Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Anatomia do Esqueleto do Tórax e Coluna Vertebral: Faces, Limites, Costelas e Vértebras, Notas de estudo de Anatomia

Este documento fornece uma aula detalhada sobre a anatomia do esqueleto do tórax e coluna vertebral, identificando as faces e limites do tórax, diferenciando os tipos de costelas, descrevendo as características das curvaturas da coluna vertebral e a estrutura de uma vértebra típica. Além disso, aborda as peculiaridades das vértebras torácicas e lombares, e compara as vértebras cervicais.

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Homer_JS
Homer_JS 🇧🇷

4.5

(41)

222 documentos

1 / 17

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
44
44
4
aula
ESQUELETO DO TÓRAX E DA
COLUNA VERTEBRAL
META
Conhecimentos teóricos acerca do
Sistema Esquelético do tórax e da
coluna vertebral, seus limites,
aberturas, seus ossos, principais
acidentes e funções.
OBJETIVOS
Ao final desta aula, o aluno deverá
identificar as faces e os limites do
tórax;
diferenciar os tipos de costelas;
descrever as características das
curvaturas da coluna vertebral e
descrever a estrutura de uma
vértebra típica.
PRÉ-REQUISITOS
Conteúdo da aula “Sistema
esquelético”.
(Fonte: http://upload.wikimedia.org).
José Aderval Aragão
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Anatomia do Esqueleto do Tórax e Coluna Vertebral: Faces, Limites, Costelas e Vértebras e outras Notas de estudo em PDF para Anatomia, somente na Docsity!

ESQUELETO DO TÓRAX E DA aula

COLUNA VERTEBRAL

META

Conhecimentos teóricos acerca do Sistema Esquelético do tórax e da coluna vertebral, seus limites, aberturas, seus ossos, principais acidentes e funções.

OBJETIVOS

Ao final desta aula, o aluno deverá identificar as faces e os limites do tórax; diferenciar os tipos de costelas; descrever as características das curvaturas da coluna vertebral e descrever a estrutura de uma vértebra típica.

PRÉ-REQUISITOS

Conteúdo da aula “Sistema esquelético”.

(Fonte: http://upload.wikimedia.org).

José Aderval Aragão

Elementos de Anatomia Humana

INTRODUÇÃO

O

esqueleto do tórax é uma caixa osteocartilaginosa, flexível, de forma cônica, formada pelo esterno, pe- las cartilagens costais, pelas costelas e pelos corpos das vértebras torácicas. Contém os principais órgãos da respiração, circulação e cobre parte dos órgãos abdominais. Está limitado, ventralmente, pelo osso esterno e cartilagens costais. Dorsalmente, pelo corpo das 12 vértebras torácicas e extremidade dorsal das costelas. Lateralmente, pelo corpo dos 12 pares de costelas, onde estão separadas pelos espaços intercostais, estes preenchi- dos pelos músculos intercostais (internos, externos e íntimos). O esqueleto torácico possui duas aberturas, uma superior e outra inferior. A abertura superior, mais larga no sentido transver- sal que no sentido antero-posterior. Está limitada pela margem su- perior do manúbrio do esterno, ventralmente; pelo primeiro par de costelas, lateralmente; e pelo corpo da primeira vértebra torácica, posteriormente. A abertura inferior, irregular, maior que a superi- or e está limitada ventralmente, pelas cartilagens costais da 7ª, 8ª, 9ª e 10ª costelas; dorsalmente, pelo corpo da 12ª vértebra torácica; e lateralmente, pela 11ª e 12ª pares de costelas. Essa é fechada pelo músculo diafragma e constitui-se no assoalho do tórax.

