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Plano Terapêutico Individual para Assistência Domiciliar: Funções do Enfermeiro, Slides de Enfermagem

O plano terapêutico individual para a assistência domiciliar de pacientes com necessidades específicas, detalhando as atribuições específicas do enfermeiro, materiais recomendados, orientações para a família e cuidadores, procedimentos para cuidados especiais e outras informações relevantes. O documento também aborda o cuidado de pacientes com gastrostomia, incontinência urinária, traqueostomia e lesões por pressão, além de tecnologias e fitoterápicos utilizados no cuidado.

Tipologia: Slides

2024

Compartilhado em 05/03/2024

livanda-silva
livanda-silva 🇧🇷

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Baixe Plano Terapêutico Individual para Assistência Domiciliar: Funções do Enfermeiro e outras Slides em PDF para Enfermagem, somente na Docsity!

FICHA TÉCNICA

Jonas Donizette Prefeito Municipal de Campinas

Cármino Antônio de Souza Secretário Municipal de Saúde

Mônica Regina de Toledo M. Nunes Departamento de Saúde

Renata Cauzzo Zingra Mariano Coordenação Municipal de Enfermagem

Bruno Andrade Pagung Coordenação Serviço de Atendimento Domiciliar

REVISORES 2015

Enf.ª Fabiana de Souza Gomes Yoshino SAD Sul

Enf.ª Joselene de Freitas Guimarães SAD Leste/Norte

Enf. Julimar Fernandes de Oliveira SAD Sul

Enf.ª Luciana Maximina do Paço Guedes SAD Leste/Norte

REVISORES 2020

Enf.ª Ana Maria Silva Marques de Brito SAD Noroeste

Enf.ª Joselene de Freitas Guimarães SAD Leste/Norte

Enf. Julimar Fernandes de Oliveira SAD Sul

Enf.ª Lilian Helen do Prado Yamakawa SAD Leste/Norte

Enf.ª Luciana Maximina do Paço Guedes SAD Leste/Norte

Enf.ª Mônica Gláucia Silva SAD Sudoeste

Enf.ª Natalia Panonto Correia SAD Sul

Enf.ª Luciana Maximina do Paço Guedes SAD Leste/Norte

Enf.ª Renata Cauzzo Zingra Mariano Coordenação Municipal de Enfermagem

COLABORADORES

Leonel Carlos Pereira Coordenador - Coordenadoria Setorial de Informática

Felipe Hideo Fávaro Kajihara Técnico em informática – Coordenadoria Setorial de Informática

