




























































































Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Este documento analisa as relações interpessoais estabelecidas a partir do crédito na freguesia de guarapiranga entre os anos de 1830 e 1865, utilizando a análise de redes sociais para visualizar as relações de crédito na região. A análise é baseada em cerca de 200 inventários relativos ao período selecionado e inclui a inserção da freguesia na economia mineira oitocentista, a estrutura do crédito na freguesia de guarapiranga e as dinâmicas creditícias da região. Além disso, o documento detalha as dinâmicas de crédito de indivíduos proeminentes na sociedade piranguense.
O que você vai aprender
Tipologia: Provas
1 / 120
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
“Devo e não nego; pago quando puder”: demografia,
economia e o sistema creditício na freguesia de Guarapiranga (1831-1865).
Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em História da Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito parcial à obtenção do título de mestre em História. Orientador: Prof. Dr. Tarcísio Rodrigues Botelho
Belo Horizonte 2015
C837d 2015
Costa, Rodrigo Paulinelli de Almeida "Devo e não nego; pago quando puder" [manuscrito]: demografia, economia e o sistema creditício na freguesia de Guarapiranga (1831-1865) / Rodrigo Paulinelli de Almeida Costa. - 2015. 119 f. Orientador: Tarcísio Rodrigues Botelho.
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. Inclui bibliografia.
1.História – Teses. 2. Economia – História – Teses. 3.Minas Gerais – História – Teses. I. Botelho, Tarcísio Rodrigues. II. Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. III. Título.
Agradecimentos
Quem me conheceu a oito anos atrás nunca pensou que esse dia chegaria. Após várias mudanças de percurso aqui estou defendendo a minha dissertação de mestrado em História.
Agradeço ao Programa de Pós Graduação em História da Universidade Federal de Minas Gerais pela oportunidade de cursar o mestrado, colocando à minha disposição um capacitado corpo docente e uma infraestrutura que possibilitaram o pleno desenvolvimento da pesquisa e dos estudos para a elaboração deste trabalho. Agradeço a FAPEMIG pelo financiamento dos meus estudos, assim como das viagens de campo e das viagens a congresso que tanto contribuíram para a minha formação estudantil. Agradeço também à Didi e ao Maurício da secretaria da Pós-Graduação em História, que a todo o momento atenderam as minhas demandas com a maior boa vontade do mundo.
Sou muito grato ao meu orientador, Professor Dr. Tarcísio Rodrigues Botelho, pela sua disposição em sempre atender-me e com solicitude me instruir a traçar caminhos menos tortuosos. Sou extremamente grato ao Professor Doutor Fábio Faria Mendes, que ao longo de toda a minha graduação sempre se mostrou disposto a me orientar, me indicar bibliografias e me fornecer tudo aquilo necessário para que pudesse ingressar no mestrado.
Agradeço a Professora Doutora Júnia Ferreira Furtado e ao Professor Doutor Mário Marco Sampaio Rodarte, pela atenciosa leitura, críticas, valiosos comentários e pareceres no Exame de Qualificação.
Agradeço novamente ao Professor Doutor Mário Marcos Sampaio Rodarte por compartilhar comigo informações de pesquisa, pela atenção sempre despendida em meu favor, assim como pela atenção e educação com que sempre me acolheu quando lhe expus dúvidas e demandei sugestões.
Agradeço com muito afinco a todos os membros da Banca de Defesa pela disposição em ler, avaliar e comentar essa dissertação.
Sou muito grato ao Professor Doutor José Newton e ao Professor Doutor Luis Carlos Villalta sendo na função de coordenador da pós-graduação em História, ou como
Esse trabalho tem por objetivo analisar o sistema creditício na Freguesia de Guarapiranga durante os anos de 1831 a 1865. Acredita-se que esse sistema foi utilizado como uma forma de controle social, uma vez que os devedores estavam vinculados de forma indireta aos credores enquanto as dívidas não fossem saldadas. Além disso, era um importante mecanismo de manutenção da proeminência social, visto que estratégias sociais como o casamento e o batismo eram concomitantes à atividade creditícia. Utilizou-se para a realização dessa pesquisa os inventários post-mortem localizados na Casa Setecentista de Mariana e no Arquivo do Fórum de Piranga, além das Listas Nominativas de 1831/32 e 1838. Por meio de técnicas específicas da demografia histórica foi possível conhecer e entender as dinâmicas populacionais e econômicas da freguesia. Cruzando nominalmente os dados referentes aos credores e devedores da região foi possível, através da Análise de Redes Sociais, a construção de redes que evidenciaram a dinâmica creditícia local. Foi detectada a existência de seis atores centrais ao longo do período analisado. Esses atores eram pessoas vinculadas às atividades comerciais, mas também às atividades agropastoris. Eram senhores de escravos e tinham o crédito como uma atividade complementar para o seu enriquecimento. Além disso, esses atores estabeleceram estratégias matrimoniais entre si, com o intuito de preservação do prestígio social.
