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Guias e Dicas
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Desenvolvimento de uma Linha de Bolsas Femininas: Tendências de Moda e Fast Fashion, Notas de estudo de Artes

Um projeto de desenvolvimento de uma linha de bolsas femininas para o mercado de moda, com ênfase no contexto de tendências e no modelo de produção rápida (fast fashion). O trabalho inclui um estudo teórico sobre a evolução da bolsa como produto, análises de tendências de moda e de blogs de moda brasileiros, e a definição de um público-alvo específico. O resultado é a criação de uma linha de quatro bolsas femininas adequadas às tendências de moda de 2015.

O que você vai aprender

  • Quais foram as principais fontes de pesquisa utilizadas no projeto?
  • Quais foram as características estudadas nas bolsas e sacolas disponíveis no mercado?
  • Qual é o objetivo geral do projeto de desenvolvimento de uma linha de bolsas femininas?
  • Qual é o modelo de produção adotado para a comercialização da linha de bolsas?
  • Quais tendências de moda foram estudadas para a criação da linha de bolsas?

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Marcela_Ba
Marcela_Ba 🇧🇷

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - UNB
INSTITUTO DE ARTES - IDA
DEPARTAMENTO DE DESIGN
HABILITAÇÃO EM PROJETO DE PRODUTO
DESENVOLVIMENTO DE UMA LINHA DE BOLSAS
COMO PRODUTO DE MODA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Mariana Brito de Almeida
Nayara Brito de Almeida
BRASÍLIA, BRASIL, 2014
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Baixe Desenvolvimento de uma Linha de Bolsas Femininas: Tendências de Moda e Fast Fashion e outras Notas de estudo em PDF para Artes, somente na Docsity!

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - UNB

INSTITUTO DE ARTES - IDA

DEPARTAMENTO DE DESIGN

HABILITAÇÃO EM PROJETO DE PRODUTO

DESENVOLVIMENTO DE UMA LINHA DE BOLSAS

COMO PRODUTO DE MODA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Mariana Brito de Almeida Nayara Brito de Almeida BRASÍLIA, BRASIL, 2014

DESENVOLVIMENTO DE UMA LINHA DE BOLSAS

COMO PRODUTO DE MODA

por Mariana Brito de Almeida Nayara Brito de Almeida Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Design da Universidade de Brasília

  • UnB como requisito parcial para aprovação em Diplomação em Projeto de Produto. Orientadora: Symone Jardim BRASÍLIA, BRASIL, 2014

RESUMO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO DE DESIGN HABILITAÇÃO EM PROJETO DE PRODUTO UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - UNB DESENVOLVIMENTO DE UMA LINHA DE BOLSAS COMO PRODUTO DE MODA Orientadora: Symone Jardim Data e Local de Defesa: Brasília, 03 de dezembro de 2014 Autoras: Mariana Brito de Almeida Nayara Brito de Almeida O presente trabalho consiste em desenvolver uma linha de bolsas femininas como produto de moda com lançamento previsto para 2015, respeitando o contexto e as tendên- cias desse período. Para isso, o projeto foi dividido em três frentes complementares e não excludentes, a bolsa, o con- texto de uso e a tendência, que quando unidos de forma coerente resultarão no produto final do projeto, uma linha de bolsas. A frente bolsa corresponde ao estudo teórico e à análise dos componentes de uma bolsa; o contexto de uso corresponte à relação entre o sistema mercadoló- gico adotado para a comercialização dos produtos, que no caso é o fast fashion , e o público-alvo, que se refere aos possíveis consumidores do produto; a frente tendência re- fere-se ao estudo de prospecção de tendências, à escolha e à análise de uma tendência de acordo com os objetivos do projeto. O resultado deste trabalho consiste no desen- volvimento de uma linha de bolsas femininas de acordo com as tendências de moda para 2015 e totalmente vali- dad0 por este relatório. Palavras-chave: tendência, fast fashion , design , moda, Kitsch.

