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Educação Física Escolar: Concepções da Sociedade e sua Importância na Formação do Cidadão, Manuais, Projetos, Pesquisas de Educação Física

Pré Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2021

Compartilhado em 16/01/2021

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Souza, Morais & Carvalho
Educação Física Escolar: Concepções da Sociedade
1 - PROBLEMA
O problema do presente estudo é analisar as concepções da sociedade
referentes à Educação Física no âmbito escolar, na medida em que esta disciplina é
componente curricular obrigatório da educação básica, garantido pelas Leis de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, 1996).
A Educação Física desde seu surgimento é envolta em polêmicas, como
por exemplo, sua própria nomenclatura que no inicio chamava-se Ginástica e tinha
como objetivo promover hábitos de higiene e saúde e a valorização física e moral,
além de ser considerado como método meramente prático, sem embasamento
teórico, necessitando para papel de mediador, instrutores militares, ex-praticantes ou
apenas alguém domine a prática, confundindo-se com a instrução militar
necessariamente dita.
Nos anos 70, a Educação Física se volta primordialmente para a prática
de esportes, com os objetivos voltados em grande parte para a geração e formação
de atletas, excluindo os menos habilidosos, desencadeando-se num processo de
seletividade, configurado num modelo mecanicista que se caracteriza pela repetição
de movimentos, com o intuito de desenvolver a mais alta performance motora.
Quanto a isso, surge uma enorme preocupação que esta concepção vem
ocasionando, que se trata de como o esporte está sendo utilizado nas aulas de
Educação Física na escola, se está sendo trabalhado o esporte da escola ou o
esporte na escola. Entretanto, em meio a todo esse embate, existe um apelo politico,
social e econômico visando através dos atletas formados pela a Educação Física, a
representação da pátria em competições internacionais e olímpicas. Porém, os
efeitos adversos desta concepção foram percebidos na medida em que o Brasil não
passou a ser considerado como uma grande potência olímpica, ocasionando num
aumento não muito grande no número de praticantes de atividades.
Destaca-se que a cada período histórico, a Educação Física ganha uma
nova abordagem, com uma nova roupagem, com um novo significado, porém, neste
avanço seus objetivos passam a ser confundidos com os objetivos do Estado e do
mercado, na medida em que a ela passa a atender aos mandos dessas instituições
de poder.
Esses comportamentos suscitaram criticas e modificações em suas
abordagens, porém, até os dias de hoje busca-se o seu significado, tanto no campo
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Baixe Educação Física Escolar: Concepções da Sociedade e sua Importância na Formação do Cidadão e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Educação Física, somente na Docsity!

Souza, Morais & Carvalho Educação Física Escolar: Concepções da Sociedade 1 - PROBLEMA O problema do presente estudo é analisar as concepções da sociedade referentes à Educação Física no âmbito escolar, na medida em que esta disciplina é componente curricular obrigatório da educação básica, garantido pelas Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, 1996). A Educação Física desde seu surgimento é envolta em polêmicas, como por exemplo, sua própria nomenclatura que no inicio chamava-se Ginástica e tinha como objetivo promover hábitos de higiene e saúde e a valorização física e moral, além de ser considerado como método meramente prático, sem embasamento teórico, necessitando para papel de mediador, instrutores militares, ex-praticantes ou apenas alguém domine a prática, confundindo-se com a instrução militar necessariamente dita. Nos anos 70, a Educação Física se volta primordialmente para a prática de esportes, com os objetivos voltados em grande parte para a geração e formação de atletas, excluindo os menos habilidosos, desencadeando-se num processo de seletividade, configurado num modelo mecanicista que se caracteriza pela repetição de movimentos, com o intuito de desenvolver a mais alta performance motora. Quanto a isso, surge uma enorme preocupação que esta concepção vem ocasionando, que se trata de como o esporte está sendo utilizado nas aulas de Educação Física na escola, se está sendo trabalhado o esporte da escola ou o esporte na escola. Entretanto, em meio a todo esse embate, existe um apelo politico, social e econômico visando através dos atletas formados pela a Educação Física, a representação da pátria em competições internacionais e olímpicas. Porém, os efeitos adversos desta concepção foram percebidos na medida em que o Brasil não passou a ser considerado como uma grande potência olímpica, ocasionando num aumento não muito grande no número de praticantes de atividades. Destaca-se que a cada período histórico, a Educação Física ganha uma nova abordagem, com uma nova roupagem, com um novo significado, porém, neste avanço seus objetivos passam a ser confundidos com os objetivos do Estado e do mercado, na medida em que a ela passa a atender aos mandos dessas instituições de poder. Esses comportamentos suscitaram criticas e modificações em suas abordagens, porém, até os dias de hoje busca-se o seu significado, tanto no campo