Elementos de Anatomia Humana

O ESTERNO

O

esterno (figura 26) é um osso plano, que entra na formação da parede ventral da caixa torácica, e con siste de três partes: manúbrio, corpo e processo xifóide. O manúbrio (cabo de espada), porção mais larga e espessa do esterno, possui duas faces e quatro margens. Suas faces fixam ventralmente os músculos peitoral maior e esternocleidomastóideo; e dorsalmente, esterno-hióide e esterno- tireóideo. Na margem superior encontramos três incisuras: uma, central, a incisura jugular; e duas laterais, as incisuras claviculares, para articular com as clavículas, formando as articulações esternoclaviculares. Nas margens laterais, encontramos a incisura costal, para formar a articulação esternocostal da primeira coste- la. A margem inferior do manúbrio se articula com a margem su- perior do corpo para formar a sínfise manúbrioesternal. Como a junção manúbrio-corpo está situada em planos diferentes, acaba por formar uma projeção ventral, denominada ângulo do esterno (ângulo de Louis), acidente clínico importante para contagem das costelas, já que a primeira costela não é palpável. O corpo, longo, estreito e mais fino que o manúbrio, está localizado ao nível das vértebras T5 (vértebra torácica 5) e T (vértebra torácica 9). O corpo possui duas faces e quatro mar- gens. Na face ventral, ocorre a fixação da origem esternal do músculo peitoral maior, e, dorsalmente, fixação do músculo transverso do tórax. Suas margens superior e inferior articulam- se com o manúbrio e o processo xifóide, respectivamente. Já nas margens laterais encontramos as incisuras para as cartilagens costais da 2ª a 7ª costelas. O processo xifóide , fino e longo é a menor das três partes, situa-se no nível da vértebra T10, é cartilaginoso no jovem e mais ou menos ossificado no adulto. Nas faces ventral e dorsal, fixa partes dos músculos reto do abdome e transverso do tórax, respectivamente. E nas margens laterais, a aponeurose do mús- culo reto do abdome.

44444

aula

Esqueleto do tórax e da coluna vertebral

AS COSTELAS

As costelas (figura 26) são ossos de forma arqueada, esten- dendo-se da coluna vertebral (posteriormente) até o osso esterno (ventralmente), por intermédio das cartilagens costais, e formam a maior parte do esqueleto torácico As costelas, de acordo com a sua relação com o osso esterno, são de três tipos: Costelas verdadeiras (vertebrocostais), são aquelas que se arti- culam com o osso esterno, por uma faixa de cartilagem hialina denominada cartilagem costal. Ex: os sete primeiros pares de cos- telas (1º – 7º). Costelas falsas (vertebrocondrais), são aquelas em que suas cartila- gens costais não se articulam com o osso esterno, e sim com a cartilagem costal do sétimo par de costelas. Ex: 8º, 9º e 10º pares de costelas. Costelas flutuantes (verte- brais) são aquelas que não apresentam conexões dire- tas nem indiretas com o osso esterno ou com outras costelas. Ao contrário, ter- minam na musculatura ab- dominal posterior. Ex: os dois últimos pares de cos- telas (11º e 12º). As costelas possuem duas extremidades - uma ventral ou esternal, e outra dorsal ou vertebral - e uma porção intermédia: o corpo ou diáfise. A extremidade ventral, achatada, continua-se com a car- tilagem costal, aonde vai se prender ao osso esterno. A extremidade dorsal articula-se com o corpo das vértebras e possuem (figura 27):

Figura 27. Costela média - vista posterior (Lâmina 171 C - NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).

44444

aula

Esqueleto do tórax e da coluna vertebral

outra inferior. Na face superior encontramos o tubérculo escaleno, para fixação do músculo escaleno anterior, e dois sulcos, sendo um ventral e outro dorsal. O ventral para dar passagem à veia subclávia e o dorsal para a artéria subclávia. Na 2ª costela, fina e mais longa que a primeira, encontramos uma tuberosidade na face superior para inserção do músculo serrátil anterior. As 11ª e 12ª costelas são pon- tudas na extremidade ventral, não possuem nem colo nem tubércu- lo, só têm uma faceta na cabeça. O esqueleto da coluna vertebral é formado por uma série de ossos irregulares denominados vértebras, separadas uma das outras por discos fibrocartilaginosos intervertebrais (dão flexi- bilidade e absorvem impactos), que se estendem do crânio até o ápice do cóccix (figura 29).

Figura 29. Coluna vertebral (Lâmina 142 - NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).

