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Uma introdução à viscosidade de fluidos newtonianos, explicando o conceito de fluido, a relação entre a força de cisalhamento e a viscosidade, e as leis de hagen-poiseuille e stokes para determinação da viscosidade. O texto também discute os diferentes tipos de viscosímetros utilizados para medir a viscosidade de fluidos.
Tipologia: Slides
Compartilhado em 07/11/2022
4.6
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Denição de Fluido: Um uido é uma substância que se deforma continuamente sob a aplicação de uma força tangencial (tensão de cisalhamento), não importando o quão pequeno seja o seu valor. Os uidos podem se apresentar nas formas de líquido, gás ou vapor. Considere o caso de um uido connado entre duas placas paralelas innitas, ini- cialmente em repouso. Se a placa inferior for deslocada com uma determinada veloci- dade, o uido em contato com a placa será também deslocado devido à condição de não-deslizamento. Este uido em movimento irá arrastar as camadas de uido adjacentes devido à ação da viscosidade, de modo que eventualmente um perl de velocidade linear será atingido. A força necessária para deslocar a placa por unidade de área será proporcional à velocidade inversamente proporcional à distância entre as placas. A constante de propor- cionalidade entre estas medidas é chamada de viscosidade. A força por unidade de área corresponde à tensão de cisalhamento. Neste caso, como a força é aplicada na direção x por unidade de área perpendicular à direção y, a componente da tensão é τyx: τyx = −μdv dyx
Por denição, está é a força exercida pelo uido com menor y sobre o uido com maior y. Esta relação é conhecida como Lei de Newton da viscosidade e serve como uma base para a denição da viscosidade dinâmica. Os uidos que seguem esta equação são conhecidos como uidos newtonianos. Todos os gases e a maioria dos líquidos com peso molecular abaixo de 5000 costumam ser newtonianos. A viscosidade é uma medida do atrito interno dos uidos, ou seja, da resistência à deformação. Nos líquidos, a viscosidade surge principalmente como um resultado das
forças intermoleculares, enquanto que nos gases surge principalmente como resultado das colisões entre as moléculas. A origem molecular da viscosidade em líquidos é muito mais complexa que nos gases. A transferência de momento por colisões moleculares é muito inferior à transferência pelos efeitos dos campos de força intermoleculares interagindo entre grupos de moléculas líquidas próximas. Para os uidos newtonianos, a viscosidade é constante para uma dada temperatura e pressão, não dependendo das condições do escoamento.
Dependência da viscosidade com a pressão: A viscosidade da maioria dos lí- quidos não é afetada por pressões baixas ou moderadas, mas a altas pressões usualmente ocorre um signicativo aumento na viscosidade. Por exemplo, a viscosidade da água a 25 ºC e 10.000 atm é o dobro da viscosidade a 1 atm.
Dependência da viscosidade com a temperatura: A viscosidade dos líquidos é altamente dependente da temperatura. O aumento na temperatura causa uma aparente redução nas forças intermoleculares devido ao aumento na velocidade individual de cada molécula. Como consequência, ocorre uma redução na viscosidade, mesmo havendo um aumento na transferência de momento por colisões. Existem diversos modelos empíricos que podem ser utilizados para ajustar a dependên- cia da viscosidade com a temperatura, sendo que a maioria deles propõe uma dependência
1.1.1 Viscosímetros
Divididos principalmente em três classes: de tubo, rotacionais e de esfera.
Viscosímetros de tubo Estes viscosímetros baseiam-se no tempo necessário para que um determinado uido escoe através de uma tubulação. Esta tubulação pode estar na vertical ou na horizontal. Como a tensão aplicada no uido varia ao longo do teste, estes viscosímetros somente são aplicados principalmente para determinar a viscosidade de uidos Newtonianos. Os mais empregados são os viscosímetros capilares de tubo em U, como mostrado na gura abaixo.