Palavras-Chave: Minas Gerais; Redes Sociais; Relações de Crédito
This work aims to analyze the credit system in the parish of Guarapiranga during the years of 1831 to 1865. Its believed that this system was used as a form of social control, since debtors were linked, indirectly, to creditors while the debts where not cleared. Furthermore it was an important social prominence maintenance mechanism, as social strategies as marriage and baptism where concomitant with credit activity. It was used in the research, information obtained in the postmortem inventory located at Casa Setecentista de Mariana and Arquivo do Fórum de Piranga, outsides the nominated lists of 1831/32 and 1838. Using the specific techniques of historical demography, it was possible to know and understand the population and economic dynamics of the parish. Nominally crossing data of the debtors and the creditors in the region, using the Social Network Analysis, it was possible to create networks demonstrating the local credit dynamic. It was detected the existence of six central actors in the analyzed period. These actors were persons who worked with the commerce activity as well as they were evolved with agropastoral activities. They were slaveholders and the credit were a complementary activity for they enrichment. Moreover, these actors established matrimonial strategies between themselves with the aim to preservation of social prestige.
Key-words: Minas Gerais; Social Networks; Credit Relationships.
Gráfico 17 - Local de residência dos credores, Guarapiranga, 1831-1865. ................ 6 6
Gráfico 18 - Composição da riqueza do Capitão Antônio Teixeira Guimarães, 1842. 80
Gráfico 19 - Ocupação dos devedores do Capitão Antônio Teixeira Guimarães, 1842. 8 1
Gráfico 20 - Composição da riqueza do Tenente Antônio Teixeira Guimarães, 1853.. 8 5
Gráfico 21 - Composição da riqueza do Capitão João Pinto de Moraes Sarmento, 1856. ...................................................................................................................................... 89
Gráfico 22 - Ocupação dos credores do Capitão João Pinto de Moraes Sarmento, 1856. .........................................................................................................................................
Gráfico 23 - Composição da riqueza de Antônio Pedro Vidigal de Barros, 1839. ...... 95
Gráfico 24 - Ocupação dos credores de Antônio Pedro Vidigal de Barros, 1839. ...... 96
Gráfico 25 - Composição da riqueza do Coronel José Justiniano Carneiro, 1841. .... 102
Gráfico 26 - Ocupação dos credores do Coronel José Justiniano Carneiro, 1841. ..... 102
Gráfico 27 - Composição da riqueza de Francisca Januário Carneiro, 1865. ............. 10 7
Quadro 1 - Inventariados que possuíam 10 ou mais créditos, Guarapiranga, 1830-1865. ......................................................................................................................................5 4
Quadro 2 - Distância entre distritos de devedor e credor, Guarapiranga, 1831-1865. .. Quadro 3 - Densidade e Degree médio das redes de crédito, Guarapiranga, 1831-1865. ....................................................................................................................................... 70 Quadro 4 - Número de laços entre dois inventariados e grau de centralidade, Guarapiranga, 1831-1865. .......................................................................................... 74
Quadro 5 - Densidade média e degree dos períodos estudados, Guarapiranga, 1831- 1849; 1850-1865. .......................................................................................................
Quadro 6- Densidade e degree médio da rede refinada, Guarapiranga, 1831- ...................................................................................................................................... 80
Quadro 7 - Credores do Tenente Antônio Teixeira Guimarães, 1853. ........................ 85
Quadro 8 - Grau de centralidade dos credores da rede de crédito, Guarapiranga, 1831-
Quadro 9 - Grau de centralidade dos atores na rede de Francisca Januário de Paula Carneiro, 1865. ........................................................................................................... 109
Mapa 1 - Local de residência dos credores, Guarapiranga, 1831-1865. ...................... 63
Mapa 2 - Faixa de valor das dívidas, Guarapiranga 1831-1865. ................................. 64
Mapa 3 - Distâncias do crédito, Guarapiranga, 1831-1865. ........................................ 67
Mapa 4 - Distritos onde residiam os credores de João Pinto Sarmento, 1856. ............. 92
Mapa 5 - Ocupação e distritos onde residiam os credores de Antônio Pedro Vidigal de Barros, 1839. .............................................................................................................. 97
Mapa 6 - Ocupação e distrito onde residiam os credores do Coronel José Justiniano Carneiro. ..................................................................................................................... 103
Abreviaturas:
ACSM – Arquivo da Casa Setecentista de Mariana
AFP – Arquivo do Fórum de Piranga
Pretende-se nessa dissertação analisar as relações interpessoais estabelecidas a partir do crédito na freguesia de Guarapiranga entre os anos de 1830 e 1865. Como objetivos gerais pretende-se analisar como ocorriam essas relações, assim como quem eram os principais agentes fornecedores de crédito e quem eram os principais devedores. A hipótese inicial é de que essas relações se davam entre comerciantes ou grandes proprietários de terras e pessoas que por algum motivo precisavam desse crédito. Acredita-se também que o sistema creditício estava de alguma forma, vinculado a outras práticas sociais como o casamento e o batismo.