Souza, Morais & Carvalho Educação Física Escolar: Concepções da Sociedade cientifico, como no campo do senso comum. Por conseguinte, a sociedade a julga de diversas formas, desde sua concepção como disciplina atuante na área da saúde, até como a que deve prioritariamente incentivar a prática de esportes e que proporcione descontração e lazer aos seus praticantes. A partir dos anos 80, surge à renovação da Educação Física, com a proposta de reformular os métodos utilizados pelo modelo tradicional, tão questionado com os advindos dos conhecimentos produzidos pelas ciências humanas, que então, passam a sustentar novas abordagens através das suas referidas áreas de conhecimento, como a psicologia, sociologia, antropologia e etc. Sua prática pedagógica escolar, também apresenta interpretações variadas, algumas sustentadas em equívocos, gerando dúvidas quanto sua importância na própria escola e do seu papel social, tendo em vista, que em muitas vezes é trabalhada como apêndice de outras disciplinas, sendo confundida como intermediadora ao invés de possuir seu próprio objeto de ensino e seus próprios objetivos. Além de sofrer com a “pedagogia da produtividade”, que tende a valorizar algumas disciplinas sobre as outras, para atender a lógica do mercado, desta forma, acaba sendo menosprezada e seus conteúdos relegados a um segundo plano. Devido a Educação Física estar ligada intimamente ao esporte e ao caráter militarista desde sua essência, tais reflexos se transferiu para a formação profissional e consequentemente para a prática pedagógica. Desta forma, confunde- se o processo educacional com o de treinamento desportivo. 2 - JUSTIFICATIVA De acordo com a LDB 9394/96 “a Educação Física integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica”. Desta forma, faz-se necessário atribui-la seu devido valor e importância, assim como os demais componentes curriculares. Então, para que está disciplina seja valorizada, precisamos quebrar paradigmas impostos pela sociedade, pois ainda se tem a visão de que a educação física é uma disciplina que vem do improviso, apenas voltado a pratica do esporte, vindo a fazer parte no ambiente escolar como uma quebra de rotina dos alunos. Entretanto, já existem avanços e estudos científicos na área abordando essa

Souza, Morais & Carvalho Educação Física Escolar: Concepções da Sociedade O instrumento utilizado para coleta de dados será a entrevista semi-estruturada, que segundo Triviños (1990) oferece amplo campo de interrogativas, e novas hipóteses que vão surgindo à medida que se recebem as respostas do informante, e que tem como principal característica parte de certos questionamentos básicos o roteiro mínimo pré-estabelecido. 4.2 - População e Amostra O universo pesquisado será a comunidade escolar do munícipio de Amapá, Estado do Amapá. Será feita uma amostra de 70 pessoas, composta por 7 escolas do ensino público da esfera estadual e municipal do Município de Amapá, Estado do Amapá, sendo que serão 10 entrevistados por escola. 4.3 - Tratamento Estatístico A técnica utilizada para analisar os dados irá ser a análise de conteúdo, que segundo Bardin (1997) tem como objeto da técnica a palavra; ou seja, o aspecto individual e atual da linguagem. Considerando as significações, procurando conhecer aquilo que está por trás das palavras sobre as quais se debruça. 5 - CRONOGRAMA JAN FEV MAR ABRIL MAIO JUN Pesquisa Bibliográfica X Elaboração de questionário X Aplicação de questionários X Tabulação dos dados X X Análise dos dados X Orientação X X Redação do trabalho X Revisão do Trabalho X 6 - REVISÃO DE LITERATURA Tendo inicio com o nome de ginástica em meados da década de 1930, a educação física baseava-se numa tendência higienista, com seus objetivos visando

