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Um projeto de desenvolvimento de uma linha de bolsas femininas para o mercado de moda, com ênfase no contexto de tendências e no modelo de produção rápida (fast fashion). O trabalho inclui um estudo teórico sobre a evolução da bolsa como produto, análises de tendências de moda e de blogs de moda brasileiros, e a definição de um público-alvo específico. O resultado é a criação de uma linha de quatro bolsas femininas adequadas às tendências de moda de 2015.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de estudo
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Mariana Brito de Almeida Nayara Brito de Almeida BRASÍLIA, BRASIL, 2014
por Mariana Brito de Almeida Nayara Brito de Almeida Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Design da Universidade de Brasília
TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO DE DESIGN HABILITAÇÃO EM PROJETO DE PRODUTO UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - UNB DESENVOLVIMENTO DE UMA LINHA DE BOLSAS COMO PRODUTO DE MODA Orientadora: Symone Jardim Data e Local de Defesa: Brasília, 03 de dezembro de 2014 Autoras: Mariana Brito de Almeida Nayara Brito de Almeida O presente trabalho consiste em desenvolver uma linha de bolsas femininas como produto de moda com lançamento previsto para 2015, respeitando o contexto e as tendên- cias desse período. Para isso, o projeto foi dividido em três frentes complementares e não excludentes, a bolsa, o con- texto de uso e a tendência, que quando unidos de forma coerente resultarão no produto final do projeto, uma linha de bolsas. A frente bolsa corresponde ao estudo teórico e à análise dos componentes de uma bolsa; o contexto de uso corresponte à relação entre o sistema mercadoló- gico adotado para a comercialização dos produtos, que no caso é o fast fashion , e o público-alvo, que se refere aos possíveis consumidores do produto; a frente tendência re- fere-se ao estudo de prospecção de tendências, à escolha e à análise de uma tendência de acordo com os objetivos do projeto. O resultado deste trabalho consiste no desen- volvimento de uma linha de bolsas femininas de acordo com as tendências de moda para 2015 e totalmente vali- dad0 por este relatório. Palavras-chave: tendência, fast fashion , design , moda, Kitsch.
Diagrama 1. Diagrama representativo das etapas do desenvolvimento do projeto 16 Diagrama 2. Tabela com as 9 bolsas escolhidas 70 Diagrama 3. Tabela de validação de requisitos 94
As empresas que possuem uma política de produção rápida e contínua de suas peças, trocando as coleções se- manalmente, ou até diariamente, levando as últimas ten- dências de moda ao consumidor em tempo recorde são chamadas de Fast Fashion^1. Esse tipo de mercado vem crescendo significativamente no Brasil, comprovadamente com a chegada de grandes empresas do gênero, como GAP, Topshop, Foverer 21 e futuramente a H&M. Essas me- galojas fornecem produtos a consumidores que anseiam cada vez mais por novidades e por preços acessíveis, e que adquirem produtos obsoletos, ou seja, que possuem tempo de mercado curto, muitas vezes até descartáveis, para pertencerem a determinadas tribos e se manterem na moda. Nesse contexto de consumo, destaca-se um seg- mento de mercado: jovens que compram com frequência em fast fashion para exibir seus produtos em redes sociais em troca de visibilidade. Portanto, decidiu-se como foco da disciplina Diplomação em Projeto de Produto, desen- volver uma linha de bolsas como produto de moda direcio- nada ao comportamento e às necessidades deste grupo em questão. Este projeto consiste em elaborar uma linha de três bol- sas femininas com base nas tendências ditas pelos gran- des nomes da moda para os anos de 2015/16, e também adequar os produtos à realidade, consumo e comporta- mento do público-alvo no período vigente, de forma a tor- nar viável o consumo do produto do projeto. Considerando a familiaridade da dupla com o desen- volvimento de bolsas, além do conhecimento adquirido em disciplinas anteriores corroboraram para a realização desse projeto, que tem como objetivo geral: desenvolver uma linha de bolsas femininas como produto de moda res- peitando as tendências para 2015. Para tanto foi definida uma série de objetivos específi- cos, que quando cumpridos resultarão no produto final do projeto. São eles: I) identificar as macrotendências de moda dos próxi- mos anos; II) adequar os produtos a uma tendência de moda;