Elementos de Anatomia Humana

A coluna vertebral de um adulto é típicamente composta de 33 vértebras, agrupadas em cinco regiões: cervical (7), torácica (12), lombar (5), sacral (5) e coccígea (4). Elas têm como função: prote- ger a medula espinhal, fornecer o principal eixo de suporte do cor- po, suportar o peso do corpo e exercer um papel importante na postura e locomoção. Possui quatro curvaturas: cervical, torácica, lombar e sacrococcígea, que dão um suporte flexível para o corpo. As curvaturas torácica e sacrococcígea, de concavidade ventral, são denominadas de curvaturas primárias, por se desenvolverem durante o período fetal. Enquanto as curva- turas cervical e lombar, de convexidade ventral, são deno- minadas secundárias ou de compensação, e aparecem depois do nascimento. A primeira, quando a criança começa a man- ter a cabeça ereta, e a segunda, quando a criança começa a andar. Estas curvaturas desempenham um importante pa- pel funcional, aumentando a força e mantendo o equilíbrio da parte superior do corpo. As vértebras variam de tamanho e características de uma re- gião para outra da coluna vertebral, e em menor grau dentro da mesma região. Uma vértebra típica é composta de um corpo, um arco e sete processos. O corpo vertebral é a parte maior e mais anterior da vértebra, dá resistência à coluna vertebral e suporta o peso do corpo. O arco vertebral é a parte da vértebra formada pelos pedículos e pelas lâminas, que, juntos, dão apoio aos sete processos. Os pedículos são processos curtos e sólidos, que unem o arco ao corpo vertebral. Enquanto as lâminas são duas placas largas que constituem a maior parte do arco, e partem dorsal e medialmente dos pedículos. Da junção do arco vertebral com o corpo resulta um espaço chamado forame vertebral. Do arco vertebral têm origem os sete processos: um pro- cesso espinhoso, dois processos transversos, e quatro pro- cessos articulares.

Elementos de Anatomia Humana

Processos transversos - são perfurados pelos forames transversos, por onde passam os vasos vertebrais (artéria e veia). Existem tam- bém dois tubérculos, sendo um anterior ou ventral, e outro posterior ou dorsal, intermediados pelo sulco do nervo espinhal. Forame transverso - encontrado no processo transverso, é menor em C7 do que em outras vértebras cervicais, dá passagem à artéria e à veia vertebral, Na região cervical ainda podemos encontrar vértebras que apresentam características especiais (C1, C2, C6 e C7) (figura 31).

Figura 31. Vértebras cervicais Atlas e Áxis (Lâmina 12 A- NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).

A primeira vértebra cervical (C1), denominada Atlas, por susten- tar, como o titã da mitologia grega, o globo na cabeça. É constitu- ída por duas massas laterais que se articulam com os côndilos do occipital; dois arcos vertebrais, sendo um anterior, onde apresenta um tubérculo ventralmente, e, dorsalmente, uma fóvea articular, para o processo odontóide do axis. O arco posterior termina

44444

aula

Esqueleto do tórax e da coluna vertebral

dorsalmente no tubérculo posterior (estrutura rudimentar do pro- cesso espinhoso) e corresponde à lâmina de uma vértebra típica, e na sua face superior apresenta um sulco para a artéria vertebral e o 1º nervo cervical. A segunda vértebra cervical (C2), denominada, axis, é a mais resistente das vértebras cervicais, e se caracteriza por uma exten- são que se projeta superiormente a partir do corpo, o processo odontóide; é mantido na posição pelo ligamento transverso do Atlas, que impede seu deslocamento horizontal. A sexta vértebra cervical (C6), apresenta no processo trans- verso uma saliência volumosa, o tubérculo anterior, denomina- do tubérculo carótico, porque a artéria carótida pode ser com- primida nesse ponto. A sétima vértebra cervical ou proeminente (C7), é uma vérte- bra de transição, caracteriza-se por possuir um processo espi- nhoso longo, palpável e não bifurcado, forame transverso pe- queno, ocasionalmente duplo ou ausente. As vértebras torácicas, de situação intermediária entre as cervicais e lombares, caracterizam-se por possuir (figura 32):

Figura 32. Vértebras torácicas [T6] - vista superior (Lâmina 143 A- NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).

44444

aula

Esqueleto do tórax e da coluna vertebral

As vértebras lombares (figura 34) são as maiores vértebras mó- veis da coluna vertebral, e se caracterizam por possuirem: Um corpo, em forma de rim, mais largo no sentido transversal. O forame vertebral , de forma triangular, maior do que as torácicas. O processo espinhoso, curto, robusto, espesso e quadrilátero, e tem posição sagital. Os processos articulares apresentam suas facetas articulares com direção medial, no superior, e lateral no inferior. Encontramos o pro- cesso mamilar na face posterior de cada processo articular superior. Os processos transversos, longos e delgados, onde, na parte dorsal da base do processo transverso, encontramos o processo acessório.