Quanto ao recorte temporal, foi escolhido o século XIX, por ser um século em que houve grande discussão por parte da historiografia em relação à decadência ou não da capitania após o declínio da atividade mineradora. Trabalhos como dos professores Roberto Borges Martins, Clotilde Paiva, Afonso Alencastro, Carlos Malaquias, Douglas Libby^1 , entre outros demonstram que província de Minas Gerais prosperou durante esse século, uma vez que apresentava uma economia diversificada.
O corte cronológico foi de 1831 a 1865. Esse marco inicial foi escolhido, pois em 1831/32 foram feitas listas nominativas dos habitantes da província. Estas listas eram documentos solicitados pelos presidentes de província, nos quais constava a relação nominal de todos os habitantes de um domicílio. Essas listas tinham como objetivo mapear a realidade da província (PAIVA, 1990, p. 90-91). Dessa forma, é possível fazer uma reconstrução do universo guarapiranguense, pois nesses documentos temos todas as informações necessárias sobre o indivíduo (idade, ocupação, número de membros da família, tamanho do plantel de escravos). Além disso, a década de 1850/1860 foi incluída, pois no ano de 1850 foi elaborado pelo governo imperial o Código Comercial Brasileiro, que regulava as transações comerciais feitas a partir do crédito. Assim, poderemos observar se houver alterações em relação a essa dinâmica de um período para o outro.
O recorte espacial, a Freguesia de Guarapiranga, justifica-se já que esta se situava em uma região de transição entre a região mineradora de Ouro Preto e Mariana com a Zona da Mata mineira, sendo um importante núcleo produtor de aguardente,
(^1) LIBBY, 1988; MARTINS, 1982; PAIVA, 1996; MALAQUIAS,. 2014.
Esses inventários se encontram no Arquivo do Fórum de Piranga e na Casa Setecentista de Mariana. Mas uma grande parte já foi digitalizada pelo projeto “Redes Sociais, Sucessão e Herança em Guarapiranga, 1780-1880”, coordenado pelo prof. Fábio Faria Mendes (UFV), que conta com aproximadamente 1200 inventários em sua base de dados.
Em um primeiro momento, foi feito o levantamento de quem eram os credores e devedores na freguesia de Piranga. Esse processo ocorreu a partir da elaboração de uma planilha na qual consta o nome do indivíduo, com quem ele está se relacionando, o valor do crédito ou do débito. Foi levantado também se esse individuo possui algum título, como capitão, coronel, padre, etc.
Em um segundo momento, esses dados foram tratados em softwares como o Pajek e o UCINET para a construção das redes sociais, para dessa forma, entendermos como essas pessoas se relacionam. Devido ao fato de ser um trabalho serial e cronológico das fontes utilizadas, o mais indicado é utilizar um método quantitativo para analisar os dados, simultaneamente à análise qualitativa.
O entendimento do conceito de redes sociais é fundamental para o desenvolvimento dessa pesquisa. Segundo o antropólogo J. A. Barnes,
Cada pessoa está em contato com outras, e algumas delas não. De modo similar, cada pessoa tem certo número de amigos, e estes amigos tem seus próprios amigos. Alguns desses amigos conhecem-se uns aos outros, outros não. Considero conveniente chamar de rede um campo social como esse_._ (BARNES , apud MENDES, 2012, p.43).
Juntamente ao conceito de Barnes, encontra-se a Análise de Redes Sociais (ARS) que consiste na análise dos padrões de relacionamento entre indivíduos, ou grupos sociais, em diferentes escalas, desde uma microesfera até em um âmbito global. Dentro desse sistema, é possível perceber que os indivíduos são interdependentes e que se relacionam de formas diversas entre si.
Essa metodologia de análise surgiu no final da década de 1960, sendo utilizada, principalmente, pelos estudiosos do campo das ciências sociais. A ARS tem o objetivo de perceber como os indivíduos se relacionam, se preocupando com as formas e os tipos de relacionamentos mantidos entre eles, e como os laços que eles estabelecem interferem no comportamento desse grupo.
