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Tipologia: Resumos
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NÚCLEO DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE
MANUAL DO CUIDADOR
Unimed Federação/RS
Manual do Cuidador Unimed/RS | NAIS - Núcleo de Atenção Integral à Saúde - Versão 02 - 07/06/
Versão 2
Diretoria de Saúde e Desenvolvimento Humano: Dr. José Milton Cunha Mirenda
Produção: Comitê de Atenção Integral à Saúde
Revisão e atualização de conteúdo: Sara Dall’Agnol - Coordenadora do Núcleo de Atenção Integral à Saúde (NAIS) Maria Joana Dias Ferreira - Enfermeira Lilian Carminatti - Psicóloga Amanda Peixoto Rimolo - Nutricionista Rejane Ortiz Radunz - Coordenadora de Provimento de Saúde Natiele Barros Gomes - Enfermeira Mara Lúcia Turnes Jurgini - Psicóloga Virgínia da Cunha Schiavon - Enfermeira Fernanda Kegles - Farmacêutica Luciana Nogueira Xavier Bonnea - Fisioterapeuta Mariana Vignolo Siqueira - Nutricionista
Diagramação: Núcleo de Comunicação e Marketing
Manual do Cuidador
1. Apresentação
Diante do quadro de envelhecimento demográfico, com o aumento da expectati- va de vida, algumas necessidades estão surgindo para a família, a sociedade e o poder público. A presença do cuidador nos lares cresce, havendo a necessidade de capacitá-los para o cuidado.
O processo de envelhecimento é inevitável e pode ocorrer de duas maneiras: envelhecimento senil ou senescente. Quando falamos em cognição, ao se tratar de um processo sem comprometimentos cognitivos, usamos o termo “envelheci- mento normal”. A senescência, portanto, é um fenômeno biológico que caracteri- za o processo natural de envelhecimento (envelhecimento primário ou envelhe- cimento normal). Nela, há perda progressiva da reserva funcional, sem impacto na autonomia e independência do idoso. Já o termo senilidade se refere ao con- junto de alterações decorrentes de situações de doença, que podem acompanhar um indivíduo ao longo do processo de envelhecimento. Caracteriza-se por sinto- mas e determina prejuízo à autonomia e à independência do indivíduo.
Este manual foi elaborado no ano de 2013 pela equipe do Comitê Estadual de Atenção Integral da Unimed, que observou a necessidade de capacitar os cuida- dores de idosos e/ou pessoas com limitações, sabendo do papel fundamental que o cuidador presta no tratamento, na recuperação e na manutenção da qualidade de vida da pessoa cuidada.
“ Não sei... se a vida é curta ou longa demais para nós. Mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas. Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silêncio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que sacia, amor que promove. E isso não é coisa de outro mundo: é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira e pura... enquanto durar. ” Cora Coralina
Revisão 2 - Agosto 2021
5
DIREITOS DO CUIDADOR E DA PESSOA CUIDADA
Enquanto não for aprovada legislação própria que garanta direitos específicos aos cuidadores de idosos, estes permanecem submetidos às normas gerais, comuns a todos os demais trabalhadores, as quais variam de acordo com a forma com que desempenham suas atividades. Assim, primeiramente, deve ser identi- ficado o tipo de contrato de trabalho em que se enquadra o cuidador de idosos, seja empregado comum (celetista), autônomo, doméstico ou voluntário.
O cuidador de idosos com vínculo empregatício e regido pela
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) tem direito a:
LEGISLAÇÃO DOS DIREITOS E DEVERES
O que o paciente ou familiar/cuidador podem requerer:
Órgãos oficiais e legislação de apoio ao cuidador/idoso:
CUIDANDO DO CUIDADOR
Os profissionais devem saber as limitações de seu trabalho. O objetivo é ajudar e auxiliar, mantendo a saúde física e mental do cuidador. É importante reconhecer quando já não é possível cuidar, solicitando ajuda em tais casos.
13 passos do cuidador
Fonte: Anvisa (2020).
HIGIENE
Corporal: a higiene corporal é de grande importância na recuperação e no confor- to da pessoa cuidada. Esse procedimento deve ser realizado diariamente e poderá ser feito no chuveiro, na banheira e no leito.
É importante salientar que:
Procure fazer do banho um momento de relaxamento.
Lembrete: instalar barras de apoio no box, utilizar tapetes antiderrapantes e utilizar cadeiras de banho sempre que necessário.
Higiene dos cabelos: a higiene dos cabelos deve ser feita no mínimo três vezes por semana. Diariamente, escove os cabelos e inspecione o couro cabeludo, obser- vando se há feridas, piolhos, coceira ou áreas de quedas de cabelo.
