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Explorando Cargas Elétricas: Modelos, Propriedades e Experimentos, Notas de estudo de Materiais

Saiba sobre o modelo de cargas elétricas, as propriedades de repulsão e atração entre elas, e experimente a existência de cargas elétricas usando o método de eletrização por atrito. Ensaie o experimento com materiais diferentes e observe o comportamento de cargas elétricas negativas e positivas.

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Amanda_90
Amanda_90 🇧🇷

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Eletroscópio
Objetivo
Mostrar a existência de cargas elétricas e suas propriedades.
Contexto
Alguns materiais apresentam, sob determinadas condições, fenômenos
elétricos que podemos explicar usando um modelo teórico.
Estes fenômenos são observados pelo homem desde a antigüidade. E
desde então houveram vários modelos que foram propostos para tentar
explicar a sua origem.
O modelo que melhor explicou tais fenômenos é o modelo de cargas
elétricas, que é usado até os dias de hoje. Este modelo prevê a
existência de dois tipos de cargas elétricas, uma carga de sinal positivo
e outra de sinal negativo.
Para explicar os fenômenos elétricos que eram observados, foi proposta
a lei da atração e repulsão: cargas elétricas de mesmo sinal se repelem
entre si e cargas elétricas de sinais opostos se atraem entre si. Veja o
esquema das leis de atração e repulsão na figura abaixo.
Os materiais em seu estado fundamental são neutros; a somatória de
suas cargas elétricas é nula.
É por isso que os fenômenos elétricos só podem ser observados em
determinadas condições, ou seja, para que haja repulsão ou atração
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Eletroscópio

Objetivo Mostrar a existência de cargas elétricas e suas propriedades. Contexto Alguns materiais apresentam, sob determinadas condições, fenômenos elétricos que podemos explicar usando um modelo teórico. Estes fenômenos são observados pelo homem desde a antigüidade. E desde então houveram vários modelos que foram propostos para tentar explicar a sua origem. O modelo que melhor explicou tais fenômenos é o modelo de cargas elétricas, que é usado até os dias de hoje. Este modelo prevê a existência de dois tipos de cargas elétricas, uma carga de sinal positivo e outra de sinal negativo. Para explicar os fenômenos elétricos que eram observados, foi proposta a lei da atração e repulsão: cargas elétricas de mesmo sinal se repelem entre si e cargas elétricas de sinais opostos se atraem entre si. Veja o esquema das leis de atração e repulsão na figura abaixo.

Os materiais em seu estado fundamental são neutros; a somatória de suas cargas elétricas é nula. É por isso que os fenômenos elétricos só podem ser observados em determinadas condições, ou seja, para que haja repulsão ou atração

entre dois ou mais materiais é preciso que a somatória de suas cargas não seja nula. Isso quer dizer que é preciso que hajam cargas positivas ou negativas em excesso no material. É possível fazer com que um material que está neutro fique carregado elétricamente. Para isso basta fornecer ou retirar algumas cargas elétricas neste material, fazendo com que ele fique com uma carga líquida positiva ou negativa. Este processo é chamado de eletrização. Há vários métodos de eletrização que são empregados, de forma que cada método é usado dependendo do resultado que se quer obter. A eletrização só se dá entre materiais isolantes, pois os materiais condutores não tem a capacidade de reter cargas elétricas, pois elas escoam pelo material. Já os materiais isolantes não permitem que as cargas se movimentem em seu interior. Neste experimento, para demonstrarmos a existência de cargas elétricas, utilizaremos do método de eletrização por atrito. Esta eletrização é feita com dois materiais de características elétricas diferentes. Um deve ter mais facilidade para receber cargas negativas. Estes materiais são chamados de eletronegativos. E o outro deve ter mais facilidade para doar cargas negativas. Estes são chamados de materiais eletropositivos. Assim quando estes materiais são atritados, as cargas negativas migram de um material para o outro. Ao afastá-los um deles terá recebido cargas elétricas negativas, se tornando um material eletrizado negativamente. E o outro se tornará um material eletrizado positivamente, pois ao doar cargas negativas, ficou com excesso de cargas positivas em seu interior. Como mostra a figura abaixo.

Podemos a partir daqui compreender como se dá a repulsão e a atração entre materiais carregados.

