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Doenças peri-implantares, Notas de estudo de Odontologia

Resumo de aula referente ao conteúdo de doenças que acometem o periodonto ao redor dos implantes.

Tipologia: Notas de estudo

2023

À venda por 25/04/2024

diandra-lara
diandra-lara 🇧🇷

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As doenças se dividem em 2 grupos basicamente, a
mucosite (que pode ter outros fatores etiológicos e
não apenas os implantes) e a peri-implantite (que
acomete o tecido ósseo ao redor do implante).
Obs.: Os implantes hoje são feitos de titânio ou
zircônia e a idade avançada não é mais um fator
impossibilitador.
Aumento no número de implantes
instalados => Aumento na incidência de
complicações biológicas.
Aumento da expectativa de vida =>
conceito de qualidade de vida
O de pessoas idosas deverá aumentar à
medida que a qualidade dos cuidados à
saúde melhore.
A profissão de dentista precisa responder a
essa transição demográfica e restaurar a
função oral do paciente idoso com a
utilização de implantes dentários.
Obs.: Pacientes que tem problemas periodontais
tem uma chance maior de ter doenças peri-
implanteres, se não houver uma mudança de
hábitos.
Estudos sugerem que eles são seguros e
previsíveis em pacientes geriátricos.
Semelhante à obtida nos grupos etários
mais jovens.
Complicações biológicas que afetam
implantes osseointegrados são um tema de
grande interesse na odontologia
contemporânea.
A condições inflamatórias associadas a um
desafio bacteriano.
Duas variedades clínicas podem ser
distinguidas:
Mucosite peri-implantar (reversível)
Peri-implantite
O paciente deve ser informado que após a
instalação dos implantes o mesmo deverá para
fazer manutenções, pois caso contrário a perda do
implante poderá ocorrer devido um eventual
acometimento.
O início da doença é uma inflamação ao redor do
implante.
“Processo inflamatório reversível nos
tecidos moles ao redor do implante em
função”
FONTE: Imagem retirada do material de aula de
implantodontia.
É uma patologia, um agravo ao redor do implante,
porém é limitada a mucosa. Em implantodontia não
chamamos de gengiva ao redor do implante e sim,
mucosa. Então, a mucosa peri-implantar é a
mucosa ao redor do implante.
Quando temos uma PT (protocolo) precisamos
remover a mesma, para avaliar a mucosa peri-
implantar, ou seja, aquela que está ao redor do
implante.
Após remover a prótese a primeira coisa que
observaremos é as condições do tecido gengival,
mas para isso precisamos estar atenta aos sinais da
inflamação (dor, calor, rubor, tumor e perda da
função). Esses sinais são avaliados em cada
implante.
Um implante em função é quando ele está com a
parte protética acoplada no implante e suportando
os esforços da mastigação.
No implante não temos um epitélio juncional bem
aderido como em um dente, então naturalmente
quando vamos sondar um implante essa medida vai
ser maior (espaço biológico), devido a falta do
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As doenças se dividem em 2 grupos basicamente, a mucosite (que pode ter outros fatores etiológicos e não apenas os implantes) e a peri-implantite (que acomete o tecido ósseo ao redor do implante). Obs.: Os implantes hoje são feitos de titânio ou zircônia e a idade avançada não é mais um fator impossibilitador.

  • Aumento no número de implantes instalados => Aumento na incidência de complicações biológicas.
  • Aumento da expectativa de vida => conceito de qualidade de vida
  • O nº de pessoas idosas deverá aumentar à medida que a qualidade dos cuidados à saúde melhore.
  • A profissão de dentista precisa responder a essa transição demográfica e restaurar a função oral do paciente idoso com a utilização de implantes dentários. Obs.: Pacientes que tem problemas periodontais tem uma chance maior de ter doenças peri- implanteres, se não houver uma mudança de hábitos.
  • Estudos sugerem que eles são seguros e previsíveis em pacientes geriátricos.
  • Semelhante à obtida nos grupos etários mais jovens.
  • Complicações biológicas que afetam implantes osseointegrados são um tema de grande interesse na odontologia contemporânea.
  • A condições inflamatórias associadas a um desafio bacteriano.
  • Duas variedades clínicas podem ser distinguidas: ▪ Mucosite peri-implantar (reversível) ▪ Peri-implantite O paciente deve ser informado que após a instalação dos implantes o mesmo deverá para fazer manutenções, pois caso contrário a perda do implante poderá ocorrer devido um eventual acometimento. O início da doença é uma inflamação ao redor do implante.
  • “Processo inflamatório reversível nos tecidos moles ao redor do implante em função” FONTE: Imagem retirada do material de aula de implantodontia. É uma patologia, um agravo ao redor do implante, porém é limitada a mucosa. Em implantodontia não chamamos de gengiva ao redor do implante e sim, mucosa. Então, a mucosa peri-implantar é a mucosa ao redor do implante. Quando temos uma PT (protocolo) precisamos remover a mesma, para avaliar a mucosa peri- implantar, ou seja, aquela que está ao redor do implante. Após remover a prótese a primeira coisa que observaremos é as condições do tecido gengival, mas para isso precisamos estar atenta aos sinais da inflamação (dor, calor, rubor, tumor e perda da função). Esses sinais são avaliados em cada implante. Um implante em função é quando ele está com a parte protética acoplada no implante e suportando os esforços da mastigação. No implante não temos um epitélio juncional bem aderido como em um dente, então naturalmente quando vamos sondar um implante essa medida vai ser maior (espaço biológico), devido a falta do

