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Guias e Dicas
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Luz de Wood: Diagnóstico de Doenças Fúngicas em Animais, Notas de aula de Veterinária

Um estudo sobre o uso da luz de wood na detecção de infecções fúngicas em animais, comparando-se os resultados obtidos por meio desta técnica com os obtidos por cultivo micológico. O estudo mostrou que a luz de wood apresentou uma eficiência relativamente baixa em termos de sensibilidade e especificidade, mas ainda pode ser útil como método auxiliar no diagnóstico de dermatofitose em animais domésticos. O documento também discute as limitações do uso da luz de wood e as possíveis causas de resultados falsos positivos e negativos.

O que você vai aprender

  • Quais são as limitações do uso da luz de Wood no diagnóstico de infecções fúngicas em animais?
  • Qual é a especificidade da luz de Wood no diagnóstico de infecções fúngicas em animais?
  • Qual é a sensibilidade da luz de Wood no diagnóstico de infecções fúngicas em animais?
  • Por que a luz de Wood pode ser útil no diagnóstico de dermatofitose em animais domésticos?

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Amazonas
Amazonas 🇧🇷

4.4

(80)

224 documentos

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DERMATOFITOSES E LEVEDUROSES DE
CÀES E GATOS. ASPECTOS DIAGNÓSTICOS*
MARIA THERESA BONILHA DUBUGRAS
Médic o Veterinário
CARLOS EDUARDO LARSSON
Professor Asso ciado
>. Faculdad e de Medicina Veterinária e Zoote cnia da USP
ANA LUIZA BASSO PENTEADO LEDON
Médic o Veteriná rio
WALDEREZ GAMBALE
Professor Assi stente Doutor
Instit uto de Ciências Biom édicas da USP
DUBUGRAS, M.T.B.; LARSSON, C.E.; LEDON, AL B.P .;
GAMBALE, W. Derm atofitoses e leved uroses de cães e
gatos. A spectos dia gnósticos. Braz. J. ve t Re», anim.
Sei., São Paulo, v.29 , n.2, p.273-87, 1992.
RESUMO: Para o dia gnóstico das infec ções fúngica s
supe rficiais recorre-se aos aspectos cnicos, exame direto, e
de culti vo m icológ ico. Este último exi ge perío do m ínimo de
quatro semanas para a obten ção dos resultados. O exame
com o uso de luz fluoresce nte (lâ mpada de W ood) nào é
habitualm ente utilizad o co mo teste de triag em em m edicina
veterin ária, no Brasil. Obje tiva-se avaJiar a pra ticabilid ade,
sens ibilidade e espe cificidade do uso da luz de Wood, com
fins dia gnóstico s, com parando-s e os resultados o btidos,
com cultivo mi cológico em ágares Sab ouraud e Mycose l
(DIFCO), d e pelame colhido de a nimais sus peitos de
estarem infecta dos por d ermaló frtos ou leveduras. No
período de fevereir o de 1989 a abril de 1990 atend eram-se
no Servo d e Derma tologia d o VCM/HO VET, 282 anima is
(162 es - 57,4% e 120 gatos - 42,6%), com e sem precisa
defin ição racial, de amb os os sexos e de diferentes faix as
etárias, que apre sentavam lesões sug estivas de in fecção
fúng ica. A pós o exame derma tológico direto , p rocedeu-se a
exposição das lesões à luz de W ood (250 nm), assinaland o-
* Tr abaJho ap resen tado no 13* Cong ress o Bra sileiro de Clíni cos V eteriná rios d e
Peq ueno * A nimais , prom ovid o pela ANCUVE PA, e m Gram ado (RS), n o
psn odo de 14 a 19 de ou tub ro de 1960, e no 1® Co ngre so NacionaJ de Ia
Socte dad V ens zolan a d e M edic o* Vet ennan os de Pequ enos An imates, 5*
Jor nad a* V etennan a» d e P eque nos An i m ale * e 2a En cuen tro
Lali noam enc ano de Médic os Vete nnanos Especial istas, p romov ido peta
SOMEVEPA, em Marac ay, Vene zuela, n o perí odo de 16 a 18 de no vemb ro
de 1990.
TrabaJho reaJizado so b o s au spício s d a FAPESP (bols a de IC-P rojeto
89/0 123 -4).
se fluo rescência em 70 (24,5%) casos. Após a se meadura e o
cultivo do material colhid o das le es, quer das
fluor escentes co mo daquelas que nà o fluores ceram,
verificou-s e cre scimento em 109 casos, sendo que, em 103
houve crescimento de der matófitos ou lev eduras
patogênicos. Som ente nos c asos de infe cção pelo
Microsporum canis ho uve evide nte fluorescência . Houve
coin cidênc ia entre os resultados obt idos pela inspeção
indireta (luz de Woo d) e aqueles obtido s no cultivo
mic ológico em 64,5% dos casos. A eficiênc ia relativa da luz
de Wood co mpara da ao exam e micol ógico foi,
respectivament e, p ara cãe s e g atos: sensibilidad e - 39,1% e
73,8%; e specifi cidade - 89,2% e 80,7%; co ncordân cia - 82% e
78%; valor preditivo positiv o - 37,5% e 67,3% e valor pr editivo
negativo - 89,8% e 85,1%. Discute m-se, ainda, os aspectos
epi demio lógico s das derma tofitoses e leve duroses e as
•espécies fúng icas is oladas n o material cultivado .
UNÍTER MOS: D ermalomico se, cães; Dermatomicose, ga
tos; Microsporum; Tricophyton; Diagnós
tico
INTRODUÇÃO
Dentre as enf ermidad es contag iosas que acometem o
reves timento cu tâneo d estacam-s e as der malom icoses ou
derm atofitoses, conhecida s, tamb ém, por tinha, pela da,
pela dura ou infecção fúngic a supe rficial.
Epid emiotog icamen te caracterizam-se por se const ituir
em qu adros de b aixas mo rtalida de e leta lidade, to davia
extr emamente freqü entes quer na clínica derma tológica
veterinár ia co mo na hum ana. Os agentes etio gicos,
representados p rincipalme nte por fu ngos dos gê neros
Micros porum e Tric ophyton, são dotad os de alta
infectivi dade e baixas p atogen icidade e v iruncia.
A par da alta f requência de acometime nto de animais,
com ou sem pre cisa defin ição racial, d e ambos os sexos,
mor mente nas primeira s faix as etárias, estas dermatop atias,
dota das de cara cterísticas antropo e anfixezoon óticas, sâo
facilme nte transmiss íveis, por c ontágio direto e ind ireto, aos
prop rietário s ou aos contac tantes (empregad os, tratadores ,
veterinários, etc.). Em São Paulo têm -se de tectado cifras
oscila ntes e ntre 24 a 90% d e ind ivíduos in fectado s pelo
contacto residencial com cães e gato s infecta dos por
dem alófito s. Sabe-se, também , qu e aqueles que pagam um
maio r trib uto à infecção são as crianças e os adoles centes
que ina dvertidamen te carregam , acarici am ou m esmo
dormem co m an imais acometid os por in ocentes lesões de
alop ecia ou mesmo de rarefação pilosa (LARSSON et al.
1988).
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DERMATOFITOSES E LEVEDUROSES DE

