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Este trabalho buscou identificar os fatores de risco pré-gestacionais e gestacionais relacionados ao desenvolvimento do DMG, que devem ser usados como guia para atenção individualizada à paciente na triagem, consulta e cuidados
Tipologia: Trabalhos
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Ari Lemes 1 Naiane Feitosa ¹ Nubia G. Souza¹ Renata Carvalho¹ Thamiza Costa¹ Yara Rufino da Silva¹ Regiane Rosa D. de Sousa 2
RESUMO: O Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) é definido como qualquer nível de intolerância a carboidratos, resultando em hiperglicemia de gravidade variável, com início ou diagnóstico durante a gestação e costuma aparecer no 3º trimestre de gestação. Sua fisiopatologia é explicada pela elevação de hormônios contra-reguladores da insulina, pelo estresse fisiológico imposto pela gravidez e por fatores predeterminantes (genéticos ou ambientais). Objetivo: Identificar os fatores de risco pré-gestacionais e gestacionais relacionados ao desenvolvimento do DMG, que devem ser usados como guia para atenção individualizada à paciente na triagem, consulta e cuidados. Materiais e métodos: Para a composição da revisão de atualização, a pesquisa foi realizada no Portal Regional da BVS. Os descritores utilizados foram: “Diabetes”, “Diabetes Gestacional”, “Fatores de risco para o diabete Gestacional”. Resultados: Foram encontrados 27 artigos e selecionados 10 para estudo. A análise dos dados permitiu verificar que a triagem em todas as gestantes, como a indicação do exame de glicemia já na primeira consulta pode-se diagnosticar uma possível alteração hormonal como fator preponderante ao desenvolvimento de diabete Gestacional. Conclusão: De acordo com a literatura abordada, a diabetes gestacional apresenta tratamento e controle quando se tem orientação e tratamento adequado.
PALAVRAS CHAVE: Diabetes, Diabete Gestacional, Gravidez e Diabetes, Fatores de risco
ABSTRACT: Gestational Diabetes Mellitus (GDM) is defined as any level of carbohydrate intolerance, resulting in hyperglycemia of variable severity, with onset or diagnosis during gestation and usually appears in the third trimester of gestation. Its pathophysiology is explained by the rise in counterregulatory hormones of insulin, the physiological stress imposed by pregnancy and by predetermining factors (genetic or environmental). Objective: To identify pre-gestational and gestational risk factors related to the development of GDM, which should be used as a guide for individualized attention to the patient in screening, consultation and care. Materials and methods: For the composition of the update review, the survey was conducted in the Regional Portal of the VHL. The descriptors used were: "Diabetes", "Gestational Diabetes", "Risk factors for Gestational Diabetes". Results: 27 articles were found and 10 were selected for study. The analysis of the data allowed to verify that the screening in all the pregnant women, as the indication of the glycemia examination already in the first consultation can diagnose a possible hormonal alteration like factor preponderant to the development of Gestational diabetes. Conclusion: According to the literature, gestational diabetes presents treatment and control when given adequate guidance and treatment.
1 Acadêmicos de Enfermagem da Faculdade Noroeste 2 Docente da Faculdade Noroeste;
KEY WORDS: Diabetes, Gestational Diabetes, Pregnancy and Diabetes, Risk Factors
INTRODUÇÃO
Para diminuir a quantidade de açúcar no sangue, o pâncreas produz um hormônio chamado insulina. Ele permite que o excesso seja armazenado, enquanto a outra parte é usada como fonte de energia. A diabetes acontece quando o pâncreas não produz insulina o suficiente ou quando o processo de defesa do organismo, o sistema imunológico, destrói as células beta pancreáticas ocasionando a deficiência de insulina. Na gestação o metabolismo materno se adapta para suprir as necessidades de nutrientes da unidade feto-placentária; a glicose materna é a mais importante fonte de energia para o feto. Os níveis circulantes de glicose e aminoácidos e os níveis de ácidos graxos livres, cetonas e triglicerídeos estão elevados, ao passo que a secreção de insulina, em resposta à glicose, está aumentando (MASSUCATTI L A et al 2012).
O Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) é definido como qualquer nível de intolerância a carboidratos, resultando em hiperglicemia de gravidade variável, com início ou diagnóstico durante a gestação costuma aparecer no 3º trimestre de gestação. Sua fisiopatologia é explicada pela elevação de hormônios contra-reguladores da insulina, pelo estresse fisiológico imposto pela gravidez e por fatores predeterminantes genéticos ou ambientais (ABIB C R et al 2014).
O principal hormônio relacionado com a resistência à insulina durante a gravidez é lactogênio placentário (HPL), o diabetes mellitus gestacional (DMG) é uma alteração patológica do metabolismo energético materno devido à incapacidade da gestante em produzir quantidades suficientes de insulina para compensar a intolerância à glicose desencadeada pela ação desse hormônio. A estimativa é que no mundo a incidência por DMG chega a 17,8%. No Brasil, estima-se que ela ocorra em 2,4 a 7,2% das gestações, sendo considerado um grave problema de saúde publica devido as suas inúmeras complicações maternas e fetais (REGINATTO C J et al 2015).