DESENVOLVIMENTO DE UMA LINHA DE BOLSAS

COMO PRODUTO DE MODA

LISTA DE DIAGRAMAS

Diagrama 1. Diagrama representativo das etapas do desenvolvimento do projeto 16 Diagrama 2. Tabela com as 9 bolsas escolhidas 70 Diagrama 3. Tabela de validação de requisitos 94

SUMÁRIO

  • Figura 1. Diagrama representativo das três frentes que direcionam o projeto
  • Figura 2: O livro Cinquenta bolsas que mudaram o mundo
  • Figura 3: Típico modelo de bolsa alforje atual
  • Figura 4: Típica bolsa alforje para sela de cavalaria
  • Figura 5: Bolsa alforje da Maison Christian Dior por John Galliano
  • Figura 6: Modelo típico da maleta de médico por Louis Vuitton
  • Figura 7: Bolsa maleta de médico original
  • Figura 8: Modelo Speedy da marca Louis Vuitton
  • Figura 9: Modelo típico comercializado atualmente de mochila
  • Figura 10: Bolsa-mochila primitiva
  • Figura 11: Bolsa-mochila da Prada lançada em
  • Figura 12: Exemplo de pasta comercializada atualmente
  • Figura 13: Bolsa satchel original do ano de
  • Figura 14: Bolsa satchel da marca Cambridge Satchel Company
  • Figura 15: Bolsa carteiro comercializada atualmente
  • Figura 16: Bolsa Alexa da marca Mulberry
  • Figura 17: Bolsa carteiro com duas alças
  • Figura 18: Exemplo de bolsa saco comercializada atualmente
  • Figura 19: Bolsa saco primitiva usada para carregar moedas
  • Figura 20: A noe Bag da marca Louis Vuitton
  • Figura 21: Imagem de bolsa Baguette que é comercializada atualmente
  • Figura 22: Primeira it bag da história, a bolsa Baguette da marca Fendi
  • Figura 23: Clutch desenvolvida por Alexander McQueen
  • Figura 24: Clutch clássica da marca Hermès
  • Figura 25: Típica bolsa a tiracolo comercializada atualmente
  • Figura 26: Bolsa a tiracolo da marca Céline
  • Figura 27: Famosa bolsa a tiracolo 2.55 da Chanel
  • Figura 28: Bolsa Tote desenvolvida por Bonnie Cashin para Couch
  • Figura 29: Exemplo de bolsa Tote comercializada atualmente.
  • Figura 30: Famosa bolsa Tote da marca Céline
  • Figura 31: Bolsa Almoniere predominantemente usada presa ao cinto
  • Figura 32: Bolsa pocket em veludo
  • Figura 33: Chatelaine , bolsa difundida pela Alexandra, filha do rei da Dinamarca
  • Figura 34: Bolsa maleta da marca Louis Vuitton
  • Figura 35: Exemplo de bolsa box popular na década de
  • Figura 36: Componenetes comuns de uma bolsa
  • Figura 37: Diagrama apresenta a junção das características fast Fashion
  • Figura 38: Blog “Depois dos Quinze”, de Bruna Vieira
  • Figura 39: Blog “Just Lia”, de Lia Camargo
  • Figura 40: Blog “Radioactive Unicorns”, de Giovana Ferrarezi
  • Figura 41: Blog “Serendipity”, de Melina Souza
  • Figura 42: Blog “Não Provoque”, de Ana Paula Buzzo
  • Figura 43: Painel de Estilo de Vida dos possíveis consumidores do produto
  • Figura 44: Painel de imagens referentes ao estilo hipster
  • Figura 45: Painel de transição do hipster para um nova tendência
  • Figura 46: Sinais de várias procedências da chegada de uma nova tendência.
  • Figura 47: Painel de imagens do estilo tribal/ navajo
  • Figura 48: Painel de exemplos da tendência impressão digital em tecidos
  • Figura 59: Painel de imagens da tendência grafismos geométricos
  • Figura 50: Painel de referênciada tendência da técnica tye-dye
  • Figura 51: Painel de imagens da tendência Píxel.
  • Figura 52: Painel de imagens da tendência Rússia
  • Figura 53: Painel de imagens da tendência Tropical Kitsch
  • Figura 54: Painel de imagens da tendência africana
  • Figura 55: Objeto Kitsch representando figura célebre
  • Figura 56: Os suvenires são ricos em significado emocional por evocar lembranças
  • Figura 57: Painel que retrata o estilo de vida do indivíduo kitsch
  • Figura 58: Painel de objetos-ícone kitsch
  • Figura 59: A boneca Barbie, outro objeto-ícone do kitsch
  • Figura 60: Barbarella, filme Sci-fi de 1968, estrelada por Jane Fonda
  • Figura 61: Painel com referências visuais de objetos kitsch 56-