Iago Emerick Secretaria de Comunicação

  • INTRODUÇÃO................................................................................................................................................................
    • MISSÃO DO SERVIÇO DE ATENDIMENTO DOMICILIAR
    • VISÃO
    • OBJETIVOS
  • COMO ENCAMINHAR O PACIENTE AO SAD
    • CRITÉRIOS GERAIS DE INCLUSÃO
    • CRITÉRIOS PARA EXCLUSÃO
  • CRITÉRIOS PARA AGENDAMENTO DO ATENDIMENTO DE ENFERMAGEM
  • ROTEIRO BÁSICO DE VISITA
    • MONTAGEM PRÉVIA DO CARRO ANTES DAS VISITAS
  • ATRIBUIÇÕES GERAIS DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO DOMICILIAR
  • ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO DOMICILIAR
    • CONSULTA DE ENFERMAGEM..............................................................................................................................
  • ATRIBUIÇÕES DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM NO ATENDIMENTO DOMICILIAR
  • ATRIBUIÇÕES DO AUXILIAR DE ENFERMAGEM NO ATENDIMENTO DOMICILIAR
  • PAPEL DO CUIDADOR NO ATENDIMENTO DOMICILIAR
    • ALGUMAS SITUAÇÕES QUE PODEM GERAR ESTRESSE PARA O CUIDADOR
    • RECURSOS TERAPÊUTICOS DISPONÍVEIS NO SAD
  • SP NORMAS, ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA DOMICILIAR EM CAMPINAS-
    • COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO NA ASSISTÊNCIA DOMICILIAR – CIAD
      • ORIENTAÇÃO AOS CUIDADORES/PACIENTES
    • SEGREGAÇÃO, ACONDICIONAMENTO E DESTINO FINAL DE RESÍDUOS GERADOS NO DOMICÍLIO
      • ORIENTAÇÃO AO CUIDADOR/PACIENTE NO DOMICÍLIO
    • PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA DOMICILIAR EM CAMPINAS
      • ELETROCARDIOGRAMA
      • ENTEROCLISMA OU CLISTER
      • MEDICAÇÕES INJETÁVEIS E ANTIBIOTICOTERAPIA
      • VIA INTRAVENOSA IV OU ENDOVENOSA EV
      • VIA INTRAMUSCULAR IM
      • VIA SUBCUTÂNEA
      • HIPODERMÓCLISE
      • TRAQUEOSTOMIA
      • DECANULAÇÃO
      • ASPIRAÇÃO OROFARÍNGEA E ENDOTRAQUEAL
    • CISTOSTOMIA
    • GASTROSTOMIA
    • DISPOSITIVO DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA
    • CATETER VESICAL DE DEMORA E DE ALÍVIO – CVD E CVA
    • CATETERISMO VESICAL DE ALÍVIO OU PARA COLETA DE EXAMES
    • CATETERISMO INTERMITENTE
    • CATETERISMO VESICAL INTERMITENTE: AUTO - SONDAGEM........................................................................
    • CATETERISMO INTERMITENTE FEITO POR OUTRA PESSOA
    • CATETERISMO VESICAL DE DEMORA
    • RETIRADA DO CVD
    • TRANSFUSÃO DE SANGUE E HEMOCOMPONENTE
    • PARACENTESE
    • NUTRIÇÃO PARENTERAL (NP)
    • DENSISTALAR NUTRIÇÃO PARENTERAL
    • CATETER DE NUTRIÇÃO ENTERAL - CNE
    • CURATIVOS NO DOMICÍLIO
    • COLETA PARA EXAMES
    • IRRIGAÇÃO VESICAL
    • ÓBITO NO DOMICÍLIO
  • SISTEMATIZAÇÃO DE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO SERVIÇO DE ATENDIMENTO DOMICILIAR
  • REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
  • ANEXO 1 – Processo de enfermagem
  • ANEXO 2 – Protocolo de dispensa de materiais para SAD e UBS
  • ANEXO 3 – Protocolo de prevenção de lesão por pressão
  • ANEXO 4 – Guia de Tratamento de Feridas

INTRODUÇÃO

O Município de Campinas possui o Serviço de Assistência Domiciliar desde 1993, com a proposta assistencial de atendimento à pacientes acamados, com patologias incapacitantes, terminais e sujeitos a internações recorrentes. A portaria nº 2.029, de 24 de agosto de 2011, institui a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde. O SAD atende em todo Município pacientes portadores de doenças crônico-degenerativas agudizadas, portadores de patologias que necessitam de cuidados paliativos e portadores de incapacidade funcional, provisória ou permanente, sendo também priorizados os atendimentos a idosos com dificuldades especiais, que denotem necessidade de atendimento domiciliar. Sendo os mesmos dependentes de cuidados de equipe multiprofissional de média e alta complexidade. O SAD deve atuar como apoio matricial às Equipes Locais de Saúde da Família. Baseado nesse contexto, vimos por meio deste manual, elaborar atribuições e procedimentos padronizados da prática de enfermagem no Serviço de Atendimento Domiciliar da Prefeitura Municipal de Campinas. A assistência é prestada através da elaboração de um Plano Terapêutico Individual, que considera as necessidades específicas de cada paciente, busca a melhoria da qualidade de vida, promoção de saúde, autonomia do paciente e/ou cuidador, entendimento e apropriação das patologias e cuidados do paciente.

MISSÃO DO SERVIÇO DE ATENDIMENTO DOMICILIAR

Prestar assistência domiciliar, através de equipe multiprofissional especializada, aplicando os conhecimentos técnicos e científicos na recuperação e promoção da qualidade de vida do paciente, participando e adequando integralmente a sua rotina, objetivando ao máximo sua independência para atividades de autocuidado.

