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Doença Motoneurônio: Abordagem Metabólica - Alterações no Metabolismo de Cálcio e Fósforo, Slides de Neurologia

Um estudo sobre os níveis séricos e urinários de cálcio e fósforo, além de possíveis anormalidades na coluna vertebral de 30 pacientes com diagnóstico de doença de motoneurônios (dnm). Os autores sugerem a participação de fatores tóxicos e metabólicos na patogênese da doença. Além disso, é discutido a possibilidade de disfunções metabólicas na gênese da doença, já que elas podem induzir alterações neuromusculares semelhantes à esclerose lateral amiotrófica (ela) ou suas variantes. O documento foi produzido no serviço de neurologia do hospital universitário pedro ernesto (hupe) da universidade do estado do rio de janeiro (uerj).

O que você vai aprender

  • Quais são as anormalidades na coluna vertebral observadas em pacientes com Doença de Motoneurônios?
  • Como as disfunções metabólicas podem influenciar a gênese da Doença de Motoneurônios?

Tipologia: Slides

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Miguel86
Miguel86 🇧🇷

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DOENÇA DO NEURÔNIO MOTOR
AVALIAÇÃO METABÓLICA
J. M. GODOY * M. SKACEL ** S. L. BALASSIANO ***
J. R. M. NEVES ***
RESUMO Com base nos escassos dados da literatura médica internacional, os autores
estudam os níveis séricos e urinários de cálcio e fósforo, bem como a existência de possí-
veis anormalidades na coluna vertebral de 30 enfermos com o diagnóstico de doença do
neurônio motor. Os autores postulam a participação de múltiplos fatores na etitfpatogenia
da doença, fazendo menção aos aspectos tóxicos e metabólicos.
PALAVRAS CHAVE: doença do neurônio motor, cálcio, fósforo.
Motor neuron disease: a metabolic approach.
SUMMARY The authors studied serum and urinary calcium and phosphorus levels, as
well as abnormalities on the spine of 30 piatients with motor neuron disease. The authors
believe in multifactorial aspects in the pathogenesis of motor neuron disease, calling special
attention to toxic and metabolic factors.
KEY WORDS: motor neuron disease, calcium, phosphorus.
A possível multiplicidade de fatores implicados na etiologia da doença do neu-
rônio motor (DNM) sugeriu a vários pesquisadores a presença de disfunções meta-
bólicas na gênese da enfermidade, já que estas podem induzir alterações neuromus-
culares extremamente semelhantes às da esclerose lateral amiotrófica (ELA) ou suas
variantes 1,14,19,20,23,30,33. Apesar da descrição de fraqueza muscular proximal, com
padrão eletromiográfico indicativo de miopatia em pacientes com osteomalacia!.23 e
hiperparatiroidismo 27, os estudos histoquímicos, em tecido muscular, comprovaram
amiotrofia do tipo neurogênico
14,18.
Patten et al.18 relataram três casos de pacientes
com síndrome clínica idêntica à ELA e hiperparatiroidismo primário associado; todos
os enfermos foram submetidos a paratiroidectomia, de tal procedimento resultando
expressiva melhora das anormalidades neuromusculares. Mallette et al.14 observaram
6 enfermos com osteomalacia, mostrando redução da força muscular de caráter gene-
ralizado, de predomínio proximal nos membros inferiores e amiotrofia global com
miofasciculações, inclusive da língua. Patten & Engel 19 publicaram caso de paciente
com sinais e sintomas característicos de DNM associados a anomalias no metabolismo
do fósforo; o cálcio sérico era normal, porém o nível de fósforo estava abaixo dos
limites de variação; após ministração diária de 3g de fosfato por via oral notou-se
recuperação notável, com remissão total dos sintomas e sinais após 60 semanas de
tratamento. Os mesmos autores 19 ainda revisaram 39 casos de DNM, encontrando
dados de extremo interesse: elevada incidência de anormalidades degenerativas da
coluna vertebral (cerca de 40%) assim como proliferação óssea, desmineralização do
Trabalho realizado no Serviço de Neurologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto
(HUPE) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ): * Professor Adjunto de
Neurologia, UERJ; ** Professor Auxiliar de Neurologia, UERJ; *** Professor Assistente
de Neurologia, UERJ.
Br. José Maurício Godoy Rua Ozório Duque Estrada 74/902 B - 22451 Rio de Janeiro RJ -
Brasil.
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DOENÇA DO NEURÔNIO MOTOR

