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Doença Inflamatória Pélvica: Sintomas, Diagnóstico e Tratamento, Notas de estudo de Diagnóstico

A doença inflamatória pélvica (dip), uma infecção polimicrobiana do trato genital superior feminino que acomete principalmente as trompas uterinas. Apresenta os sintomas, métodos de diagnóstico e tratamento, fatores de risco e critérios diagnósticos. Além disso, discute a importância de diferenciar a dip de outras patologias e as consequências potenciais se não diagnosticada precocemente.

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Fatima26
Fatima26 🇧🇷

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DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA
Amanda Tavares Mello
Sara Kvitko de Moura
Patricia Tubino Couto
Lucas Schreiner
Thais Guimarães dos Santos
UNITERMOS
DOENÇA INFLAMATORIA PÉLVICA; DOR PÉLVICA AGUDA; CHLAMYDIA TRACHOMATIS; NEISSERIA
GONORRHOEAE.
KEYWORDS
PELVIC INFLAMMATORY DISEASE; ACUTE PELVIC PAIN; CHLAMYDIA TRACHOMATIS; NEISSERIA
GONORRHOEAE.
SUMÁRIO
A Doença Inflamatória Pélvica (DIP) é a infecção polimicrobiana do trato
genital feminino superior, que acomete principalmente as trompas uterinas.
Trata-se da doença infecciosa mais comum em mulheres de países
industrializado.
SUMMARY
The Pelvic Inflammatory Disease (PID) is a polymicrobial infection of the
upper female genital tract, which affects mainly the fallopian tubes. It is the
most common infectious disease in women from industrialized countries.
INTRODUÇÃO
A Doença Inflamatória Pélvica (DIP) é a inflamação aguda do trato genital
superior feminino, podendo acometer o endométrio, as trompas uterinas, os
ovários, o peritônio e estruturas pélvicas adjacentes. 1,2,3,4
A DIP é secundária à ascensão de bactérias de transmissão sexual ao trato
genital feminino, especialmente Chlamydia trachomatis e Neisseria
gonorrhoeae, mas também por bactérias aeróbias e anaeróbias provenientes da
flora vaginal. Portanto, a DIP pode ser definida como uma salpingite decorrente
de uma doença sexualmente transmissível (DST).4,5
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DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA

Amanda Tavares Mello Sara Kvitko de Moura Patricia Tubino Couto Lucas Schreiner Thais Guimarães dos Santos

UNITERMOS

DOENÇA INFLAMATORIA PÉLVICA; DOR PÉLVICA AGUDA; CHLAMYDIA TRACHOMATIS; NEISSERIA GONORRHOEAE.

KEYWORDS

PELVIC INFLAMMATORY DISEASE; ACUTE PELVIC PAIN; CHLAMYDIA TRACHOMATIS; NEISSERIA GONORRHOEAE.

SUMÁRIO

A Doença Inflamatória Pélvica (DIP) é a infecção polimicrobiana do trato genital feminino superior, que acomete principalmente as trompas uterinas. Trata-se da doença infecciosa mais comum em mulheres de países industrializado.

SUMMARY

The Pelvic Inflammatory Disease (PID) is a polymicrobial infection of the upper female genital tract, which affects mainly the fallopian tubes. It is the most common infectious disease in women from industrialized countries.

INTRODUÇÃO

A Doença Inflamatória Pélvica (DIP) é a inflamação aguda do trato genital superior feminino, podendo acometer o endométrio, as trompas uterinas, os ovários, o peritônio e estruturas pélvicas adjacentes. 1,2,3, A DIP é secundária à ascensão de bactérias de transmissão sexual ao trato genital feminino, especialmente Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae, mas também por bactérias aeróbias e anaeróbias provenientes da flora vaginal. Portanto, a DIP pode ser definida como uma salpingite decorrente de uma doença sexualmente transmissível (DST).4,

Devido à grande diversidade de seu quadro clinico, muitas vezes seu diagnostico é confundido com o de outras patologias. O fato de ser uma infecção iniciada por um agente sexualmente transmissível pode auxiliar a diferenciar a DIP de infecções pélvicas causadas por procedimentos médicos, gestação e outros processos inflamatórios abdominais.^1 Caso não seja diagnosticada precocemente e tradada, a DIP pode levar à infertilidade, à gravidez ectópica, à dor pélvica crônica ou à formação de abscesso tubo-ovariano.1, Em virtude dos aspectos citados anteriormente, esse trabalho tem como objetivo descrever os principais sintomas clínicos, métodos diagnósticos e tratamento da DIP.

FATORES DE RISCO O quadro 1 apresenta os fatores de risco para doença inflamatória pélvica.

Quadro 1 - Fatores de risco para doença inflamatória pélvica.