Souza, Morais & Carvalho Educação Física Escolar: Concepções da Sociedade primordialmente promover hábitos de higiene e saúde, propondo a valorização física e moral e tendo como intermediadores médicos higienistas e instrutores militares. (BETTI, 1991). Santos (2010) comenta que neste período, o Brasil estava associado de modo subordinado ao capital estrangeiro e intimamente relacionado à chegada de grandes corporações ao país, com isso a educação física ou ginástica como ainda era conhecida, teve relevante papel no fornecimento de mão de obras, na medida em que essas empresas necessitavam de trabalhadores dotados de elevada capacidade física de força para os trabalhos braçais. Neste período, a educação física era utilizada na preparação de indivíduos prontos para o combate, de modo a atuar em guerras, visto que esta concepção objetivava o patriotismo e a instrução pré-militar, daí surge o nome de tendência militarista que coincide e divide atenções neste mesmo período com a tendência higienista. (BETTI, 1991). As concepções ou tendências (higienista e militarista) eram consideradas meramente práticas, não necessitando de uma fundamentação teórica, com isso não havia distinção evidente entre educação física e a instrução militar, sendo necessário para ensinar educação física dominar apenas conhecimentos práticos, ou ter sido ex-praticante (BETTI, 1991; DARIDO, 2003; SOARES et al., 1992). A constituição de 1937 faz referência direta a Educação Física, através da determinação que a educação física, ensino cívico e trabalhos manuais, fossem de cunho obrigatório nas escolas primárias do país, já no ensino secundário, a reforma Capanema tornou a educação física obrigatória a todos os alunos até 21 anos de idade (BETTI, 1991). A partir dos anos 1970, os conteúdos da educação física passam a ser primordialmente os esportes, que ganham força e incentivo graças aos usos políticos, sociais e econômicos da campanha da seleção brasileira de futebol na copa do mundo, com o objetivo maior do estado sendo utilizar a educação física como meio de gerar e formar atletas de alto rendimento (BETTI, 1991; OLIVEIRA et al., 2010). Darido (2005) esclarece que neste período as características predominantes são a seleção dos mais habilidosos, o professor centralizador, a

Souza, Morais & Carvalho Educação Física Escolar: Concepções da Sociedade segmento do primeiro grau, passa a dar enfoque também no primeiro segmento das séries iniciais, como à pré-escola. A Educação Física passa a objetivar uma dimensão mais ampla do individuo, buscando desenvolvê-lo nos seus aspectos psicomotores, com a ideia de retirar da escola a função de promover os esportes de alto rendimento, passando a atuar em uma perspectiva de desenvolver o individuo de forma integral. De acordo com Fernandes (2009) a Educação Física, portanto, em cada período possui uma roupagem, um significado, uma concepção e na busca de romper com esses modelos tão questionados pela sociedade contemporânea, é que surge uma nova proposta com concepção mais didático-pedagógica no contexto escolar. Em meados dos anos 1980, começa-se a buscar novas formas para reformular, renovar, a educação física escolar, na tentativa de romper os antigos paradigmas presentes nessa área, ditados pelo modelo tradicional, tão questionado com os advindos dos conhecimentos produzidos pela ciência (FERNANDES, 2009). Surgem as novas abordagens pedagógicas da educação física escolar, buscando o seu significado ou proposta em determinada área Cada abordagem procura mostrar sua importância no campo da educação física, com propostas apoiadas nas áreas de conhecimentos humano como a Psicologia (Psicomotricista, Desenvolvimentista, Construtivista e Jogos Cooperativos); Sociologia (Crítico- Superadora, Crítico-Emancipatória, Cultural, Sistêmica e os Parâmetros Curriculares Nacionais); Biologia (Saúde renovada); e Antropologia. (DARIDO, 2003). Embora muitos avanços tenham ocorridos nos estudos das ciências humanas, ocasionando no surgimento de novas abordagens, muitos professores não discernirão com precisão um discurso de outro, daí não se faz a devida reflexão de tais abordagens de forma concreta, fazendo com que seus conhecimentos sobre essas abordagens fiquem de certa forma apenas na teoria ou até mesmo de forma implícita em suas práticas pedagógicas (DAÓLIO, 1998; FERNANDES, 2009; SANTOS, 2010). Melo (2006) justifica que perpassando pela história da Educação Física, observa-se que sua valorização e seu significado vêm sendo construído com esse passar do tempo, mudando seus status referentes à sua inserção e seu fazer na