VISÃO

Disponibilizar a população um conjunto de atividades prestadas no domicílio, caracterizadas pela atenção ao paciente com quadro clínico que exijam cuidados e necessidades de tecnologias especializadas, que não necessitam de ampla gama de serviços oferecidos pelos hospitais, devendo-se respeitar as condições das intervenções terapêuticas e intensidade de cuidados realizados de forma segura nos ambientes domiciliares.

OBJETIVOS

 Evitar hospitalização desnecessária ofertando uma melhor alternativa assistencial, diminuindo o número de internação dos pacientes com patologias crônicas;  Humanização dos cuidados;  Processos de “alta assistida” (programada) definindo garantia da continuidade da assistência e demonstrando um forte viés de busca de garantias de economicidades do processo hospitalar;  Otimização / Disponibilização dos leitos hospitalares recursos escassos, tais como leitos de clínica médica;  Períodos maiores livres de intercorrências hospitalares em pacientes crônicos;  Redução da média de permanências e os índices de infecção hospitalar nos hospitais;  Processo terapêutico humanizado da redução do sofrimento em situação de cuidados paliativos;  Servir de elo de ligação entre hospital e a rede básica de serviços de saúde;  Melhorar a qualidade de vida dos pacientes dependentes de cuidados da equipe de saúde, que não possam, pela sua complexidade serem absorvidas pelas equipes das unidades básicas de saúde, sob critério avaliativo de inclusão das equipes do SAD;  Contribuir para ganhos no grau de autonomia do paciente /familiar no cuidado com sua saúde promovendo a capacitação do familiar/ cuidador;  Humanização da assistência, com o olhar ampliado relativo aos cuidados com o paciente e a condição dos familiares/cuidadores preservando ao vínculo familiar.

 Pacientes institucionalizados (pacientes devem receber cuidados através da própria instituição).  Necessidade de condições mínimas do domicílio relacionadas ao processo de doença do paciente, “ponderar” condições do domicílio X necessidades mínimas segundo as doenças instaladas.  Necessidade de enfermagem intensiva.  Em uso de medicação complexa com efeitos colaterais potencialmente graves, ou de difícil administração.  Com necessidade de tratamento cirúrgico em caráter de urgência, e que não tenham cuidador contínuo identificado. Maiores detalhes quanto critérios para elegibilidade e inclusão no serviço encontra-se na cartilha melhor em casa e os pacientes a serem incluídos são aqueles que adequa a classificação AD2, AD3 e paliativos exclusivos.

CRITÉRIOS PARA AGENDAMENTO DO ATENDIMENTO DE ENFERMAGEM

O atendimento de enfermagem se dará em caso de instabilidade clínica e/ou por meio de visitas agendadas (programadas), considerando a proximidade entre os domicílios, visando otimizar o transporte e atingir um número satisfatório de pacientes assistidos a cada período. Durante a visita, vários pontos devem ser observados, considerando:  Estado de saúde atual.  Ambiente domiciliar.  Nível de capacidades de autocuidado.  Nível de cuidado de enfermagem necessário.  Necessidade de educação do paciente/família/cuidador.  Nível de adesão paciente/família/cuidador.  Prognóstico.  Segurança e conforto do profissional.  Riscos de infecção.  O desenvolvimento de vínculos e o respeito mútuo.  A privacidade e a individualidade do paciente/ família/ cuidador.

ROTEIRO BÁSICO DE VISITA

 Apresentar-se ao paciente e familiares.  Lavar as mãos antes e após cada visita, e se necessário, também entre um procedimento e outro no domicílio. Na impossibilidade de lavagem das mãos, utilize álcool gel glicerinado 70%.  Questionar sobre queixas e intercorrências desde a última visita da equipe e o que foi feito pela família na solução do problema. Disponibilizar contato telefônico do serviço.  Verificar situações de risco como: piso irregular ou escorregadio, tapetes, camas sem grade, automedicação, procedimentos não autorizados, e outros.  Verificar sinais vitais (temperatura, frequência cardíaca, frequência respiratória e pressão arterial) e mensurar dor, em todas as visitas de rotina e nos retornos para observação de intercorrências.  Conferir as medicações em uso de acordo com a última prescrição.  Realizar procedimentos e/ou orientações conforme prescrito e/ou rotina do serviço, após colher informações e dúvidas do cuidador. Registrar o atendimento com data e horário da visita, letra legível, evitando siglas (exceto aquelas universais), no prontuário domiciliar e do serviço: sinais vitais, queixas, observações, procedimentos, acidentes, medicação em uso e material dispensado. Assinar e carimbar ao final de cada anotação.  Orientar ao cuidador que solicite apoio técnico quando julgar necessário, ou em caso de dúvidas, para garantir a integridade do paciente.

