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Desenvolvimento da Face e do Pescoço: Uma Abordagem Detalhada dos Arcos Faríngeos, Resumos de Histologia

Desenvolvimento da face, arcos branquiais, sulcos, resumo

Tipologia: Resumos

2020

Compartilhado em 14/05/2020

joyce-lemos
joyce-lemos 🇧🇷

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Desenvolvimento Craniofacial
Durante o período intrauterino
3 fases são marcantes:
Fase proliferativa: da
concepção até o início da 4a
semana de VIU (clivagem-
embrioblasto-embrião).
Fase de morfogênese
(histodiferenciação): da 4ª à ±
8ª semana de VIU (embrião).
Fase de crescimento e
maturação: 9ª semana de VIU
até o nascimento (feto).
Células da Crista Neural
Formam o ectomesênquima da
face e do pescoço
(4ª semana).
Participam da formação de
melanócitos, gânglios
nervosos, camada medular da
glândula adrenal.
Após migrarem para região
cefálica, formam a
proeminência frontal e os arcos
branquiais.
Aparelho Branquial ou
Faríngeo:
Constituição: 6 pares de barras
espessas (dorso-
ventrais) do mesoderma lateral.
Localiza-se entre o estomodeo
e o coração
primitivo, na porção lateral da
faringe.
Cada arco é separado por uma
depressão sulco
branquial (externa) ou bolsa
faríngea (interna).
Formação da face, cavidade
nasal, boca, laringe,
faringe e pescoço.
Arcos:
1º arco) Forma maxila, mandíbula,
músculos mastigatórios - Nervo
Trigêmeo.
Processo maxilar - menor,
origina a maxila (exceto região
de pré-maxila), o osso
zigomático e a porção
escamosa do temporal por
ossificação intramembranosa;
Processo mandibular - maior,
forma a mandíbula por
ossificação intramembranosa,
com exceção do côndilo e da
sínfise.
A cartilagem do primeiro arco
faríngeo é a cartilagem de Meckel,
que aparece entre o 15º e o 18º
dia de DIU no ectomesênquima do
processo mandibular, desde a
região timpânica até a linha
mediana de cada processo, que
posteriormente sofrerá fusão. Esta
cartilagem apresenta quatro
regiões:
Timpânica, que dará origem a
dois dos ossículos do ouvido
médio, o martelo e a bigorna,
por ossificação endocondral;
Retromandibular, que sofre
degeneração, mas cujo
pericôndrio formará o
ligamento anterior do martelo e
o ligamento esfenomandibular;
Paramandibular, região que
não dará origem a nenhuma
estrutura específica, mas
guiará o crescimento do corpo
mandibular que ocorre por
ossificação intramembranosa;
Sinfisária, que permitirá o
crescimento pós-natal da
mandíbula por ossificação
endocondral.
As estruturas musculares que se
originarão deste arco são os
músculos da mastigação
(temporal, masseter, pterigóideos
medial e lateral), ventre anterior
do digástrico, milo-hiódeo, tensor
do tímpano e tensor do véu
palatino. O componente nervoso
que inervará estes dois processos
é o V par de nervo craniano
(trigêmeo), unicamente por meio
de seus dois ramos caudais
(maxilar e mandibular).
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Desenvolvimento Craniofacial

