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Guias e Dicas
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Determinação Granulométrica de Solos, Transcrições de Física do Solo

Estudo sobre a determinação granulométrica de solos em uma fazenda no oeste da Bahia. Análise de diferentes classes de textura e profundidades, com coleta de amostras e processos de laboratório. Resultados indicam solo franco argilo arenoso de textura média, com exceção de uma amostra classificada como franco arenoso. Avaliação das qualidades físicas e químicas do solo para adequação à produção.

Tipologia: Transcrições

2022

Compartilhado em 15/07/2024

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA BAIANO
CAMPUS GUANAMBI
DETERMINAÇÃO GRANULOMÉTRICA DE SOLOS
JÚLIA BRITO RIBEIRO
Relatório de aula prática do componente curricular
Física do Solo do curso Bacharelado em
Engenharia Agronômica, a ser avaliado e utilizado
como nota composicional do conceito final da
disciplina.
Guanambi, maio de 2022
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA BAIANO

CAMPUS GUANAMBI

DETERMINAÇÃO GRANULOMÉTRICA DE SOLOS

JÚLIA BRITO RIBEIRO

Relatório de aula prática do componente curricular

Física do Solo do curso Bacharelado em

Engenharia Agronômica, a ser avaliado e utilizado

como nota composicional do conceito final da

disciplina.

Guanambi, maio de 20 22

1. INTRODUÇÃO

A importância da análise do tamanho de partícula reside na capacidade de compreender o solo

e outras propriedades físicas e químicas importantes relacionadas ao solo. As partes mais

importantes da agronomia são areia, silte e argila, e suas características, por sua vez, afetam

muito o processo de controle da dinâmica do solo.

A análise granulométrica visa à quantificação da distribuição por tamanho das partículas

individuais de minerais do solo. Entende-se por partículas individuais os grãos de minerais

individualizados, fragmentos de rocha não alterada ou parcialmente alterada (podendo conter

mais de um mineral), concreções, nódulos e materiais similares cimentados. (DONAGEMMA

et. al., 2017, p. 95).

O ensaio granulométrico tradicional consiste de uma sequência de ensaios normatizados que

visam determinar a distribuição granulométrica dos solos. Este ensaio consiste em dois

processos, o peneiramento e a sedimentação, podendo ser feito apenas o peneiramento ou

ambos dependendo do solo ensaiado. (MARTINS et. al., 2010, p. 1)

De acordo com Kitamura (2020), a textura do solo é uma propriedade na qual se relaciona com

sua permeabilidade, assim como a sua capacidade de retenção de água e o preparo de um

determinado solo. Além disso, outros aspectos como a infiltração e aeração sofrem influência

da textura do solo (VIEIRA et al., 1988).

A amostragem do solo, é de grande importância, uma vez que, quando realizada incorretamente

poderá ocasionar em danos financeiros e ao ambiente, deve-se sempre atentar a posição da

paisagem (relevo), o histórico de manejo e demais características que não causem impacto

quanto ao resultado final da análise. A análise do solo é realizada com a coleta de amostras de

uma determinada área da propriedade na qual se deseja avaliar. Por isso, é de suma importância

que amostras coletadas representem a maior parte da área localizada (BRASIL, 20 07 ).

O objetivo do trabalho é analisar diferentes tipos de classes de textura e em diferentes

profundidades da área de uma fazenda localizada no município de Luís Eduardo Magalhães no

oeste Baiano, por meio da obtenção da porcentagem de areia, argila e silte do solo.

2. MATERIAL E MÉTODOS

2.1 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

De princípio foram coletadas no setor de agricultura do Instituto Federal Baiano- Campus

Guanambi amostras deformadas e indeformadas, utilizou-se o trado holandês e extrator de

Figura 2 : Peneira de malha 0,053 mm.

Fonte: RIBEIRO, J.B. 2022.

Figura 3 : Remoção da fração de areia na malha de 0,053 mm.

Fonte: RIBEIRO, M. E. B. da S. 2022.

2.2 LEITURA DAS AMOSTRAS

Para a fração de areia, o conteúdo que estava retido na peneira foi transferido para uma lata

com peso já conhecido, removendo o excesso de água, após a areia ter sedimentado (Figura

4 A), e levado a estufa à 105°C por 24h. Depois desse período, as amostras foram retiradas com

cuidado da estufa, levadas para esfriar em um dessecador por aproximadamente 20 minutos

(Figura 4B) e novamente pesadas, para que fosse possível determinar o percentual de areia

presente.

