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As características da espécie copaifera langsdorffii, também conhecida como copaíba, incluindo suas folhas, sementes, inflorescências e madeira. Além disso, fornece informações sobre sua distribuição geográfica e de vegetação em diferentes regiões do brasil, como o norte, nordeste, centro-oeste, sudeste e sul. A espécie é conhecida por seus nomes populares e sua madeira de excelente qualidade para produção de carvão.
O que você vai aprender
Tipologia: Resumos
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Jhonatan Willian Moreira Fábio Venturoli Dendrologia de 12 espécies florestais na Escola de Agronomia da UFG 1ª edição Goiânia, GO Fábio Venturoli 2021
Brosimum gaudichaudii - MAMACADELA Nome científico: Brosimum gaudichaudii Trécul. Autor: Trécul. Sinonímia científica: Alicastrum gaudichaudii K ; Brosimum pusillum Hassl .; Brosimum glaucifolium Ducke_._ Nomes populares: Algodãozinho, amoreira-do-mato, apé, apê, apê-do-sertão, boilé, bureré, chiclete- do- cerrado, conduro, conduru, fruta-de-cera, inhará, inharé, mamacadela, mamica-de-cachorra, mamica-de- cadela, maminha-de-cachorra (BRAGA, 1960; CORREA, 1984; ALMEIDA et al., 1998; LORENZI, 1998). Família: Moraceae. Mamacadela é o nome mais utilizado e está associado à disposição dos frutos nos ramos, que lembram a disposição dos mamilos de uma canídea. B. gaudichaudii se refere inicialmente a um arbusto escandente. Contudo, à medida que cresce, atinge porte arbóreo, geralmente árvores baixas, com 4 até metros, porém encontra-se descrito na literatura, árvores de até 10 metros de altura (CORREA, 1984; PALHARES et al., 2007a). O desenvolvimento dessa planta é bastante peculiar. Após a germinação, ainda no primeiro ano de vida, desenvolve-se um espessamento hipocotiledonar, que dará origem a um xilopódio no indivíduo adulto (PALHARES; SILVEIRA, 2007). O xilopódio tem o formato de uma ‘coroa de raiz’ e emite um ou mais caules aéreos (troncos), inibindo assim, o tronco mais velho de produzir novos caules (PALHARES et al., 2007b). O tronco, de casca cinza e delgada, é reto, dotado de copa ovalada e rala. As folhas são glabras na face superior e pubescentes na face inferior, alternas, simples, com ápice obtuso a acuminado e nervuras broquidódromas (‘lacinhos’ nas nervuras marginais). O tamanho foliar é muito variável; um mesmo indivíduo pode produzir folhas pequenas e folhas grandes (CRUZ, 1964). As inflorescências são glomérulos axilares, bracteados, pedunculados, cada uma com 30 a 100 flores e que se desenvolvem ao longo dos ramos. A flor feminina ocupa posição central, as masculinas se dispõem ao redor (ROMANIUC-NETO et al., 2014). Os frutos são agregados bacoides, comestíveis, com até 2cm em diâmetro, alaranjados quando maduros, globosos, de superfície verrucosa. Cada fruto contém uma semente elipsoide, achatada, de cor esbranquiçada ou marrom claro, testa fina e lisa (SOCIEDADE BOTÂNICA DO BRASIL, 1992). As sementes com endocarpo apresentam em média, 16mm de comprimento, 13mm de largura, 43,4%, com peso médio de 1000 sementes de 1526g. A raiz é pivotante e cresce rapidamente. Aos oito meses após a germinação atinge 50cm de profundidade e, quando adulta, pode alcançar mais de 4 metros. Há poucas raízes laterais, cada qual apresentando crescimento horizontal de mais de 3 metros. Recobrindo a raiz principal e as secundárias há várias radicelas (PALHARES et al., 2007a, b). A casca das raízes é espessa (podendo atingir até um centímetro), lactescente, apresenta cor alaranjada e marrom, com agradável odor aromático, mas que pode se tornar nauseante em caso de exposição prolongada (TOURSARKISSIAN, 1980).
