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Uma análise detalhada sobre o empreendedorismo e a inovação, abordando a importância dessas áreas, as características comuns do empreendedor, os tipos de empreendedorismo (necessidade e oportunidade), os agentes fundamentais do ecossistema de inovação, os recursos disponíveis para os aspirantes a empreendedor, a importância da colaboração entre atores do ecossistema, as vantagens competitivas regionais e a importância da identificação com a região onde se vive para o desenvolvimento do ecossistema.
Tipologia: Esquemas
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Esta é uma obra coletiva organizada por iniciativa e direção do CENTRO SU- PERIOR DE TECNOLOGIA TECBRASIL LTDA – Faculdades Ftec que, na for- ma do art. 5º, VIII, h, da Lei nº 9.610/98, a publica sob sua marca e detém os direitos de exploração comercial e todos os demais previstos em contrato. É proibida a reprodução parcial ou integral sem autorização expressa e escrita.
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFTEC Rua Gustavo Ramos Sehbe n.º 107. Caxias do Sul/ RS
REITOR Claudino José Meneguzzi Júnior PRÓ-REITORA ACADÊMICA Débora Frizzo PRÓ-REITOR ADMINISTRATIVO Altair Ruzzarin DIRETORA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EAD) Lígia Futterleib
Desenvolvido pela equipe de Criações para o ensino a distância (CREAD) Coordenadora e Designer Instrucional Sabrina Maciel Diagramação, Ilustração e Alteração de Imagem Igor Zattera, Júlia Oliveira, Thais Munhoz Revisora Luana dos Reis
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É palavra formada pelo substantivo “empreendedor” seguido do sufixo “ismo”, o qual, nesse caso, denota a ação, o comportamento, ou o procedimento caracterizado pelo radical do referido substantivo. Ou seja,
uma pessoa que vive o empreendedorismo (empreendedor+ismo) é aquela
que age, comporta-se ou procede como empreendedor.
E o que é, ou o que faz, um empreendedor?
SUMÁRIO
O substantivo “empreendedor”, por sua vez, tem origem na língua francesa ( entrepre- neur ), significando “aquele que assume riscos e começa algo novo” (Chiavenato, 2008, p. 3), sendo mister nesse ponto já diferenciar entre o empreendedor e o capitalista: enquanto o primeiro tem a iniciativa, quer fazer algo novo, e assume variados tipos de risco, como por exemplo, emocional, psicológico, jurídico, de perda de tempo e recursos, o capitalista apenas arrisca seu recurso financeiro.
Em perspectiva histórica, antes da Revolução Francesa, quando as monarquias contro- lavam praticamente todas as atividades econômicas, inclusive determinando preços máximos de venda de produtos, já existia a figura do empreendedor: ele era aquele que conseguia uma licença, por exemplo, para comercializar determinado item, com preço de venda fixo. Quanto mais barato conseguisse comprar ou produzir, maior era seu lucro. Por outro lado, caso não conseguisse comercializar os itens comprados/produzidos, ele é que teria que arcar com o prejuízo, constituindo-se aí o fator risco para o empreendedor, desde aquela época.
SUMÁRIO
Dentre as três características sugeridas pelos autores, talvez a de mais difícil análise seja a da necessidade de realização. É adequado pensar que todos os seres humanos têm essa necessidade, mas onde cada um se posiciona em uma escala, digamos de 0 a 10? Exemplifi- cando, o que seria uma pessoa com necessidade de realização zero? Talvez um morador de rua, um mendigo, desses que mesmo após retirados da rua por instituições e/ou programa de ação social, depois de um tempo à rua voltam. Uma pessoa assim, normalmente, nada almeja. Apenas vive e espera seu tempo na terra passar...
E o que seria uma pessoa com necessidade de realização 10? Talvez Richard Branson, ou Elon Musk, pessoas conhecidas por serem empreendedores em série, que fundam várias em- presas, normalmente de ramos diferentes, e estão sempre empreendendo.