Figura 4A: Transferência da areia para a lata. Figura 4B: Amostras no dessecador.

Fonte: RIBEIRO, J.B. 2022. Fonte: RIBEIRO, J.B. 2022.

Para determinar a fração de argila, foi feito a agitação manual em cada proveta (Figura 5A),

calculando o tempo final e inicial, além do tempo de sedimentação do silte a uma profundidade

de 5 cm, a contar da superfície da solução contida na proveta. Foi utilizado cálculos perante a

lei de Stokes, por meio da planilha eletrônica. Após a sedimentação da argila, foi coletado com

o auxílio de um pipetador eletrônico 25 mL da suspensão de argila, sendo transferido para

Becker de 50 mL com massa conhecida e devidamente identificados (Figura 5B), onde foram

levados para estufa sendo submetidos a uma temperatura de 105°C por 24 horas.

Figura 5A: Agitação manual. Figura 5B: Coleta da suspensão de argila.

Fonte: França, L.E.O. 2022. Fonte: Ribeiro, J.B. 2022.

B1T1 00 - 10 R4 33.75 61.96 28.

B1T1 10 - 2 0 R 1 36.31 65.00 28.

B1T1 10 - 2 0 R 2 34.84 63.55 28.

B1T

10 - 2 0 R 3 42.03 70.30 28.

B1T

10 - 20 R4 34.57 62.84 28.

B2T2 00 - 1 0 R 1 34.02 62.79 28.

B2T2 00 - 1 0 R 2 34.07 62.86 28.

B2T2 00 - 10 R3 34.51 62.99 28.

B2T2 00 - 10 R4 34.51 62.93 28.

B2T2 10 - 2 0 R 1 32.94 61.56 28.

B2T

10 - 2 0 R 2 36.52 64.90 28.

B2T

10 - 2 0 R 3 60.52 88.73 28.

B2T2 10 - 20 R4 36.30 64.54 28.

B3T3 00 - 1 0 R 1 35.17 63.67 28.

B3T3 00 - 1 0 R 2 33.10 61.21 28.

B3T3 00 - 10 R3 36.31 65.14 28.

B3T3 00 - 10 R4 33.09 61.30 28.

B3T

10 - 2 0 R 1 33.86 62.31 28.

B3T3 10 - 2 0 R 2 34.55 63.14 28.

B3T3 10 - 20 R3 33.71 62.03 28.

B3T3 10 - 20 R4 60.30 88.41 28.

Tabela 2 : Massa da fração argila e da prova em branco (em gramas)

Análise da argila (g)

Tara do

béquer

Béquer + argila

+ dispersante

(105ºC)

Argila +

Dispersante

Argila

Referência

da amostra

Profundidade +

repetição

BATERIA DE AMOSTRAS

B1T1 00 - 1 0 R1 52.0000 52.2800 0.2800 0.

B1T1 00 - 1 0 R2 48.8500 49.1500 0.3000 0.

B1T1 00 - 1 0 R3 48.6800 48.9700 0.2900 0.

B1T1 00 - 10 R4 46.8600 47.1700 0.3100 0.

B1T1 10 - 2 0 R 1 51.0100 51.3000 0.2900 0.

B1T1 10 - 2 0 R 2 45.8900 46.1900 0.3000 0.

B1T1 10 - 2 0 R 3 47.7000 48.0000 0.3000 0.

B1T1 10 - 20 R4 41.5100 41.8300 0.3200 0.

B2T2 00 - 1 0 R 1 46.3000 46.5900 0.2900 0.

B2T2 00 - 1 0 R 2 48.1500 48.4500 0.3000 0.

B2T2 00 - 10 R3 49.6500 49.9400 0.2900 0.

B2T2 00 - 10 R4 47.2700 47.5700 0.3000 0.

B2T2 10 - 2 0 R 1 49.7100 49.9900 0.2800 0.

B2T2 10 - 2 0 R 2 46.6700 46.9700 0.3000 0.

B2T2 10 - 2 0 R 3 49.7900 50.0700 0.2800 0.

B2T2 10 - 20 R4 48.7300 49.0300 0.3000 0.

B3T3 00 - 1 0 R 1 48.9800 49.2800 0.3000 0.

B3T3 00 - 1 0 R 2 45.8800 46.1900 0.3100 0.

B3T3 00 - 10 R3 52.0200 52.3100 0.2900 0.

B3T3 00 - 10 R4 48.0900 48.3900 0.3000 0.

B3T3 10 - 2 0 R 1 46.3000 46.5800 0.2800 0.