CÀES E GATOS. ASPECTOS DIAGNÓSTICOS*

MARIA THERESA BONILHA DUBUGRAS

Médico Veterinário

CARLOS EDUARDO LARSSON Professor Associado

. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP

ANA LUIZA BASSO PENTEADO LEDON Médico Veterinário

WALDEREZ GAMBALE Professor Assistente Doutor Instituto de Ciências Biomédicas da USP

DUBUGRAS, M.T.B.; LARSSON, C.E.; LEDON, A LB .P .;

GAMBALE, W. Dermatofitoses e leveduroses de cães e gatos. Aspectos diagnósticos. Braz. J. v e t Re», anim. Sei., São Paulo, v.29, n.2, p.273-87, 1992.

RESUMO: Para o diagnóstico das infecções fúngicas superficiais recorre-se aos aspectos clínicos, exame direto, e de cultivo micológico. Este último exige período mínimo de quatro semanas para a obtenção dos resultados. O exame com o uso de luz fluorescente (lâmpada de Wood) nào é habitualmente utilizado como teste de triagem em medicina veterinária, no Brasil. Objetiva-se avaJiar a praticabilidade, sensibilidade e especificidade do uso da luz de Wood, com fins diagnósticos, comparando-se os resultados obtidos, com cultivo micológico em ágares Sabouraud e Mycosel (DIFCO), de pelame colhido de animais suspeitos de estarem infectados por dermalófrtos ou leveduras. No período de fevereiro de 1989 a abril de 1990 atenderam-se no Serviço de Dermatologia do VCM/HOVET, 282 animais (162 cães - 57,4% e 120 gatos - 42,6%), com e sem precisa definição racial, de ambos os sexos e de diferentes faixas etárias, que apresentavam lesões sugestivas de infecção fúngica. Após o exame dermatológico direto, procedeu-se a exposição das lesões à luz de Wood (250 nm), assinalando-

