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Dermatite Atópica - caracteristicas, Notas de estudo de Medicina

Aprenda o que é a DA, bem como suas características!

Tipologia: Notas de estudo

2022

À venda por 19/12/2024

emilly-silva-52
emilly-silva-52 🇧🇷

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APG S15P2: Dermatite Atópica
Rever os tipos de hipersensibilidade;
Listar os tipos de dermatite mais prevalentes;
Estudar a fisiopatologia da dermatite atópica, bem como suas manifestações clínicas;
Entender como se dá o diagnóstico e o tratamento da dermatite atópica.
TIPOS DE HIPERSENSIBILIDADE:
A hipersensibilidade é definida como reações imunes prejudiciais ou patológicas.
Antígeno próprio ou do meio externo desencadeia uma resposta imune (“sensibilização”) e essa resposta é excessiva
ou aberrante (“hiper”), o que causa danos teciduais.
Podem ocorrer em 2 situações:
Resposta contra antígenos estranhos, como microrganismos ou antígenos ambientais não infecciosos (ex:
proteína do leite) e se essa resposta é desregulada e excessiva, tem-se lesões teciduais, podendo levar até
a óbito (ex: choque séptico).
Resposta contra antígenos próprios por falha nos mecanismos de auto toler ância à doenças autoimunes
(são um tipo de hipersensibilidade).
Existem 4 tipos:
Hipersensibilidade do tipo 1: tipo de reação imunopatológica causada pela liberação de mediadores
de mastócitos. Muitas vezes é desencadeada pelos IgE contra antígenos ambientais que vão ativar os
mastócitos. Pode ser chamada de alergia ou de hipersensibilidade imediata.
Hipersensibilidade do tipo 2: mediada por anticorpos (IgM ou IgG) que são direcionados contra
antígenos celulares ou teciduais que levam a danos na função desses tecidos ou células.
Hipersensibilidade do tipo 3 : anticorpos (IgM ou IgG) contra antígenos solúveis (ex: do nosso plasma
sanguíneo) que formam imunocomplexos que podem se depositar em vasos sanguíneos e tecidos,
causando inflamação e lesão tecidual.
Hipersensibilidade do tipo 4: são reações dos linfócitos T geralmente contra antígenos próprios nos
tecidos.
Várias doenças imunológicas humanas têm uma combinação entre respostas de anticorpos e respostas de linfócitos T
(combinação entre as hipersensibilidades).
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APG S15P2: Dermatite Atópica

 Rever os tipos de hipersensibilidade;  Listar os tipos de dermatite mais prevalentes;  Estudar a fisiopatologia da dermatite atópica, bem como suas manifestações clínicas;  Entender como se dá o diagnóstico e o tratamento da dermatite atópica.

TIPOS DE HIPERSENSIBILIDADE:

A hipersensibilidade é definida como reações imunes prejudiciais ou patológicas. Antígeno próprio ou do meio externo desencadeia uma resposta imune (“sensibilização”) e essa resposta é excessiva ou aberrante (“hiper”), o que causa danos teciduais. Podem ocorrer em 2 situações:  Resposta contra antígenos estranhos, como microrganismos ou antígenos ambientais não infecciosos (ex: proteína do leite) e se essa resposta é desregulada e excessiva, tem-se lesões teciduais, podendo levar até a óbito (ex: choque séptico).  Resposta contra antígenos próprios por falha nos mecanismos de auto tolerância à doenças autoimunes (são um tipo de hipersensibilidade). Existem 4 tipos:  Hipersensibilidade do tipo 1 : tipo de reação imunopatológica causada pela liberação de mediadores de mastócitos. Muitas vezes é desencadeada pelos IgE contra antígenos ambientais que vão ativar os mastócitos. Pode ser chamada de alergia ou de hipersensibilidade imediata.  Hipersensibilidade do tipo 2 : mediada por anticorpos (IgM ou IgG) que são direcionados contra antígenos celulares ou teciduais que levam a danos na função desses tecidos ou células.  Hipersensibilidade do tipo 3 : anticorpos (IgM ou IgG) contra antígenos solúveis (ex: do nosso plasma sanguíneo) que formam imunocomplexos que podem se depositar em vasos sanguíneos e tecidos, causando inflamação e lesão tecidual.  Hipersensibilidade do tipo 4 : são reações dos linfócitos T geralmente contra antígenos próprios nos tecidos. Várias doenças imunológicas humanas têm uma combinação entre respostas de anticorpos e respostas de linfócitos T (combinação entre as hipersensibilidades).