Das vértebras dessa coluna, uma se destaca por ser a maior vér- tebra da coluna lombar que é a L5 (quinta lombar). Ela é caracteriza- da por seu corpo e pelos processos transversos maciços. O sacro (figuras 35 e 36), osso cuneiforme, triangular, é for- mado no adulto pela fusão das cinco vértebras sacrais. Esta ocorre

Figura 34. 2ª vértebra lombar [T12] -vista lateral (Lâmina 143 C - NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).

Elementos de Anatomia Humana

inicialmente em torno dos 17 anos e usualmente termina por volta dos 25 anos de idade. O sacro possui uma face ventral ou pélvica e outra dorsal e uma base. Na face pélvica, encontramos os forames sacrais ventrais, saída dos ramos ventrais dos nervos espinhais sacrais. Entre esses forames sacrais, observamos as linhas trans- versais, formadas pela fusão dos discos intervertebrais e corpos vertebrais. Na face dorsal, podemos distinguir (figura 36):

· a crista sacral mediana, que termina no hiato sacral, formada pela fusão dos processos espinhosos; · a crista sacral intermédia, formada pela fusão dos proces- sos articulares;

Figura 35. Sacro e Cóccix - Superfície pélvica (Lâmina 145 A - NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).

Elementos de Anatomia Humana

CONCLUSÃO

O

esqueleto do tórax forma a caixa torácica, que tem como função envolver e proteger os órgãos da cavi- dade torácica e sustentar os ossos do cíngulo peitoral. Quanto à coluna vertebral, é composta de uma série de ossos denominados vértebras e tem como função permitir movimento e proteger a medula espinhal, além de servir como ponto de fixação para as costelas e músculos do dorso.

RESUMO

A caixa torácica é composta de vários ossos: esterno, coste- las e vértebras da coluna torácica. O esterno consiste de três partes: manúbrio, corpo e processo xifóide. As costelas de forma arqueada são classificadas, de acordo com a sua rela- ção ao osso esterno, em verdadeiras, falsas e flutuantes. Elas possuem duas extremidades - uma ventral ou esternal, e outra dorsal ou vertebral - e uma porção intermédia - o corpo ou diáfise. Podem ser típicas ou atípicas. Típicas, quando têm cabeça, colo e corpo. Atípica, quando requerem considerações especiais. O esqueleto da coluna vertebral é formado por uma série de ossos irregulares denominados vértebras, separadas uma das outras por discos fibrocartilaginosos intervertebrais que se es- tendem do crânio até o ápice do cóccix. A coluna vertebral de um adulto é tipicamente composta de 33 vértebras, agrupadas em cinco regiões: cervical (7), torácica (12), lombar (5), sacral (5) e coccígea (4). As vértebras da coluna cervical caracterizam-se por possuírem forames transversários; as da co- luna torácica, pelas fóveas costais no corpo; as lombares têm os corpos maiores e as sacrais são fundidas e contribuem para o cíngulo do membro inferior.

44444

aula

Esqueleto do tórax e da coluna vertebral

ATIVIDADES

  1. Descreva a caixa torácica e suas funções.
  2. O que determina se uma costela é verdadeira, falsa ou flutuante?
  3. Descreva quais são as curvaturas da coluna vertebral.

REFERÊNCIAS

DÂNGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia humana sistêmica e segmentar para o estudante de medicina. 2 ed. São Paulo: Atheneu, 1998. DI DIO, L. J. A. Tratado de anatomia sistêmica aplicada. 2 ed. São Paulo: Atheneu, 2002. GOSS, C. M. Gray Anatomia. 29 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988. KAHLE, W.; LEONHARDT, H.; PLATZER, W. Atlas de anato- mia humana com texto comentado e aplicações em clínica médica e em cirurgia. Aparelho de movimento. v. 1. 3 ed. São Paulo: Atheneu, 1997. MOORE, K. L.; DALLEY, A. F. Anatomia orientada para clíni- ca. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Ale- gre: Artmed, 2000. SPENCE, A. P. Anatomia humana básica. 2 ed. São Paulo: Manole, 1991. TORTORA, G. J. Corpo humano : fundamentos de anatomia e fisiologia. 4 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. VAN DE GRAAFF, K. M. Anatomia humana. São Paulo: Manole,

ZEMLIN, W. R. Princípios de anatomia e fisiologia em Fonoaudiologia. 4 ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.