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resenha para fins acadêmicos
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Faculdade Teológica Batista de Brasília
SGAN 611, Módulo B – Av. L-2 Norte – Fone: (61) 272.
Fax: (61) 340.5372 – E-mail: ftbb@ftbb.com.br
site: www.ftbb.com.br – 70860-110 – Brasília, DF
Disciplina: Psicologia Geral
Professora: Jane Faria Chagas Ferreira
Alunos:
Joaquim D. Nogueira
José P. Machado
Marcos Vieira
Maio de 2010
Segundo NERI (2004) etimiologicamente conceito de Ética e Moral tem o mesmo significado. Por um lado, o adjetivo “ético” tem a sua origem no na palavra ethos que significa costume, modo habitual de agir, habito. Por outro, o termo latino “moralis” ou vem da palavra mos= costume. Daí entende-se que ambos os conceitos são sinônimos em seus significados. Entretanto, isto não é uma unanimidade entre autores. Segundo VAZQUEZ (1969), citado por POTTKER (2002), os dois termos tem significados distintos, sendo que a moral é uma forma específica de comportamento humano, dos indivíduos ou grupos sociais. Em inúmeras situações o sujeito tem que escolher entre várias opções de conduta, e geralmente decide baseado em normas estabelecidas, que podem ser explicitadas ou não. A ação está sujeita a um juízo moral, e ambos, ação e juízo, pressupõem normas orientadoras.
A ética está relaciona com os diferentes aspectos da teoria sobre a moral,ou seja, está vinculado a construção teórica dentro das diferentes disciplinas, a exemplo da Filosofia, Psicologia, a
Sociologia, Antropologia, História, Economia Política, que contribuem, com seus estudos, para uma análise mais abrangente do comportamento moral.
Em resumo, pode-se dizer que a moral, portanto, está relacionado aos aspectos da vida pratica e pode ser observada, nos diferentes tipos de organização humana, sobre o comportamento e o juízo moral. A ética é a formulação e sistematização do comportamento e juízo moral, que representa o plano teórico da moral vivida e praticada.
O termo desenvolvimento moral está afeto a psicologia estando associada aos esforços na construção de modelos teóricos que possam encontrar uma explicação adequada dos processos que orientam e definem a adoção de valores individuais nas diversas esferas da atividade humana (MARTINS & BRANCO, 2002).
A tarefa de reconstruir uma evolução histórica do conceito de moral ou da moralidade humana foge ao escopo deste trabalho. Por várias gerações homens de diferentes culturas e tradições procuraram responder questões relacionadas ao tema:: Como nos podemos tornar seres virtuosos? Como é que a pessoa se torna moral? O que significa afirmar-se como uma pessoa de princípios? Quais os valores a defender? Quais as condições propícias ao desenvolvimento moral? (AZEVEDO, 2004)
Para uma tarefa tão árdua um bom começo seria debruçar-se sobre o livro Filosofia Moral: Manual Introdutivo, de NERI (2004). Após isto, prosseguir-se-ia pelas fontes primárias, tais como: Ética a Nicômacos (Aristóteles) e moral como a busca do bem e da felicidade; A universalidade do que é certo e errado em Sócrates; A desobediência do homem, a emergência do mal pela ausência de Deus em Agostinho. Tomas de Aquino e o ser natural que discerne entre o certo e o errado e o ser espiritual que vive segundo a vontade de Deus (POTTKER, 2002). Ainda nesta linha, nos parece que a leitura da Teologia Sistemática de Charles Finney é um tratado sobre a moralidade, tendo Deus como sua origem. Pode-se citar, em outra linha, Emmanuel Kant e sua obra “O Imperativo Categórico” que orienta uma verdadeira moral, aquela baseada no dever do agir de acordo com princípios universais. “ Age apenas segundo uma máxima tal que possas querer que ela se torne lei universal” Kant citado por GAMA DO VALE (2006).
São muitas obras e idéias sobre homem e a moral ou moralidade. Fica, portanto, difícil organizá-las do ponto de vista de suas diferentes tradições interpretativas. De acordo com diferentes autores, cada perspectiva e abordagem, a moralidade é tratada de maneira bem diversa. AZEVEDO (2004) nos traz uma divisão das diferentes perspectivas teóricas que nos pareceu interessante para este trabalho.