A V A L I A Ç Ã O M E T A B Ó L I C A

**J. M. GODOY * — M. SKACEL ** — S. L. BALASSIANO *** J. R. M. NEVES *****

R E S U M O — Com base nos escassos dados da literatura médica internacional, os autores estudam os níveis séricos e urinários de cálcio e fósforo, bem como a existência de possí- veis anormalidades na coluna vertebral de 30 enfermos com o diagnóstico de doença do neurônio motor. Os autores postulam a participação de múltiplos fatores na etitfpatogenia da doença, fazendo menção aos aspectos tóxicos e metabólicos.

P A L A V R A S C H A V E : doença do neurônio motor, cálcio, fósforo.

M o t o r n e u r o n d i s e a s e : a m e t a b o l i c approach.

S U M M A R Y — The authors studied serum and urinary calcium and phosphorus levels, as well as abnormalities on the spine of 30 piatients with motor neuron disease. T h e authors believe in multifactorial aspects in the pathogenesis of motor neuron disease, calling special attention to toxic and metabolic factors.

K E Y W O R D S : motor neuron disease, calcium, phosphorus.

A possível multiplicidade de fatores implicados na etiologia da doença do neu- rônio motor ( D N M ) sugeriu a vários pesquisadores a presença de disfunções meta- bólicas na gênese da enfermidade, já que estas podem induzir alterações neuromus- culares extremamente semelhantes às da esclerose lateral amiotrófica ( E L A ) ou suas variantes 1,14,19,20,23,30,33. Apesar da descrição de fraqueza muscular proximal, com padrão eletromiográfico indicativo de miopatia em pacientes com osteomalacia!.2 3 e hiperparatiroidismo 27 , os estudos histoquímicos, em tecido muscular, comprovaram amiotrofia do tipo neurogênico 1 4 ,^1 8. Patten et a l. 1 8 relataram três casos de pacientes com síndrome clínica idêntica à ELA e hiperparatiroidismo primário associado; todos os enfermos foram submetidos a paratiroidectomia, de tal procedimento resultando expressiva melhora das anormalidades neuromusculares. Mallette et a l. 1 4 observaram 6 enfermos com osteomalacia, mostrando redução da força muscular de caráter gene- ralizado, de predomínio proximal nos membros inferiores e amiotrofia global com miofasciculações, inclusive da língua. Patten & Engel 19 publicaram caso de paciente com sinais e sintomas característicos de D N M associados a anomalias no metabolismo do fósforo; o cálcio sérico era normal, porém o nível de fósforo estava abaixo dos limites de variação; após ministração diária de 3g de fosfato por via oral notou-se recuperação notável, com remissão total dos sintomas e sinais após 60 semanas de tratamento. Os mesmos autores 19 ainda revisaram 39 casos de D N M , encontrando dados de extremo interesse: elevada incidência de anormalidades degenerativas da coluna vertebral (cerca de 4 0 % ) assim como proliferação óssea, desmineralização do

Trabalho realizado no Serviço de Neurologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto ( H U P E ) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro ( U E R J ) : * Professor Adjunto de Neurologia, U E R J ; ** Professor Auxiliar de Neurologia, U E R J ; *** Professor Assistente de Neurologia, U E R J.

Br. José Maurício Godoy — Rua Ozório Duque Estrada 74/902 B - 22451 Rio de Janeiro RJ - Brasil.

esqueleto e presença de calcificações ectópicas vistas em maior freqüência em nível de linfonodos (21%), além de concentração sérica de cálcio alterada (10%) sem oscilação anormal na taxa de fósforo no sangue. Yase 33 encontrou elevada quanti- dade de cálcio, como hidroxiapatita» no cérebro e medula espinhal de pacientes com ELA em Guam; segundo o autor, o resultado poderia ser explicado pelas baixas concentrações de cálcio e magnésio e pelos altos níveis de manganês e alumínio no solo e na água da região. O mesmo fenômeno foi constatado em enfermos necrop- siados nos Estados Unidos da América do Norte, Japão e Guam n. Segundo Yoshi- masu, citado por Yanagihara 3 1 , houve aumento significativo nas concentrações de cálcio no tecido neural, principalmente na medula espinhal, cápsula interna e globus pallidus, de pacientes com ELA esporádica. Tais observações crescem em importância, levando-se em conta as pesquisas de Nakagawa et al.!6 que, mantendo animais de experimentação sob regime dietético carente em magnésio e cálcio, demonstraram deposição não somente do último mas, também de alumínio na medula espinhal dos espécimens.

