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Economia empresarial, Exercícios de Economia Institucional

Questões praticas de economia com foco em engenharia

Tipologia: Exercícios

2014

Compartilhado em 01/05/2025

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Introdução à Economia
1º / 2009
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(Unidade 1)
Conceitos importantes
1) A análise econômica
: a hipótese do homem
econômico” e os incentivos
2) Economia positiva x Economia normativa
3) Eficiência x equidade
4) Tipos de bens e fatores de produção
5) O problema econômico: escassez, escolha, tradeoff
e
custo de oportunidade
6) A curva de possibi
lidades de produção (CPP) e a
linha de possibilidades de consumo (LPC)
7) Vantagem absoluta e vantagem comparativa
8) Trocas, tendência à especialização e ganhos de
comércio
A ANÁLISE ECONÔMICA
1. PROVÃO [2001 – nº 8]
QUESTÃO DISCURSIVA
CULTURA ECONÔMICA
“Não há talvez uma única ação na vida de um homem em que ele não esteja sob a influência, imediata ou remota,
de algum impulso que não seja o simples desejo de riqueza. Sobre esses atos a economia política nada tem a
dizer. Mas há também certos departamentos dos afazeres humanos em que a obtenção de riqueza é o fim principal
e reconhecido. A economia política leva em conta unicamente estes últimos.”
MILL, J.S. Da Definição de Economia Política e do Método de Investigação Próprio a Ela.
São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 291
Essa passagem clássica da obra de J. Stuart Mill relaciona-se com o importante conceito de “homem econômico”.
Com base na citação, responda às perguntas a seguir:
a) O que é o “homem econômico”?
b) Qual é a funcionalidade desse conceito para a construção de teorias econômicas?
a) O homem econômico é uma abstração, que ignora (deixa de lado) todas as motivações do
comportamento humano, exceto o comportamento maximizador ou de acumulação de riqueza. Como a
economia é a ciência que estuda a forma pela qual a sociedade administra seus recursos escassos entre
fins alternativos, o homem econômico é justamente o agente dessa ciência. Ele age com base em decisões
que são tomadas unicamente com o intuito de maximizar benefícios e minimizar prejuízos. Embora
ninguém seja, todo o tempo, um “homem econômico”, pois muitas de nossas ações têm outras
motivações, uma parcela suficiente de verdade nessa abstração para fazer que tanto a análise
econômica quanto os modelos baseados na ideia do comportamento maximizador sejam relevantes para o
entendimento do mundo real.
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Introdução à Economia

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(Unidade 1)

Conceitos importantes

  1. A análise econômica: a hipótese do “homem

econômico” e os incentivos

  1. Economia positiva x Economia normativa

  2. Eficiência x equidade

  3. Tipos de bens e fatores de produção

  4. O problema econômico: escassez, escolha, tradeoff e custo de oportunidade

  5. A curva de possibilidades de produção (CPP) e a linha de possibilidades de consumo (LPC)

  6. Vantagem absoluta e vantagem comparativa

  7. Trocas, tendência à especialização e ganhos de comércio

A ANÁLISE ECONÔMICA

  1. PROVÃO [2001 – nº 8]

QUESTÃO DISCURSIVA

CULTURA ECONÔMICA

“Não há talvez uma única ação na vida de um homem em que ele não esteja sob a influência, imediata ou remota,

de algum impulso que não seja o simples desejo de riqueza. Sobre esses atos a economia política nada tem a

dizer. Mas há também certos departamentos dos afazeres humanos em que a obtenção de riqueza é o fim principal

e reconhecido. A economia política leva em conta unicamente estes últimos.”

MILL, J.S. Da Definição de Economia Política e do Método de Investigação Próprio a Ela. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 291

Essa passagem clássica da obra de J. Stuart Mill relaciona-se com o importante conceito de “homem econômico”.

Com base na citação, responda às perguntas a seguir:

a) O que é o “homem econômico”? b) Qual é a funcionalidade desse conceito para a construção de teorias econômicas?

a) O homem econômico é uma abstração, que ignora (deixa de lado) todas as motivações do comportamento humano, exceto o comportamento maximizador ou de acumulação de riqueza. Como a economia é a ciência que estuda a forma pela qual a sociedade administra seus recursos escassos entre fins alternativos, o homem econômico é justamente o agente dessa ciência. Ele age com base em decisões que são tomadas unicamente com o intuito de maximizar benefícios e minimizar prejuízos. Embora ninguém seja, todo o tempo, um “homem econômico”, pois muitas de nossas ações têm outras motivações, há uma parcela suficiente de verdade nessa abstração para fazer que tanto a análise econômica quanto os modelos baseados na ideia do comportamento maximizador sejam relevantes para o entendimento do mundo real.