Durante o período intrauterino 3 fases são marcantes:  Fase proliferativa: da concepção até o início da 4a semana de VIU (clivagem- embrioblasto-embrião).  Fase de morfogênese (histodiferenciação): da 4ª à ± 8ª semana de VIU (embrião).  Fase de crescimento e maturação: 9ª semana de VIU até o nascimento (feto). Células da Crista Neural  Formam o ectomesênquima da face e do pescoço (4ª semana).  Participam da formação de melanócitos, gânglios nervosos, camada medular da glândula adrenal.  Após migrarem para região cefálica, formam a proeminência frontal e os arcos branquiais. Aparelho Branquial ou Faríngeo:  Constituição: 6 pares de barras espessas (dorso- ventrais) do mesoderma lateral.  Localiza-se entre o estomodeo e o coração primitivo, na porção lateral da faringe.  Cada arco é separado por uma depressão – sulco branquial (externa) ou bolsa faríngea (interna).  Formação da face, cavidade nasal, boca, laringe, faringe e pescoço. Arcos: 1º arco) Forma maxila, mandíbula, músculos mastigatórios - Nervo Trigêmeo.  Processo maxilar - menor, origina a maxila (exceto região de pré-maxila), o osso zigomático e a porção escamosa do temporal por ossificação intramembranosa;  Processo mandibular - maior, forma a mandíbula por ossificação intramembranosa, com exceção do côndilo e da sínfise. A cartilagem do primeiro arco faríngeo é a cartilagem de Meckel, que aparece entre o 15º e o 18º dia de DIU no ectomesênquima do processo mandibular, desde a região timpânica até a linha mediana de cada processo, que posteriormente sofrerá fusão. Esta cartilagem apresenta quatro regiões:  Timpânica, que dará origem a dois dos ossículos do ouvido médio, o martelo e a bigorna, por ossificação endocondral;  Retromandibular, que sofre degeneração, mas cujo pericôndrio formará o ligamento anterior do martelo e o ligamento esfenomandibular;  Paramandibular, região que não dará origem a nenhuma estrutura específica, mas guiará o crescimento do corpo mandibular que ocorre por ossificação intramembranosa;  Sinfisária, que permitirá o crescimento pós-natal da mandíbula por ossificação endocondral. As estruturas musculares que se originarão deste arco são os músculos da mastigação (temporal, masseter, pterigóideos medial e lateral), ventre anterior do digástrico, milo-hiódeo, tensor do tímpano e tensor do véu palatino. O componente nervoso que inervará estes dois processos é o V par de nervo craniano (trigêmeo), unicamente por meio de seus dois ramos caudais (maxilar e mandibular).

2º arco) Músculos faciais - Nervo Facial. O segundo arco contribui, juntamente com o terceiro arco, para a formação do osso hioide. A cartilagem que suporta o segundo arco faríngeo é a cartilagem de Reichert, cujo aspecto é similar à de Meckel e também está dividida em regiões:  Timpânica ou estapédio-hial, que formará o osso estribo do ouvido médio por ossificação endocondral;  Estilo-hial, que dará origem ao processo estiloide do osso temporal por ossificação endocondral;  Cerato-hial, que se degenera, mas cujo pericôndrio formará o ligamento estilo-hióideo;  Apo-hial, que dará origem aos cornos menores e parte superior do corpo do osso hioide por ossificação endocondral. O componente muscular deste segundo arco constitui os músculos da expressão facial (bucinador, auricular, frontal, platisma, orbicular dos lábios e dos olhos), ventre posterior do digástrico, estilo-hióideo e estapédio. A inervação deste arco está a cargo do VII par de nervo craniano (facial). O desenvolvimento das estruturas de suporte dos seguintes arcos é muito mais simples que o descrito em relação aos dois primeiros. 3º arco) Músculo estilofaríngeo - Nervo Glossofaríngeo A cartilagem do terceiro arco, denominada cartilagem tíreo- hióidea, origina os cornos maiores e a parte inferior do corpo do osso hioide por ossificação endocondral. O componente muscular forma o músculo estilofaríngeo. O componente nervoso deste arco é constituído pelo IX par de nervo craniano (glossofaríngeo). 4º arco) Músculos elevadores do palato, úvula – Nervo Laríngeo superior (ramo do vago). A cartilagem deste arco formará a porção superior da cartilagem tireóidea. Os músculos que se formarão a partir deste arco são o músculo da úvula, levantador do véu palatino, palatofaríngeo, palatoglosso, constritor superior da faringe, constritor médio da faringe, constritor inferior da faringe, salpingofaríngeo e cricotireóideo. A inervação deste arco é realizada pelo X par de nervo craniano (vago), por meio do ramo laríngeo superior. 5º arco) É temporário, desaparece. 6º arco) Músculos intrínsecos da faringe – Nervo Laringe o recorrente (ramo do vago). O componente cartilaginoso deste arco dará origem às demais cartilagens laríngeas (epiglote, cricóide, aritenóides, cuneiformes e corniculadas). As estruturas musculares que derivam deste arco são os músculos tireoaritenóideo, tireoepiglótico, vocal, cricoaritenóideo lateral, cricoaritenóideo posterior, aritenóideo oblíquo, aritenóideo transverso, ariepiglótico. A inervação deste arco também é realizada pelo X par de nervo craniano (vago), por meio do ramo laríngeo recorrente.  Cada arco é suprido por seu próprio nervo craniano.  A pele da face é inervada pelo trigêmeo , sendo este o principal nervo sensitivo da cabeça e do pescoço. Seus ramos sensitivos inervam a face, os dentes, palato e língua.  A porção motora inerva os músculos da mastigação. Entretanto, apenas os ramos maxilar e mandibular inervam derivados do primeiro arco.