 Respeitar as decisões e indecisões do paciente/família.  Respeitar as rotinas da família.

MONTAGEM PRÉVIA DO CARRO ANTES DAS VISITAS

 Conferir a escala de atendimento e procedimentos.  Preparar o material necessário (individual e de acordo com a prescrição médica e de enfermagem, ou outros) e sempre evitar desperdício.  Conferir todo o material no carro, antes da saída e ao retornar.

ATRIBUIÇÕES GERAIS DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO DOMICILIAR

 Gerenciar as atividades da equipe de enfermagem.  Conhecer as políticas, funções, estrutura, financiamento e organograma da instituição onde está inserido o SAD.  Planejar, desenvolver e avaliar, com a equipe multidisciplinar o programa de atendimento domiciliário.  Definir, junto com a equipe multidisciplinar, critérios para admissão, acompanhamento e alta dos pacientes do SAD.  Participar de reuniões administrativas e técnicas.  Preparar a família e/ou cuidador para compreender o processo saúde-doença-envelhecimento que o paciente vivencia.  Participar de discussão com equipe multidisciplinar e elaboração de projetos terapêuticos.  Promover a integração da equipe multiprofissional.  Estimular o paciente, cuidador e familiares para o autocuidado e adaptar atividades de vida diária, por meio de maximização de suas potencialidades, até sua capacidade máxima, dentro dos limites de sua incapacidade.  Estabelecer via de comunicação participativa com a família por meio telefônico.  Avaliar as condições de infraestrutura física do domicílio e rotinas domésticas, opinando sobre possíveis modificações, adaptando-as às condições sociais e econômicas do paciente e família.  Opinar sobre possíveis modificações na rotina doméstica e planta física do domicílio sempre que possível e necessário.  Devolver à equipe multidisciplinar, os dados do atendimento domiciliar e promover sua avaliação.  Realizar as triagens e dar encaminhamento aos casos não inseridos no SAD (unidades básicas de saúde, centros de referência entre outros).  Realizar contato, bem como fornecer apoio técnico matricial com as unidades básicas de referência.  Gerenciar recursos humanos e materiais em sua área de trabalho, sendo sua responsabilidade a otimização destes, para o máximo benefício do paciente.  Orientar a equipe de enfermagem quanto à finalidade, manuseio e conservação de equipamentos e aparelhos, controlando o seu uso adequado.  Representar o serviço quando determinado pela direção e/ou gerência.  Servir de apoio à equipe multidisciplinar e à família, intermediando situações que interfiram no bom atendimento à pessoa dependente de cuidados.  Identificar e treinar o cuidador domiciliar.  Orientar o paciente, a família e/ou cuidador sobre a realização dos cuidados de enfermagem prestados.  Proporcionar ao paciente assistência e conforto físico e emocional em situações de agonia e morte.  Realizar e/ou participar de pesquisas.  Prescrever medicamentos estabelecidos conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual e municipal, observadas as disposições legais da profissão.

a. No planejamento, programação, orientação e supervisão das atividades de assistência de enfermagem. b. Na prestação de cuidados de enfermagem à pacientes em estado grave. c. Na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral e em programas de vigilância epidemiológica, no contexto domiciliário. d. Na prevenção e controle sistemático da infecção domiciliar. e. Na prevenção e controle sistemático de danos físicos e emocionais, que possam ser causados a pacientes durante a assistência à saúde, pela equipe de enfermagem e/ou cuidador. f. Participação nas atividades de educação em saúde. g. Participação em grupo de cuidadores. h. Participação nos programas de higiene e segurança do trabalho e de prevenção de acidentes e doenças profissionais e do trabalho. i. Executar atividades de assistência de enfermagem, excetuadas as privativas do enfermeiro e as referidas no artigo 12º da LEI Nº 7.498, de 25 de junho de 1986. j. Preparar o roteiro de visitas, separando kit de material de consumo de cada paciente, material reserva da viatura, como determinado pelo enfermeiro.