Esta está subdividida na perspectiva mais tradicional que remonta a doutrina do “pecado original. A origem da moralidade é Deus Criador de todas as coisas. Os mecanismos de moralização dependerão da socialização que possa levar o homem a salvação e depois a santificação ou vice e versa. A Criança vai sendo corrigida pelos constrangimentos e punições de modo a tornar-se uma adulto que conversa os valores sagrando e transmite-os de geração em geração.
Bandura, citado por KOLLER & BERNARDES (1997), revisou aspectos da teoria de comportamental tradicional e atribuiu à cognição uma posição fundamental neste processo: intenções e auto-avaliação promovem a auto-regulação do comportamento. Por meio de representações cognitivas, os indivíduos podem antecipar as conseqüências de seus comportamentos e modificar suas ações, estabelecendo objetivos e se auto-avaliando. A auto- regulação do comportamento dos indivíduos, realizada de acordo com regras e padrões internalizados, consiste na principal influência ao desenvolvimento da moralidade. Em suma, o desenvolvimento moral pró-social é visto como produto da interação entre forças sociais e capacidades cognitivas dos indivíduos.
Nesta perspectiva chama-se atenção para a interdependência dos fatores internos e externos e coloca a ênfase na construção/desenvolvimento da moralidade, a partir da interação que é estabelecida entre a pessoa e o seu envolvimento — ideologia progressista Neste caso, quer a maturação, quer a cultura são consideradas, não como elementos dicotômicos, mas antes como forças que, em perfeita sinergia, contribuem para impulsionar a pessoa no seu caminho, isto é, no seu desenvolvimento.bProgressivamente, a pessoa vai alterando o modo como raciocina sobre as questões morais, posicionando-se diferentemente quanto aos dilemas morais, suas decisões e respectivas justificações.
Assim, entende-se que a moralidade se vai desenvolvendo sistematicamente e encontra-se relacionada com o desenvolvimento das outras dimensões em que a pessoa se constitui, particularmente a dimensão cognitiva. Jean Piaget e Lawrence Kohlberg constituem duas referências fundamentais desta perspectiva cognitivo-desenvolvimentista, quer pelo conjunto de trabalho empírico apresentado, quer pelo robusto modelo teórico oferecido.
Piaget: da Heteronomia à Autonomia
Segundo FREITAS (2002) no projeto inicial de Piaget, em que ele escreve O Julgamento Moral na Criança, é motivado pela contraposição à Immanuel Kant, Émile Durkheim e Pierre Brovet. Para Kant e Durkheim, o respeito é conseqüência da lei moral, ou seja, é na medida em que o indivíduo obedece a lei moral que ele é respeitado; segundo Bovet, o respeito às pessoas é condição prévia da lei moral, visto que o indivíduo atinge o respeito à Lei através das pessoas. Piaget procura dirimir as divergências em torno dessa questão submetendo-a ao método genético. Nós podemos compreender, então, o seu livro “O julgamento moral na criança” como um estudo psicogenético sobre as relações entre o respeito e a lei moral. Tratar-se de mostrar que os fatos concretos que estão na base das construções da ética podem ser objeto de estudo conduzido seguindo os métodos da psicologia científica. Utilizando-se de uma metodologia de pesquisa sobre as regras do jogo de criança levam-no propor um modelo de desenvolvimento moral que vai da Anomia (crianças até os 4/5 anos de idade),onde as regras nãos são compreendidas, passa para Heteronomia (crianças de 4/5 aos 9/10 anos), onde individuo esta subordinado as regras do jogo, pois entende que elas são imutáveis. Nesta fase a regras advêm de pessoas mais velhas, a autoridade é outra pessoas ou sistemas de regras que não muda e finalmente a Autonomia Moral (Indivíduo de 9/10 anos em diante), mais afeta aos adultos, é produto mais refinado da socialização, dentro da qual, por meio da vontade, o indivíduo estabelece fins prioritários a longo prazo, ou seja, constrói o projeto de vida. Pode-se falar na formação da personalidade, no sentido, a partir do momento em que o indivíduo elabora um projeto de vida, quando ele encarna um ideal. A personalidade autônoma é.o produto mais refinado da socialização porque é somente em uma relação de respeito mútuo entre personalidades autônomas que é possível, simultaneamente, a diversidade e a igualdade. O
progresso de Heteronomia para Autonomia não é automática, passa pelo desenvolvimento cognitivo.