Hipersensibilidade imediata:

É mediada por anticorpos IgE, por mastócitos e por determinados antígenos ambientais que desencadeiam como resultado:  Rápido vazamento vascular  Secreção nas mucosas  Inflamação Também pode ser chamada de alergia ou de atopia e os indivíduos sujeitos a desenvolverem essas reações são chamados de alérgicos ou atópicos.  Alergias mais comuns: alimentares, rinite alérgica e asma brônquica.  Forte base genética à principal fator de risco para alergias é o histórico familiar.

Mecanismo da hipersensibilidade imediata:

 Os mastócitos estão presentes em todos os tecidos conjuntivos (sobretudo os tecidos conjuntivos abaixo do epitélio), normalmente adjacentes aos vasos sanguíneos.  Há uma exposição prévia ao antígeno, na qual há a ativação de células Th2 + produção de anticorpos IgE + produção de células de memória.  Antígeno entra no organismo e é apresentado aos linf T pelas APCs. Ocorre a ativação de linf T e de linf B. O Linf T ativado é diferenciado em Th2 e secreta IL-4 e IL-13 que fazem com que os linf B produza anticorpos IgE específicos para aquele antígeno que o sensibilizou (para o qual ele é alérgico).  Em uma segunda exposição, esses anticorpos IgE reconhecem os antígenos e se ligam nos mastócitos, que fazem ligação cruzada e ativam as vias de sinalização dentro do mastócito que levam a 3 respostas:  Degranulação: é desencadeada por um influxo de cálcio no mastócito;  Síntese e secreção de mediadores lipídicos;  Síntese e secreção de citocinas. Esses eventos ocorrem muito rapidamente, por isso essa hipersensibilidade recebe o nome de imediata, pois dentro de minutos isso ocorre.  Fase tardia dessa hipersensibilidade imediata: inflamação deixada na região pela liberação de citocinas que ficam causando lesão tecidual de tal forma que quanto mais tempo o paciente continuar exposta ao antígeno maior será essa inflamação. HIPERSENSIBILIDADE TIPO 2 E 3: Anticorpos não IgE podem causar doenças em 2 situações:  Se ligam a antígenos alvo nas células e nos tecidos à antígenos de superfície e de matriz extracelular (hipersensibilidade do tipo 2). Geralmente causam complicações locais.

Linfócitos TCD4: reação típica mediada pelas citocinas do TCD4 é a hipersensibilidade do tipo tardio (HTT). É chamada assim porque geralmente ocorre 24 a 48h depois do paciente ser exposto ao antígeno proteico (pois o MHC só apresenta antígenos proteicos). Ocorre basicamente por meio dos mesmos mecanismos que os linfócitos T utilizam para eliminar os microrganismos associados à célula: secreção de citocinas que induzem a inflamação local e ativam macrófagos.  Th1: secreção de IFN-Y (principal citocina da via clássica de ativação dos macrófagos).  Th17: induzem a inflamação que acaba levando ao recrutamento de leucócitos, sobretudo neutrófilos e macrófagos. Lesão tecidual direta nessas situações é causada por macrófagos e neutrófilos, os linfócitos T atuam no recrutamento desses leucócitos. Manifestações da HTT:  Infiltrado de células T e de monócitos nos tecidos.  Deposição de fibrina causada pela permeabilidade vascular aumentada.  Dano tecidual causado pelos neutrófilos e macrófagos recrutados e ativados pelas células T. Reações de HTT são usadas frequentemente para determinar se o paciente foi exposto previamente a um antígeno e se ele respondeu a ele: Ex: exposição do paciente ao antígeno ppd e se houver reação HTT mostra que o paciente já foi exposto a esse antígeno ou que ele está com a infecção ativa. Linfócitos TCD8 : eliminam diretamente as células do hospedeiro e isso causa lesão. Além disso, também secretam citocinas que ajudam na indução da inflamação. Em muitas doenças autoimunes mediadas por células T existe o papel de ambos os linfócitos T atuando em conjunto e contribuindo para a lesão tecidual. Dermatite:

A dermatite é uma doença de pele causada por reações alérgicas ou inflamatórias, e seus sintomas vão

desde vermelhidão local e coceira até a formação de pequenas bolhas e descamação em várias áreas do

corpo. A dermatite pode estar relacionada a fatores genéticos, ambientais (como frio intenso) e até

emocionais (estresse e ansiedade). As principais dermatites são as seguintes: atópica, de contato,

seborreica, numular, esfoliativa generalizada, crônica de mãos e pés e de estase.

Dermatite Atópica:

Também conhecida como eczema atópico, é uma doença inflamatória pruriginosa da pele caracterizada

por eritema mal definido com edema, vesículas e secreção na fase aguda e espessamento da pele

(liquenificação) na fase crônica.

Etiologia e fisiopatologia:

Embora muitas vezes descrita como doença de hipersensibilidade (atópica) mediada pela imunoglobulina E

(IgE), a causalidade alérgica é difícil de documentar, e o distúrbio é cada vez mais observado como doença

de pele que predispõe a alergias. Mais de 50% das crianças com dermatite atópica desenvolvem asma e

alergias na adolescência e idade adulta.

Manifestações clínicas:

A dermatite atópica se manifesta de modo diferente em pessoas de idades distintas (crianças e adultos) e

nas diferentes raças. Aproximadamente 70% dos casos de alergia atópica começam em crianças menores

de 5 anos.

O tipo infantil é caracterizado pela formação de vesículas, exsudação e crostas com escoriações.

Geralmente começa nas bochechas e pode progredir envolvendo o couro cabeludo, os braços, o tronco e

as pernas. O tipo infantil pode se tornar mais suave conforme a criança cresce, muitas vezes

desaparecendo aos 15 anos de idade. No entanto, muitas pessoas têm doenças eczematosas resultantes e

sintomas de rinite ao longo da vida.

Adolescentes e adultos costumam ter manchas vermelhas secas que afetam o rosto, o pescoço e a parte

superior do tronco, mas sem espessamento e demarcação discreta associados à psoríase. As dobras dos

cotovelos e joelhos geralmente estão envolvidas. Nos casos crônicos, a pele é seca, coriácea e

liquenificada. As pessoas com pele escura podem ter uma erupção papular e manchas hipopigmentadas

mal demarcadas nas bochechas e nos membros. Nesses casos, pode-se perder a pigmentação pela

liquenificação. Os surtos agudos podem manifestar-se com manchas vermelhas que são úmidas, brilhantes

ou liquenificadas (ou seja, espessadas, com traços mais proeminentes), e com placas e pápulas. O prurido

pode ser grave e prolongado nas formas de dermatite atópica infantil e adulta. Infecções secundárias são

comuns.

Tratamento:

O tratamento do eczema atópico é voltado às anormalidades subjacentes: ressecamento, prurido, infecção

e inflamação. As diretrizes derivadas consensualmente e endossadas por equipes de especialistas da

Europa e da América do Norte incluem uma abordagem gradual para o manejo da dermatite atópica, de

acordo com a intensidade do processo de doença. Subjacente a todas as medidas de tratamento estão um

alimentos incluem as fórmulas de leite de vaca hidrolisado (peptídios pré-digeridos de soro do leite e

caseína), as fórmulas de soro de leite e iogurtes.