  • TrabaJho apresentado no 13* Congresso Brasileiro de Clínicos Veterinários de Pequeno* Animais, prom ovido pela ANCUVEPA, em G ram ado (RS), no psnodo de 14 a 19 de outubro de 1960, e no 1® Congreso NacionaJ de Ia Soctedad Venszolana de M edico* Vetennanos de Pequenos Animates, 5* Jornada* Vetennana» de Pequenos An i m ale* e 2a Encuentro Lalinoam encano de Médicos Vetennanos Especialistas, promovido peta SOMEVEPA, em Maracay, Venezuela, no período de 16 a 18 de novembro de 1990. TrabaJho reaJizado sob os auspícios da FAPESP (bolsa de IC-Projeto 89/0123-4).

se fluorescência em 70 (24,5%) casos. Após a semeadura e o cultivo do material colhido das lesões, quer das fluorescentes como daquelas que nào fluoresceram, verificou-se crescimento em 109 casos, sendo que, em 103 houve crescimento de dermatófitos ou leveduras patogênicos. Somente nos casos de infecção pelo Microsporum canis houve evidente fluorescência. Houve coincidência entre os resultados obtidos pela inspeção indireta (luz de Wood) e aqueles obtidos no cultivo micológico em 64,5% dos casos. A eficiência relativa da luz de Wood comparada ao exame micológico foi, respectivamente, para cães e gatos: sensibilidade -39,1% e 73,8%; especificidade - 89,2% e 80,7%; concordância - 82% e 78%; valor preditivo positivo - 37,5% e 67,3% e valor preditivo negativo - 89,8% e 85,1%. Discutem-se, ainda, os aspectos epidemiológicos das dermatofitoses e leveduroses e as •espécies fúngicas isoladas no material cultivado.

UNÍTERMOS: Dermalomicose, cães; Dermatomicose, ga tos; Microsporum; Tricophyton; Diagnós tico

INTRODUÇÃO

Dentre as enfermidades contagiosas que acometem o revestimento cutâneo destacam-se as dermalomicoses ou dermatofitoses, conhecidas, também, por tinha, pelada, peladura ou infecção fúngica superficial. Epidemiotogicamente caracterizam-se por se constituir em quadros de baixas mortalidade e letalidade, todavia extremamente freqüentes quer na clínica dermatológica veterinária como na humana. Os agentes etiológicos, representados principalmente por fungos dos gêneros Microsporum e Tricophyton, são dotados de alta infectividade e baixas patogenicidade e virulência. A par da alta frequência de acometimento de animais, com ou sem precisa definição racial, de ambos os sexos, mormente nas primeiras faixas etárias, estas dermatopatias, dotadas de características antropo e anfixezoonóticas, sâo facilmente transmissíveis, por contágio direto e indireto, aos proprietários ou aos contactantes (empregados, tratadores, veterinários, etc.). Em São Paulo têm-se detectado cifras oscilantes entre 24 a 90% de indivíduos infectados pelo contacto residencial com cães e gatos infectados por demalófitos. Sabe-se, também, que aqueles que pagam um maior tributo à infecção são as crianças e os adolescentes que inadvertidamente carregam, acariciam ou mesmo dormem com animais acometidos por “inocentes’ lesões de alopecia ou mesmo de rarefação pilosa (LARSSON et al. 1988).

Derm etoõtoses e f v d u r o f» de c ie s e ge to... Dentre os agentes comumente diagnosticados na clinica dermatológica de caninos e felinos sobressaem, pela freqüência de isolamento, as espécies Mlcrosporum canis, Microporum gypseum e Trlcophyton mentagrophytes, que têm como reservatórios naturais, respectivamente, o gato/cào, o solo e os roedores peri-domiciliares (LARSSON et al.15. 1988; MULLER et al. 18, 1983; GAMBALE et al. 8. 1987). As lesões nos animais doentes sáo de configuração variável (íris, policíciica, numuiar ou geográfica), sempre de rarefaçáo pilosa ou de franca falacrose, recobertas por escamas micáceas ou furfuráceas, no geral desprovidas de prurido ou de evidentes sinais de inflamação. Todavia, podem, por vezes, também nos animais, manifestar-se sob a forma de mícides ou de quérion. Estas lesões sáo comuns ao nível cefáiico e nos membros, podendo disseminar-se para áreas contíguas (LARSSON, 1985). Para a elaboração do diagnóstico das dermatomicoses recorre-se, além do aspecto sintomalológico referido, aos exames complementares representados pelo exame direto do pelame, pela interposiçáo da luz de Wood, pelo cultivo micológico de material peri-lesional colhido, e, por vezes, ao histopatológico de material biopsiado (MULLER; KIRK 16, 1976). Face ao mimetismo lesionaJ com os quadros de demodicidose. escabiose canina e felina, seborréia, abrasáo cutânea e de dermatites de contacto, é imprescindível que se lance mão dos exames subsidiários referidos pois, baseando-se apenas no aspecto sintomático e lesionaJ o percentual de acerto diagnóstico fica entre 12 e 15% (LARSSON, 1985” ). Particularmente, quanto ã utilização destes exames complementares sabe-se que o exame direto, a fresco, em se tratando de material provindo de espécimes domésticos, não permite uma identificação fácil do agente, face às dificuldades de clarificaçáo do material. E, mesmo em se tratando de material colhido de humanos infectados, é obrigatório, do ponto de vista de técnica micológica correta, que se proceda à cultura fúngica nos meios de Sabouraud e ágar Mycosel, adicionado de impedientes para o crescimento de bactérias ou de fungos contaminantes (GAMBALE, 1983; BECHELU; CURBAN 4, 1988). A despeito de se oonstituir no exame conclusivo e final das dermatofitíases, o exame de cultivo fúngico tem como senão o lento crescimento (das espécies de fungos verdadeiros) “in vitro, necessitando, pelo menos quatro semanas, para obtenção do resultado final. Vê-se, com freqüência, nas lides clínicas, a prescrição da conduta terapêutica antifúngica no decorrer deste período de aguardo de resultados, baseando- se apenas em tipo, configuração e distribuições de lesões

