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A anamnese psiquiátrica para crianças e adolescentes, incluindo a apresentação do examinador, identificação do paciente, queixa principal, motivo da consulta, história da doença atual, história pessoal, história social, história familiar, exame físico, exames complementares, exame mental ou psicopatológico, e conclusão com hipóteses diagnósticas. A anamnese é essencial para a avaliação psiquiátrica adequada e o tratamento da criança ou adolescente.
O que você vai aprender
Tipologia: Esquemas
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Não perca as partes importantes!
1 - APRESENTAÇÃO DO EXAMINADOR : O examinador deve se apresentar, citar seu nome, sua função e o objetivo do exame. Vale salientar que o ideal é que a entrevista psiquiátrica aconteça em dois momentos: com a criança/adolescente na companhia dos familiares/informantes e sozinha. 2 - IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE : a) Identificar a fonte do encaminhamento: família, escola ou outro serviço. Isso influencia a atitude da família em relação à avaliação. b) Identificar os informantes e a constelação familiar em torno da criança. Nome do paciente, registro, idade, data de nascimento, naturalidade, sexo, endereço, telefone dele e dos familiares, nacionalidade, filiação, raça, religião, grau de instrução, apelido, responsável, procedência. 3 - QUEIXA PRINCIPAL : Relatar nas palavras do paciente, sua principal queixa, bem como na dos informantes. 4 - MOTIVO DA CONSULTA : Descrever o motivo de exame, segundo informações colhidas do próprio paciente, do familiar ou de algum serviço de assistência. 5 - HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL : Relatar o início, a intensidade, as associações e a evolução cronológica de cada sintoma atual; problemas de adaptação, conflitos sociais ou familiares e todas as modificações de hábitos após o surgimento dos sintomas e se houve fatores precipitantes. Descrever tratamentos anteriores e as respostas aos mesmos; internamentos psiquiátricos e o nível de recuperação. Referir as medicações em uso atualmente e se existem sintomas psicofisiológicos. Uma história abrangente contém informações sobre o funcionamento atual e passado da criança/adolescente (como ela era antes em casa, na escola, etc e como está agora), a partir de relatos dela, dos informantes, professores e médicos anteriores (de tratamentos anteriores ou encaminhamento). Desta forma, um relatório escolar detalhado (rendimento escolar, comportamento e relacionamento com os professores e colegas) é imprescindível. 6 - HISTÓRIA PESSOAL : Citar informações referentes à gestação (incluir uso de drogas lícitas ou não pela mãe), parto, nascimento, desenvolvimento neuropsicomotor , imunização, alergias, controle esfincteriano, doenças comuns da infância (sarampo, neurosífilis, desmaios com perda da consciência, meningites ou encefalites), convulsões, puberdade, passado pré- mórbido e toda história médica, incluindo passado cirúrgico, traumatismos e internações hospitalares. 7 - HISTÓRIA SOCIAL : Comportamento infantil, brincadeiras da infância, escolaridade, relação com colegas e professores, lembranças marcantes, adolescência, namoros, toda vida afetiva, experiências sexuais, uso de drogas, história legal, atividades de lazer, relações interpessoais, moradia, perdas significativas, religião da família e sua (são as mesmas? Houve conflitos?), sistema de valores, fantasias e sonhos.