Unhas: é importante manter as unhas sempre cortadas e lixadas, evitando suji- dade.
Higiene oral:
Troca das fraldas: a troca das fraldas é muito importante para evitar assaduras e lesões de pele. Observar certos cuidados:
Lembrete: realizar a inspeção das fraldas a cada três horas e trocá-las sempre que houver sujidade. Seguir prescrição médica em caso de uso de pomadas/ cremes para assaduras.
MUDANÇA DE DECÚBITO
As pessoas com algum tipo de incapacidade, que passam a maior parte do tempo na cama ou na cadeira de rodas, precisam mudar de posição a cada duas horas. Esse cuidado é importante para prevenir o aparecimento de feridas na pele (úlce- ras de pressão), que são aquelas que se formam nos locais de maior pressão, onde estão as pontas ósseas, como o calcanhar, final da coluna, cotovelo, cabeça, entre outras regiões.
não urine em um espaço de quatro horas, mesmo ingerindo líquido, procure falar com a equipe de saúde;
Uripen:
O Uripen é uma sonda externa feita de borracha fina, também conhecida como
sonda de camisinha, pois é colocada no pênis como uma camisinha. A mangueira do Uripen é encaixada a uma bolsa coletora de urina. Cuidados no seu uso:
lesões no pênis;
Lembrete: atentar para a coloração, odor e quantidade de urina, sempre regis- trando o volume excretado. Despejar a diurese no vaso sanitário.
SONDA NASOENTERAL
A sonda nasoenteral é utilizada para a alimentação e administração de medi- camento. Ela é introduzida pela narina e vai até o estômago ou duodeno. As orientações estão no capítulo sobre alimentação saudável.
VERIFICAÇÃO DE SINAIS VITAIS
Os indicadores de funções vitais em nosso organismo podem auxiliar no diag- nóstico de algumas patologias. São eles: pressão arterial, temperatura, frequência cardíaca, movimentos respiratórios e dor.
Pressão arterial:
A pressão arterial é a medida da força do sangue contra as paredes das artérias e é verificada por meio do aparelho de pressão. A medida da pressão arterial com- preende a verificação da pressão máxima, chamada sistólica e da pressão mínima, chamada diastólica.
Valores normais para um adulto: Pressão sistólica: até 140mmHg | Pressão diastólica: até 90mmHg
Temperatura:
A temperatura corporal é medida através de termômetros (de mercúrio ou digi- tais). O local mais utilizado para medir a temperatura é a axila, contra a qual a extremidade do termômetro é colocada em contato durante cerca de cinco minu- tos. A temperatura corporal normal varia de 36°C a 36,8°C. É considerada febrí- cula a temperatura entre 37,5°C e 37,7°C. A partir de 37,8°C já se configura a febre. Normalmente, as temperaturas elevadas indicam algum tipo de infecção no organismo.
Frequência cardíaca:
O que se chama comumente de "pulso" está associado às pulsações ou às bati- das do coração, impulsionando o sangue pelas artérias, e que podem ser senti- das ao posicionarmos as pontas dos dedos em locais estratégicos do corpo. As pulsações devem ser contadas durante 30 segundos e o resultado multiplica- do por dois, a fim de se determinar o número de batidas por minuto. O número de batimentos por minuto, em adultos, varia de 60 a 80.
Movimentos respiratórios:
A respiração, na prática, é o conjunto de dois movimentos normais dos pulmões e dos músculos do peito:
Uma alimentação saudável é completa em macro e micronutrientes, contem- plando carboidratos, proteínas e lipídios. A seguir, vamos descrever cada um deles.
Carboidrato: responsável por garantir energia para o organismo. Nesse grupo, entram alimentos como arroz, pães, massas em geral, milho, batata, batata doce, mandioca, quinoa, etc. Dê preferência pelos integrais. Quantidade por refeição: três colheres de sopa.
Proteína animal: grupo responsável pela formação de músculos, ossos, cabe- los, unhas, hormônios e enzimas. Ovos e carnes (prefira assados ou grelhados). Quantidade por refeição: um bife médio (equivalente ao tamanho da palma da sua mão) ou dois ovos pequenos.
Proteína vegetal: todos os tipos de feijões, soja, lentilha, grão-de-bico, etc. São alimentos ricos em alguns aminoácidos, porém pobres em outros, o que é facil- mente completado com aminoácidos presentes em cereais como o arroz e a quinoa. Por isso a dupla arroz com feijão é imbatível: o que falta em um, o outro completa. Quantidade por refeição: uma concha pequena ou três colheres de sopa.
