade com a King James Version. Por isso, também foi necessá- rio revisar a primeira edição de How to Read the Bible Book by Book. Outro detalhe óbvio que precisava de séria atualização — e (por incrível que pareça!) será necessária outra atualização tão logo esta edição esteja disponível — é a lista de comentários sugeridos no apên- dice. Novos e bons comentários surgem sempre. Assim, como antes, relembramos os leitores de que precisam estar conscientes disso e ten- tar encontrar auxílio onde puderem. Mesmo assim, nossa presente lista lhe proporcionará uma excelente ajuda para os próximos anos. Entretanto, sentimos que outros capítulos também precisavam de revisão. E isso reflete tanto nosso próprio crescimento como nos- sa percepção de mudança no clima e perfil de nosso público leitor das duas últimas décadas. Na época da primeira edição, tínhamos apresentado um pano de fundo em que a interpretação pobre da Escritura era infelizmente um fenômeno frequente. Isso nos levou em alguns capítulos a reforçar o modo como não devemos ler certos gêneros. Nossa opinião é a de que a maioria dos leitores de hoje conhecem muito pouco sobre essas formas simplistas de “fazer Bí- blia”, em parte, porque atravessamos um período em que encontra- mos, de forma assustadora, um grande número de pessoas que, em geral, são biblicamente iletradas. Em alguns capítulos, nossa ênfase mudou e decididamente optamos por seguir na direção de ensinar primeiro como ler bem, dando menor ênfase aos textos que foram mal-interpretados no passado. Também esperamos que aqueles que lerem este prefácio leiam também o prefácio à primeira edição em que fizemos uma pequena alteração em uma frase para dar maior clareza. Embora algumas coi- sas já estejam ultrapassadas (especialmente a menção a outros livros), ele ainda serve como prefácio autêntico do livro e deve orientá-lo sobre o que você pode esperar de Entendes o que lês?. Ainda temos uma palavrinha para dar sobre o título — uma vez que recebemos comentários sugerindo “correções” não apenas em outras partes do livro mas também no título. Não houve erro, nem nós nem os editores cometeram um erro! O “its” do título How to
PREFÁCIO À TERCEIRA EDIÇÃO (^17)
Read the Bible for All Its Worth^1 [Como ler a Bíblia com todo seu valor] faz parte de um jogo de palavras que funciona apenas quando aparece sem o apóstrofo; e, por fim, nossa própria ênfase encontra-se no uso desse possessivo. A Escritura é a palavra de Deus, e queremos que as pessoas a leiam por causa do grande valor que a Bíblia tem para elas. E se elas fazem isso “por causa do grande valor que a Bíblia tem” consequentemente valorizarão suas próprias vidas. Novamente, gostaríamos de agradecer várias pessoas que nos ajudaram a aperfeiçoar este livro, pessoas a quem devemos muito. Maudine Fee, que leu cada palavra várias vezes, com olhar agudo para coisas que somente estudiosos poderiam entender (!); um agra- decimento especial também a V. Phillips Long, Bruce W. Waltke e Bill Barker pelas diversas contribuições. Estamos tanto constrangidos como agradecidos com o sucesso que este livro tem alcançado nas duas últimas décadas. E esperamos que esta nova edição possa mostrar-se igualmente útil.
Gordon D. Fee Douglas Stuart Janeiro de 2002
(^1) Este é o título em inglês do livro Entendes o que lês? [N. do T.].
INTRODUÇÃO: A NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO (^19)
Prefácio à primeira edição
m um de nossos momentos mais descontraídos, brincamos com a ideia de chamar este livro: Não apenas mais um livro sobre como entender a Bíblia. Como prevaleceu o bom senso, o “título” saiu perdendo. Semelhante título, no entanto, realmente descreveria o tipo de necessidade que levou este livro a ser escrito. São abundantes os livros sobre como entender a Bíblia. Alguns são bons, outros não são tão bons assim. Poucos são escritos por estudiosos bíblicos. Alguns desses livros abordam o assunto a partir da variedade de métodos que se pode empregar ao estudar as Escri- turas, outros procuram ser manuais básicos de hermenêutica (a ciência da interpretação) para o leigo. Tais livros usualmente oferecem uma longa seção de regras gerais (regras estas que se aplicam a todos os textos bíblicos) e outras seções de regras específicas (regras que gover- nam tipos especiais de problemas: a profecia, a tipologia, as figuras de linguagem etc.). Dos livros do tipo “manual básico” recomendamos especialmente Knowing Scripture, de R. C. Sproul (InterVarsity Press). Para uma dose da mesma matéria, mais pesada e menos fácil de ler, mas muito útil, deve-se recorrer a A. Berkeley Mickelson: Interpreting the Bible (Eerdmans). O que existe de mais próximo do tipo de livro que escre- vemos é Better Bible Study, de Berkeley e Alvera Mickelson (Regal). Mas este não é “apenas mais um livro” — assim esperamos. A singularidade daquilo que procuramos fazer tem várias facetas:
20 ENTENDES O QUE LÊS?
vitais e que devem afetar tanto o modo de a pessoa lê-los quanto a maneira de compreender sua mensagem para hoje.