274 DUBUGM S. A i T.B. et êL

H LARSSON. C-E. D e rm alo r coaaa © leveduroses doa a n im a » doméaücoa. (Ajxeaentado no 1* Curao o© D erm atologia Veterinána da S ooedade Paulista de M edia na Vetennána). Sáo Paulo, 1985. GAMBALE. W. Dtagnoabco das micoeea a n im a *. (ApreeentaOo no C u n o Oe Mteologia Vetennana da Sooeoade PauJista de M edtcina Vetennána). Sáo Paulo. 1963.

cutâneas. Todavia, quando se constata a negatividade do exame, ao final do período habitualmente preconizado há, freqüentemente, um desgaste da relação clínico-proprietário, com costumeiras ilações sobre prováveis malefícios infringidos pelo uso de agentes fungicidas ou fungistáticos nos animais novos. As biópsias e a subseqüente histopatologia de pele. com o fito de estabelecimento de diagnóstico micológico, tem interesse muito mais acadêmico pela sua não praticabilidade, além de expor animais, geralmente muito novos, a intervenções cruentas, precedidas pelo uso de anestésicos. O exame com o uso de luz fluorescente, luz ou lâmpada de Wood, é habitualmente empregado com exame inicial ou de triagem em dermatologia humana e veterinária, mas não em nosso meio. O fundamento do método baseia- se no fato de que o triptofano, produzido "in vivo" pelos fungos das espécies Mlcrosporum canls/audoulnll e Trlcophyton schõenlelnll. fluoresce quando submetido à luz ultravioleta com 253 nm, em itida através de óxido de níquel ou de cobalto, apresentando-se, então, com fluorescência verde ou verde-paJha. Em casos humanos de pítíriase versicolor, devido à presença de Malassazla furfur, há fluorescência róseo-dourada (SAMPAIO et al. 21, 1982). Autores americanos, como MULLER et al. 18 (1983), ressaltam a grande freqüência de utilização nos EUA e a obtenção de resultados rápidos quando do uso da luz de Wood para a elaboração do diagnóstico das micoses superficiais dos carnívoros domésticos. Como limitações do seu emprego afirmam, aqueles autores, que só haveria fluorescência em cerca de 50% dos casos de parasitismo pelo M. canis e que, com resquícios de medicação com iodo. poderiam ocorrer resultados faiso-negativos. Citam, ainda, os autores americanos, que a presença na lesão iluminada, de- bactérias das espécies Pseudomona aeruglrtosa* e Corynebacterlum minutissimum poderia resultar em fluorescência, todavia de cor diferente daquela já referida. Compulsando a bibliografia brasileira especializada não se depara com nenhum trabalho em medicina veterinária que cite o uso da luz de Wood em lesões cutâneas supostamente m icótcas e, ainda mais. mesmo na literatura internacional não se podem compilar trabalhos que tratem do uso desse tipo de radiação para a elaboração de diagnóstico de pitirosporose cutânea, quadro similar ao da pitiríase humana, habitualmente diagnosticado em carnívoros domésticos (LARSSON et al. 13, 1983, GAMBALE et al. 8 1987). Em virtude dessas lacunas, objetivou-se com o presente plano:

1-avaliar a praticabilidade, sensibilidade e especificidade do uso da luz de Wood em casos clínicos de dermatomicoses animais;

B w. J. v t t f i a i trum. Se/„ S io Ptulo, v.29, n.2, p .273-87, 1992.