Demonstrar a participação de alterações no metabolismo do cálcio e do fósforo na etiopatogenia de algumas variantes de DNM caracteriza a essência do presente estudo.

CASUÍSTICA B METODOLOGIA

  1. Pacientes —• Foram estudados 30 pacientes acompanhados no ambulatório ou internados no Serviço de Neurologia do HUFE-UERJ. Todos os enfermos apresentavam fraqueza mus- cular apendicular, com exceção dos de números 18, 19 e 20, que referiam disfagia como queixa inicial. Do total de pacientes com DNM, 17 eram do sexo masculino, com predo- minância da raça branca. A idade de início dos sintomas oscilou entre 20 e 76 anos e a história familiar era negativa em todos os casos. O diagnóstico de DNM foi baseado nos seguintes critérios, adotados pelos autores: (a) presença de sinais de comprometimento do lf e/ou 2 «? neurônios motores; (b) ausência de anormalidades objetivas das sensibilidades superficial e profunda; (c) raquicentese com prova de Stookey sem alterações; (d) ausência de achados no líquido cefalorraquidiano sugestivos de enfermidade infecciosa ou inflamató- ria; (e) eletromiografia evidenciando fibrilações e miofasciculações em pelo menos três membros; (f) velocidade de condução nervosa (VCN) normal; (g) para os enfermos com VCN discretamente lentificada, imunoeletroforese das proteínas séricas (devendo ser normal).

As características dos pacientes podem ser encontradas na Tabela 1.

  1. Exames Complementares — (1) Análises laboratoriais: os níveis séricos de cálcio e fósforo, bem como os valores destes elementos na urina de 24 horas foram determinados nos 30 pacientes. (2) Estudo radiográfico: foi realizado era todos os casos e utilizamos as incidên- cias padronizadas pelo Serviço de Radiologia do HUPE-UERJ, para avaliação da coluna vertebral dos pacientes.

RESULTADOS

Notamos, em nossa pesquisa, que somente o enfermo de n? 20 apresentava nível de cálcio sérico anormal. Todavia, após repetição por duas vezes do exame, observamos valores do metal dentro dos limites normais de variação. O mesmo se deu com os pacien- tes n<? 19 e 24 em relação ao fósforo sérico. Novas amostras de sangue foram coletadas, acusando valores normais do elemento.

A calciúria, bem como a fosfatúria de 24 horas mostraram-se dentro da normalidade.

Quanto aos achados radiográficos, nada digno de nota foi detectado, exceto por evidente escoliose tóraco-lombar nos enfermos n<? 11 e 12. Tal fato se devia, indiscutivel- mente, à variante clínica apresentada por eles.

Anormalidades degenerativas, não tão exuberantes, foram desprezadas nos pacientes com mais de 50 anos de idade.

COMENTÁRIOS

Segundo Patten & Engel 19, quadro clínico sugestivo de D N M pode ser perce- bido em pessoas com disfunções no metabolismo do cálcio e do fósforo. Yanagihara et al.32 também anotaram variação anormal no cálcio sérico em enfermos com diag-

nóstico de DNM, estreitando ainda mais os laços que ligam a doença ao metabolismo

do metal.

O cálcio participa de inúmeras funções biológicas importantes, sendo uma delas

a liberação de neurotransmissores, em especial a acetilcolina (ACh), no fenômeno da

condução nervosa 2 &. Da mesma forma, é amplamente conhecido que os motoneurônios

alfa da haste anterior da medula espinhal contêm altas concentrações de colina acetil-

transferase, empregando a ACh como seu agente transmissor principal 9. O cálcio

também atua, de forma dinâmica, no metabolismo dos neurofilamentos2 2 , estruturas

protéicas de capital importância na manutenção da arquitetura neuronal e do trans-

porte axonal. Alguns autores referiram-se ao acúmulo de neurofilamentos 17 ou seus

subprodutos 7 como os maiores componentes em lesões anatômicas indicativas de várias

doenças, dentre elas a DNM.