Introdução à Economia

b) Trata-se de uma simplificação do comportamento econômico dos indivíduos, o que facilita o processo de teorização – permite construir teorias mais enxutas e garante a parcimônia dos modelos. Os economistas procuram tratar seu objeto de estudo com a objetividade e a imparcialidade de um cientista, formulando teorias, coletando dados e analisando-os para poder refutá-las ou corroborá-las. O estabelecimento da ideia de homem econômico constitui, assim, um modelo, já que concebe o comportamento humano de forma simplificada e realista, facilitando a compreensão dos fenômenos econômicos.

  1. Como o advento dos carros bicombustíveis, alguns motoristas enfrentam, cotidianamente, um dilema entre

abastecer seus carros com álcool ou com gasolina, como se refere o seguinte trecho da reportagem abaixo,

publicada no caderno Economia do jornal Correio Braziliense no dia 10/01/2006.

Gasolina vence álcool em Brasília

Com a disparada dos preços do álcool nas bombas, os donos de carros bicombustíveis devem fazer as contas com cuidado na hora de abastecer. De acordo com uma pesquisa (...), encher o tanque com gasolina é mais vantajoso em, pelo menos, 15 estados e no Distrito Federal. (...) (...) Segundo os especialistas, por ser um combustível que rende menos, o álcool deve custar no máximo entre 60% e 70% do valor da gasolina para ser vantajoso ao motorista.

Como se interpreta, nesse contexto, o princípio: “Os agentes econômicos respondem a incentivos”.

A tomada de decisão individual do “homem econômico” condiciona-se à comparação entre custos e benefícios de uma determinada escolha, ou seja, um tomador de decisões racional executa uma ação se, e somente se, os benefícios de sua execução superam os custos associados. No caso, o incentivo é dado pela redução do custo proporcionado pela utilização alternativa do álcool ou da gasolina. O consumidor racional (ou seja, cujo comportamento é determinado pela maximização de ganhos) observará com atenção a relação de preços dos dois combustíveis e decidirá, cada vez, pelo que proporcionar menor custo por quilômetro rodado.

  1. PROVÃO [2001 – nº 7]

QUESTÃO DISCURSIVA

CULTURA ECONÔMICA

Milton Friedman, prêmio Nobel de Economia, defende que a fixação do salário mínimo, embora tenha uma clara

dimensão normativa, pode ser discutida no campo da economia positiva.

a) Em que consiste a distinção entre economia positiva e economia normativa? b) Dê exemplos de afirmações positivas e normativas associadas à fixação do salário mínimo. a) A economia positiva trata do que é, do que acontece na economia, abordando questões que envolvem descrição e explicação de fatos; a economia normativa trata do que deve ser, do que deveria acontecer ou ser feito, abrangendo um aspecto prescritivo e, por conseguinte, incluindo valores em suas afirmações (já que as pessoas podem ter ideias e preferências diferentes a respeito do que deve ser feito). Os economistas, tomados como um grupo, são frequentemente criticados por oferecerem pareceres contraditórios aos formuladores de políticas. Motivos que explicariam isso podem tanto decorrer de teorias positivas alternativas a respeito do funcionamento da economia, como podem estar associadas ao fato de que diferentes economistas tenham valores diferentes, o que inclui opiniões normativas diferentes acerca dos possíveis objetivos das políticas consideradas. b) Afirmação positiva: “A fixação do salário mínimo acima de certo nível levará as firmas a demitir trabalhadores”. Essa é uma afirmativa de fato, cuja veracidade poderá, em princípio, ser verificada; não se trata de uma opinião. Afirmação normativa: “A fixação do salário mínimo deve ter como objetivo assegurar ao trabalhador e sua família um nível de vida adequado”; ou “A fixação do salário mínimo deve ter como objetivo maximizar o nível de emprego de trabalhadores não-qualificados”. Essas afirmativas encerram opiniões diferentes, juízos de valor distintos sobre o que deve nortear a política de salário mínimo. Não se pode dizer que uma opinião seja superior à outra: são posições diferentes sobre um mesmo tema.

Introdução à Economia

Segundo o economista, ‘isso é triste do ponto de vista dos direitos dos trabalhadores e dos direitos humanos, mas é absolutamente positivo para o capitalismo’. Para Dong, essa flexibilidade trabalhista explica o volume maciço de investimentos estrangeiros na China, e está por trás do boom exportador e do acelerado crescimento do país.

