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PRESERVAÇÃO AMBIENTAL X AMPLIAÇÃO AGRÍCOLA
Desenvolvimento Sustentável Paula Clezia 1
Resumo: O presente artigo tem como objetivo discorrer sobre as relações entre meio ambiente e os efeitos de práticas agrícolas visando a sustentabilidade como meio alternativo de desenvolvimento. O ampliação da agricultura é imprescindível para subsistência humana, porém, é notório observar os efeitos sobre ambiente advindo da má utilização dos recursos naturais, o desenvolvimento sustentável surge como alternativa, na tentativa de encontrar o equilíbrio entre o crescimento e preservação. Fazendo jus a sua definição de “atender as necessidades das gerações presentes, sem comprometer a capacidade de atender as gerações futuras”.
Palavras chaves: preservação ambiental, agricultura e sustentabilidade.
Introdução
A agricultura é uma prática econômica que consiste no uso dos solos para cultivo de vegetais a fim de garantir a subsistência alimentar do ser humano, bem como produzir matérias-primas que são transformadas em produtos secundários em outros campos da atividade econômica. Trata-se de uma das formas principais de transformação do espaço geográfico. (Alves)
O desenvolvimento das inovações tecnológicas na agricultura inserido no contexto mais amplo da chamada modernização agrícola afetou a sociedade como um todo, considerando que as mudanças das práticas tradicionais para uma nova base técnica com atividades cada vez mais modernas se desdobram em consequências que acarretaram mudanças não apenas para o espaço agrário (FAURO, 2016)
A importância das questões ambientais intensificou-se a partir da década de 60, porque a crença no desenvolvimento econômico ocasionou também questionamentos e debates acerca do uso irrestrito dos recursos naturais, dos perigos da poluição e,
1 Paula Clezia C. De Miranda IFBA – Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia Tecnologia de alimentos - 641 Sociologia.
posteriormente, com sucessivas crises de escassez do petróleo no início da década de 70 (DYLLICK; HOCKERTS, 2002; WACKERNAGEL et al., 1999 apud SEVERO et all. 2014). Nota se a necessidade de voltar atenções para as medidas que visam a preservação ambiental, visto que há uma crescente ampliação e demanda dos produtos agrícolas, que utilizam o meio como fonte.
Segundo o Relatório Brundtland, desenvolvimento sustentável é aquele que “atenda às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras atenderem também às suas” (CMMAD, 1991). Assim é necessário garantir que uso dos recursos atuais, sejam de forma consciente, produzindo por meios que diminuam a agressão a natureza, sendo minimizado os impactos ambientais.
Seja como for, a visão atual de natureza, potencializada pela tecnologia, herdou o projeto de dominação assentado no dualismo homem-natureza, na qual a última é instrumentalizada em benefício do primeiro. Em outras palavras, universalizou-se a postura – que se tornou dogma – de transformar o conhecimento da natureza em instrumento de domínio da mesma. Ramos (2010, p. 83) a capacidade lógica humana, com eficiência do uso do conhecimentos em favor dos seus objetivos, transformando a natureza em seu produto de subsistência e fins lucrativos, pode e deve ser considerada também como seu único meio de sobrevivência, pela qual deve ser ter maior cuidado e preservação.
O artigo tem como objetivo discorrer sobre as relações entre meio ambiente e práticas agrícolas visando a sustentabilidade como meio de desenvolvimento.
Desenvolvimento
Agricultura e ambiente
Será possível alcançar o máximo de produtividade com o mínimo de agressão aos espaços naturais? Será possível de fato existir na prática o conceito de sustentabilidade? O homem com a sua inteligência desenvolveu-se muitos meios e técnicas de cultivo, porém, ainda é visível e lamentável ver que se necessita de uma grade devastação para o aumento de plantios, não conseguindo se obter técnicas de aprimoramento da produtividade com o uso do espaço que se tem, visto que muitas das empresas usam o termo sustentável mais como uma jogada de marketing, ao uma real preocupação com os problemas gerados, ocasionando impactos ambientais severos, como os que se podem observar no quadro abaixo:
estufa e, portanto, pelas mudanças climáticas, ou pelo aquecimento global (IPCC, 2007 apud, Dal Soglio et all, 2009). É global o problema que pode ser resumido com a expressão “destruição de recursos naturais”. Exemplos dessa destruição, cada um de nós pode observar perto de si: poluição das águas; erosão e contaminação dos solos; substituição de biomas; desflorestamento; assoreamento de rios, lagos e açudes por solo; poluição do ar; e tantas outras provas diárias de que estamos perdendo recursos que são fundamentais para a manutenção da vida no planeta e a sobrevivência não só da espécie humana, mas ainda das outras espécies que dividem conosco o planeta e que necessitam igualmente esses recursos, cada vez mais escassos. Nosso planeta é hoje uma sombra do que era antes da dita Revolução Industrial. Mas, apesar de todas as campanhas de conscientização e de tantos programas de educação ambiental visando à conservação e à preservação dos recursos naturais, os que podem e devem agir decidem nada fazer, pois temem os danos econômicos e sociais que podem advir de sua ação. (Dal Soglio et all, 2009). Mesmo sendo adverso por alguns autores a relação entre agricultura e problemas ambientas, é notório observar os muitos dos problemas citados acima, e suas causas são advindas do mal uso dos recursos naturais. Que colocam em risco a continuidade da existência da biodiversidade e da própria humanidade que depende dela.