Principio de operação: O uido a ser testado é colocado no reservatório superior da direita (bulk B) até a marca superior C, a partir do qual ele é descarregado através de um tubo capilar como resultado da força motriz (gravidade). É medido o tempo de escoamento até que o menisco atinja a marca inferior D. Determinação da Viscosidade - Lei de Hagen-Poiseuille: Pode-se mostrar que sob condições estacionárias, o perl de velocidade para um uido Newtoniando escoando em um capilar tubular de comprimento L e raio total R é dado por:
V (r) = 4 ∆μLP(R^2 − r^2 )
onde ∆P é a queda de pressão ao longo do escoamento. Considerando um capilar com
área constante, pode-se facilmente mostrar que a velocidade média é:
u = ∆P R
2 8 Lμ Esta expressão é conhecida como Lei de Hagen-Poiseuille e pode ser aplicada para determinar a viscosidade utilizando um viscosímetro capilar. Isolando a viscosidade: μ = ∆P R
2 8 Lu O valor de ∆P pode ser aplicado diretamente (com uma bomba, por exemplo - vis- cosímetro capilar de escoamento forçado). Porém, usualmente o escoamento é causado unicamente pelas forças hidrostáticas. Os viscosímetros normalmente são usados na vertical, ou seja, o canal de escoamento forma um ângulo de 90° com o plano horizontal. Neste caso, a força de pressão que atua sobre o uido é basicamente a força gravitacional. Assim, a queda de pressão no uido está relacionada com a diferença na altura do mesmo, antes e depois do escoamento (diferença entre a marca superior e inferio). Supondo que esta diferença seja h, a queda de pressão no uido será: ∆P = ρgh Substituindo na expressão anterior: ν = μρ = ghR
2 8 Lu A velocidade média do uido pode ser entendida como a distância que este percorre em um determinado tempo. Como o tempo total de escoamento é conhecido, este pode ser relacionado com a distância total percorrida L. Assim:
u = Lt
De modo que: ν = ghR
2 8 L^2 t O termo multiplicando o tempo depende somente das características do viscosímetro e não do uido empregado. Assim, pode-se utilizar dados de um uido com densidade e viscosidade conhecidos para determinar esta constante.
Viscosímetro de Esfera: Um dos modelos mais simples para determinação da vis- cosidade de um uido. Consiste de um tubo vertical ou inclinado, no qual uma bola cai
De modo que através do balanço das forças de arrasto e gravitacional, pode-se deter- minar a velocidade terminal:
u =^29 (ρs^ − μ ρf^ )gR^2 → μ =^29 (ρs^ −u ρf^ )gR^2
Viscosímetros Rotativos: Nesta classe de viscosímetros, o uido é connado em uma geometria especíca e uma rotação é aplicada em alguma parte em contato com o uido. Através do torque necessário para manter a rotação, pode-se determinar a viscosidade (aparente) do uido. Este tipo de viscosímetro é o mais indicado para avaliar uidos não-Newtonianos. As geometrias mais empregadas são: cilindros concêntricos (a), cone e placa (b) e placas paralelas (c).
τrθ(r) = (^2) πrM (^21) L
onde M é o torque aplicado no cilindro interno e L é o comprimento dos cilindros. Assim, a tensão de cisalhamento na superfície do cilindro interno será:
τrθ(R 1 ) = (^2) πRM^12 1 L
Para determinar a taxa de cisalhamento, diferentes métodos de estimativa podem ser utilizados. Quando o espaçamento entre os cilindros é muito menor que o raio dos cilindros, a curvatura pode ser negligenciada e o sistema pode ser aproximado como um de placas paralelas. Nestas condições, a taxa de cisalhamento na superfície do cilindro interno pode ser avaliada como:
∂vθ ∂r (^) r=R 1 =^ γ(R^1 ) =^
ω 1 R R 2 − R 1
onde ω 1 é a velocidade angular do cilindro interno e R é o raio médio:
R^ = R^1 +^ R^2 2 Assim, conhecendo o torque resultante para diversas velocidades angulares impostas (ou o contrário), pode-se construir a curva de tensão de cisalhamento por taxa de defor- mação.
τ = (^23) πRM 2 γ = (^) tan(ωβ)
onde M é o torque necessário para manter uma velocidade angular ω, R é raio externo do cone e β é o ângulo do cone.