8 - HISTÓRIA FAMILIAR : Citar se os pais (idade, profissão e estado de saúde), irmãos (identificar a posição do nascimento e identificá-los por sexo), filhos, tios e avós são vivos (identificando o cuidador e sua relação com ele), idade, doenças somáticas e psíquicas dos mesmos. No caso de haver falecimentos, citar causa e data. Se houver doenças mentais, constar se possível o diagnóstico. Não se esquecer de perguntar a ocorrência de suicídio ou homicídio. Descrever a relação do paciente com seus familiares. Descrever o tipo da residência caracterizando-a, inclusive, com respeito à privacidade EXAME FÍSICO Realizar o exame físico padrão da boa prática médica, o mais completo possível, dependendo das condições em que for feito e da colaboração do paciente. EXAMES COMPLEMENTARES Todos os exames necessários para o esclarecimento do caso, para a diferenciação de outras patologias ou para a prescrição de medicamentos devem ser solicitados. EXAME MENTAL ou PSICOPATOLÓGICO Sempre que possível, utilizar as palavras dos pacientes/informantes. Só usar os termos técnicos necessários, bem definidos e claros. 1) Atitude Geral: Descrever como se apresenta o paciente: Aparência geral, fácies, gestos, postura, maneirismos, roupas, adornos, estado higiênico, sinais de ansiedade, sua colaboração com o exame. 2) Interação pais/cuidadores-criança/adolescente: Pode ser observada já na sala de espera! A maneira que conversam e as nuances emocionais são pertinentes. 3) Separação e reunião : Observa-se tanto a maneira como a criança/adolescente responde à separação de um dos pais/cuidadores para uma entrevista individual quanto o comportamento de reunião. Falta de afeto ou sofrimento grave podem indicar problemas no relacionamento ou transtornos psiquiátricos. 4) Atividade Expressa em Palavras : Descrever como o paciente se comunica; o tom do discurso, se fala espontaneamente ou apenas quando solicitado, se fala muito ou pouco, se há comunicação por mímica ou escrita, se há silêncios súbitos, mudanças de temas ou de ritmos e se há sinais de afasia ou disartrias. Anotar a modulação e o fluxo da expressão verbal e acuidade. É muito importante notar se a fala e a linguagem é adequada à idade e se há perda auditiva. Alterações: Logorreia, Bradifasia, Ecolalia, Palilalia, Verbigeração, Mussitação, Mutismo. 5) Vontade e Psicomotricidade : Descrever a capacidade do paciente em expressar seus desejos e colocá-los em prática.
10) Consciência : Observar a capacidade de responder ao ambiente, em especial a participação no exame. A descrições da orientação é útil nesta avaliação. Alterações: Sonolência, Obnubilação, Flutuação, Estupor, Coma, Delirium, Hipnose, Transe. 11) Orientação : Registrar as respostas referentes ao seu próprio nome, idade, sua residência, local e data do exame. 12) Atenção e Concentração : Referir se o paciente está atento ou disperso, como se comporta em relação ao que acontece ao seu redor, se responde às perguntas prontamente ou se é necessário repeti-las, se realiza operações matemáticas, se mantém capacidade de leitura e escrita , sempre levando-se em consideração o esperado para a idade da criança/adolescente. Avaliar tenacidade e vigilância. Alterações: Hiper ou Hipoprosexia, Desatenção, Distração, Distraibilidade. 13) Inteligência : Capacidade para entender, recordar, mobilizar e integrar construtivamente o aprendizado anterior ao confrontar-se com novas situações, inclusive as mais adversas. Descrever se há alguma alteração grosseira da inteligência e como é observada. Citar o desempenho, grau de instrução, ambiente cultural e conhecimento geral do paciente. Alteração: Déficit intelectual. 14) Memória : Crianças em idade escolar devem ser capazes de lembrar três objetos após 5 minutos e repetir 5 dígitos para a frente e 3 dígitos para trás. A ansiedade pode interferir no desempenho, mas incapacidades óbvias podem refletir dano cerebral, retardo mental ou incapacidade de aprendizagem. Pode ser: Imediata, Recente ou Remota. Alterações: Amnésia Retrógrada, Anterógrada ou Total; Hipermnésia; Confabulação. 15) Julgamento e insight : A visão dos problemas, as reações a eles e as soluções sugeridas pela criança/adolescente podem nos dar uma boa ideia acerca do seu julgamento e insight. CONCLUSÃO HIPÓTESE(S) DIAGNÓTICA(S) Citar a impressão diagnóstica e o sistema classificatório no qual foi baseada (CID-10 ou DSM) Datar e assinar o exame.