  • Figura 62: Alternativas com base em ornamento do período clássico.
  • Figura 63: Alternativas com variação nos formatos das bolsas
  • Figura 64: Alternativas geradas livremente
  • Figura 65: Alternativas geradas a partir do conceito kitsch
  • Figura 66: Alternativas foram geradas a partir dos requisitos
  • Figura 67: Alternativas geradas a partir da análise de objetos-ícone do kitsch
  • Figura 68: Alternativas com base em móveis e estofados kitsch
  • Figura 69: Nove alternativas escolhidas por cumprirem os requisitos levantados
  • Figura 70: Imagem das quatro bolsas escolhidas por meio da MAA
  • Figura 71: Painel de fotografias da vigência do kitsch no Brasil
  • Figura 72: O Kitsch omaram conta de redes fast fashion
  • Figura 73: Imagens do desfile da Moschino de autoria de Jeremy Scott.
  • Figura 74: Imagens do desfile da Moschino de autoria de Jeremy Scott
  • Figura 75: Imagens do desfile da Moschino de autoria de Jeremy Scott
  • Figura 76: Imagens do desfile da Moschino por Jeremy Scott
  • Figura 77. Rendering final da Bolsa Abacaxido abacaxi
  • Figura 78. Painel de inspiração com sugestões de acabamentopara Bolsa Abacaxi
  • Figura 79. Rendering da Bolsa Saco
  • Figura 80. Painel com sugestões de acabamentos para Bolsa Saco
  • Figura 81. Rendering final da Bolsa Estofado em couro sintético.
  • Figura 82. Painel de inspiração para Bolsa Estofado
  • Figura 83. Rendering final da Bolsa Rígida
  • Figura 84. Painel com sugestões de acabamentos para Bolsa Rígida
  • Figura 85. Painel de imagens do processo de confecção das bolsas
  • Figura 86. Novelo de veludo preto usado para o crochê na Bolsa Saco
  • Figura 87. Painel de imagens da Bolsa Acabaxi finalizada
  • Figura 88. Painel de imagens da Bolsa Saco finalizada
  • Figura 89. Painel de imagens da Bolsa Estofado finalizada
  • INTRODUÇÃO
  • ESTRUTURA DO RELATÓRIO
  • LEVANTAMENTO E ANÁLISE DE DADOS
    1. FRENTE BOLSA
  • 1.1. O que é bolsa?
  • 1.2. Tipos de bolsas
  • 1.2.1. Alforje
  • 1.2.2. Maleta de médico
  • 1.2.3. Bolsa-mochila
  • 1.2.4. Pasta escolar ( satchel )
  • 1.2.5. Bolsa carteiro
  • 1.2.6. Bolsa saco ( bucket bag )
  • 1.2.7. Bolsa baguette
  • 1.2.8. Clutch
  • 1.2.9. Bolsa a tiracolo
  • 1.2.10. Bolsa de compras ou Tote
  • 1.3. Histórico das Bolsas
  • 1.4. Elementos Básicos de uma Bolsa (Arquitetura do Produto)
    1. FRENTE CONTEXTO DE USO
  • 2.1. Fast Fashion
  • 2.1.1. Características do Fast Fashion
  • 2.2. Público-alvo
  • 2.3. Painel de Estilo de Vida do Consumidor
    1. FRENTE TENDÊNCIA
  • 3.1. Tendência Vigente
  • 3.1.1. Painel de Estilo de Vida hipster
  • 3.2. Painéis de Transição de Tendência
  • 3.3. Painel 1: Tribal/ Navajo e Estampa digital
  • 3.4. Painel 2: Grafismos geométricos e Tye dye
  • 3.5. Painel 3: Pixel e Rússia
  • 3.6. Painel 4: Tropical Kitsch e África
    1. KITSCH
  • 4.1. Painel de Estilo de Vida do indivíduo kitsch
  • 4.2. Painel de Objetos-ícone do Kitsch
  • 4.3. Painel de Materiais de Objetos kitsch
    1. LISTAGEM GERAL DE REQUISITOS
  • 5.1. Projetuais
  • 5.2. Frente Bolsa
  • 5.3. Frente Contexto de Uso
  • 5.4. Frente Tendência
  • 5.5. Kitsch
    1. GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS
    1. MATRIZ DE AVALIAÇÃO DE ALTERNATIVAS
    1. Vigência do Kitsch
  • 8.1. Desfile da Moschino
    1. NOVA LISTAGEM GERAL DE REQUISITOS
    1. CONCEITUAÇÃO DO PRODUTO FINAL
  • 10.1. Bolsa Abacaxi
  • 10.2. Bolsa Saco
  • 10.3. Bolsa Estofado
  • 10.4. Bolsa Rígida
  • 10.5. MATERIAIS E FERRAMENTAS DE CONFECÇÃO
  • 10.5.1. Bolsa Abacaxi
  • 10.5.2. Bolsa Saco
  • 10.5.3. Bolsa Estofado
  • 10.5.5. Ferramentas
  • 11 CONFECÇÃO
  • 11.1. Bolsa Acabaxi
  • 11.2. Bolsa Saco
  • 11.3. Bolsa Estofado
    1. VALIDAÇÃO DOS REQUISITOS
  • 12.1. Bolsa Abacaxi
  • 12.2. Bolsa Saco
  • 12.3. Bolsa Estofado
    1. CONSIDERAÇÕES FINAIS
    1. REFERÊNCIAS
    1. APÊNDICE