Kohlberg: teoria dos estágios morais
Segundo AZEVEDO (2004) Kohlberg constituem um dos mais significativos conjuntos de investigação empírica sobre o desenvolvimento do raciocínio moral. Kohlberg parte dos mesmos pressupostos piagetianos (estruturalismo, construtivismo) e, utilizando procedimentos semelhantes, conduz uma série de entrevistas com crianças, adolescentes e jovens adultos (entre 10 a 16 anos), que lhe permitem, a partir de estudos transversais (comparando grupos de idades diferentes) e longitudinais (seguindo os mesmos grupos ao longo do tempo), construir um quadro de referência teórica fundamental no estudo da moralidade e do seu desenvolvimento.
Para fazer a suas pesquisas Kohlberg apresentava os seus dilemas morais, sendo o mais conhecido o de Heinz, estraido Biaggio, citado por GUIMARÃES & CARVALHO (2009) “Na Europa, uma mulher estava à beira da morte devido a uma doença muito grave, um tipo de câncer. Havia apenas um remédio que os médicos achavam que poderia salvá-la. Era uma forma de radium pela qual um farmacêutico estava cobrando dez vezes mais do que o preço de fabricação da droga. O marido da mulher doente, Heinz, foi a todo mundo que ele conhecia para pedir dinheiro emprestado, mas só conseguiu juntar mais ou menos a metade do que o farmacêutico estava cobrando. Ele disse ao farmacêutico que sua mulher estava à morte, e pediu que lho vendesse mais barato ou que o deixasse pagar depois. Mas o farmacêutico disse: ‘Não, eu descobri a droga e vou fazer dinheiro com isso’. Então, Heinz fi cou desesperado e assaltou a loja para roubar o remédio para sua mulher. O marido deveria ter feito isso? Por quê? (Biaggio, 2006,p. 29).” e o ato era julgado e, o mais importante, justificados. A partir daí Kohlberg e criou a teoria dos estágios morais que apresentamos de forma sintética no quadro adaptado de AZEVEDO (2004) e de Biaggio citado por RAMBO & GODOI (2006)
Pré-convencional:
6º. Zelar pelos princípios éticos universais:
Quatro principais criticas a teoria de Kohlberg
GAMA DO VALE, Liana, Desenvolvimento moral: a generosidade sob a ótica de crianças e adolescentes. Vitória, UFES, 134 p. (Dissertação de mestrado)
NERI, Demetrio. Filosofia Moral: Manual Introdutivo. São Paulo: Edições Loyola. 2004. p 19-23.
PORTTKER, Rosemary Sartori, Um estudo sobre o desenvolvimento moral da criança. Analacta [online], 2002, vol.3, n 1, pp. 121-134.
MARTINS, Lincoln Coimbra e BRANCO, Angela Uchôa. Desenvolvimento moral: considerações teóricas a partir de uma abordagem sociocultural construtivista. Psic.: Teor. e Pesq. [online]. 2001, vol.17, n.2, pp. 169-
AZEVEDO, Nair dos Anjos Pires Rios, Atmosfera moral da escola: condições para a promoção do desenvolvimento ético. Lisboa, Universidade Nova de Lisboa. 509 p. (Dissertação de Doutorado)
KOLLER, Sílvia Helena and BERNARDES, Nara M. G.. Desenvolvimento moral pró-social: Semelhanças e diferenças entre os modelos teóricos de Eisenberg e Kohlberg. Estud. psicol. (Natal) [online]. 1997, vol.2, n.2, pp. 223-262.
FREITAS, Lia Beatriz de Lucca. Piaget e a consciência moral: um kantismo evolutivo?. Psicol. Reflex. Crit. [online]. 2002, vol.15, n.2, pp. 303-308.
GUIMARÃES, Márcio Andrei, CARVALHO Washington Luiz Pacheco. Contribuição do ensino de ciências para o desenvolvimento da moral. São Leopoldo, Educação Unisinos, V. 2 , nº 13,
RAMBO, Jairo Alberto Machry, GODOI, Christiane Kleinübing, Aprendizagem Gerencial e os Estágios do Desenvolvimento Moral. Salvador. 30º Encontro da ANPAD. p 2006.