Para finalizar esse capítulo, analise de maneira um pouco mais profunda o quanto tu te identificas com um modo de vida baseado no empreendedorismo, fazendo uma autoavaliação criteriosa, realista e honesta do seu perfil empreendedor, que é apresentada nos exercícios deste capítulo.
Após ler o subtítulo acima, imagino que venha a tua mente pelo menos algumas carac- terísticas que todos acreditam comuns a qualquer empreendedor.
Em um perfil característico e típico da personalidade empreendedora, segundo Bernardi (2009 p. 8 e 9) normalmente se destacam, não necessariamente em ordem de relevância:
É uma lista relativamente extensa, mas a boa notícia é que todas essas características, em maior ou menor grau, são competências. Ou seja, podem ser desenvolvidas.
Alguns autores, como por exemplo Longenecker, Moore, Petty apud Chiavenato ( p. 8), resumem as características do empreendedor em apenas três, quais sejam:
SÍNTESE SUMÁRIO
Neste capítulo abordamos a origem e o significado dos termos empreendedorismo e inovação, a importân- cia do empreendedorismo e da inovação, e as características mais comuns de empreendedor. Além disso, fare- mos uma autoavaliação do perfil empreendedor de cada um, com a identificação dos pontos fortes e dos pontos que precisam melhorar, para que tu possas te tornar um empreendedor mais completo.
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Empreendedores são aqueles que entendem que há uma pequena diferença entre obstáculos e oportunidades, e são capazes de transformar ambos em vantagem.
Maquiavel
Há consenso entre estudiosos da área de que há duas razões para as pessoas empreenderem: a necessidade e a oportunidade.
SUMÁRIO
Qual o primeiro passo para o empreendedorismo de oportunidade? Evidentemente, é detectar a oportunidade! E normalmente, quem a detecta e empreende para aproveitá-la, tem grandes chances de ter sucesso. Exemplifiquemos: em um livro de Malcom Gladwell intitulado “Os Fora de Série”, ele observa que, da lista das 75 pessoas mais ricas da história da humanidade, “nada menos que 14 são de americanos nascidos em um período de nove anos, em meados do século XIX” (GLADWELL, 2008, p. 61 e 62). Gladwell continua: “O que significa isso? A resposta torna-se óbvia quando pensamos a respeito. Nas décadas de 1860 e 1870, a economia estadunidense passou, provavelmente, pelas maiores transformações da sua história. Foi quando se construíram as ferrovias e Wall Street emergiu. Naquela época, a produção industrial começou de verdade. Todas a normas que regiam o funcionamento da economia tradicional foram então rompidas e refeitas” (GLADWELL, 2008, p. 62).
Ou seja, fica evidente que aquelas 14 pessoas, que estão entre as que construíram as maiores fortunas de toda a história, tiveram um apurado senso de oportunidade, e “surfaram” em grande estilo a 2ª onda do desenvolvimento da humanidade, conforme se pode ver na figura abaixo.!
O primeiro caso é quando a pessoa, por alguma razão alheia à sua vontade, como por exemplo uma demissão, falta de oportunidade no mercado formal ou até mesmo informal de trabalho, se vê obrigada a desempenhar alguma atividade ou abrir algum negócio, por sua própria conta e risco, para sobreviver. Casos típicos dessa situação são empreendedores autônomos, notadamente em ramos de comércio e serviços.
O empreendedorismo de necessidade tem inegável importância, pois quem o pratica tira do empreendimento seu sustendo e normalmente de mais pessoas do seu núcleo familiar. Ao mesmo tempo, muitas vezes esses empreendimentos não crescem, por razões como a pouca ou nenhuma barreira de entrada para novos concorrentes, ou pelo fato de o empreendedor apenas querer manter o empreendimento ativo até conseguir voltar para o mercado de trabalho, não se interessando em ampliá-lo.
Já o segundo caso é quando a pessoa de fato vislumbra uma oportunidade de negócio, na qual entende que poderá conquistar e manter uma posição relevante no mercado.
