Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO (DRGE) - RESUMO COMPLETO 2025, Notas de estudo de Gastroenterologia

Disciplina: Gastroenterologia Curso: Medicina Ano: 2025 Autora: Júlia Agra – Acadêmica de Medicina CONTEÚDO DO RESUMO: - Conceito - Epidemiologia - Fatores de risco - Etiopatogenia - Tipos de DRGE - Complicações - Diagnóstico - Tratamento

Tipologia: Notas de estudo

2025

À venda por 02/07/2025

juliaagra
juliaagra 🇧🇷

21 documentos

1 / 11

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
DOENÇA DO REFLUXO
GASTROESOFÁGICO
GASTROENTEROLOGIA
Júlia Agra
Acadêmica de Medicina
Atualizado em 2025
RESUMÃO
MEDICINA
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa

Pré-visualização parcial do texto

Baixe DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO (DRGE) - RESUMO COMPLETO 2025 e outras Notas de estudo em PDF para Gastroenterologia, somente na Docsity!

DOENÇA DO REFLUXO

GASTROESOFÁGICO

GASTROENTEROLOGIA

Júlia Agra

Acadêmica de Medicina

Atualizado em 2025

RESUMÃO

MEDICINA

Doença do refluxo

gastroesofágico

Conceito

Retorno do conteúdo gástrico através do esfíncter esofagiano inferior EEI O refluxo gastroesofágico fisiológico e casual , como acontece durante as refeições, é assintomático, sendo de curta duração e rápida depuração

Epidemiologia e Fatores de risco

Acomete cerca de 20% da população, que pode ter sintomas típicos , como acontece na maioria da população, que é pirose e regurgitação , e sintomas atípicos e extraesofágicos , como dor torácica não cardíaca, tosse, pigarro, disfonia IDADE : aumenta com a idade → em crianças normalmente está relacionado à não maturação do EEI, por isso normalmente melhora SEXO : estudos mostram ser mais prevalente no sexo feminino GESTAÇÃO : piora pelo aumento da pressão abdominal e pela progesterona, que causa hipotonia do EEI OBESIDADE : aumenta a pressão intra-abdominal HÉRNIA HIATAL : a maioria dos pacientes com esse quadro possui DRGE, sendo casos mais graves  Principalmente as de deslizamento GENÉTICA

Etiopatogenia, fisiopatologia e apresentação

As lesões características ocorrem quando a mucosa do esôfago é exposta ao refluxato gástrico (ácido, pepsina, sais biliares, enzimas pancreáticas), ou seja, nem todos são ácidos Fatores que tornam o refluxo patológico:  Aberturas transitórias ou relaxamentos transitórios do EEI independentemente da deglutição → reflexo vasovagal anômalo

❗ Cuidado: EDEMA e ERITEMA NÃO caracterizam DRGENE na

endoscopia

Doença do refluxo erosiva (DRGE-E)

Apresentação clássica , com sintomatologia clínica ou até menos sintomas, pois a erosão causa fibrose

💡 Não existe relação entre infecção por H. pylori e DRGE

Complicações

Esôfago de Barrett

É uma METAPLASIA intestinal , ou seja, substituição do epitélio escamoso estratificado do esôfago por epitélio colunar contendo células intestinalizadas, acometendo qualquer extensão do órgão Condição pré-maligna e maior fator de risco para adenocarcinoma do esófago distal (neoplasia) → risco é ainda maior em esôfago de Barret longo, maior que 3cm, o que não é a maioria dos casos Pode ocorrer também DISPLASIA , ou neoplasia intraepitelial, caracterizada por crescimento celular anormal em tamanho, forma ou organização , ou alteração na maturação celular , podem evoluir para uma neoplasia maligna

💡 Estudos seguem buscando se a terapia com IBP ou cirúrgica

conseguem reduzir o desenvolvimento de displasia em pacientes com esofagite já confirmada

Suspeitado pela endoscopia, confirmado pela BIÓPSIA , o qual demonstra Metaplasia intestinal incompleta com presença de células caliciformes Suspeita-se que o dano maior que transforma a esofagite erosiva em doença de Barrett, é o tempo prolongado de exposição ao pH ácido ,

especificamente menor que 4, do que a frequência (nº de vezes) do refluxo

Recidivas

O paciente com DRGE apresenta modificações anatômicas e fisiopatológicas que NÃO são curadas pelo tratamento , por isso podem acontecer recidivas após a fase aguda da doença O que o tratamento faz é atenuar os sintomas, principalmente da DRGE Erosiva , já que bloqueia o ácido estomacal, causador e perpetuador da doença Cerca de 80% a 90% dos pacientes com DRGEE possuem recidiva dentro de 6 meses após tratar a fase aguda da doença e suspender a medicação, por isso deve-se fazer um tratamento de manutenção

Diagnóstico

Anamnese

 Sintomas Possui sintomas típicos e/ou atípicos?, descrever bem Qual a intensidade dos sintomas? Qual a duração em um dia e a frequência? Quais oa fatores de melhora e piora? Qual a evolução/cronologia dos sintomas? Como eles impactam na vida do paciente? Trabalho, estudos, sono?