O mercado de trabalho chinês, de acordo com a reportagem acima, apresenta bons resultados em termos de eficiência, pois, ao utilizar o insumo trabalho de forma tão intensa, obtém-se um alto benefício de seu uso, apesar de ser possível prolongar ainda mais a jornada de trabalho. No entanto, ainda que tal contexto seja “absolutamente positivo para o capitalismo”, há perdas em termos de equidade, já que “essa flexibilidade trabalhista” implica perda de garantias salariais e/ou contratuais. Essa situação explicita o potencial tradeoff (definido como uma escolha entre fins mutuamente exclusivos) existente entre eficiência e equidade.

  1. Discuta a seguinte assertiva aplicando os conceitos de economia positiva, economia normativa, eficiência e

equidade.

“Acredito que os governos precisam – e podem – adotar políticas que ajudem não só os países a crescer, mas que também assegurem que esse crescimento seja compartilhado de maneira mais equitativa pela população.” A globalização e seus malefícios, Joseph Stiglitz (prêmio Nobel de Economia em 2001)

Um dos possíveis papéis desempenhados pelo economista, na condição de cientista, é auxiliar os formuladores de políticas públicas na análise da viabilidade de planos alternativos de ação. Dessa forma, sua participação tende a centrar-se em aspectos positivos, isto é, na descrição objetiva da realidade econômica, feita com base em modelos científicos e em dados estatísticos. A escolha da política a implementar, contudo, condiciona-se a critérios normativos, e, como tal, vincula-se a juízos de valor e interpretações subjetivas da realidade. Tal fato tem clara interferência tanto nos propósitos das políticas escolhidas quanto no alcance e na abrangência de seus efeitos. A assertiva de J. Stiglitz encerra, portanto, o seguinte significado: a adoção de políticas deve não somente basear-se em critérios de eficiência, como o simples aumento do produto, ou seja, crescimento econômico; deve, também, atender a critérios de equidade, de modo a distribuir os benefícios advindos do crescimento econômico entre a maior parte da população, promovendo desenvolvimento econômico e social.

TIPOS DE BENS

Nota: Os economistas, numa tentativa de obtenção de melhores instrumentos de análise, costumam classificar os

de bens presentes numa economia comum segundo critérios de disponibilidade, forma de utilização ou uso. De acordo com essas classificações, temos alguns tipos básicos de bens. É importante ter em mente que tais classificações não dependem de características intrínsecas do bem, mas de seu eventual uso. Portanto, o mesmo bem pode ser utilizado com bem de consumo e bem de capital, por exemplo.

Introdução à Economia

bens livres

bens ec onômicos

bens intermediários

bens finais

bens de capital

bens de

consum o

caráter funç ão natureza

bens não-escassos disponíveis suficientemente para satisfazer todos os desejos

bens escassos cuja obtenção implica sempre um custo

Exemplos: Ar, luz do sol

bens que irão compôr ou se transformar em outros bens

bens que não sofrerão mais nenhum processo de transformação ou de agregação de valor

apesar de não se transformarem mais em outros bens, os bens de capital irão participar do processo de produção de novos bens

bens capazes de satisfazer imediatamente as Exemplo: Um MP3 player necessidades das pessoas

Exemplo: Cristal utilizado para a tela do MP3 player

Exemplo: O m esmo MP3 player

Exemplo: Máquina de m ontar as telas de c ristal líquido do MP

Exemplo: Pra variar, MP3 player

  1. São diversos os tipos de bens e, conforme visto acima, podem ser classificados pela sua disponibilidade (bem

livre ou econômico), pela sua forma de utilização (bem intermediário ou final) ou pelo seu uso (bem de consumo ou

de capital). Como poderiam ser classificados, de acordo com um desses três critérios, os bens abaixo?

a) Um computador utilizado em um escritório de advocacia. b) Um automóvel de passeio de uso exclusivo do proprietário. c) Á água utilizada em um bloco residencial. d) O edifício que abriga uma fábrica de calçados.

a) Bem econômico, bem final, bem de capital. b) Bem econômico, bem final, bem de consumo (durável). c) Bem econômico, bem final, bem de consumo (não durável). d) Bem econômico, bem final, bem de capital.