  • DST (Gonorreia, Clamídia)
  • Idade menor 25 anos
  • História prévia de DIP
  • Múltiplos parceiros sexuais
  • Início precoce das atividades sexuais
  • Manipulação uterina
  • Parceiro sexual portador de uretrite
    • Estado civil: solteiras e não casadas
    • Vaginose bacteriana
    • Ducha vaginal
    • Relações sexuais durante menstruação
    • Ectopia cervical
    • Baixo nível socioeconômico
    • Tabagismo Fonte: O autor. (2014)

CLÍNICA

A DIP apresenta um quadro clínico muito variável. O sintoma mais comum é a dor abdominal baixa, podendo ou não estar associada à leucorréia, dispareunia, náusea e vômitos. A dor geralmente é bilateral e com duração menor que duas semanas. Outros sintomas sugestivos de DIP são dor anexial, dor à mobilização do colo e secreção purulenta endocervical. Dor e macicez em hipocôndrio direito geralmente acompanham infecção por Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis , que podem evoluir com acometimento hepático. 3,4, Um terço ou mais das pacientes com DIP apresentam sangramento uterino anormal. Outros sintomas inespecíficos como uretrite, proctite, febre e calafrios também podem ser observados. Algumas pacientes desenvolvem DIP sem apresentar nenhuma manifestação clínica.^7

DIAGNÓSTICO

 Gestação ectópica: há irregularidade menstrual, ausência de febre, HCG positivo, ecografia suspeita.  Abortamento séptico: há história de gestação e manipulação uterina.  Torção ou ruptura de cisto ovariano: ausência ou elevação discreta da temperatura associada à dor pélvica.  Outros diagnósticos a serem afastados: dismenorréia, tumor ovariano, adenomiose uterina, torção de mioma, endometriose, corpo lúteo hemorrágico, Mittelschmerz, infecção urinária, litíase renal, gastroenterite, colecistite, diverticulite.

TRATAMENTO Segundo as Diretrizes de 2010 do Center for Disease Control and Prevention (CDC) o tratamento deve ser instituído frente a um quadro suspeito. Os tratamentos oral e parenteral tem eficácia clínica similar em pacientes com DIP leve ou moderada.1,2,6,

Indicações de Hospitalização 2,6,7,  Gravidez;  Suspeita de diagnóstico que necessite cirurgia de emergência (ex: apendicite);  Paciente sem resposta clinica ao tratamento oral;  Quadro clínico grave, com náuseas e vômitos, ou temperatura acima de 38°C;  Peritonismo ou sepse;  Presença de abscesso tubo-ovariano.

Tratamento Ambulatorial

Quadro 3 - Esquemas recomendados

  1. Ceftriaxone 250mg I.M., dose única

Doxaciclina 100mg V.O., a cada 12 horas, por 14 dias Com ou sem Metronidazol 500mg V.O., a cada 12horas, por 14 dias

  1. Cefoxitina 2g I.M., dose única + Probenecid 1g V.O., dose única

Doxaciclina 100mg V.O., a cada 12 horas, por 14 dias Com ou sem Metronidazol 500mg V.O., a cada 12horas, por 14 dias

  1. Outra Cefalosporina de 3ª geração em dose única

Doxaciclina 100mg V.O., a cada 12 horas, por 14 dias Com ou sem Metronidazol 500mg V.O., a cada 12horas, por 14 dias Fonte: CDC sexually transmitted diseases treatment guidelines 2010 MMWR 2010:59(No.RR12):63-

Tratamento Hospitalar

Quadro 4 – Esquema A Cefotetan 2g I.V., a cada 12 horas ou Cefoxitina 2g I.V., a cada 6 horas

Doxaciclina 100mg I.V. ou V.O., a cada 12 horas Fonte: CDC sexually transmitted diseases treatment guidelines 2010 MMWR 2010:59(No.RR12):63-

Quadro 5 - Esquema B Clindamicina 900mg I.V., a cada 8 horas

Gentamicina 2mg/kg I.V. ou I.M., seguida de dose de manutenção de 1,5mg/kg, a cada 8 horas. Pode-se substituir por dose única de 3-5mg/kg Fonte: CDC sexually transmitted diseases treatment guidelines 2010 MMWR 2010:59(No.RR12):63-

Quadro 6 - Esquema Alternativo Ampicilina- Sulbactam 3g I.V., a cada 6 horas

Doxaciclina 100g V.O ou I.V.,a cada 12 horas Fonte: CDC sexually transmitted diseases treatment guidelines 2010 MMWR 2010:59(No.RR12):63-

A duração do tratamento é de 14 dias. Pacientes em tratamento ambulatorial devem ser reavaliadas após 72horas. Deve-se adicionar Metronidazol ao tratamento de paciente com Trichomonas vaginalis, história recente de manipulação uterina ou quando não há melhora do quadro clinico após 48 horas de tratamento. 1, É extremamente importante ressaltar que os parceiros sexuais devem ser examinados e tratados se tiveram relações sexuais com a paciente até 60 dias antes do inicio dos sintomas. Está indicado o tratamento empírico para N. gonorrhoeae e C. trhachomatis , como a combinação de Ceftriaxone e Azitromicina ou monoterapia com Doxiciclina. 1,

Situações Especiais Pacientes portadoras de HIV: o regime antibiótico terapêutico é o mesmo de mulheres não infectadas.^1 Uso de Dispositivo Intrauterino (DIU): o risco elevado de DIP ocorre nos primeiros 20 dias após sua inserção e em pacientes com alto risco para DST, provavelmente há relação com a técnica de colocação do dispositivo. O risco de DIP esta aumentado em três a cinco vezes em pacientes com cervicite. 2

CONCLUSÃO

A DIP é umas das infecções mais frequentes que ocorrem em mulheres não grávidas em idade reprodutiva, trata-se da complicação mais significativa das DSTs. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 10% das mulheres em idade reprodutiva tem história de DIP com custos altos para a sociedade. Nos Estados Unidos, cerca de 800,000 de casos são diagnosticados por ano. 1,5,7,