Souza, Morais & Carvalho Educação Física Escolar: Concepções da Sociedade prática pedagógica, passando de uma simples atividade extracurricular a componente curricular obrigatório, por força da legislação. Paralelamente a esses avanços da legislação várias propostas foram criadas e discutidas para orientar a prática pedagógica. Contudo, pouco se observa sua aplicabilidade na ação do professor, apesar da discussão freqüente em vários eventos e debates acadêmicos e profissionais (MELO, 2006). Para Bracht (1999) a Educação Física como componente curricular abrange uma série de conhecimentos que são produzidos e usufruídos pela sociedade em relação ao movimento e ao corpo, tornando-se uma prática de intervenção que sintetize as manifestações produzidas pela cultura corporal do movimento com fins pedagógicos. Segundo Betti (1998) a Educação Física tem como um de seus objetivos, preparar o individuo para ser um praticante lúdico e ativo, que consiga incorporar os conteúdos que a Educação Física propõe, como: o esporte, o jogo, as lutas, a dança e as ginásticas a fim de tirar um melhor proveito destes conteúdos para a sua vida, ou ainda, preparar o individuo para ser um consumidor do esporte espetáculo, tendo visões criticas acerca do sistema profissional do esporte. Martins & Fensterseifer (2009) preconizam que “a escola é uma instituição de fundamental importância na sociedade atual, exercendo a função essencial de transmitir parte do patrimônio cultural de uma geração para outra”. Soares et al. (1992) expõem que, o homem não nasceu sabendo tudo, sendo assim na cultura corporal a história não é diferente, as atividades corporais foram construídas em determinadas épocas históricas, como respostas a determinados estímulos, desafios ou necessidades humanas. Portanto, necessário se faz, desenvolver a noção e visão críticas em relação à historicidade da cultura corporal. Os PCN’s (2001) garantem que a Educação Física não tem a intenção de fazer com que os alunos aprendam gestos esportivos, habilidades e destrezas através da repetição ou da mecanização, mas sim, apropriá-los no processo de construção de conhecimento através das expressões corporais e do movimento, refletindo sobre suas potencialidades corporais, e exercê-las de forma autônoma na esfera social cultural. Portanto, é tarefa da Educação Física Escolar garantir aos alunos o acesso e a inclusão às praticas da cultura corporal, contribuindo para a construção

Souza, Morais & Carvalho Educação Física Escolar: Concepções da Sociedade disso, algumas escolas aderem a estratégia de apenas utilizar os esportes como conteúdos pedagógicos da disciplina, daí surge uma certa confusão na concepção advinda da sociedade, acreditando que esta disciplina seja apenas a pratica de esportes, criando preconceitos quanto a sua inserção e aplicabilidade no contexto escolar (OLIVEIRA et al., 2010). Ao termino do ensino fundamental, os alunos passam a ter um olhar mais critico, com isso passam muitas vezes a desconsiderar a Educação Física como importante e passam a ter outros interesses. Já no ensino médio, há uma busca por uma definição profissional, há uma preocupação com o vestibular, e então a Educação Física passa a ficar como segundo plano, inclusive quando é trabalhada no contra turno. (BETTI e ZULIANI, 2002; DARIDO, 1999). Libâneo (2003) destaca que com a pedagogia da produtividade e da eficiência, existe a valorização de alguma disciplinas sobre outras, como por exemplo matemática e ciências devido a competitividade tecnológica mundial que tende a privilegiá-las, daí mais uma forma de desvalorização da Educação Física devido as exigências do mercado. No estudo de Oliveira et al. (2010) constatou-se que a disciplina não está sendo desvalorizada apenas pela sociedade, está inclusive sendo desvalorizada pelas próprias instituições e seus colaboradores. Desta forma, o mesmo estudo investigou de onde surgem esses preconceitos e concepções equivocadas da Educação Física e destacaram três fatores preponderantes, sendo eles: os períodos históricos, a falta de conhecimento da área provocando avaliações antecipadas sobre o que é e para que serve esta disciplina no contexto escolar, como ainda a própria postura profissional. Na história pôde se observar que no passado o caráter militarista era um dos métodos mais utilizados na Educação Física e continua sendo trabalhado até os dias de hoje. Com isso, não se tem clareza do principal papel da Educação Física na Escola. Já Quanto à falta de conhecimento, constatou-se que a sociedade não possui ou não recebe conhecimentos ou embasamentos suficientes para avaliar conscientemente o papel desta disciplina, tal como o julgamento dos professores, ocasionado daí o senso comum. (OLIVEIRA et al., 2010).