  1. Você poderia imaginar uma situação em que todos os bens fossem livres (não haveria bens econômicos)?

Primeiramente, vamos recordar que bens livres são bens não-escassos, disponíveis sem custo e em quantidade suficiente para a satisfação das necessidades ou desejos humanos. Não são, portanto, vendidos e comprados (Exs.: o ar que se respira, a luz do sol, etc). Bens econômicos são bens escassos, geralmente produzidos com uso de esforço humano e de recursos escassos, e que têm, normalmente, um preço no mercado. Os bens econômicos têm custo de oportunidade; os livres, não. (Note que uma amostra grátis, por exemplo, não é um bem livre, embora não seja vendida e comprada, pois tem um custo de oportunidade.). Quanto à pergunta, é difícil imaginar tal situação, pois a escassez de recursos em relação às necessidades e desejos humanos é a regra geral. Poder-se-ia talvez pensar na situação artificial e irrealista de uma tribo de índios que habita uma região de clima ameno e abundante em recursos naturais, de tal forma que não houvesse escassez de recursos em relação às suas poucas necessidades. Vejamos outros exemplos: o ar que se respira comumente é dado como um bem livre. Todavia, ele passa a ser um bem econômico se for transacionado no mercado e tiver preço (Ex.: o ar comprimido adquirido em garrafões por mergulhadores). O mesmo pode se dizer da água, que é um bem livre se puder ser recolhida para consumo sem qualquer limitação (Ex.: a água dos rios usada por uma tribo de índios), e passa a ser um bem econômico quando for vendida e comprada, já que adquire um custo de oportunidade (Ex.: água fornecida pela CAESB).

MP3 Player utilizado por uma revista de crítica musical

MP3 Player utilizado por um universitário comum

disponibilidade forma de utilização

uso

Introdução à Economia

O tradeoff é uma expressão que define uma situação de escolha conflitante, isto é, uma situação em que determinada ação econômica implica, inevitavelmente, deixar de realizar uma ou mais ações alternativas (estas definem o custo de oportunidade). A tomada de decisões exige, portanto, escolher um objeto em detrimento de outro.

b) Identifique o importante tradeoff associado à situação abordada pelo excerto acima.

O tradeoff relacionado à reportagem, muito significativo na sociedade moderna, é aquele existente entre uma tecnologia que traz em seu bojo altos níveis de poluição e poucas perspectivas para o longo prazo, mas, do ponto de vista da produção atual, extremamente eficiente, e uma tecnologia capaz de proporcionar à sociedade melhores condições ambientais e de saúde, mas que carregam o custo de uma redução da atividade econômica e, por conseguinte, da renda da economia.

  1. O custo de oportunidade de uma decisão ou de uma alternativa pode ser definido como “aquilo que é

necessário sacrificar para adotá-la”. Nesse sentido, qual seria o custo de oportunidade (do ponto de vista de um

aluno da UnB, matriculado em um curso diurno) das seguintes decisões ou situações:

a) Aceitar um emprego que envolve trabalhar de 11 da manhã às 6 da tarde. O custo de oportunidade poderá ser o de ter que se matricular nas poucas disciplinas de horário

compatível em cada semestre e, portanto, alongar a duração do curso.

b) Matricular-se em disciplinas no horário noturno. O custo de oportunidade poderá ser a perda de horas de lazer ou de sono. c) Poupar 50 % de seu ordenado, bolsa ou mesada. O custo de oportunidade poderá ser os gastos de consumo que se deixa de fazer, para que se

poupe metade da renda.

  1. PROVÃO [2001 – nº 22]

O conceito de custo de oportunidade é relevante para a análise econômica porque

(A) os custos irrecuperáveis devem ser considerados pelas firmas em sua decisão de quanto produzir. (B) os bens e os fatores de produção não são gratuitos. (C) os recursos de produção são escassos. (D) no curto prazo, alguns fatores de produção são fixos. (E) em seu segmento relevante a curva de custo marginal é crescente.

Letra (C), uma vez que o emprego de recursos para determinado fim implica o custo de renunciar ao seu

emprego em um fim alternativo.

  1. O que são curvas (ou fronteiras) de possibilidades de produção? Ilustre sua resposta desenhando uma curva

típica.