Anormalidades no metabolismo do cálcio, de modo isolado, parecem não con-

tribuir tanto para o desencadeamento da DNM. Porém, diversas variáveis, ligadas

principalmente a fatores nutricionais e ambientais, poderiam contribuir para o apare-

cimento da enfermidade.

A deposição de manganês 15, alumínio 1 6 » 3 4 , c o b r e 2 8 , mercúrio2 8 e c h u m b o 1 1 no

sistema nervoso central (SNC) de pacientes com ELA ocorreria como fenômeno secun-

dário à baixa ingesta alimentar de cálcio, com mobilização desses metais dos ossos

para o tecido neural 31, contribuindo para o aparecimento de alterações estruturais 34.

O chumbo, substância extremamente neurotóxica, pode induzir síndrome clínica

bastante semelhante a DNM 2 » 4 » 1 2 » 2 6. Em pacientes com ELA, os níveis séricos de

chumbo foram significativamente maiores em comparação ao grupo controle 5 e a con-

centração do metal na medula espinhal dos enfermos foi três vezes maior em relação

à população normal n. Apesar de, na forma de sais inorgânicos, o chumbo penetrar

facilmente na barreira hematencef álica 5 , ele poderia entrar no SNC por transporte

axonal retrógrado^6 , agindo como agente neurotóxico.

Hipótese extremamente interessante seria a de que a DNM constituiria um

grupo de doenças da era moderna.

Aran, citado por Campbell et al.^4 , descreveu, pela primeira vez, no século pas-

sado, três casos de ELA e oito de atrofia muscular progressiva. O autor levantou a

questão do envenenamento pelo chumbo, já que três enfermos tinham antecedentes de

exposição ao metal.

O homem sempre esteve exposto ao chumbo. Entretanto, a concentração ambi-

ental deste vem aumentando gradativamente como subproduto da industrialização 3.

Ele pode ser encontrado em alimentos enlatados, tintas, água canalizada em tubula-

ções de chumbo, combustíveis e fundições, entre outros 10. O chumbo se acumula nos

ossos sob a forma de fosfato terciário 10 e estudos comparando as concentrações deste

em ossos humanos antigos com aqueles do homem contemporâneo evidenciaram níveis

500 vezes maiores nos últimos. Esta diferença acentuada reforça os achados de

Spencer2 8 , que se referiu à presença de chumbo na medula espinhal de indivíduos

com DNM, independentemente de história de exposição a esse metal. O chumbo inter-

fere na homeostase do cálcio, alterando seus mecanismos de depuração, acumulando-se

nos capilares cerebrais^8 e sinapses2 4. O metal pesado se liga aos receptores mus-

carínicos do S N C 5 , agindo nos sítios sinápticos sensíveis ao cálcio 2 & e, segundo

Whitehouse et al.35, estes receptores encontram-se reduzidos em quantidade nas células

da haste anterior da medula espinhal de enfermos com DNM.

Considerando os estudos de Patten et al.1 8 , Patten & Engelis, Klaassen1( > e

Conradi et al.^6 , encontramos um ponto de associação bastante curioso. O hormônio

da paratiróide mobiliza o chumbo dos ossos, elevando a concentração do metal no

sangue. Desta forma, este poderia penetrar no SNC pelo transporte axonal retró-

grado.

Outro dado que correlaciona o metabolismo do cálcio com o efeito neurotóxico

do chumbo é que a redução na ingesta alimentar do primeiro aumenta a absorção

intestinal do último i3,2i.

Se a deposição de cálcio e outros metais no tecido nervoso de pacientes com

diagnóstico de DNM representa um dos agentes primários da doença ou apenas reação

secundária a «fator/es etiológico/s desconhecido/s», não dispomos de conhecimentos

atuais para defender qualquer das hipóteses.

A despeito da negatividade dos resultados de nosso estudo, fica a nosso ver,

cada vez mais forte a corrente que postula a idéia de múltiplos fatores na gênese

da DNM.

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