Este relatório foi estruturado seguindo a categorização do projeto apresentado no capítulo anterior, ou seja, a partir dos grupos bolsa, tendência e público-alvo. O con- teúdo que será apresentado neste relatório obedece uma sequência lógica didática que não corresponde à maneira como o projeto foi executado, pois o processo de design utilizado no desenvolvimento desse projeto segue uma linha aleatória seguindo as necessidades apresentadas a partir de cada requisito definido. A primeira etapa do projeto foi o estudo e compreen- são da frente bolsa. Foi feito um levantamento de imagens para se compreender a nomenclatura e as características dos diferentes tipos de bolsas, sacolas e embalagens dis- poníveis no mercado. Em seguida, outro levantamento foi feito, dessa vez coletando imagens das bolsas mais famo- sas da história. Em seguida, foi realizado um estudo dos componentes de uma bolsa por meio de uma ferramenta chamada Arquitetura do Produto. Ao final das etapas, re- quisitos foram definidos. Terminado o estudo da frente bolsa, passou-se para a frente contexto deuso, em que foi definido um sistema mercadológico e de produção para guiar a comercializa- ção da linha de bolsas, o fast fashion. Além disso, defi- niu-se um grupo de possíveis consumidores do produto — leitoras de blogs de moda —, e a partir dessa escolha, foram feitas análises de blogs de moda brasileiros mais acessados pelo público-alvo definido para o projeto. Para complementar esse estudo, foi feito um levantamento de Geração de alternativas livre Pesquisa de tendências Pesquisa sobre bolsas e histórico Pesquisa sobre Kitsch Pesquisa sobre contexto de uso das bolsas Geração de alternativas Geração de alternativas Pesquisa de materiais Confecção das bolsas Desenho Técnico Validação do produto final Definição dos produtos finais do projeto Definição de Requisitos Geração de alternativas MÉTODO Diagrama 1. Fluxograma representativo das etapas do processo de desenvolvimento do projeto. Não corresponde à maneira como foi relatado no documento; que apresenta uma sequência lógica e didática para fácil compreensão.
imagens para a construção de painéis de estilo de vida do consumidor, a partir do qual foram definidos requisitos para o projeto. Na terceira frente de estudos foram analisadas as pro- váveis tendências de moda para o ano de 2015 apontadas por caçadores de tendências em sites especializados, com o intuito de se adequar os produtos do projeto em um con- texto de consumo confiável, uma vez que o lançamento da linha de bolsas está previsto para o próximo ano de 2015. Além disso, pesquisas imagéticas foram realizadas em di- ferentes blogs e em sites como Pinterest, Behance, Google e Instagram com o objetivo de apontar indícios que carac- terizassem uma nova tendência e, assim, tentar prospec- tar suas características. Essa pesquisa foi bastante ampla, abrangendo diferentes áreas de atuação, como moda, de- sign gráfico, artes, fotografia e conteúdo audiovisual. Em seguida, passou-se para o estudo mais pontual de algu- mas tendências, percebendo suas características e, assim, definir uma tendência a ser seguida. Paralelamente a esse estudo, foram geradas alternativas livres de bolsas e de estampas, assim como ferragens e elementos decorativos. No entanto, uma vez definida a tendência a ser seguida, uma nova geração de alternativas foi feita, mas dessa vez mais embasada teoricamente. Para finalizar o estudo dessa frente, diferentes painéis de imagens foram confec- cionados mostrando o estilo de vida, os objetos ícone e os materiais, acabamentos e cores recorrentes na tendência escolhida a fim de compreender os elementos que os ca- racterizam como tal. Depois de finalizada a análise documental e a pesquisa bibliográfica das frentes bolsa, contexto de uso e tendên- cia, fez-se uma geração de alternativas final atentando para todos os requisitos gerados. Depois disso, foram es- colhidas as quatro bolsas que compõem a linha por meio de uma Matriz de Avaliaçao de Alternativas e passou-se para a etapa de Confecção, que aqui se refere à escolha e compra de materiais, modelagem e costura das bolsas. Ao final dessas etapas, desenvolveram-se três bolsas fe- mininas com base em uma tendência de moda para os anos de 2015, levando-se em conta as preferências do possível consumidor e as características da tendência escolhida.