incisivos centrais e laterais) até a fossa incisiva , contribuindo com uma pequena parcela do futuro palato duro.  Os processos palatinos secundários obliquamente orientados (estantes palatais) ficam situados nas bordas laterais da língua.  No início do desenvolvimento as cavidades orais e nasais comunicam-se, e o espaço entre elas é ocupado pela língua.  Somente quando o palato secundário se desenvolve é que as cavidades oral e nasal se separam  A formação do palato secundário ocorre entre a 7ª e 8ª, decorrente de uma fusão medial das cristas palatinas, formadas a partir dos processos maxilares. Desenvolvimento da Maxila:

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 Se desenvolvesse por meio de um centro de ossificação no processo maxilar do primeiro arco branquial.  A ossificação também progride para a região dos processos palatinos para formar o palato duro. Durante a quinta e a sexta semana de DIU, a proliferação do ectomesênquima nos processos maxilares faz com que estes aumentem de tamanho e cresçam ventral e medialmente, favorecendo a aproximação com os processos nasais. Primeiramente, os processos maxilares encontram-se com os processos nasais laterais e depois com a extensão inferior dos processos nasais mediais, chamada de processo globular. No entanto, a fusão entre os processos não ocorre imediatamente. Os processos maxilares permanecem separados dos nasais laterais e mediais por sulcos distintos, o sulco nasolacrimal e o sulco buconasal, respectivamente. Quase ao término da quinta semana, os processos nasais mediais, que foram deslocados em direção à linha média pelo crescimento dos processos maxilares, unem-se para formar o segmento intermaxilar. Este dará origem às seguintes estruturas:  dorso e ápice do nariz;  filtro nasolabial;  parte média do lábio superior;  pré-maxila (região entre os quatro incisivos superiores);  palato primário. Ao final da sexta semana, um espessamento ectodérmico no assoalho do sulco nasolacrimal se separa da superfície, canaliza-se e forma o ducto nasolacrimal. Uma vez que o ducto se forma, os processos maxilares unem-se aos processos nasais laterais, ao nível da linha do sulco nasolacrimal, por infiltração de mesênquima1. Isto estabelece a continuidade entre a asa do nariz, formada pelo processo nasal medial, e a região da bochecha formada pelo processo maxilar. Por volta da sétima semana de DIU, os processos maxilares também se unem ao segmento intermaxilar, ao nível do sulco buconasal, formando o restante da maxila e do lábio superior. Este evento permite que as fossetas nasais afastem-se do estomodeo, para logo se converterem em condutos denominados fossas nasais primitivas. Inicialmente, estas estruturas estão separadas da

cavidade oral pela membrana oronasal, que ao desaparecer permitirá a continuidade entre as cavidades nasal e oral pelas coanas primitivas. Desenvolvimento da Mandíbula:  A partir da 6ª semana, o processo mandibular contém a cartilagem de Meckel.  Na 7ª semana inicia-se a ossificação intramembranosa dessa região de Meckel.  Na 10ª semana a porção intramembranosa já apresenta aspecto de uma mandíbula rudimentar. Entre a 14ª semana aparecem três cartilagens: Condilar: formando um cone que ocupa o ramo da mandíbula, sendo que rapidamente começa a formação de tecido ósseo por ossificação endocondral, essa ossificação continua até a 20ª. Coronóide: aparece em torno do quarto mês, sendo depois invadida pelo processo de ossificação intramembranosa do ramo da mandíbula, desaparecendo, portanto, bem antes do nascimento. Sínfise: Nas regiões de sínfise duas cartilagens aparecem na porção anterior da cartilagem de Meckel por um processo de ossificação endocondral, enquanto o restante da mandíbula se forma por ossificação intramembranosa. Durante o período fetal do desenvolvimento o tamanho da maxila e da mandíbula variam bastante, sendo que essa diferença vai diminuindo, posteriormente ficam do mesmo tamanho, estabelecendo dessa maneira a relação de ortognatia, a mandíbula mantém sua capacidade de crescimento por mais tempo que a maxila..