Note que o material continua neutro, pois o número de cargas continua o mesmo. A atração é favorecida devido a formação dos dipolos. Idéia do Experimento Para verificarmos a existência de cargas elétricas e a propriedade de repulsão entre cargas de mesmo sinal, podemos fazer um experimento simples usando um instrumento chamado eletroscópio. A idéia principal do funcionamento de um eletroscópio é fazer com que as cargas elétricas em excesso em seu interior, sejam divididas em duas quantidades aproximadamente iguais, que por sua vez são guiadas a duas partes móveis e próximas do aparelho. Devido à mobilidade dessas partes e ao fato delas estarem carregadas com o mesmo tipo de carga, elas se afastarão uma da outra. Isto permite mostrar de forma visível a repulsão entre cargas de mesmo sinal. Não é importante neste momento identificar qual o sinal da carga em excesso presente no eletroscópio e sim verificar que cargas de mesmo sinal se repelem. O eletroscópio consiste num frasco de vidro lacrado onde um fio metálico atravessa a tampa desse frasco até o seu interior. No interior do frasco, o fio é dobrado de modo particular e sobre ele é colocado duas lâminas de papel alumínio. No exterior do frasco o fio é envolvido por papel alumínio e amassado sobre ele até que se forme uma pequena bola (veja a figura no final). O próximo passo é atritarmos uma régua com os cabelos. E ela se eletrizará, pois a régua é um material isolante e se eletriza por atrito com determinados materiais. Então toca-se a régua recém eletrizada na bolinha de papel alumínio. Esta fica com excesso de cargas elétricas devido ao contato com a régua. Ou porque perderam cargas para a régua ou porque receberam cargas dela. Sabemos que os metais são condutores, ou seja, são materiais nos quais as cargas elétricas podem se locomover livremente. Logo, quando da transferência ou retirada de cargas da régua para a bolinha de alumínio, o excesso de cargas resultante desta troca se espalha por toda a bolinha (pois como elas se repelem, tendem a se afastar umas das outras), pelo fio e finalmente pelas lâminas de papel alumínio da extremidade inferior do eletroscópio. As cargas, ao chegarem na ponta inferior do fio, se dividem entre as lâminas de papel alumínio, ficando ambas com

excesso de cargas (não há porque as cargas migrarem para uma lâmina e não para a outra, ou muito mais para uma do que para a outra, visto que elas são do mesmo material e possuem dimensões praticamente idênticas). O resultado desta divisão é que as lâminas ficarão eletrizadas com a mesma carga. As lâminas de papel alumínio tem liberdade de movimento sobre o fio. Como as lâminas se afastam uma da outra depois da eletrização, podemos verificar visualmente que cargas de mesmo sinal se repelem. Este experimento corrobora o modelo de cargas elétricas bem como uma das propriedades destas: a de repulsão de cargas de mesmo sinal. Tabela do Material.

Item Observações

Frasco de vidro

O frasco pode ser qualquer um, mas é necessário que seja de vidro e que tenha tampa (metálica ou não, tanto faz) ou que seja construído uma tampa para ele. Dê preferência em fechá-lo com rolha.

Fio metálico condutor

Qualquer fio condutor serve. Mas na falta de um fio pode-se usar outros objetos metálicos: arame, prego fino, clips de papel etc. Obtém-se melhores resultados com fios de cobres esmaltados, pois evita-se a perda de cargas. Se a tampa do pote for metálica, esse fio é o ideal pois do contrário perdería-se cargas para a tampa. Estes fios são encontrados em casa de materiais elétricos, ou retirados de aparelhos elétricos velhos. São fios de cobre recobertos com um verniz. Papel alumínio

Papel usado para embalar comida, ou encontrado em embalagens de barras de chocolates ou de cigarros, por exemplo.

Fita isolante

Qualquer fita isolante serve (fita usada em fios elétricos) ou fita crepe etc. Fita isolante de fios elétricos são encontradas em casa de materiais elétricos, supermercados, bazares, etc. Régua de plástico

Na falta de uma régua, pode-se usar qualquer outro material plástico, como um pente, por exemplo.

Rolha

São facilmente encontradas em frascos de bebidas (vinho, conhaque, etc). Ou podem ser compradas em armazéns, supermercados ou bares. Estas geralmente são de cortiça. Rolhas de borracha são encontradas em farmácias ou lojas que fornecem materiais para farmácias e hospitais.

Montagem

  • Corte um pedaço de fio esmaltado de forma que ele vá até o centro do pote e ainda sobre uns 3 cm para fora da rolha;

pote de vidro. Isso evita a troca de cargas com a tampa e melhora os resultados.

  • É muito importante que ao atritar a régua com os cabelos, a régua e os cabelos estejam limpos e secos.
  • Se o dia estiver úmido, aqueça o pote de vidro, sem a tampa ou rolha, sobre a chama de um vela antes de começar o experimento e imediatamente antes de fechar o frasco. Isso diminui a umidade interna do pote, melhorando os resultados.
  • Ao tocar a régua eletrizada na bolinha de papel alumínio, as lâminas vão se repelir. Se ao se repelirem, uma ou ambas as lâminas tocarem o pote de vidro podem ocorrer duas situações: o se o eletroscópio estiver apoiado numa superfície aterrada, ou seja em algum lugar através do qual as cargas podem fluir para fora do pote de vidro, isso faz com que as lâminas retornem rapidamente para a posição original, devido a essa descarga (ou deseletrização). o se o pote estiver sobre uma superfície não condutora (não aterrada) e se as lâminas tocarem o vidro haverá troca de cargas entre a(s) lâmina(s) e vidro, fazendo com que elas retornem à posição original. Depois de fazer o experimento algumas vezes, as lâminas não voltarão para a posição inicial, pois mesmo trocando cargas com o vidro, vai chegar um momento em que não trocarão mais (o vidro ficará cada vez mais saturado) e então as lâminas retornarão para uma posição um pouco afastada da original. É que com o excesso de cargas nas lâminas elas continuarão repelidas até as cargas fluirem para algum lugar não saturado ou descarregado. Você poderá ver esse fenômeno tocando a bolinha de papel alumínio com as mãos ou com algum material condutor. Nestes materiais ou na sua mão, as cargas elétricas em excesso poderão fluir e isso descarregará as lâminas e elas voltarão para a posição inicial.

Esquema Geral de Montagem