Souza, Morais & Carvalho Educação Física Escolar: Concepções da Sociedade E quando se trata da postura profissional observou-se que quando o professor se comporta num ponto de vista negativo, este conceito vai ser julgado de forma geral, ou seja, uma visão centralizadora da sociedade perante a postura desses profissionais. Daí a preocupação de o professor adotar uma postura adequada. (OLIVEIRA et al., 2010). Devido a Educação Física estar ligada intimamente ao esporte desde sua essência, tais reflexos se transferiram para a formação profissional e conseqüentemente para a prática pedagógica. Desta forma, alguns preconceitos foram destinados a este profissional, pelo fato de que no âmbito escolar o processo educacional seja confundido com o de treinamento desportivo (GHILARDI, 1998). Constata-se então que para ter a devida importância e interesse por parte dos alunos, a Educação Física necessita de uma prática pedagógica que atenda aos interesses e necessidades desses alunos, tal como deve estar organizada de acordo com a realidade da escola. Portanto, cabe ao professor se dispor de conteúdos e métodos que estejam direcionados a esses determinados objetivos (OLIVEIRA et al., 2010). Oliveira et all (2010) apresenta que para provocar mudanças é necessário que o professor esteja atualizado aos conteúdos de acordo com seus períodos e épocas e que é preciso que se adéqüe a cada turma e nível de ensino uma determinada prática pedagógica a fim de ensiná-los e repassá-los conteúdos que sirvam para sua formação cidadã. Martinelli et al. (2006) acredita que se o professor tiver a iniciativa de dialogar com os alunos a respeito dos conteúdos a serem trabalhados, e oportunizá- los a um planejamento de forma linear, aceitando sugestões e propostas, o interesse pelas aulas de Educação Física tendem a ser mais praticadas e aceitas. Mattos e Neira (2000) diz que cabe ao professores resgatar o prestígio e valor da disciplina e do próprio profissional, de forma a desenvolver um trabalho que efetivamente alcance os objetivos reais da área. Tal como, deve também participar ativamente das ações e reuniões da escola, discutindo e dialogando quanto a sua importância neste ambiente e mostrando que é possível interagir e relacionar com todo o campo escola. Endereço para correspondência Allan Iago do Nascimento Souza.

Souza, Morais & Carvalho Educação Física Escolar: Concepções da Sociedade 7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALBUQUERQUE, I. V. et al. Dificuldades encontradas na Educação Física Escolar que influenciam na não-participação dos alunos: reflexões e sugestões. EFDeports.com , Revista Digital, Buenos Aires, ano 14, n. 136, 2009. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd136/dificuldades-encontradas-na-educacao-fisica- escolar.htm>. Acesso em: 15 set. 2011. BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1997 BETTI, M. Educação Física e Sociedade. São Paulo: Movimento, 1991. _______. A janela de vidro: esporte, televisão e educação física. Campinas: Papirus, 1998. BETTI, M.; ZULIANI, L.B. Educação Física Escolar: Uma proposta de diretrizes pedagógicas. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, São Paulo, v. 1, n. 1, p. 73-81, 2002. BRACTH, V. A. Educação Física e ciência: cenas de um casamento (in)feliz. Injuí: Editora UNIJUÍ, 1999. (Coleção Educação Física) BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF, 1996. BRASIL, S. E. F. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física. Brasília: MEC/SEF, 2001. DARIDO, S.C et al. Educação Física no Ensino Médio: Reflexões e Ações. Revista Motriz , Rio Claro, v.5, n.2, p. 138-145, 1999. DARIDO, S. C. Educação Física na escola: questões e reflexões. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. DARIDO, S. C.; RANGEL, Irene Conceição Andrade. Educação Física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. DAÓLIO, J. Educação Física brasileira: Autores a atores da década de 1980. Campinas: Papirus, 1998. (Coleção Corpo e Motricidade).

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