Introdução à Economia

A curva de possibilidades de produção (CPP) representa, de forma simplificada, as possíveis alternativas de produção em uma economia, dada a disponibilidade de recursos produtivos, ou seja, um tradeoff. Supõe-se que haja apenas dois tipos de bens, A e B, cujas quantidades são medidas em dois eixos de coordenadas. A quantidade máxima que pode ser produzida de A (produção de B = 0), medida em um dos eixos, determina o ponto extremo C da curva; analogamente, a produção máxima de B, medida no outro eixo (produção de A = 0), marca o outro extremo da CPP, o ponto D. Os pontos intermediários da curva (como o ponto E, por exemplo) mostram as possibilidades de produção simultânea de A e B: cada ponto indica, dada a produção A, qual o máximo de B que pode ser produzido, e vice-versa.

  1. Mostre, graficamente, a ocorrência das seguintes situações, dada uma curva de possibilidades de produção

(CPP): a) Pleno emprego dos fatores de produção. b) Um nível de produção impraticável no curto prazo. c) Um nível de produção em que há capacidade ociosa (fatores de produção desempregados ou subutilizados).

a) Se os fatores de produção são inteiramente utilizados, a economia está produzindo o máximo que pode produzir; estará, então, produzindo em um ponto sobre a CPP (como o ponto C). b) Um ponto “exterior” à CPP, ou seja, que indique produção maior de A e/ou de B do que a indicada na curva, não pode ser atingido, dada disponibilidade de fatores produtivos (como o ponto D). c) Um ponto “interior” à CPP (entre a curva e os eixos) mostra uma situação em que a produção é menor do que poderia ser, isto é, ou os recursos produtivos não estão sendo utilizados integralmente ou não estão sendo usados com eficiência (como o ponto E).

  1. (Fiscal de Tributos Federais) Os pontos de uma curva de possibilidades de produção expressam:

a) As combinações de máxima produção obtenível de dois bens correspondentes ao mínimo custo de

produção, dada a tecnologia.

b) As combinações de mínima produção obtenível de dois bens, quando a dotação disponível dos fatores é

plenamente utilizada, dada a tecnologia.

c) As combinações de máxima produção obtenível de dois bens quando a dotação disponível dos fatores é

plenamente utilizada, dada a tecnologia.

d) As combinações de níveis de produção obteníveis de dois bens correspondentes ao máximo lucro, dada a

tecnologia.

e) as combinações de níveis de produção obteníveis de dois bens correspondentes à máxima utilidade

alcançada pelos consumidores, dados a tecnologia e os preços das mercadorias.

Letra (c), por definição.

  1. Explique o que significa um deslocamento da CPP (em sentido oposto à origem). De que resulta tal

deslocamento? Um deslocamento da CPP “para fora” indica um aumento da capacidade produtiva da economia: pode-se agora produzir mais (de A ou de B, ou de ambos os bens) do que em qualquer ponto da CPP

Introdução à Economia

a) A recente retomada econômica nos Estados Unidos da América (EUA) contribuiu para reduzir os níveis de

desemprego naquele país. Como consequência, a curva de possibilidades de produção da economia americana foi

deslocada para cima e para a direita.

Errado. Se houve redução do desemprego, a situação inicial era representada por um ponto interior à CPP; com a retomada econômica, houve um movimento rumo à fronteira da CPP (em que há pleno emprego dos fatores de produção). Nada na questão indica que tenha havido aumento da capacidade produtiva, ou seja, deslocamento da CPP para cima e para a direita.

b) Quando as datas do concurso de admissão à carreira de diplomata coincidem com aquelas do concurso

para assessor legislativo, o custo de oportunidade de fazer a segunda seleção aumenta substancialmente para os

candidatos que tencionam submeter-se aos dois certames.

Certo, pois o custo de oportunidade de prestar um dos exames envolverá, com a coincidência de horários, deixar de fazer o outro concurso.

  1. Suponha que Clériston ganhe R$300,00 por mês, e que seu consumo se restringe a livros e sanduíches. Os

livros custam R$ 30,00 e os sanduíches, R$ 5,00. a) Represente, em um gráfico, a linha de possibilidades de consumo (LPC) de Clériston, indicando corretamente o que é medido em cada um dos eixos.