  1. Preparar o paciente, em conjunto com o cuidador e/ou familiar, para consultas, exames e tratamentos, durante o atendimento domiciliário.
  2. Observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas, no nível de sua qualificação.
  3. Executar tratamentos especificamente prescritos ou de rotina, além de outras atividades de enfermagem, adaptando-as à realidade de cada domicílio, conforme rotinas estabelecidas pelo enfermeiro, tais como: a. Ministrar medicamentos por via oral e parenteral. b. Realizar controle hídrico. c. Fazer curativos. d. Verificar sinais vitais. e. Aplicar oxigenoterapia e nebulização. f. Executar tarefas referentes à conservação e aplicação de vacinas. g. Efetuar o controle de pacientes e de comunicantes em doenças transmissíveis. h. Realizar testes e proceder à sua leitura para subsídio diagnóstico, conforme descrito no protocolo de assistência de enfermagem do município. i. Colher material para exames laboratoriais. j. Realizar eletrocardiograma. k. Realizar atividades de enfermagem em conformidade com as normas técnicas da profissão bem como os procedimentos e atividades presentes no protocolo de assistência de enfermagem do município de Campinas bem como outros protocolos do Sistema Único de Saúde - SUS.
  4. Prestar cuidados de enfermagem no pós-operatório mediato e tardio.
  5. Auxiliar em procedimentos invasivos realizados pela equipe de saúde no domicílio.
  6. Executar e/ou orientar o cuidador e familiares em atividades de desinfecção, de materiais e equipamentos, quando lotados no domicílio.
  7. Prestar cuidados de higiene e conforto, no domicílio, quando necessário, estimulando a participação do cuidador, nas tarefas de sua competência, zelando pela segurança do paciente, nas atividades de vida diária.
  8. Orientar cuidados com o lixo originado no cuidado do usuário e do lixo domiciliar (separação, armazenamento e coleta).
  9. Zelar pela limpeza e ordem do material, de equipamentos e de dependências de unidade de saúde.
  10. Integrar a equipe multidisciplinar, e auxiliar na elaboração do projeto terapêutico.
  11. Promover o vínculo com o paciente, o cuidador e a família, de forma a estimular a autonomia e o autocuidado.
  12. Participar de atividades de educação em saúde, inclusive:

a. Orientar o paciente após o atendimento da equipe multidisciplinar, quanto ao cumprimento das prescrições de enfermagem e médicas, orientações dos outros profissionais, e /ou rotinas do SAD. b. Auxiliar o enfermeiro na execução dos programas de educação em saúde. c. Participar de grupo de cuidadores.

  1. Realizar visita domiciliar, utilizando-se de escuta ampliada, no contexto da família e da comunidade.
  2. Participar de triagens.
  3. Dispensar medicamentos de acordo com a prescrição médica atualizada e rotina de cada SAD.
  4. Realizar controle de estoque de materiais de enfermagem e medicamentos.
  5. Proporcionar ao paciente, cuidador e familiares assistência e conforto físico e emocional em situações de fim de vida.
  6. Participar dos procedimentos pós-morte no domicílio, conforme as rotinas do SAD.
  7. Participar de pesquisas.
  8. Participar de treinamentos e buscar atualização técnica constantemente.