Típicos:

Pirose (queimação retroesternal que se irradia do epigástrio à base do pescoço, podendo atingir a garganta)  Lembrar que Azia é dor/queimação só no estômago Regurgitação (percepção da ida do conteúdo gástrico do estômago para a boca ou faringe) Sintomas típicos 2 ou + vezes por semana por no mínimo 4 a 8 semanas Pirose normalmente acontece 30 a 60min após a refeição

❗ Sinais de alerta para complicações e indicação obrigatória de EDA 

anemia, hemorragia digestiva alta, emagrecimento, disfagia, odinofagia  Principalmente em idosos e AF de câncer

Teste diagnóstico terapêutico

Dar IBP em dose plena durante 4 semanas para pacientes com sintomas típicos e/ou menos de 45 anos → o ideal seria todos com suspeita fazer EDA antes do tratamento Alguns pacientes não vão obter resposta positiva mesmo possuindo DRGE, ou porque precisam de uma dose maior, ou porque precisam de um uso mais prolongado

❗ Ou seja: o consenso permite diagnóstico apenas clínico, permite o

teste terapêutico, mas o ideal seria fazer endoscopia quando suspeita a DRGE

EDA e Biópsia

Classifica em DRGE erosiva ou não erosiva  É na ausência de alterações endoscópicas e presença de sintomas típicos que classifica em não erosiva Biópsia: apenas em Barrett, úlceras, estenose e suspeita de adenocarcinoma esofágico Classificação de Los Angeles na EDA para DRGEE

Outros exames:

Raio X contrastado de esôfago (esofagograma ou seriografia) : vê a morfologia de forma dinâmica e o tempo de trânsito do contraste, é pouco usado, serve para pacientes com queixa de disfagia e odinofagia, para avaliar estenoses Cintilografia : observa refluxo após ingestão de contraste TC99, mais usado em crianças por ser não invasivo, pode ser útil para sintomas atípicos respiratórios

Manometria : não da diagnóstico, só faz em alguns casos: antes da pHmetria, pré-operatório, na investigação complementar de disfagia (alterações motoras do esôfago, como “esôfago em quebra-nozesˮ e espasmo esofágico difuso

pHmetria esofágica de 24h : avalia o refluxo em si e o pH, identificando os refluxos ácidos e não ácidos, indicados para pacientes com EDA negativa refratários ao tratamento com IBP e/ou indicados a cirurgia ou intervenção endoscópica, adequação do tratamento de pacientes com Barrett, avaliação de sintomas atípicos com EDA negativa e refratários ao tratamento com IBP

❗ De acordo com as provas de residência, é PADRÃO OURO para

diagnóstico de DRGE.

Impedância esofágica : diferencia a passagem de sólidos e líquidos no refuxo, hoje tem como fazer junto da pHmetria e detectar se é ácido ou não ácido, usado em EDA negativa

Tratamento

Tratar sintomas, lesões (se existentes) e prevenir complicações

Manometria de alta- resolução

Esôfago em quebra-nozes

Bloqueadores de ácido potássio competitivos PCAB NOVA CLASSE!

Vonoprazana 20mg e manutenção com 10mg OBS cuidado com fígado, medicações que precia do ácido para absorção, risco de osteoporose e fraturas, mascarar malignidade, infecção por clostridium

❗ GESTANTES : IBPS são risco C e Bloqueadores H2 de histamina risco

B

Cirúrgico

Fundoplicaturas totais Nissen) e parciais Lind ou Toupet), via laparoscópica ou laparotômica, associada a fechamento do hiato esofágico Complicação mais comum: DISFAGIA! Indicações:  Esofagite recidivante após tratamento clínico de no mínimo 6 meses  Complicações da DRGE  Hérnias hiatais de grande volume 4cm), risco de volvo ou perfuração (hérnia gira no próprio eixo, podendo causar isquemia e obstrução)  Perspectiva de uso de IBP por muitos anos

 Baixa idade