Se Clériston gastar todo seu ordenado mensal em livros, poderá comprar 10 livros por mês; se optar por gastar tudo em sanduíches, poderá comprar 60 sanduíches. Em um dos eixos de coordenadas, mede-se a quantidade de livros por mês; no outro, a quantidade de sanduíches por mês. A LPC é uma linha (um segmento de reta) que liga o ponto correspondente a 10 livros, em um dos eixos, ao ponto correspondente a 60 sanduíches, no outro eixo. Ela representa as combinações de livros/mês e sanduíches/mês acessíveis a Clériston. Repare que, nesse caso, ao contrário do caso usual da CPP (ver questão 15, item a), a LPC é sempre retilínea, pois os preços não variam. A relação entre um livro e um sanduíche é sempre a mesma, isto é, o custo de oportunidade de ambos os bens é constante.

b) Explique a hipótese do comportamento “maximizador”, e como ela garante que a combinação de livros e sanduíches que Clériston escolherá será representada por um ponto sobre sua LPC (e não por um ponto abaixo ou acima dessa linha). A hipótese de “comportamento maximizador”, quando aplicada aos consumidores, diz simplesmente que as pessoas sempre preferem mais bens a menos bens. Assim, se Clériston decidir comprar 30 sanduíches/mês, ele usará todo o dinheiro restante na compra de livros (5 livros). Dessa forma, ele sempre se situará sobre sua LPC, e não abaixo dela (caso em que deixaria de consumir alguns bens que estão ao seu alcance, o que contraria a hipótese). Além disso, é claro que ele não poderia situar-se acima da LPC, pois, para tanto, teria de dispor de mais do que dos R$ 300,00 mensais que ganha.

c) Qual o custo de oportunidade de 1 livro para Clériston? Para comprar 1 livro a mais, Clériston tem de deixar de comprar 6 sanduíches. Logo, o custo de oportunidade de 1 livro, para ele, são esses 6 sanduíches.

Introdução à Economia

TERMOS OU RELAÇÕES DE TROCA

  • Vantagem absoluta: a comparação entre produtores de um determinado bem levando em consideração

sua produtividade;

  • Vantagem comparativa: a comparação entre os produtores de um bem levando em consideração seus

custos de oportunidade.

OS GANHOS DECORRENTES DA TROCA SE BASEIAM NA VANTAGEM COMPARATIVA, NÃO NA VANTAGEM ABSOLUTA.

  1. PROVÃO [2000 – nº 13]

O consumidor A está disposto a ceder quatro unidades do bem X em troca de uma unidade do bem Y

adicional às que já possui, enquanto o consumidor B aceita ceder somente duas unidades do bem X para obter

uma unidade a mais do bem Y. O que acontecerá se o consumidor A ceder uma unidade do bem X ao consumidor

B, em troca de uma unidade do bem Y?

(A) Ambos ganharão. (B) Ambos perderão. (C) O consumidor A ganhará, mas o consumidor B perderá. (D) O consumidor A perderá, mas o consumidor B ganhará. (E) Nenhum deles perderá ou ganhará.

Letra (C). Sabemos que o consumidor A cede uma unidade de X em troca de uma unidade de Y do consumidor B. Nessa situação, precisamos comparar os custos de oportunidade (associados às quantidades que os consumidores A e B desejam trocar) e as trocas efetivadas.

Custo de oportunidade de 1 X para A = 1/4 Y Custo de oportunidade de 1 Y para B = 2 X

Para o consumidor A sair em vantagem, ele deve receber mais de 1/4 de Y por unidade de X, o que de fato ocorre. Já o consumidor B, para sair em vantagem, deveria receber mais de 2 unidades de X por unidade de Y, o que não acontece. Portanto, A ganha e B perde.

  1. Suponha que o Seu Sinésio, com os recursos produtivos disponíveis em sua fazenda, possa produzir, em um

ano, 100 sacas de milho ou 300 sacas de farinha de mandioca, ou ainda uma combinação desses dois produtos.

Seu Ariovaldo, em sua fazenda próxima, tem possibilidades de produção distintas das de Seu Ariovaldo: com os

recursos produtivos de que dispõe, pode produzir 100 sacas de milho ou 100 sacas de farinha de mandioca, ou

uma combinação dos dois produtos.

a) Represente, em dois gráficos distintos, as CPPs de Sinésio e Ariovaldo, supondo, para simplificar, que elas sejam retilíneas.

Introdução à Economia

primeiro escalão, que devem abrir mão do tempo que poderia ser alocado para atividades mais produtivas e necessárias para o funcionamento eficiente dos ministérios. Nesse sentido, o mecanismo de alocação de vagas para o estacionamento no campus considera que todas as pessoas que desejam estacionar (alunos, professores e funcionários) possuem o mesmo custo de oportunidade por unidade de tempo alocado na procura por vagas. Caso a tarifa fosse estabelecida, os custos de oportunidade diferentes seriam refletidos pelo menor número de estudantes que desejariam estacionar no campus: pagariam para estacionar aqueles que considerassem o valor da tarifa inferior ao valor atribuído às horas perdidas.