ligamento periodontal. Às vezes, na sondagem de um implante saudável obteremos medidas de 3, 5 e não ser um caso de mucosite ou peri-implantite. Quando sondamos precisamos avaliar se nessa sondagem estamos atingindo a rosca do implante, para isso precisamos ter uma sensibilidade tátil muito grande, para ao colocar a sonda e sentir se já estamos em região de rosca e também avaliar se com a sondagem teremos algum sangramento, que é um sinal de um processo inflamatório. Então quando temos sinais de dor, calor, rubor, tumor, perda de função, profundidade alta de sondagem atingindo rosca e sangramento, teremos sinais clínicos de que o implante está com algum processo patológico e que precisa de tratamento no tecido mole.

  • Prevê-se que a mucosite preceda a peri- implantite
    1. Presença de sangramento e/ou supuração à sondagem gentil
    1. Com ou sem aumento de profundidade de sondagem, comparando-se com exames prévios Não devemos usar a profundidade padrão da periodontia como parâmetro, pois já falamos que podemos ter medidas maiores e mesmo assim estar com saúde, então, o parâmetro vai ser sempre aquele obtido com exames prévios, ou seja, o ideal é que em paciente com implantes façamos um acompanhamento desde o dia que instalou. Então, quando instalamos um implante já registramos as medidas, 3 meses depois repetimos a sondagem e anotamos novamente, fazemos o mesmo com 6 meses, 1 ano, 2 anos, 3 anos, etc. sempre comparando os valores obtidos com os antigos e verificando se a profundidade aumentou ou diminuiu.
    1. Ausência de perda óssea, além daquelas observadas após a fase de remodelação fisiológica. Para ser mucosite NÃO pode ter perda óssea, pois caso contrário não seria mais um processo reversível. Então, a mucosite é um processo limitado a mucosa peri-implantar, com ausência de perda óssea além daquela observada na fase de remodelação fisiológica. Em um primeiro momento temos a estabilidade primária, porém com o tempo teremos a estabilidade biológica, ou seja, vai haver a chegada de células neoformadoras tanto de revascularização como de neoformação óssea e vai acontecendo uma osseointegração para ter essa estabilidade biológica. Quando fazemos a instalação de um implante, durante a fase de cicatrização, quando o mesmo recebe uma carga, ele se remodelará de forma fisiológica, em uma tentativa de se adaptar, principalmente em implantes com conexão do tipo HE (hexágono externo). Então, muitas vezes conseguimos diagnosticar essa reabsorção e colocamos na ficha do paciente que é uma peri- implantite, devido a essa reabsorção óssea, o que é errado, pois o que estava havendo era uma remodelação fisiológica, em um processo denominado de saucerização. As reabsorções ósseas serão acompanhadas com radiografias do tipo periapical, sempre necessitando de serem feitas como um acompanhamento e verificar o que está acontecendo com esse implante enquanto o mesmo está em função. Obs.: normalmente usamos uma PCP- 15 ou Willians para realizar a sondagem, ao invés da sonda OMS, que devido ter a bolinha na ponta, atrapalha um pouco, sendo usada assim, para verificar apenas a questão de sangramento.
  • “Presença de inflamação na mucosa peri- implantar e perda do osso de suporte simultaneamente” FONTE: Imagem retirada do material de aula de implantodontia. Na imagem vemos uma recessão no implante mais anterior e dentre as hipóteses que tentam explicar isso, está o fato da força mastigatória está sendo