INTRODUÇÃO

As empresas que possuem uma política de produção rápida e contínua de suas peças, trocando as coleções se- manalmente, ou até diariamente, levando as últimas ten- dências de moda ao consumidor em tempo recorde são chamadas de Fast Fashion^1. Esse tipo de mercado vem crescendo significativamente no Brasil, comprovadamente com a chegada de grandes empresas do gênero, como GAP, Topshop, Foverer 21 e futuramente a H&M. Essas me- galojas fornecem produtos a consumidores que anseiam cada vez mais por novidades e por preços acessíveis, e que adquirem produtos obsoletos, ou seja, que possuem tempo de mercado curto, muitas vezes até descartáveis, para pertencerem a determinadas tribos e se manterem na moda. Nesse contexto de consumo, destaca-se um seg- mento de mercado: jovens que compram com frequência em fast fashion para exibir seus produtos em redes sociais em troca de visibilidade. Portanto, decidiu-se como foco da disciplina Diplomação em Projeto de Produto, desen- volver uma linha de bolsas como produto de moda direcio- nada ao comportamento e às necessidades deste grupo em questão. Este projeto consiste em elaborar uma linha de três bol- sas femininas com base nas tendências ditas pelos gran- des nomes da moda para os anos de 2015/16, e também adequar os produtos à realidade, consumo e comporta- mento do público-alvo no período vigente, de forma a tor- nar viável o consumo do produto do projeto. Considerando a familiaridade da dupla com o desen- volvimento de bolsas, além do conhecimento adquirido em disciplinas anteriores corroboraram para a realização desse projeto, que tem como objetivo geral: desenvolver uma linha de bolsas femininas como produto de moda res- peitando as tendências para 2015. Para tanto foi definida uma série de objetivos específi- cos, que quando cumpridos resultarão no produto final do projeto. São eles: I) identificar as macrotendências de moda dos próxi- mos anos; II) adequar os produtos a uma tendência de moda;