O apoio dos órgãos governamentais de fomento e investidores em geral evi- dentemente é mais direcionado ao empreendedorismo de oportunidade, por razões óbvias: o empreendedor entra no empreendimento por acreditar que há uma opor- tunidade no mesmo (e não porque foi “empurrado” pela necessidade), e com isso a tendência natural é que o mesmo se dedique muito mais ao que está fazendo, aumen- tando, portanto, as chances de sucesso.
Energia hidráulica Têxteis Ferro 1ª onda 1750 60 55 50 40 30
2ª onda 3ª onda 4ª onda 5ª onda
Vapor Estrada de ferro Aço
Eletricidade química Motor Combustão
Petroquímica Eletrônica Aeronáutica
Redes digitais Softwares Novas mídias
SUMÁRIO
Especialmente as grandes empresas, utilizam serviços de profissionais especializados em planejamento de cenários futuros, para evitar serem pegas de surpresa e assim colocarem o negócio em risco por conta das referidas “mudanças aceleradas”. Contar com futuristas no seu time, talvez seja um luxo que um empreendimento em estágio inicial não possa se dar, mas de qualquer forma, é uma boa recomendação que qualquer empreendedor esteja sempre atento ao que acontece ao seu redor e, em mesmo grau de importância, ao que ele vislumbra que ocorrerá no futuro.
Assim, a partir do futurismo, da atenção ao mundo e ao contexto que cerca o seu negócio, e todas as influências que o desenvolvimento tecnológico exerce na nossa ideia de como será o futu - ro, como tu imaginas que será a próxima onda?
Difícil acertar, exceto aquelas tendências que já estão acontecendo, e onde vimos que movi - mentos nesse sentido são inexoráveis.
Por exemplo, eu acredito que tu já deves ter ouvido falar em Inteligência Artificial, ou seja, computadores aos quais é possível ensinar, e que a partir disso serão capazes de tomar decisões ba - seados em entradas mais complexas de informação.
Outro tema, que acredito será uma onda muito importante, é a da sustentabilidade. Se olhar- mos no gráfico abaixo, a população humana vem crescendo de forma exponencial, crescimento esse que assim perdurará por pelo menos mais três décadas!
Outra área que sinaliza ser parte da próxima onda é a computação quântica, onde, como o próprio nome indica, os computadores executariam suas operações através do uso da mecânica quântica e suas propriedades como sobreposição e inferência, o que faria os computadores absur- damente mais rápidos que os atuais, que operam somente com dados codificados em 0 ou 1 (sistema binário).
Por isso, uma assunção que me parece válida é que a próxima onda traga o desenvolvimento destas tecnologias, de modos que a 6ª onda complementaria as anteriores conforme a figura abaixo.
Nas próximas aulas falaremos mais sobre oportunidades para o empreendedorismo. Por hora, deixo o seguinte questionamento, para vires pensando: Caso penses que as tecnologias da 6ª onda serão outras, que tecnologias seriam essas? Que empreendimento tu criarias para re- solver problemas a partir de tecnologias da 6ª onda? Problemas que talvez ainda não surgiram?
Energia hidráulica Têxteis Ferro 1ª onda
1750 60 55 50 40 30
1845 1900 1950 1990 2020 2040?
2ª onda 3ª onda 4ª onda 5ª onda 6ª onda
Vapor Estrada de ferro Aço
Eletricidade química Motor Combustão
Petroquímica Eletrônica Aeronáutica
Redes digitais Softwares Novas mídias?^ Energia hidráulica Têxteis Ferro 1ª onda 1750 60 55 50 40 30
1845 1900 1950 1990 2020 2040?