270 DUBUGRAS, M.T.B. e í êL D fm atofitosm * 0 tw d u ro s o s de c ia s 0 gatos... Microsporum canis, em 38 (34,86%) a Maiassezia pachydarmab.* em 2 (1.83%) o Microsporum gypseum, em 1 (0,92%) o Trlcophyton mentagrophytes e, nas 6 (5,51%) restantes, cepas de fungos sem representatividade patogênica para animais nào comprometidos imunoiogicamente. Ao se cotejarem os resultados positivos à radiação ultravioleta (70 casos) com as culturas micológicas em que houve crescimento fúngico, pôde-se verificar fluorescência apenas nos animais infectados pelo Microsporum canis, sendo que dentre as 62 culturas fúngicas positivas para essa espécie de dermatófito houve positividade à luz de Wood em 40 casos (64,5%). Em função dos resultados obtidos (Tab. 7) pelo cultivo micológico e pela inspeção indireta, através da luz de Wood, verificou-se que houve positividade pelos dois métodos em 40 casos e negatividade, por ambos, em 187. Ao se considerarem os resultados de “per si", constatou-se que, dos 70 casos positivos a luz de Wood, 30 não se confirmaram no cultivo micológico. Dentre os 65 cultivos ( pelo M. canis, 2 pelo M. gypseum e 1 pelo T. mentagrophytes) em que ocorreu crescimento de dermatófitos, 25 destes não se apresentaram fluorescentes no exame prévio das lesões expostas à radiação ultravioleta. Arrolando-se os resultados (Tab. 8 e 9) obtidos por ambos os métodos, segundo a espécie animal considerada, verificou-se que, dentre os animais da espécie canina (Tab. 8), houve positividade pelos dois métodos em nove casos e negatividade em 124. Verificou-se, ainda, que dos 24 casos positivos à luz de Wood, em 15 não houve confirmação no exame micológico. Entre os 23 exames micológicos positivos, 14 destes não apresentaram positividade prévia quando as lesões foram submetidas à luz de Wood. Já entre os felinos (Tab. 9) verificou-se positividade concomitantemente pelos dois métodos, em 31 casos, e negatividade por ambos, em 63. Constatou-se, também, que de 46 gatos com lesões fluorescentes, em 15 não se verificou o crescimento fúngico "in vitro". Dentre as 42 amostras que se mostravam positivas no cultivo micológico, 11 provinham de gatos com lesões não fluorescentes à lâmpada de Wood. Relativamente à positividade pelo exame micológico em função do sexo dos animais, verificou-se que dentre os 134 machos de ambas as espécies, houve positividade em 36 (26,86%) e que entre as 148 fêmeas, 29 (19,60%) apresentaram-se positivas. Em se considerando a positividade, ainda segundo o sexo, relativamente aos espécimes caninos, verificou-se que nove machos (13,0%) e 14 fêmeas (15,0%) eram positivas. Entre os felinos, em 27 machos (41,5%) e em 15 fêmeas (27,2%), obteve-se êxito no isolamento fúngico. Na Tab. 10 e 11 dispõem-se os resultados positivos e o exame micológico em função da faixa etária dos cães (Tab.

  1. e gatos (Tab. 11) examinados.

Os cálculos dos índices relativos de sensibilidade(S), especificidade (E), concordância (C), valores preditivos positivos (VP + ) e negativos (VP-), obtidos no cotejamento entre os exames micológico e da luz de Wood, no tocante a cada espécie de ‘ per si", encontram-se dispostos na Tab. 12.

DISCUSSÃO E CONCLUSÕES

A população de cães e gatos que demandaram o Serviço com lesões sugestivas de dermatofitoses, representada por 282 animais, situou-se numericamente em terceiro lugar no período enfocado, sendo somente ultrapassada, em ordem decrescente, pelos casos de dermatites alérgicas e de dermatites parasitárias. Relativamente à definição racial verificou-se que, dentre os 124 cães, cerca de 76% dos casos eram animais com precisa definição racial traduzindo, provavelmente, uma maior suscetibilidade dos animais de raça já que cerca de 60% da casuística registrada no Hospital Veterinário, se constitui de caninos sem raça definida. Dentre os 120 gatos observou-se que somente 36,7% eram de raça definida, deve-se, todavia, destacar que mais de 80% dos felinos criados em nossas condições não têm uma precisa definição racial. Dentre as doenças do revestimento cutâneo de cães sabe-se que algumas dermatites de etiologia parasitária são mais encontradiças em função do tipo de pelame, a exemplo das sarnas demodécica, em cães de pelo curto, e sarcóptica, naqueles de pelame longo (LARSSON 1989). Pela interpretação dos dados dispostos na Tab. 1 pode-se constatar que o quadro cutâneo sugestivo de infecção fúngica superficial foi mais freqüentemente detectado em animais de pelame curto (62,80%), fato este não cotejável pela inexistência de dados similares na bibliografia. A distribuição dos casos atendidos em função da raça (Tab. 1) qual seja, mais freqüente entre Pastor Alemão, Poodle, Pinscher, Basset e Cocker, com percentagens situadas entre 17,7% e 7,25%, provavelmente retrata a magnitude numérica de cães daquelas raças criados na Capital. Infelizmente, não se pode fazer outras ilações já que inexiste qualquer levantamento que permita uma inferência d a uma maior suscetibilidade aos fungos em função do padrão racial. Dever-se-ia, para isso, dispor de dados que estabelecessem quais as raças que preponderam entre os cães criados na Cidade de São Paulo. O mesmo raciocínio se aplica aos felinos, constituintes da amostragem pois, entre aqueles de raça definida, mais de 50% eram animais da raça Siamês (Tab. 2), de pelame curto, todavia, inexistem dados assentados sobre a preponderância racial de gatos na Capital. Da mesma forma que o relatado para os cães, não se encontraram dados na literatura que permitam afirmar que ocorra uma maior suscetibilidade às dermatofitoses relativamente ao comprimento do pelame.