ESTRUTURA DO RELATÓRIO

Este relatório foi estruturado seguindo a categorização do projeto apresentado no capítulo anterior, ou seja, a partir dos grupos bolsa, tendência e público-alvo. O con- teúdo que será apresentado neste relatório obedece uma sequência lógica didática que não corresponde à maneira como o projeto foi executado, pois o processo de design utilizado no desenvolvimento desse projeto segue uma linha aleatória seguindo as necessidades apresentadas a partir de cada requisito definido. A primeira etapa do projeto foi o estudo e compreen- são da frente bolsa. Foi feito um levantamento de imagens para se compreender a nomenclatura e as características dos diferentes tipos de bolsas, sacolas e embalagens dis- poníveis no mercado. Em seguida, outro levantamento foi feito, dessa vez coletando imagens das bolsas mais famo- sas da história. Em seguida, foi realizado um estudo dos componentes de uma bolsa por meio de uma ferramenta chamada Arquitetura do Produto. Ao final das etapas, re- quisitos foram definidos. Terminado o estudo da frente bolsa, passou-se para a frente contexto deuso, em que foi definido um sistema mercadológico e de produção para guiar a comercializa- ção da linha de bolsas, o fast fashion. Além disso, defi- niu-se um grupo de possíveis consumidores do produto — leitoras de blogs de moda —, e a partir dessa escolha, foram feitas análises de blogs de moda brasileiros mais acessados pelo público-alvo definido para o projeto. Para complementar esse estudo, foi feito um levantamento de Geração de alternativas livre Pesquisa de tendências Pesquisa sobre bolsas e histórico Pesquisa sobre Kitsch Pesquisa sobre contexto de uso das bolsas Geração de alternativas Geração de alternativas Pesquisa de materiais Confecção das bolsas Desenho Técnico Validação do produto final Definição dos produtos finais do projeto Definição de Requisitos Geração de alternativas MÉTODO Diagrama 1. Fluxograma representativo das etapas do processo de desenvolvimento do projeto. Não corresponde à maneira como foi relatado no documento; que apresenta uma sequência lógica e didática para fácil compreensão.

imagens para a construção de painéis de estilo de vida do consumidor, a partir do qual foram definidos requisitos para o projeto. Na terceira frente de estudos foram analisadas as pro- váveis tendências de moda para o ano de 2015 apontadas por caçadores de tendências em sites especializados, com o intuito de se adequar os produtos do projeto em um con- texto de consumo confiável, uma vez que o lançamento da linha de bolsas está previsto para o próximo ano de 2015. Além disso, pesquisas imagéticas foram realizadas em di- ferentes blogs e em sites como Pinterest, Behance, Google e Instagram com o objetivo de apontar indícios que carac- terizassem uma nova tendência e, assim, tentar prospec- tar suas características. Essa pesquisa foi bastante ampla, abrangendo diferentes áreas de atuação, como moda, de- sign gráfico, artes, fotografia e conteúdo audiovisual. Em seguida, passou-se para o estudo mais pontual de algu- mas tendências, percebendo suas características e, assim, definir uma tendência a ser seguida. Paralelamente a esse estudo, foram geradas alternativas livres de bolsas e de estampas, assim como ferragens e elementos decorativos. No entanto, uma vez definida a tendência a ser seguida, uma nova geração de alternativas foi feita, mas dessa vez mais embasada teoricamente. Para finalizar o estudo dessa frente, diferentes painéis de imagens foram confec- cionados mostrando o estilo de vida, os objetos ícone e os materiais, acabamentos e cores recorrentes na tendência escolhida a fim de compreender os elementos que os ca- racterizam como tal. Depois de finalizada a análise documental e a pesquisa bibliográfica das frentes bolsa, contexto de uso e tendên- cia, fez-se uma geração de alternativas final atentando para todos os requisitos gerados. Depois disso, foram es- colhidas as quatro bolsas que compõem a linha por meio de uma Matriz de Avaliaçao de Alternativas e passou-se para a etapa de Confecção, que aqui se refere à escolha e compra de materiais, modelagem e costura das bolsas. Ao final dessas etapas, desenvolveram-se três bolsas fe- mininas com base em uma tendência de moda para os anos de 2015, levando-se em conta as preferências do possível consumidor e as características da tendência escolhida.