2ª onda 3ª onda 4ª onda 5ª onda 6ª onda
Vapor Estrada de ferro Aço
Eletricidade química Motor Combustão
Petroquímica Eletrônica Aeronáutica
Redes digitais Softwares Novas mídias
Int. Artificial Sustentabilidade Computação Quântica
SÍNTESE SUMÁRIO
Neste capítulo abordamos os dois principais tipos de empreendedorismo, quais sejam, ou por necessida- de e ou por oportunidade, observando que embora ambos tenham valor, por oportunidade tende a apresentar maior sucesso. Vimos também o empreendedorismo sob o ponto de vista histórico, e como os empreendedores que surfaram as grandes ondas causaram enorme impacto nas sociedades, além de terem sido generosamente recompensados, sob o ponto de vista financeiro. Por fim, discutimos, levantamos hipóteses, e deixamos uma pro- vocação sobre qual será a sexta onda que favorecerá grandemente o empreendedorismo e consequentemente os empreendedores.
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Mais do que uma localização geográfica, o Vale do Silício é um estado de
espírito (Adágio popular no Vale).
SUMÁRIO O principal fator para o empreendedorismo é o talento humano: pessoas com boa formação nas suas áreas de atuação, e motivadas à realização. Essa condição é necessária, mas não suficiente, para que se forme um ecossistema relevante.
SUMÁRIO todos os seus atores, assim como o seu estudo com vistas ao melhor entendimento – e consequente apoio – à criação do melhor Ecossis- tema empreendedor possível para uma determinada cidade ou região, pois o objetivo maior é construir o desenvolvimento econômico e so- cial de ditas cidades, regiões, e também seus respectivos países. Há um livro muito interessante sobre os ecossistemas empreen- dedores que se chama, “The Rainforest” ou A floresta tropical. A floresta tropical figura no imaginário das pessoas que vivem no hemisfério norte, como exemplo de um ecossistema denso, que contém os principais elementos para o rápido desenvolvimento de todas as espécies que a compõe: nutrientes, calor e umidade, por isso, o uso da metáfora para indicar um ecossistema pujante e diverso. No livro, também é feito um paralelo entre uma lavoura e a flo- resta tropical: na primeira, só se quer colher uma determinada cultura, corroborando para todas as ações do agricultor - o plantio feito sime- tricamente, com igual espaçamento entre fileiras e entre pés, o solo adubado e corrigido para a necessidade daquela cultura em específico, e agrotóxicos pulverizados sobre a lavoura para que somente aquela cultura produza. Na segunda, é exatamente o contrário: o ecossistema não condiciona somente um tipo de cultura. O ambiente é tal que per-
SUMÁRIO
mite o surgimento e o crescimento de um sem número de formas de vidas diferentes, o que proporcionaria a possiblidade de se encontrar culturas novas, plantas e formas de vida no- vas, algumas das quais com a possibilidade de substituir as culturas tradicionais anteriores. Essa lógica, no mundo do empreendedorismo, levaria à seguinte analogia: o ecossistema de empresas grandes, solidamente estabelecidas, tende a funcionar como uma grande lavoura, onde se produz aquilo que sempre foi produzido, e as ideias novas são tratadas como ervas daninhas que precisam ser eliminadas. Já um ecossistema pujante, de startups, funcionaria como uma floresta tropical, onde haveria espaço para uma infinidade de novas culturas (no- vas ideias, novas empresas), que uma vez identificadas no meio da “selva” por seu potencial de resolverem problemas da sociedade, podem ter seu crescimento potencializado e transfor- mado em um grande negócio.
Assim como a Floresta Tropical necessita de vários agentes para que seja um ecos- sistema fértil (insolação, regime pluviométrico, temperatura, agentes polinizadores, pás- saros, microfauna e microflora do solo, etc.), também os ecossistemas empreendedores necessitam de seus agentes para que possam prosperar. Esse tema será abordado na sequ- ência.
Uma das ferramentas mais usadas para entender e formar tal ecossistema é o Canvas a ele dedicado, sugerido pelos autores do livro The Rainforest. A partir dele, se pode ter uma visão clara dos agentes mais importantes para a construção de um ecossistema forte.