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Babesiose Equina: Diagnóstico, Transmissão e Prevenção, Esquemas de Inovação

Uma análise detalhada da babesiose equina, uma doença infectocontagiosa que acomete cavalos, asnos e seus híbridos. O texto aborda a transmissão da doença, os sintomas e as formas de identificação clínica, além de propor uma pesquisa exploratória qualitativa para compreender como os cuidados são tomados e o grau de conhecimento dos tutores frente às principais zoonoses que acometem os equinos.

Tipologia: Esquemas

2024

Compartilhado em 14/04/2024

carol-dossi
carol-dossi 🇧🇷

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Inovação em Medicina Veterinária I
Doenças Infecciosas: “Babesiose em Equinos”
Vila Velha/ES, abril de 2023
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Inovação em Medicina Veterinária I Doenças Infecciosas: “Babesiose em Equinos” Vila Velha/ES, abril de 2023

INTRODUÇÃO

1.2. APRESENTAÇÃO DO TEMA

A Babesiose equina, também é conhecida como Febre Biliar ou Piroplasmose Equina é uma enfermidade febril que acontece em cavalos, asnos e seus híbridos. Considera-se a principal doença infectocontagiosa que se dá em equino (CUNHA,1997). No Brasil o primeiro diagnóstico foi feito por Costa e Mello em 1963 (Rio de Janeiro) outros registros realizados posteriormente foi em Minas Gerais (1976) e Pernambuco (1988). Devido às limitações associadas ao ciclo biológico da carrapatos, são observadas em maior quantidade em regiões tropicais e subtropicais em que a incidência de carrapatos é maior (FLORES,2017). A doença é transmitida por carrapatos contaminados dos gêneros Dermacentor, Hyalomma e Rhipicephalus. A contaminação destes carrapatos se dá pelo protozoário da espécie Babesia caballi e pela espécie Theileria equi , que anteriormente era denominada como Babesia equi. Caracteriza-se em sua forma aguda por febre alta intermitente, clareamento na mucosa ocular, orla e genital e anemia, trazendo queda na taxa de anticorpos – diminuição no desempenho do animal e em alguns casos até a morte. Podendo apresentar sintomas mais avançados como cólicas recorrentes e edema – aumento de fluidos que se acumula em tecidos nas partes inferiores, ficando debilitado ao ponto de passar o dia deitado (BOTTEON, 2005). Equinos em confinamento estão mais sujeitos a pegar a doença, no Brasil, a grande maioria dos animais convive com o parasita desde os primeiros dias de vida. Os dois parasitas se diferenciam, dentre outras características, pela persistência deles em seus hospedeiros. Schueroff et. al. (2018) indica que equinos portam protozoários de B. caballi por cerca de quatro anos, enquanto, T. equi é persistente em equinos pela vida toda. No que se refere a infestação, B. caballi tem maior capacidade de infestação de novos carrapatos, pois as formas de transmissão podem ocorrer por entes os estádios de vida do carrapato e na fase transovariana. A doença se dissemina, de acordo com Rego (2008), através do ciclo representado na figura 1, desde os carrapatos até os cavalos, que são infectados pela zoonose e a infecção de novos carrapatos.

em que os equinos são instalados na propriedade, pois são mais vulneráveis a estresse, especialmente àqueles que foram infectados por carrapatos anteriormente. Outro elemento que aumenta a susceptibilidade à enfermidades como a babesiose são animais que se submetem a esforços mais intensos, como discute Fonseca (2012) (2005). Animais de tração urbanos são mais propensos a serem acometidos pois, sofrem estresses diários como transporte de cargas excessivamente pesadas sem o devido cuidado, sem os cuidados necessários quanto a sua sanidade, ficando expostos a maiores incidências de infestações por ectoparasitas, como carrapatos, piolhos, sarnas e moscas. Carroceiros e outros trabalhadores urbanos que utilizam equinos, assisinos e muares para transporte de cargas, não realizam o manejo sanitário de forma correta, bem como o acompanhamento médico veterinário dos animais, implicando fortemente sobre o bem-estar dos animais (SEGAT et al, 2016).