do projeto e possível definição dos modelos. 1.2.1. ALFORJE O alforje é um saco de couro que pode ser usado tanto na cintura e nos ombros quanto em selas de animais. Da- tada da Idade Média, esse tipo de bolsa de couro era bas- tante utilizada por homens para carregar alimentos e di- nheiro. Era comum o seu uso associado a um galho ou bastão apoiado ao ombro, facilitando o carregamento. Nos dias atuais, o alforje permanece sendo utilizado preso a uma sela para transporte de objetos em animais, como cavalo e jegue, ou em bicicletas e motocicletas, usu- almente presos ao assento, como mostra a Figura 4. Se- gundo o livro Cinquenta bolsas que mudaram o mundo, do Design Museum, vide Figura 2 já apresentada, apesar do seu status de ícone na história do Oeste Americano, o alforje teve pouca influência sobre as bolsas modernas. A exceção foi a reinterpretação bem-humorada da bolsa por John Galliano, ex-diretor criativo da marca Christian Dior, transformando o logotipo clássico da marca, o “D”, em es- tribos, vide Figura 5. 1.2.2. MALETA DE MÉDICO Figura 4: Típica bolsa alforje para sela de cavalaria Figura 5: Bolsa alforje da Maison Christian Dior por John Galliano Figura 7: Bolsa maleta de médico original Figura 3: Típico modelo de bolsa alforje atual Figura 6: Modelo típico da maleta de médico por Louis Vuitton

A maleta de médico é um tipo de bolsa utilizada por médicos para fazer visitas em casa, quando seus serviços eram requisitados a domicílio. Como todos os utensílios médicos precisavam caber na maleta, esse tipo de bolsa precisava ser grande, bem estruturada e com diversos espaços internos. Além disso, a sua resistência era fun- damental, uma vez precisava ser forte o suficiente para aguentar viagens em carroças e o manuseio em atendi- mentos médicos, a exemplo da Figura 7. Inspirada em valises e malas de viagem do final da era vitoriana, elas eram fabricadas com resistentes estruturas internas, couro rígido e ferragens em latão. Sua abertura era no topo para permitir a visualização de todo o conte- údo interno. A renomada marca Louis Vuitton, que teve sua funda- ção em 1854 por um fabricante de malas, lançou seu mo- delo Speedy em 1965 a pedido da atriz Audrey Hepburn, vide Figura 8. A bolsa criada tornou-se um dos modelos mais cobiçados e saturados no mercado, e hoje é ícone da label francesa. 1.2.3. BOLSA-MOCHILA A mochila é um dos tipos de bolsa mais antigos que se tem notícia, a Figura 10 ilustra um desses modelos. Usada pelos nômades, tinham como principal função carregar objetos nas costas para deixar livres as mãos enquanto ca- minhavam pelas florestas em busca de caça. Alguns anos mais tarde, a mochila passou a ser um item militar básico, imprescindível àqueles que precisavam caminhar longas distâncias ou carregar bastante peso, como estudantes. Figura 8: Modelo Speedy da marca Louis Vuitton Figura 10: Bolsa-mochila primitiva Figura 9: Modelo típico comercializado atualmente de mochila