Braz. J. vet Res. anim. Sei., São Paulo, v.29, n.2, p.273-87, 1992.

Drmmtoôto&oM « /•vw durosM dm c ia » m gatoa... No que tange aos dados dispostos nas Tab. 4 e 5, pôde-se verificar que o maior percentual de casos suspeitos encontra-se, tanto entre cães como entre os felinos, nos animais de até cinco meses de vida, respectivamente, da ordem de 32 e 34%. Ampliando-se para um intervalo de 0 a 11 meses de vida, depara-se com percentuais de 42,6 e 45,8, respectivamente para cães e gatos. Essa maior suscetibilidade dos animais jovens com menos de um ano de idade já fora constatada em trabalhos nacionais (GAMBALE et al. 8, 1987; LARSSON et al. 15, 1988) e internacionais (MULLER et al. 1®, 1983). Supõe-se que as alterações fisiológicas, relacionadas à imunidade, à temperatura corpórea, ao pH da pele, e ã constituição da microbiota cutânea, observadas com a maturidade etária, possam dificultar a implantação e/ou proliferação fúngica (MULLER et al. 18, 1983; SCOTT 22 1989). Em casos de "tinea capitis", modalidade de dermatofitose humana altamente contagiosa e quase que exclusiva da infância, há regressão espontânea na puberdade devido à produção, sob influência hormonal, de ácidos graxos saturados de cadeia longa, que tdm propriedades fungistáticas (ROTHMAN et al. 1947 apud AZULAY 2 1990). A despeito de não se ter reunido e caracterizado qualitativamente e quantitativamente, por não se constituir objetivo do trabalho, a descrição da configuração, da distribuição corpórea e do tipo de lesões observadas nos animais acometidos por Microsporíase e Tricofitíase, constatou-se que as lesões assentadas eram, mais comumente, de configuração circular, numular ou em íris, raramente coalescendo, estabelecendo padrões circinados ou policíclicos. Distribuíram-se, na sua grande maioria, nas formas localizada ou disseminada, ao longo dos membros e da região cérvico-craniana. Geralmente eram lesões de rarefação piiosa ou de falacrose, de aspecto "sujo", descamantes, secas, com crostas, branco-acizentadas, não exsudativas e desacompanhadas de prurido. Nos 38 casos observados (Tab. 6) de pitirosporose cutânea, as lesões eram de configuração policfclica, no geral amplas, de cor violácea, acompanhadas de descamaçào cutânea micácea, nào exsudantes, situando-se na região dos flancos e peri umbilical, sendo que em cerca de metade dos casos eram acompanhadas de prurido. Os testes de triagem através da interposição da radiação ultravioleta, provinda da chamada luz ou lâmpac de Wood, permitiu a detecção de fluorescência em cerca de 25% dos casos, de ambas as espécies. Após a semeadura do material colhido, provindo quer de lesões fluorescentes como daquelas que nào fluoresceram, verificou-se crescimento fúngico em 109 casos (Tab. 6), sendo que em 103 destes houve crescimento de dermatofitos ou leveduras de real papel patogênico (M. canis, M. gypseum, T. mentagrophytes, M. pachydermatis) para os carnívoros domésticos. Verificou-se, todavia, que apenas naqueles 62 (56,8%) casos de infecção pelo Microsporum canis é que ocorreu fluorescência, portanto, havendo coincidência de