ATRIBUIÇÕES DO AUXILIAR DE ENFERMAGEM NO ATENDIMENTO DOMICILIAR

O auxiliar de enfermagem exerce atividades auxiliares, de nível médio técnico, atribuídas à equipe de enfermagem, desde que sob supervisão, orientação e direção de enfermeiro, cabendo-lhe:

  1. Preparar o roteiro de visitas, separando kit de material de consumo de cada paciente, material reserva da viatura, como pactuado com o enfermeiro.
  2. Preparar o paciente, em conjunto com o cuidador e/ou familiar, para consultas, exames e tratamentos, durante o atendimento domiciliário.
  3. Observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas, no nível de sua qualificação.
  4. Executar tratamentos especificamente prescritos ou de rotina, além de outras atividades de enfermagem, adaptando-as à realidade de cada domicílio, conforme rotinas estabelecidas pelo enfermeiro, tais como: a. Ministrar medicamentos por via oral e parenteral. b. Realizar controle hídrico. c. Fazer curativos. d. Verificar sinais vitais. e. Aplicar oxigenoterapia e nebulização. f. Executar tarefas referentes à conservação e aplicação de vacinas. g. Efetuar o controle de pacientes e de comunicantes em doenças transmissíveis. h. Realizar testes e proceder à sua leitura para subsídio diagnóstico, conforme descrito no protocolo de assistência de enfermagem do município. i. Colher material para exames laboratoriais. j. Realizar eletrocardiograma. k. Dispensar medicamentos de acordo com a prescrição médica atualizada e rotina de cada SAD.
  5. Prestar cuidados de enfermagem no pós-operatório mediato e tardio.
  6. Auxiliar em procedimentos invasivos realizados pelo médico e/ou enfermeiro no domicílio.
  7. Executar e/ou orientar o cuidador e familiares em atividades de desinfecção, de materiais e equipamentos, quando lotados no domicílio.
  8. Prestar cuidados de higiene e conforto, no domicílio, quando necessário, estimulando a participação do cuidador, nas tarefas de sua competência, zelando pela segurança do paciente, nas atividades de vida diária.
  9. Orientar cuidados com o lixo domiciliar gerado pelo atendimento (separação, armazenamento e coleta).
  10. Zelar pela limpeza e ordem do material, de equipamentos e de dependências do serviço.
  11. Orientar cuidadores para manutenção da limpeza e ordem do material e dos equipamentos cedidos ou emprestados, para a assistência no domicílio.

 Sobrecarga de trabalho doméstico e/ou fora de casa.  Preconceitos e mitos da sociedade em relação ao idoso.

RECURSOS TERAPÊUTICOS DISPONÍVEIS NO SAD

Material para curativos, medicações, instrumentais, EPI, camas, cadeiras, colchões, almofadas, aspirador, inalador, entre outros.

NORMAS, ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA DOMICILIAR

EM CAMPINAS-SP

Muitas ações realizadas no ambiente hospitalar podem ser realizadas no domicílio, desde que, considerados e controlados os riscos. Neste processo são necessárias adaptações com o máximo de segurança e conforto, tanto para o paciente e sua família, quanto para o profissional que a realiza. Para tanto, é necessário observar os seguintes princípios na realização de qualquer procedimento: A. Segurança:  Evitar contaminação.  Evitar acidentes.  Conservar as mãos limpas. B. Conforto  Evitar ruídos desnecessários.  Falar com voz moderada e pausada.  Proporcionar conforto ao paciente.  Boa postura em relação a si próprio e ao paciente. C. Economia  Planejar o trabalho.  Usar apenas o material necessário.  Manter o ambiente limpo e organizado.

COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO NA ASSISTÊNCIA DOMICILIAR – CIAD

As infecções relacionadas à assistência são uma das principais causas de morbidade e mortalidade. Assim, sugere- se a formação de uma Comissão de Controle de Infecção na Assistência Domiciliar (CIAD) para instituição de normas de precauções, programas educativos, gestão de antibióticos, padronização de procedimentos invasivos, monitoramento de novas colonizações por microrganismos multirresistentes. Estratégias de controle:  Estabelecer os principais fatores de risco para infecção, dentre eles: lesões de pele; acesso venoso; cateter vesical de demora (CVD); ostomias; traqueostomia com ventilação mecânica (VM) e traqueostomia sem VM.  Estabelecer precaução de contato a todos pacientes com microrganismos multirresistentes (higiene das mãos, luvas, avental, quarto privativo).  Estabelecer precaução padrão a todos pacientes como forma de evitar infecções cruzadas com microrganismos multirresistentes (higiene das mãos, luvas, avental, máscara e óculos).  Estabelecer precaução aerossóis a todos pacientes que têm potencial risco de espalhar micro gotículas de secreções, com microrganismos multirresistentes (higiene das mãos, luvas, avental, máscara N95 e óculos).  Criar um modelo de vigilância epidemiológica das infecções na assistência em saúde domiciliar e ter visão crítica e uso racional de antimicrobianos.