Parte importante do método é a elaboração das matrizes e dos gráficos. Estes gráficos diferem daqueles seriais, mais conhecidos, por não apresentarem uma linearidade modulada pelo tempo. Cada matriz e seu gráfico correspondente equivalem a um instantâneo dos relacionamentos de um grupo. O gráfico é formado por nódulos (que representam as unidades), linhas (que representam as relações) e setas (que indicam o sentido das ligações). De acordo com o tipo de gráfico utilizado, os desenhos e cores dos nódulos variam, o que também ocorre com o cumprimento das linhas, de forma a dar um significado visual ao que foi expresso na matriz pelo pesquisador. Segundo Tiago Gil, “tal metodologia não pretende dar conta das totalidades das relações, mas apenas apresentá-las de forma ordenada e visualmente inteligível para o pesquisador” (GIL, 2009, p.19).
Segundo Fábio Faria Mendes a ARS é bastante promissora para historiadores que trabalham com grandes volumes de dados relacionais, uma vez que a configuração das relações permite investigar a dinâmica das interações sociais e quais as transformações ocorridas ao longo do tempo.
A partir da construção do banco de dados, ao exportá-lo para os softwares, poderei visualizar as redes de crédito criadas. E a partir dessa visualização poderei observar como essas redes eram criadas dentro desse universo piranguense e quais eram os seus atores principais.
Outro ponto importante a ser analisado são as regiões onde essas dívidas se localizavam. Dessa forma, foram construídos mapas para que possa ser visto com mais clareza essas concentrações do crédito. Para tal será utilizado o programa ArcGIS. Esse programa funciona a partir do geoprocessamento, permitindo ao pesquisador editar mapas da forma como for de seu interesse. Segundo Richard White,
ArcGIS é uma ferramenta notável, uma vez que oferece ferramentas de orientação espacial e coordenação do espaço a ser trabalhado. Ele permite ao pesquisador fundir informações criadas em diferentes épocas, revelar informações do passado, dar destaque a certas informações que nas imagens originais não se pode perceber. (WHITE, 2012, p. 4; Tradução minha).
Dessa forma, graças a essa ferramenta, um mesmo mapa pode ser trabalhado por vários pesquisadores, cada um analisando um objeto específico. Após o término das análises, caso seja de interesse mútuo, os mapas podem ser unidos pelo programa,
durante os séculos XVIII e XIX atuava dentro dessa sociedade tipicamente agrária. A partir desses casos, poderemos analisar de forma mais minuciosa o sistema do crédito, e verificar como este atuava entre entes da mesma família, entre pessoas da mesma localidade e até mesmo entre pessoas de distritos diferentes. Por fim, serão feitas as considerações finais acerca do crédito, assim como as conclusões obtidas a partir do desenvolvimento da dissertação.
Introdução A capitania de Minas Gerais, criada em 1720, teve como principal atividade econômica, durante o século XVIII, a mineração. No entanto, a economia mineira nunca esteve focada exclusivamente na atividade mineratória. Desde o início, ela era bastante diversificada. No entanto, com a decadência da mineração, as atividades como o comércio e a agropecuária são intensificados.
A freguesia de Guarapiranga se insere nesse contexto. Fundada no início do século XVIII, após a descoberta de ouro por bandeirantes, essa localidade recebe um intenso fluxo migratório. Mas esse perfil se altera logo em meados do século XVIII, passando às atividades agrícolas como a principal atividade econômica. Composta por onze distritos no inicio dos XIX, Guarapiranga se constituía como umas das principais fronteiras agrícolas do núcleo minerador de Mariana e Ouro Preto.
Esse capítulo tem como objetivo fazer uma explanação acerca da economia mineira no século XIX, mostrando como e quais atividades ganharam importância a partir da decadência da mineração. Além disso, pretende-se também apresentar o conceito de crédito e como esse sistema foi um importante meio de “circulação monetária” durante esse período. Em um segundo momento, será apresentada a composição demográfica, econômica e social da freguesia.
Economia mineira no século XIX: uma revisão historiográfica A sociedade mineira se consolidou graças à exploração do ouro e de pedras preciosas. A decadência da mineração aurífera, consequentemente, acarretaria na decadência econômica da Capitania de Minas Gerais. Esse é a visão de uma vertente historiográfica sobre o século XIX. No entanto, a partir do final da década de 1970, com a publicação de vários trabalhos sobre o tema, percebe-se que não foi isso o que aconteceu.
De acordo com Celso Furtado (FURTADO, 1977) e Roberto Simosen (SIMOSEN, 1977), com o declínio da mineração, toda a região centro sul teria entrado em decadência. Essa decadência seria proveniente da incapacidade da capitania mineira