gengiva inserida, melhor vai ser o prognóstico, pois o implante ficará mais protegido. Obs.: Quanto maior a perda óssea, pior o prognóstico. A sondagem por si só, não faz diagnóstico, temos que associar com sinais clínicos e radiografia, onde veremos a perda óssea. Obs.: para fazer enxerto ao redor do implante, temos que ter osso ao redor em forma de cálice (como se fosse um U) Obs.: pacientes que vem para fazer limpeza do implante, caso a coroa seja parafusada tem que remover a mesma, já se for cimentada tem que permitir um acesso, tem que avaliar também a prótese. Se não for feita esse processo, a limpeza não é efetiva. Caso não tenhamos a chave para remover o parafuso, devemos encaminhar para um implantodontista para que ele faça essa limpeza.

  • “A sondagem feita ao redor de implantes osseointegrados não aparenta ter efeitos negativos na longevidade dos implantes. A adesão epitelial parece estar restabelecida 5 dias após a sondagem” FONTE: Imagem retirada do material de aula de implantodontia.
  • PS maior em implantes do que em dentes – naturalmente! FONTE: Imagem retirada do material de aula de implantodontia.
  • Peri-implantite LEVE ▪ PS ≥ 4mm ▪ Sangramento e ou supuração à sondagem ▪ Perda óssea < 25% da altura do implante
  • Peri-implantite MODERADA ▪ PS ≥ 6mm ▪ Sangramento e ou supuração à sondagem ▪ Perda óssea entre 25- 50% da altura do implante.
  • Peri-implantite AVANÇADA ▪ PS ≥ 8mm ▪ Sangramento e ou supuração à sondagem ▪ Perda óssea > 55% da altura do implante.
  • PERDA ÓSSEA É AVALIADA ATRAVÉS DA COMPARAÇÃO ENTRE A RADIOGRAFIA MAIS RECENTE E A RADIOGRAFIA TIRADA LOGO APÓS INSTALAÇÃO DA PRÓTESE
  • Saucerização - Remodelação óssea após instalação do pilar protético
  • Instalação de implantes muito próximos ▪ Condicionamento do tecido mole - Perda óssea ▪ Condicionamento do tecido mole - Profundidade de sondagem maior ou igual a 4mm

FONTE: Imagem retirada do material de aula de implantodontia.

  • Higiene oral deficiente (biofilme)
  • Histórico de periodontite
  • Tabagismo
  • Consumo de álcool
  • Diabetes
  • Pobre controle metabólico
  • Características genéticas
  • Superfície do implante
  • Excesso de cimento
  • Ausência de mucosa ceratinizada
  • TRATAMENTO PERIODONTAL para eliminação de bolsas residuais com sangramento à sondagem e IHO
  • Cessação do TABAGISMO
  • Correta INSTALAÇÃO dos componentes protéticos para evitar fatores retentivos e excesso de cimento.
  • Pacientes diabéticos: Hba1c
  • Informar ao paciente da importância do controle glicêmico
  • Hiperglicemia: prejudica os mecanismos de defesa e reparo do hospedeiro
  • Maior liberação de citocinas pró- inflamatórias
  • Osseointegração prejudicada
    • Interações medicamentosas são frequentes na população que faz uso de polifarmácia.
    • Atenção especial deve ser dada ao uso dos bifosfonatos
    • A terapia de suporte deve ser estabelecida de acordo com as necessidades de cada paciente (ex.: 3, 6 ou 12 meses de intervalo das rechamadas)
    • Pacientes com histórico de Periodontite Agressiva: menor intervalo de rechamadas.
    • Etiologia
    • Objetivos do tratamento
    • DOENÇAS PERI-IMPLANTARES X DOENÇAS PERIODONTAIS (ou seja, tem um processo infeccioso)
    • “Papel primário do biofilme bacteriano”
    • ELIMINAR INFECÇÃO ▪ 1. Instrução de Higiene Oral Para cada tipo de reabilitação com implante (ou seja, para cada tipo de prótese sobre implante) existe uma conduta diferente. ▪ 2. Tratamento de Periodontite pré- existente É o que normalmente acontece, onde faremos orientação de higiene oral e dieta, tratamento básico periodontal, que envolve raspagem, podendo assim ainda incluir cirurgias reconstrutivas, estéticas, de eliminação de bolsa, etc. Pacientes com periodontite podem comprometer o implante, por isso a importância de adequação do meio bucal, para só depois receber o implante. ▪ 3. Debridamento mecânico É o ato de acessar a rosca do implante, ir no implante ou pilar e fazer uma eliminação do detrito, daquela superfície infectada, do tecido inflamado, do biofilme, da inflamação. Então, o debridamento é a limpeza do campo, fazendo uma raspagem, uma profilaxia, etc.