 Promover internamente educação continuada com revisão do processo de trabalho, atualizando a equipe profissional sobre normas, rotinas e procedimentos relacionados a segurança do paciente.  Padronizar, implantar e monitorar das medidas de isolamento.  Identificar todos pacientes com microrganismos multirresistentes e os respectivos microrganismos com a data do último exame de vigilância.

ORIENTAÇÃO AOS CUIDADORES/PACIENTES

 Higienizar as mãos antes e após contato com o paciente.  Usar álcool em gel 70% para higiene das mãos na impossibilidade de lavá-las.

SEGREGAÇÃO, ACONDICIONAMENTO E DESTINO FINAL DE RESÍDUOS GERADOS NO DOMICÍLIO

O plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde é adaptado conforme o serviço prestado por cada âmbito de saúde e a realidade local. Sendo assim, o SAD deve ter um que contemple suas atividades, objetivando minimizar resíduos, substituir materiais perigosos, proteger o profissional, usuário, cuidador e preservar o meio ambiente. Resíduos Grupo E : Os materiais perfurocortantes devem ser descartados separadamente, no local de sua geração, imediatamente após o uso ou necessidade de descarte, em recipientes, rígidos, resistentes à punctura, ruptura e vazamento, com tampa, devidamente identificados, atendendo aos parâmetros referenciados na norma NBR 13853/97 da ABNT, sendo expressamente proibido o esvaziamento desses recipientes para o seu reaproveitamento. As agulhas descartáveis devem ser desprezadas juntamente com as seringas, quando descartáveis, sendo proibido reencapá-las ou proceder a sua retirada manualmente. Tipos de materiais: materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas, tubos capilares, micropipetas, lâminas e lamínulas, espátulas e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares.

ORIENTAÇÃO AO CUIDADOR/PACIENTE NO DOMICÍLIO

O paciente e/ou seus cuidadores devem realizar precauções de segurança e cuidados com resíduos gerados no domicilio, através da devolução dos resíduos infectantes do Grupo E. Resíduos infectantes perfurocortantes, devem ser armazenados em recipientes resistentes à punctura e deve se manter o limite de 2/3 de sua capacidade, fechar a tampa e levar até a unidade básica de saúde de referência. O resíduo que chega à unidade, proveniente de residências do município, deve ser recebido por profissional de saúde designado, acondicionado em saco branco leitoso com simbologia de resíduo infectante. Deve-se encaminhá- lo para o abrigo de coleta de lixos infectantes da UBS.

Material a ser fornecido pelo serviço de saúde à família: Sacos plásticos (saco branco leitoso com simbologia infectante).

  1. Cobrir o paciente, limpar e guardar todo o equipamento na caixa.
  2. Descrever o posicionamento do paciente que o exame foi realizado.
  3. Registrar o procedimento no papel de E.C.G. com nome, idade, data, horário, assinatura com carimbo do profissional que realizou. Efetuar o registro no prontuário.
  4. Registrar procedimento em planilha de produção.

Observações

  1. Utilizar a convenção de programação com ganho N, velocidade de aquisição de 25mm/s, modo automático e derivação DII.

ENTEROCLISMA OU CLISTER

É a introdução de líquidos em grande volume, no intestino, através do canal retal, com objetivo de facilitar a evacuação, amolecendo as fezes e estimulando a peristalse. Deve-se ressaltar que o procedimento não é isento de riscos, podendo ocorrer perda importante de líquidos, alterações hidroeletrolíticas, diminuição do volume urinário, hemoconcentração e tendência à retenção de sódio. Cuidados de enfermagem nas alterações dos hábitos intestinais (HI):  Questionar sobre hábitos intestinais, frequência, consistência e cor das fezes, última evacuação, presença de dor, sangue e hemorroidas.  Questionar hábitos alimentares, uso de medicamentos e tratamentos anteriores.  Orientar quanto a dieta laxativa e aumento de ingesta hídrica. Contra Indicação: obstrução intestinal, hemorragia retal não diagnosticada, lesões intestinais oncológicas.