do projeto e possível definição dos modelos. 1.2.1. ALFORJE O alforje é um saco de couro que pode ser usado tanto na cintura e nos ombros quanto em selas de animais. Da- tada da Idade Média, esse tipo de bolsa de couro era bas- tante utilizada por homens para carregar alimentos e di- nheiro. Era comum o seu uso associado a um galho ou bastão apoiado ao ombro, facilitando o carregamento. Nos dias atuais, o alforje permanece sendo utilizado preso a uma sela para transporte de objetos em animais, como cavalo e jegue, ou em bicicletas e motocicletas, usu- almente presos ao assento, como mostra a Figura 4. Se- gundo o livro Cinquenta bolsas que mudaram o mundo, do Design Museum, vide Figura 2 já apresentada, apesar do seu status de ícone na história do Oeste Americano, o alforje teve pouca influência sobre as bolsas modernas. A exceção foi a reinterpretação bem-humorada da bolsa por John Galliano, ex-diretor criativo da marca Christian Dior, transformando o logotipo clássico da marca, o “D”, em es- tribos, vide Figura 5. 1.2.2. MALETA DE MÉDICO Figura 4: Típica bolsa alforje para sela de cavalaria Figura 5: Bolsa alforje da Maison Christian Dior por John Galliano Figura 7: Bolsa maleta de médico original Figura 3: Típico modelo de bolsa alforje atual Figura 6: Modelo típico da maleta de médico por Louis Vuitton
A maleta de médico é um tipo de bolsa utilizada por médicos para fazer visitas em casa, quando seus serviços eram requisitados a domicílio. Como todos os utensílios médicos precisavam caber na maleta, esse tipo de bolsa precisava ser grande, bem estruturada e com diversos espaços internos. Além disso, a sua resistência era fun- damental, uma vez precisava ser forte o suficiente para aguentar viagens em carroças e o manuseio em atendi- mentos médicos, a exemplo da Figura 7. Inspirada em valises e malas de viagem do final da era vitoriana, elas eram fabricadas com resistentes estruturas internas, couro rígido e ferragens em latão. Sua abertura era no topo para permitir a visualização de todo o conte- údo interno. A renomada marca Louis Vuitton, que teve sua funda- ção em 1854 por um fabricante de malas, lançou seu mo- delo Speedy em 1965 a pedido da atriz Audrey Hepburn, vide Figura 8. A bolsa criada tornou-se um dos modelos mais cobiçados e saturados no mercado, e hoje é ícone da label francesa. 1.2.3. BOLSA-MOCHILA A mochila é um dos tipos de bolsa mais antigos que se tem notícia, a Figura 10 ilustra um desses modelos. Usada pelos nômades, tinham como principal função carregar objetos nas costas para deixar livres as mãos enquanto ca- minhavam pelas florestas em busca de caça. Alguns anos mais tarde, a mochila passou a ser um item militar básico, imprescindível àqueles que precisavam caminhar longas distâncias ou carregar bastante peso, como estudantes. Figura 8: Modelo Speedy da marca Louis Vuitton Figura 10: Bolsa-mochila primitiva Figura 9: Modelo típico comercializado atualmente de mochila