B3T3 10 - 2 0 R 2 48.1500 48.4100 0.2600 0.

B3T3 10 - 20 R3 49.6500 49.9400 0.2900 0.

B3T3 10 - 20 R4 46.5500 46.7200 0.1700 0.

BRANCO 1 - 52.0000 52.2800 0.2800 0.

BRANCO 2 - 48.8500 49.1500 0.3000 0.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após os processos experimentais discutidos acima, chegou-se nos seguintes resultados:

Tabela 3: Resultado da análise granulométrica das amostras de 0-10 e 10- 20

Ref. da

amostra

Resultado preliminar (%)

Classe textural

AREIA SILTE ARGILA (EMBRAPA)

BATERIA DE AMOSTRAS Nº 1

B1T1 (0-10) R1 72 3 25 Média

B1T1 (0-10) R2 70 3 27 Média

B1T1 (0-10) R3 72 2 26 Média

B1T1 (0-10) R4 71 2 28 Média

B1T1 (10-20) R1 72 2 26 Média

B1T1 (10-20) R2 72 1 27 Média

B1T1 (10-20) R3 71 2 27 Média

B1T1 (10-20) R4 71 0 29 Média

B2T2 (0-10) R1 73 1 26 Média

B2T2 (0-10) R2 72 1 27 Média

B2T2 (0-10) R3 71 3 26 Média

B2T2 (0-10) R4 71 2 27 Média

B2T2 (10-20) R1 72 3 25 Média

B2T2 (10-20) R2 71 2 27 Média

B2T2 (10-20) R3 71 4 25 Média

B2T2 (10-20) R4 71 2 27 Média

B3T3 (0-10) R1 71 2 27 Média

B3T3 (0-10) R2 71 2 28 Média

Imagem 1 : Triângulo textural referente a média das amostras.

Fonte: http://analise-solo.herokuapp.com/analises/visualizar/

Foi obtida uma média geral de 71 % do teor de areia, 26 % de argila e 3% de silte. A partir

desses resultados é possível utilizar o triangulo textural para classificar o solo, e poder realizar

orientações de manejo adequadas. Com base nos experimentos e análises sobre a profundidade

Arenosa

B2T2 10 - 20 R4 710 30 260 Franco Argilo

Arenosa

B3T3 00 - 10 R1 710 30 260 Franco Argilo

Arenosa

B3T3 00 - 10 R2 710 20 270 Franco Argilo

Arenosa

B3T3 00 - 10 R3 720 30 250 Franco Argilo

Arenosa

B3T3 00 - 10 R4 710 30 260 Franco Argilo

Arenosa

B3T3 10 - 20 R1 710 50 240 Franco Argilo

Arenosa

B3T3 10 - 20 R2 720 60 220 Franco Argilo

Arenosa

B3T3 10 - 20 R3 710 40 250 Franco Argilo

Arenosa

B3T3 10 - 20 R4 710 160 130 Franco Arenoso

de 0 – 1 0 cm e 10 – 2 0 cm, obteve-se uma classificação das amostras em franco argilo arenosas

de textura média. Com exceção apenas da repetição quatro da amostra B3T3 10- 20 cm, que foi

classificado como franco arenoso.

4. CONCLUSÃO

Contudo, diante dos resultados observados, pode-se concluir que o solo pode ser

classificado em franco argilo arenoso de textura média, sendo analisado em duas

profundidades 0- 1 0 cm e 10 - 2 0 cm. A partir da análise granulométrica torna-se possível

avaliar as qualidades físicas e químicas do solo, onde permite-se adequar o solo para

condições favoráveis de produção.

5. REFERÊNCIAS

BRASIL, Edilson Carvalho; CRAVO, M. da S.; VELOSO, A. C. Amostragem de

solo. Recomendações de adubação e calagem para o Estado Pará. Belém, Pará: Embrapa

Amazônia Oriental , p. 47-54, 2020.

DONAGEMMA G. K., et. al. Análise granulométrica. Manual de métodos de análise de solo,

Brasília, DF: EMBRAPA 2017, 3 ed. p. 95.

MARTINS I. C., et. al. Ensaio Granulométrico de Solos através do Processamento e Análise de

Imagens Digitais. VI Workshop de Visão Computacional, 04-07 de julho, FTC/UNESP, P.

Prudente, SP 2010.

VIEIRA, L.S. et al. Solos: propriedade, classificação e manejo. Brasília, MEC/ ABEAS,

1988.154p. (Programa Agricultura nos Trópicos, v.2)