DUBUGRAS, M.T.B. at aL 277 resultados positivos, por ambos os métodos diagnósticos, em 64,5% dos casos. Esse percentual, observado no presente trabalho, ultrapassa aquele de 50% disposto na literatura (MULLER; KIRK 17 1976; MULLERetal. 19, 1989). No que tange ao sexo pode-se observar que os machos (26,86%) foram mais acometidos que as fSmeas (19,60%). Esse fato contradiz os dados dispostos na literatura nacional, pois GAMBALE et al. 8 (1987) descreveram que as diferenças relacionadas à incidência segundo o sexo eram irrelevantes, havendo até um discreto predomínio das fêmeas. Em se considerando a incidência frente ao sexo de uma determinada espécie animal, verificou-se que os machos felinos (41,5%) foram muito mais acometidos que as fêmeas (27,2%), fato este não observado ao se cotejar com os espécimes caninos. Não se tem uma explicação plausível para tais constatações já que a maior permissividade, por parte dos proprietários de deambulaçào dos machos, a nosso ver, nào explicaria uma maior ocorrência pois, a despeito de poder explicar o achado dentre os felinos, não é igualmente verídico dentre os cães que tiveram um percentual praticamente idêntico de machos (13%) e fêmeas (15%) acometidos. No tocante à positividade ao exame micológico frente à idade verificou-se (Tab. 10 e 11) que, tal como o observado e comentado nos dados sobre a amostragem total, houve uma maior ocorrência de infecções fúngicas nos primeiros seis meses de vida, para ambos os espécimes, sendo que pelo menos 65% dos casos foram diagnosticados em cães e gatos com até 11 meses de vida, configurando a maior suscetibilidade dos indivíduos não adultos, observado na clínica dermatológica humana e animal (SAMPAIO et al. 21, 1982; MULLERetal. 19, 1989). Ao se cotejarem os resultados ora obtidos com dados dispostos em tratados dermatológicos veterinários americanos (MULLER; KIRK 17, 1976; MULLER et al. 18' 19, 1983,1989) verificaram-se amplas diferenças percentuais, já que o Microsporum gypseum e o Tricophyton mentagrophytes são diagnosticados, respectivamente, em cerca de 20 a 10% dos casos de dermatofitoses de cães e gatos criados no EUA. Os resultados obtidos demonstram em ordem decrescente de magnitude percentual, envolvendo os dermatófrtos e leveduras de papel patogênico comprovado (não se computando agora aqueles cinco de Rhodotorula sp, Scopulariopsis sp, Ciadosporum sp e Nigrosporum - Tab. 6) que, dentre as 104 cepas isoladas, o Microsporum canis foi detectado em 59,6% das vezes, a Malassezia pachydermatis em 36,5%, o Microsporum gypseum em 1,9%, e Tricophyton mentagrophytes e a Candida albicans em percentuais similares de 1%. Essa ordem de ocorrência iguala-se àquela descrita por GAMBALE et al. 8 (1987) obtida, também, em São Paulo, embora com percentuais distintos. A comparação da ocorrência da pitirosporose cutânea, ora obtida em São Paulo, só é possível com o trabalho de

fimz. J. vet Res. arum. Scl, São PauJo,v.29, n.2, p.273-87, 1902.

DUBUGRAS, M.T.B. D*rm *tvfttos+s e le vd u ro se s de cées e getos...

is time consuming and at least 4 weeks are needed for a positive laboratory report. In Brazil, the use of Wood’s light is not a routine screen test, especially in Veterinary Medicine. Thus, the present paper has the aim to evaluate the availability, the sensitivity and the specificity of the Wood's light in detecting fungal diseases because not all dermatomycoses are readily detected by this method. The fluorescence results were compared to those of fungi cultures of hair specimens from animals suspected of dermatophytes or yeast infections. The culture media used were the Sabouraud and the Mycose I Agar. From February 1989 to April 1990 the Dermatology Service of the University Veterinary Teaching Hospital attended 282 animals presenting lesions very suggestive of fungal diseases. From these, 162 (57.4%) were dogs and the remaining 120 (42.5%) were cats, of both sexes and of various ages and breeds. After performing dermatologie examination, the lesions were submitted to the Wood's light (250 nm) and fluorescence was observed in 70 (24.5%) cases. After the inoculation and In vttro cultivation of clinical specimens from either fluorescent and non-fluorescent lesions, positive fungal growth was found in 109 cases, 103 of these identified as dermatophytes or pathogenic yeast. The clear fluorescence was found only in Microsporum canis infection. The results of fluorescence and fungal growth were in accordance in 64.5% of the cases. The efficiency of the Wood's light in dogs and cats, compared to the mycoiogical examination was respectively: sensitivity - 39.1% and 73.8%; specificity - 89.2% and 80.7%; possibility of diagnosis - 82.0% and 78.0%; predictable value of positive test - 37.5% and 67.3%; and predictable value of negative test - 89.8% and 85.1%. Epidemiologic aspects of dermalophytoses and yeast infections and fungi species isolated in cultures are furthermore discussed.