Estudos recentes evidenciaram a morbimortalidade ocasionada pela DMG, se não tratada adequadamente, a gestante pode ter várias complicações como risco de rotura prematura de membranas, parto pré-termo, feto com apresentação pélvica e feto acrossômico. Há também risco elevado de pré-eclâmpsia. Com relação ao feto, além da macrossomia, o risco para o desenvolvimento de síndrome de angústia respiratória,
idade superior a 25 anos, obesidade ou mesmo obesidade grau III e ganho de peso antes e durante a gestação, histórico de diabetes na família como na mãe, mulheres brevilíneas, antecedentes obstétricos de morte fetal ou macrossomias e hipertensão ou pré-eclâmpsia e até mesmo o diabetes gestacional em outras gestações (DIRETRIZES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES; 2009)
A recomendação é que todas as gestantes realizem uma glicemia de jejum na primeira consulta pré-natal. Se o resultado for menor que 92 mg/dL, um TOTG com 75 g deverá ser realizado entre a 24a e 28a semana de gestação. Caso a glicemia esteja acima de 126 mg/dL,o diagnóstico será de diabetes pré-gestacional, e se estiver acima de 92 e menor que 126 mg/dL, o diagnóstico de DMG está estabelecido. Os resultados devem ser confirmados com uma segunda medida da glicemia. Caso seja necessário realizar o TOTG, a dosagem da glicemia deverá ser feita em jejum, 1 e 2 horas após a sobrecarga de glicose (ABI-ABIB, R C et al 2014)
O diagnóstico de diabetes gestacional é constatado quando ocorre pela primeira vez na gestação e desaparece após o parto, o não desaparecimento poderá ser confundido com o diabetes tipo 2 que não foi diagnosticado anteriormente, antes da gestação (MONTENEGRO; REZENDE FILHO, 2008).
Má alimentação, falta de exercício físico, sedentarismo, fatores hormonais Obesidade, alterações hormonais, além de fatores de risco pré existente contribui assertivamente para o desenvolvimento da Diabete Melitus tipo 2 (MONTENEGRO; REZENDE FILHO, 2011).
Os sintomas da DMG são similares ao diabetes melito tipo II, incluindo glicosúria e glicose sanguínea elevada podendo estar acompanhada por hipertensão e desencadear complicações graves como pré-eclâmpsia. (MAGANHA; VANNI, BERNARDINI ZUGAI 2003).
O ministério da saúde indica que o exame da diabete deve ser realizado na primeira consulta do pré-natal, através da pesquisa de fatores de risco e da avaliação glicêmica inicial. Em caso de resultado positivo, inicia-se o diagnostico confirmatório sendo realizado entre 24 e 28 semanas de gestacão, confirmado o resultado, a gestante deve ser orientada sobre adequação glicêmica, plano dietético compatível e programa
de exercícios físicos elaborados individualmente. Caso necessário, iniciar a insulinoterapia para evitar e minimizar os riscos para a gestante e para o feto.
QUADRO 1 Orientações do período pré-gestacional Temas a serem enfocados em pacientes com diabetes e seus familiares no período pré- GesTacional O impacto do mau controle do diabetes sobre o curso da gravidez e sobre o risco materno e fetal A importância da dieta, do controle do peso corporal e da prática regular de exercício físico (incluindo aconselhamento para perda de peso em pacientes com índice de massa corporal [IMC] > 25) O aumento do risco do nascimento de um bebê macrossômico, o que aumentaria as chances de tocotraumatismos, tanto para a mãe quanto para o feto A importância do controle glicêmico materno antes, durante e após o parto, e também a importância da amamentação precoce do recém-nascido com o intuito de se reduzir o risco de hipoglicemia neonatal A possibilidade da ocorrência de internação do recém-nascido em unidade de terapia intensiva, por hipoglicemia ou imaturidade pulmonar, entre outras situações O risco aumentado que o recém-nascido tem de desenvolver obesidade e/ou diabetes no futuro A necessidade de suplementação com ácido fólico até a 12 a semana de gestação para reduzir os riscos de ocorrência de malformação do tubo neural Os riscos de hipoglicemia clínica ou mesmo assintomática durante a gravidez e os efeitos da náusea e do vômito no controle glicêmico durante a gravidez A necessidade de se avaliar a presença de retinopatia e nefropatia antes, durante e após o término da gravidez e o risco de piora dessas complicações Fonte: Diretrizes SBD 2014-
As mudanças no estilo de vida e nos hábitos alimentares, associada à atividade física esta quando não há restrição, é basicamente o tratamento do Diabetes Gestacional. A indicação de insulina é usada quando as concentrações de glicose não responderem as intervenções de abordagem (JACOB et al 2014).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com os artigos utilizados nesta pesquisa, conclui- se, que as alterações glicêmicas capazes de causar conseqüências danosas fetais e maternas são uma complicação comum na gravidez. A importância diagnosticar a diabete gestacional precocemente é incontestável para se evitar complicações, como a macrossomia fetal,