  1. OBJETIVO O presente trabalho propõe -se a fazer um levantamento da babesiose equina através de um questionário destinado ao tutor do animal em ambientes públicos e privados que tem a presença do equino. Para além disso, através do resultado obtidos junto aos tutores, desenvolver métodos de conscientização da população de tal forma que transmissibilidade, infecção e sanidade animal sejam esclarecidos e a aplicados para reduzir a presença da doença
  2. MATERIAL E MÉTODOS Os locais de estudos serão variados, em razão das diferentes formas de cuidados que os tutores promovem aos equinos. No entanto, o presente projeto propõe estudar em propriedades privadas e públicas, especialmente locais em que as condições de bem-estar podem apresentar desafios ao manejo sanitário dos animais. Serão realizadas visitas durante os meses de abril, maio e junho de 2023 a uma clínica especializada em tratamento de animais de pequeno e grande porte no município de Serra, Espírito Santo, que se localiza sob as coordenadas de latitude S

40° 20’ 40,427’’ e longitude O 20° 5’ 17.038’’. Dentre as características que foram verificadas, o rancho recebe diversos animais para tratamentos variados, além de abrigar equinos que foram abandonados ou maltratados por seus tutores para cuidados de saúde e bem-estar animal. O segundo local que serão realizadas visitas é um centro de treinamento de animais de alta performance, voltados ao lazer e a prática equestre desportiva que se localiza em Vila Velha, Espírito Santo, sob as coordenadas de latitude S 40° 18’ 55.991’’ e latitude O 20° 23’ 24.684’’. Dentre as suas características, incluem-se o contato constante entre os animais, bem como a avaliação dos locais de condicionamento e cuidado com os animais e o contato com profissionais especializados em saúde animal de performance. Por fim, serão visitadas de forma mais ampla, tutores, criadores e proprietários de animais que realizam atividades de tração, trabalhos mais forçados e animais voltados ao lazer. A proposta é visitar tutores de diferentes espectros de renda e cuidados de saúde e bem-estar animal e compreender como os cuidados são tomados e compreender o grau de conhecimento destes frente as principais zoonoses que acometem os equinos. O método de pesquisa a ser explorado é o estudo exploratório qualitativo, dado o objetivo delineado. O formato de pesquisa tem por função compreender de forma mais clara os conhecimentos específicos sobre a temática da babesiose equina e suas consequências para o bem-estar do animal (FLICK, 2009). Para o procedimento de pesquisa, foi escolhido a entrevista semiestruturada, pois, de acordo com Gil (1999), estrutura-se um roteiro inicial envolvendo os principais questionamentos, mas permitese flexibilizar e compreender determinados contextos com mais abrangência. O número de entrevistados dar-se-á em razão das disponibilidades das entrevistas e do número de pessoas alcançadas durante os meses de abril, maio e junho de 2023. 3.1. DESCRIÇÃO DAS AÇÕES DOS INTEGRANTES O trabalho foi dividido em etapas sendo elas: Escrita do Projeto, Revisão do Projeto, Pesquisa e Leitura dos Artigos, Elaboração do Questionário, Pesquisas de Campo, Elaboração dos Slides e Apresentação do Trabalho. Integrante Escrita^ Revisão^ Leitura^ Questionário Pesquisa^ Elaboração Apresentação

FONSECA, Lívia Araújo da. Reação em cadeia da polimerase (PCR) de sangue periférico e esplênico para diagnóstico da Babesiose Equina. 2012. 41 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Saúde Animal, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília, Brasília, 2012. Disponível em: https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/10428/1/2012_LiviaAraujoFonseca.pdf. Acesso em: 25 mar. 2023. GIL, A.C. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas. REGO, Bruno Miguel da Cunha Duarte. Estudo Da Infecção Natural Por Protozoários Dos Géneros Babesia E Theileria Numa Exploração Coudélica Do Ribatejo. 2008. 69 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Medicina Veterinária, Universidade Técnica de Lisboa, Lisboa, 2008. Disponível em: https://www.repository.utl.pt/bitstream/10400.5/988/1/ESTUDO%20DA%20INFEC%c 3%87%c3%83O%20NATURAL%20POR%20PROTOZO%c3%81RIOS.pdf. Acesso em: 30 mar. 2023. SEGAT, Hecson Jesser et al. Equinos De Tração E Carroças: Interação Social E Bem Estar Animal. Investigação Medicina Veterinária , Franca, v. 15, n. 4, p. 71-76, maio

  1. Disponível em: https://publicacoes.unifran.br/index.php/investigacao/article/view/1202/885. Acesso em: 01 abr. 2023. SILVA, Estéfane Luiz da. Revisão para embasar o desenvolvimento de ferramenta prática para avaliação do bem-estar de cavalos com base em indicadores físicos e mentais. 2014. 62 f. TCC (Graduação) - Curso de Zootecnia, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2014. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/133254/EST%c3%89FANE% 0LUIZ%20DA%20SILVA%202014.1.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 30 mar. 2023.