Executantes : enfermeiro, técnico e auxiliar

Material

 EPIs (óculos, mascara, luvas de procedimento).  Solução glicerinada 12% ou outras, em volume de 500ml.  Equipo para soro.  Extensor.  Sonda para retal.  Gel de lidocaína 2%.  Luvas de procedimento.

Procedimento

  1. Apresentar-se ao paciente e familiar, explicando o procedimento que será realizado, sanando todas as dúvidas antes de iniciar a execução.
  2. Checar a prescrição.
  3. Reunir o material.
  4. Higienizar as mãos.
  5. Promover a privacidade do paciente.
  6. Aquecer a solução prescrita a 37º, conectar o equipo macrogotas e a sonda retal.
  7. Paramentar-se com os EPIs.
  8. Posicionar o paciente em decúbito lateral esquerdo (DLE), se possível, com membro inferior esquerdo (MIE) estendido e membro inferior direito (MID) fletido.
  9. Lubrificar a sonda retal com gel de lidocaína 2%.
  1. Introduzir a sonda retal lentamente no ânus, cerca de 5 a 7cm nas crianças e 10 a 13cm nos adultos.
  2. Infundir a solução de acordo com a prescrição médica.
  3. Após o término da infusão, retire a sonda e oriente ao paciente a comprimir as nádegas.
  4. Oferecer a comadre, colocar fralda descartável ou encaminhar o paciente ao vaso sanitário, conforme condições clínicas.
  5. Deixar o paciente confortável.
  6. Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados.
  7. Retirar os EPIs e higienizar as mãos.
  8. Realizar anotação de enfermagem no prontuário, assinar e carimbar.
  9. Registrar o procedimento em planilha de produção.

Observações

  1. São utilizadas soluções salinas, glicerinada 12% ou outras, em volume de 500ml ou mais. O gotejamento deve ser controlado entre 30 e 60 minutos.
  2. É necessário prescrição médica: volume, gotejamento, e frequência de aplicações.
  3. O enfermeiro avalia os riscos e habilidade do cuidador, para permanência ou não de profissional de enfermagem no domicílio até o final do gotejamento.
  4. O cuidador deverá avisar a equipe, através de ligação telefônica, sobre o resultado do procedimento.
  5. Combinar, se possível, com o cuidador, o melhor horário para a realização do clister, pois neste dia, os cuidados lhe tomarão mais tempo.

O papel do cuidador

 Preparar o leito e o paciente para o procedimento.  Higiene do paciente após o procedimento.  Seguir as orientações do profissional.  Estar atento às alterações no hábito intestinal.

MEDICAÇÕES INJETÁVEIS E ANTIBIOTICOTERAPIA

Cabe a equipe de enfermagem administração de medicamentos conforme prescrição médica. O procedimento deve ser explicado ao paciente e cuidador antes de ser realizado. Checar nome do paciente, medicamento, dosagem, validade, via de administração e horário a ser administrado. O ambiente para manipulação de medicamentos deverá ser limpo, seco e iluminado. No preparo das medicações é importante observar aspecto da substância (se não existe alteração de coloração, presença de depósitos ou turvação). Considerar o volume suportável para a aplicação do medicamento na via escolhida, assim como se a via se encontra pérvia. As bolas de algodão usadas para antissepsia devem ser guardadas secas em um recipiente com tampa e o álcool em uma almotolia. Nunca manter as bolas de algodão embebidas em álcool, pois isso favorece a contaminação. Lavar sempre as mãos antes e após o procedimento. Nunca reencapar agulhas, devendo as mesmas ser desprezadas em caixa de perfuro cortante. Serão desprezados em lixo domiciliar, todos materiais, exceto agulhas e frascos de vidro. A posição ideal para o idoso receber infusão venosa é em semi-fowler, se não houver contraindicação. Evite posicionar o suporte em local de circulação de pessoas.