Sustentabilidade
Como já exposto o terma desenvolvimento sustentável é aquele que “atenda às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras atenderem também às suas” (CMMAD, 1991). O termo “desenvolvimento sustentável” surgiu a partir de estudos da Organização das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas, como uma resposta para a humanidade perante a crise social e ambiental pela qual o mundo passava a partir da segunda metade do século XX. Na Comissão Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) também conhecida como Comissão de Brundtland (BARBOSA 2008). Surge como uma forma de escape para a atual situação visando garantir a continuidade de ambiente e homem.
Fonte: Autores (ADAPTADO DE ZOZZOLI, 2008; OLIVEIRA FILHO, 2004, PAULA, 2008; KATO, 2008 apud, Bacha 2010 )
As tabelas acima expõe os marcos de importantes acerca da propagação do tema, a importância que se tem da conscientização e medidas públicas para que as ações se tornem práticas, e empresas passem a ter como forma de produção, medidas de controles de seus atividades sobre o ambiente, como o tratamento de resíduos, reutilização da água, uso dos três Rs, para a máxima produção e diminuir os poluentes emitidos e seus efeitos.
Um caso à parte: Benzoato de Emamectina e Helicoverpa
Helicoverpa armigera é uma lagarta identificada recentemente, que tem surpreendido pelo seu poder de destruição, causando prejuízos, principalmente, às lavouras de milho, soja e algodão, as principais produção Brasileiras de exportação como a soja. A praga possui uma alta taxa de multiplicação e muito difícil de ser identificada por se confundir a outros tipos de lagartas que afetam as plantações. Inúmeras tentativas de controles da praga forem feitas sem muitos sucesso, e apesar de outros pesticidas disponíveis, o solução mais eficaz encontrada foi o uso do Benzoato de Emamectina, o grande problema é que este é um produto importado, não aprovado o uso no Brasil pelos órgãos de fiscalização, por sua alta toxicidade e falta de exames dos componentes e efeito deste pesticida. Porém, foi declaro estado de emergência sanitária em alguns estados e liberado o seu uso sobe fiscalização. O grade problema em questão é que a necessidade da demanda da produção, principalmente de soja, um dos principais produtos de exportação, fez com que se permita a utilização de agrotóxicos nocivos à saúde humana e que se desconhecem os efeitos sobre o meio ambiente. Diversos órgãos repudiam a aprovação deste veneno, pois se prevê os risco que mesmo pode oferecer, risco estes que são ignorados em nome do consumo.
Considerações finais É indiscutível que a produção agrícola é indispensável para subsistência humana, pois sem a transformação do meio para o cultivos de culturas com as técnicas devidas, não se atenderia as demandas que se aumenta cada vez mais. Contudo essa demanda nem sempre se a aplica a necessidade de saciar a fome espalhada mundo a fora e sim a um produto do capitalismo visando a máxima obtenção de lucros.
RAMOS, Elisabeth Christmann. O processo de constituição das concepções de natureza: uma contribuição para o debate na Educação Ambiental. Revista Ambiente e Educação: 2010. Vol.15, p.67-91.
SEVERO, Eliana Andréa. Desenvolvimento Sustentável: Premissas, Realidade e Novas Perspectivas. XVI ENGEMA 2014. Disponível em: http://www.engema.org.br/ XVIENGEMA/15.pdf
Rodolfo F. Alves. Agricultura disponível em: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/ agricultura.htm.