22 ENTENDES O QUE LÊS?
entendimento? Mas também estamos empenhados em saber como os vários salmos funcionam como a palavra de Deus. O que Deus está querendo dizer? O que devemos aprender, ou como devemos obedecer? Aqui, evitamos uma apresentação de regras. O que ofere- cemos são orientações, sugestões, ajudas. Reconhecemos que a primeira tarefa — a exegese — muitas ve- zes é considerada uma questão de especialista. Às vezes, isso é verdade. Mas não é necessário que alguém seja um especialista para aprender a fazer bem as tarefas da exegese. O segredo está em aprender a fazer as perguntas certas ao texto. Esperamos, portanto, ensinar o leitor a fazer as perguntas certas a cada gênero bíblico. Haverá ocasiões em que a pessoa finalmente desejará consultar também os especialistas. Tam- bém oferecemos algumas sugestões práticas sobre esse assunto. Cada autor é responsável por aqueles capítulos que pertencem à sua área de especialidade. 1 Dessa forma, o professor Fee escreveu os capítulos 1—4, 6—8, e 13; e o professor Stuart escreveu os capítu- los 5 e 9—12. Embora cada autor tenha influído consideravelmente nos capítulos do outro, e embora consideremos que o livro seja ver- dadeiramente um esforço em conjunto, o leitor cuidadoso também observará que cada autor tem seu próprio estilo e maneira de apre- sentação. Agradecemos especialmente a alguns amigos e parentes que leram vários dos capítulos e ofereceram conselhos úteis: Frank DeRemer, Bill Jackson, Judy Peace, e Maudine, Cherith, Craig e Brian Fee. Agradecemos também de modo especial nossas secretá- rias, Carrie Powell e Holly Greening, por terem datilografado tanto os esboços quanto o manuscrito definitivo. Nas palavras da criança que moveram Agostinho a ler uma pas- sagem de Romanos na experiência da sua conversão, dizemos: “ Tolle, lege. Toma e lê”. A Bíblia é a palavra eterna de Deus. Leia-a, com- preenda-a, obedeça-lhe.
(^1) A Baker Book House, de Grand Rapids, Michigan, deu-nos autorização para usar a matéria dos capítulos 3, 4 e 6, que apareceram anteriormente numa forma diferente como: “Hermeutics and Common Sense: An Explanatory Essay on the Hermeneutics of the Epistles”, em Inerrancy and Common Sense (ed. J. R. Michaels e R. R. Nicole, 1980), p. 161-186; e “Hermeneutics and Historical Precedent — A Major Problem in Pentecostal Hermeneutics”, em Perspectives on the New Pentecostalism (ed. R. P. Spittler, 1976), p. 118-132.
INTRODUÇÃO: A NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO (^23)
1
Introdução:
a necessidade de interpretação
ocê não precisa interpretar a Bíblia. Apenas leia e faça o que ela diz”. É muito comum encontrarmos pessoas que defendem essa ideia com bastante convicção. Em geral, essa ideia reflete o protesto do leigo contra o “especialista”, o estudi- oso, o pastor, o catedrático ou o professor de escola bíblica dominical que, a partir do recurso da “interpretação”, parecem privar a pessoa comum de entender a Bíblia. Esse protesto também é uma forma de dizer que a Bíblia não é um livro de difícil compreensão. “Afinal de contas”, argumentam os leigos, “qualquer pessoa com metade de sua capacidade intelectiva pode lê-la e entendê-la. O problema com um grande número de pregadores e professores é que cavam tanto a terra que acabam por enlamear as águas. O que tínhamos lido e era claro para nós, agora já não está mais tão claro”. Há certo grau de verdade em tal protesto. Concordamos que os cristãos devam aprender a ler a Bíblia, crer nela e obedecer-lhe. Em especial, concordamos com o argumento de que a Bíblia não precisa ser um livro de difícil compreensão, se for corretamente lida e estu- dada. Na realidade, estamos convictos de que o problema específico mais sério que as pessoas têm com a Bíblia não é a falta de entendi- mento, mas sim a busca desenfreada pelo melhor entendimento das coisas! O problema de um texto como “Fazei todas as coisas sem queixas nem discórdias” (Fp 2.14), por exemplo, não é compreendê- lo, mas sim obedecer-lhe — colocá-lo em prática. Também concordamos que há uma inclinação demasiada da parte do pregador ou do professor em primeiro escavar, e só depois