UNITERMS: Dermatomycoses of dogs; Dermatomycoses of cats; Microsporum; Tricophyton, Diagnosis

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Recebido para publicação em 10/10/ Aprovado para publicação em 0 9 /0 3 /9 2

B nz. J. v * t fl« s. anm. Sc/., S ic Paulo, v.29, n.2, p.273-87, 1992.

D trm atoS totM • tovmJumses 0 • cAm • g * dm..

2B2 DUBUGRAS. M.T.B. 1 U

TABELA 2 - Distribuição da freqüência de espécimes felinos segundo a raça e o comprimento do pelame naqueles de raça definida. FMVZ/USP, 1969-1990.

DEFINIÇÃO r a c i a l (^) N* X

SRD 76 63, CRD 44 36,

Pelame curto 27 61,

Siamès 27 61,

Pelame longo 17 38,

Persa 12 27, Sagrado da Birmânia 3 6, Exótico 1 2, Angorá 1 2,

SRD - sem raça definida CRD - com raça definida

TABELA 3 - Distribuição da freqüência de espécimes caninos e felinos, segundo o sexo. FMVZ/USP, 1989-1990.

Espécime ^ X

Canino Machos 69 42, Fêmeas 93 57,

Felino Hachos 65 54. Fêmeas 55 45,

Bnz. J. w t fias. anun Sa.. S ia Paulo, v.29, n.2, p .2 7 3 ^ 7. 1992.

DUBUGfíAS, M .T.B ot aL D rrrw tofttasas e iev*dur 0 S 6 S de c ia s o gatos... (^283)

TABELA 4 - Distribuição da freqüência do espécimes caninos, segundo a faixa etária (meses). FMVZ/USP, 1989-

Faixa etária (meses) N! X

01 - 05 (^52) 32, 06 - 1 1 (^17) 10, 12 - 23 (^15) 9, 24 - 35 (^15) 9, 36 - 47 11 6, 48 e mais* 52 32,

Total 162 100,

  • até 96 meses

TABELA 5 - Distribuição da freqüência de espécimes felinos, segundo a faixa etária (meses). FMVZ/USP, 1989-

Faixa etária (meses) N» X

0 - 05 41 34, 06 - (^11 14) 11, 12 - 23 23 19, 24 - 35 8 6, 36 - 47 (^17) 14, 48 e mais* 17 14,

Total 120 100,

  • até 72 meses

Braz. J. vct fíos. anim. S ct, Sáo Paulo,v.29, n 2 , p.273-87, 1992.

DUBUGRAS, M. T.B. et al. D erm atofrtosos e le w d u ro s e s d e c ie s e gatos... (^285)

TABELA 8 - Resultados (na dos exames micológicos e pela luz de Wood de espécimes caninos. FMVZ/USP, 1989-1990.

Luz de Wood (^) Positivo Negativo Total

Exame Micológico (^) N s N* N«

Positivo (^9 14 ) Negativo 15 124 139

Total 24 138 162

TABELA 9 - Resultados (na) dos exames micológicos e pela luz de Wood de espécimes felinos. FMVZ/USP, 1989-1990.

Luz de Uood Positivo Negativo Total

Exame Hicológico (^) N» N 8 N*

Positivo (^31 11 ) Negativo (^15 63 )

Total 46 74 120

8raz. J. ve l Re a e n m Sc/., São PmJ o. v.29, n.2, p.273-67, 1992.

Darmatofttosas a tavadurosas da céas 9 gatos...

286 DUBUGFAS. M. T.B. at ai.

TABELA 10 - Resultados dos cultivos micológicos de material provindo de càes, segundo a faixa etária. FMVZ/USP, 1989-1990.

' v \ ^ ^ E x a m e M ic o ló g ic o

Faixa e tá r ia

P o s itiv o

N8 X

N egativo

N8 X

T o ta l

N8 X

48 e mais 4 18,2 48 34,3 (^52) 32,

T o ta l 22 100,0 140 100,0 162 100,

TABELA 11 - Resultados dos cultivos micológicos provindo de gatos, segundo a FMVZ/USP, 1989-1990.

de material faixa etária.

Exame M ic o ló g ic o P o s itiv o Negativo T o ta l

Faixa e tá r ia N8 X N8 X N8 X

0 - 05 21 50,0 20 25,6 41 34, 06 - 11 6 14,3 8 10,3 14 11, 12 - 23 11 26,2 12 15.4 23 19, 24 - (^35 3) 7,1 5 6 ,4 8 6 , 36 - (^47 1) 2.4 16 20,5 17 14, 48 e mais - (^17) 21,8 17 14,

T o ta l 42 100,0 78 100,0 120 100,

Bra 2 .J. vat Ras. arum. ScL, S io Paulo, v.29, n2, p.273-87, 1992.