Retirados diretamente de plantas e animais, sem alteração.
Passaram por processos, como limpeza, moagem ou congelamento. Não há adição de outra substância ao alimento.
Fabricados pela indústria. Há adição de alguma substância, como sal, açúcar ou aditivos.
Hortaliças e legumes: alface, rúcula, agrião, couve-flor, brócolis, cenoura, beterra- ba, etc. Esses alimentos contêm alto teor de fibras, que ajudam na saciedade e na obtenção de vitaminas e minerais, que garantem a saúde e integridade do orga- nismo. Evite usar maionese ou temperos prontos, que adicionam gordura e sódio ao alimento. Quantidade por refeição: metade do prato (incluindo folhas e legu- mes).
É importante que a pessoa doente ou em recuperação coma diariamente carnes e leguminosas, pois esses alimentos são ricos em ferro. O ferro dos vegetais é melhor absorvido quando consumido junto a alimentos ricos em vitamina C, como laranja, limão, caju, goiaba, abacaxi e outros, em sua forma natural ou em sucos. Evite ingerir leite ou café logo após as refeições, pois isso pode interferir na absorção do ferro.
A base da alimentação deve ser composta por alimentos frescos/ in natura (fru- tas, legumes) ou processados (cereais e frutas secas). O Guia Alimentar para a População Brasileira recomenda evitar alimentos do tipo ultraprocessados (sucos em pó e biscoitos, por exemplo).
PROCESSAMENTO DE ALIMENTOS
BOAS PRÁTICAS DE
MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS
O que são boas práticas?
São práticas de higiene que devem ser obedecidas pelos manipuladores desde a escolha e compra dos produtos a serem utilizados no preparo do alimento até a venda para o consumidor. O objetivo das boas práticas é evitar a ocorrência de doenças provocadas pelo consumo de alimentos contaminados.
O que é contaminação? Normalmente, os parasitas, as substâncias tóxicas e os micróbios prejudiciais à saúde entram em contato com o alimento durante a ma- nipulação e preparo. Esse processo é conhecido como contaminação.
Quem é o manipulador de alimentos? É a pessoa que lava, descasca, corta, rala, cozinha, ou seja, quem prepara os alimentos. Portanto, deve-se sempre prezar por hábitos de higiene.
DICAS!
Esteja sempre limpo. Tome banho diariamente.
Use cabelos presos e cobertos com redes ou toucas.
Lave bem as mãos antes de preparar os alimentos.
Mantenha as unhas curtas e limpas.
HIDRATAÇÃO
Nos idosos, a ingestão de água é extremamente importante, porque eles são pro- pensos a desenvolver desidratação. Como regra geral, a quantidade diária deve ser de 30 a 35ml/kg/peso.
Lembrete: a desidratação é prevalente em idosos e é causa muito comum de estado confusional agudo, que ocorre fundamentalmente pelo declínio na sensa- ção de sede relacionado à idade. Caso a água perdida não seja prontamente repos- ta, a desidratação rapidamente se instala.
Terapia nutricional:
Algumas condições de saúde fazem com que as pessoas percam a capacidade de se alimentar via oral ou tenham dificuldade para absorver a quantidade de nutrientes necessária para sua saúde. A fim de auxiliar na nutrição desses indiví- duos, há um conjunto de procedimentos terapêuticos para a manutenção ou recuperação do estado nutricional por meio da nutrição oral, enteral e parenteral. A terapia nutricional está indicada em casos de desnutrição, risco nutricional, ingestão oral inadequada e perda de peso acelerada. Aspectos como apetite com- prometido e estresse físico/emocional também devem ser considerados, assim como pacientes fragilizados ou seriamente debilitados merecem atenção espe- cial.
Terapia nutricional oral:
A via oral sempre deve ser preferencial, usando suplementos alimentares orais (pós ou líquidos) que irão complementar a alimentação habitual – importante sempre identificar se o indivíduo não está aceitando a quantidade e qualidade indicadas dos alimentos adequados.
Terapia nutricional enteral:
A nutrição enteral está indicada quando ocorrer: desnutrição; risco nutricio- nal; ingestão oral inadequada (aceitação inferior a 60% da oferta ideal); perda de peso superior a 5% em três meses ou maior que 10% em seis meses; índice de massa corporal (IMC) abaixo de 20kg/m². A dieta enteral é fornecida na forma líquida por meio de uma sonda. Assim, é possível fornecer os nutrien- tes que a pessoa necessita independentemente da sua cooperação, fome ou vontade de comer.