▪ Melhora nos paramêtros clínicos ▪ Diminuição dos níveis de citocinas inflamatórias FONTE: Imagem retirada do material de aula de implantodontia.

    1. Fase pré-tratamento (seria uma fase de adequação de meio, pois o paciente possivelmente está em estado de disbiose, com o ambiente oral desequilibrado, inviabilizando as etapas seguintes do tratamento, por isso essa fase de adequação do meio é importante).
    1. Acesso cirúrgico (são cirurgias eletivas) Pesquisas mais recentes mostram que tratamento de peri-implantite sem a etapa cirúrgica não tem eficácia, pois temos que acessar o sítio, a rosca do implante que está exposta, para que seja feita a limpeza, aplicação de agente antimicrobiano, raspagem etc.
    1. Protocolo pós-operatório
    1. Manutenção (que é a terapia básica de manutenção, que não deve ser negligenciada, pois tem um maior risco de recidiva).
  • Instrução de higiene oral e aconselhamento de dieta.
  • Incentivo ao paciente contra o tabagismo O cigarro é um fator muito prejudicial para qualquer tratamento de implante, tanto na cicatrização pós-operatória como na manutenção do implante.
  • Avaliação da prótese para facilitar controle de placa Em casos de próteses muito retentiva, quebrada, mal feita, antiga, com cálculo, deve ser refeita.
  • Debridamento mecânico com ou sem uso de terapias adjuvantes. As terapias adjuvantes seriam prescrever colutórios (enxaguantes bucais), antimicrobianos, antibióticos, etc.
  • Curetas, jatos abrasivos, ultrassom e laser O debridamento com ultrassom é feito apenas na parte dentada, ou seja, sem implantes.
  • Terapias adjuvantes: antissépticos e antibióticos ▪ Clorexidina ▪ Dose única de 1mg de minociclina ▪ Irrigação tópica com solução de 8,5% doxiciclina
  • Não foi eficaz para tratamento de peri- implantite (fazendo só isso não é eficaz, por isso precisamos da fase cirúrgica)
  • Diferenças limitadas nos parâmetros clínicos após terapia Ainda é considerado uma fase pré-operatória.
  • Objetivo: ▪ Facilitar descontaminação da superfície do implante ▪ Modificar anatomia dos tecidos peri- implantares (pois precisamos debridar/limpar os tecidos de granulação, que é de inflamação e colocar um biomaterial, na tentativa de reosseointegrar) ▪ Reosseointegração
  • Retalho mucoperiosteal: permitir a remoção do tecido de granulação e descontaminação
  • Descontaminação mecânica ▪ Curetas ▪ Aparelho ultrassom ▪ Sistemas de jatos abrasivos ▪ Implantoplastia - Superfície lisa e polida É o procedimento de desgastar a rosca do implante que está exposta, deixando lisa, e quando fechamos novamente o implante perderá as características iniciais da rosca para promover a osseintegração, mas em contrapartida não ficará mais acumulando biofilme. FONTE: Imagem retirada do material de aula de implantodontia.
  • Descontaminação química ▪ Ácido cítrico ▪ Peróxido de hidrogênio ▪ Clorexidina ▪ Solução salina
  • Resultados semelhantes (fazendo a associação desses métodos)
  • Uso de laser - Terapia fotodinâmica Colocamos o azul de metileno, fazemos a descontaminação e colocamos o laser.
  • Acesso para descontaminação + regeneração e reosseointegração
  • Defeitos circunferenciais ou infraósseos
  • Biomateriais FONTE: Imagem retirada do material de aula de implantodontia.
  • Antibióticos sistêmicos ▪ Amoxicilina ▪ Amoxicilina + Metronidazol ▪ Tetraciclina
  • Bochechos com clorexidina
  • 3 e 6 meses
  • Instrução de higiene oral
  • Remoção do biofilme supragengival consistentemente! FONTE: Imagem retirada do material de aula de implantodontia.
  • Qual a importância da terapia de suporte em reabilitações com implantes?
  • EVITAR RISCO DE PERI- IMPLANTITE!
  • Terapia de suporte => 18% peri-implantite
  • Sem terapia de suporte => 43,9% peri- implantite
  • CIST – Terapia de Suporte Interceptativa Cumulativa FONTE: Imagem retirada do material de aula de implantodontia.