A mama-cadela possui ação fotossensibilizante, anti-helmíntica, antimicrobiana e depurativa. Assim, essa planta pode ser usada para ajudar no tratamento de:
Brosimum gaudichaudii é o único representante do gênero no Cerrado, ocorrendo nos domínios fitogeográficos deste bioma e nas vegetações de transição entre o Cerrado, Caatinga, Floresta Amazônica, Pantanal e Mata Atlântica (BRAGA, 1960; LORENZI, 1998; ROMANIUC-NETO et al., 2014). A frequência varia de esparsa a elevada com dispersão descontínua, particularmente nos terrenos arenosos e bem drenada (RATTER et al., 1996).
Família: Apocynaceae. Espécia: Hancornia speciosa Gomes. Autor: Gomes. Sinonímia: Echites glaucus Roem. & Schult .; Hancornia gardneri (A.DC.) Miers ; H. pubescens Nees & Mart .; Willughbeia pubescens (Nees & Mart.) Mart. (Koch et al., 2014). Nomes populares: Mangaba, mangabeira, mangabeira-do-cerrado, mangabeira-donorte. Distribuição geográfica: No Brasil, ocorre nas regiões Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), Centro-Oeste (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe), Sudeste (Espirito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo) e Sul (Paraná). Também é encontrada em países vizinhos como Paraguai, Bolívia, Peru e Venezuela (Lederman et al., 2000; Koch et al., 2014). Hancornia é um gênero monotípico. De acordo com Monachino (1945), são aceitas as seis variedades botânicas citadas abaixo. No entanto, estudos mais aprofundados devem ser realizados acerca da origem e ocorrência dessas variedades no país e sua participação na formação das populações nativas. Em estudo das mangabeiras nos estados de Goiás e Tocantins, com base em caracteres morfológicos, Rizzo e Ferreira (1990) verificaram a existência de três variedades botânicas da espécie: H. speciosa var. speciosa, H. speciosa var. pubescens e H. speciosa var. gardneri. A variedade speciosa tem folhas glabras, com pecíolo de 9 a 15mm de comprimento e limbo foliar com até 6cm de comprimento e 2cm de largura, e está presente na divisa com a Bahia, o Piauí e o Maranhão. A variedade gardneri também possui folhas glabras, enquanto a pubescens tem folhas pilosas. Ambas apresentam pecíolos de 3 a 5mm de comprimento e limbo foliar de 6 a 12cm de comprimento e 3 a 6cm de largura, frutos maiores e de coloração verde predominante, estando presentes em todo o Estado de Goiás. A variedade speciosa também ocorre na Costa Atlântica do Brasil, e é bastante diferente das demais quanto ao porte da planta e seu aspecto geral, apresentando ramos finos e pendentes, folhas miúdas com pecíolo mais longo, frutos menores e com manchas avermelhadas típicas, quando maduros. Segundo Chaves e Moura (2003), na divisa entre o nordeste de Goiás e a Bahia existem plantas com características intermediárias, levando à hipótese de hibridação entre as variedades que apresentam florescimento simultâneo.
A mangabeira é uma árvore de porte médio, com 2 a 10 metros de altura, podendo chegar até 15 metros; tronco tortuoso, áspero e com casca fendida (Figura 2A). Copa ampla, às vezes mais espalhada quealta (Lederman et al., 2000), sendo que as mangabeiras do Cerrado possuem de 4 a 6m de altura e de diâmetro da copa (Silva et al., 2001). As folhas são simples, alternas e opostas, de forma e tamanho variado, são pilosas ou glabras e curto-pecioladas (Figura 2B). As flores são hermafroditas, brancas, em forma de campânula alongada (tubular). A inflorescência é do tipo dicásio ou cimeira terminal com 1 a 7 flores (Almeida et al., 1998), ocorrendo até 10 flores por ápice. Os frutos são do tipo baga, de tamanho, formato e cores variados, normalmente, elipsoidais ou arredondados, amarelados ou esverdeados, com pigmentação vermelha ou sem pigmentação, com peso variando de 5 a 50g no Nordeste (Aguiar-Filho et al., 1998) e de 30 a 260g no Cerrado (Figura 4) (SILVA et al., 2001).
A mangabeira é uma fruteira nativa de várias regiões e ecossistemas do Brasil, estendendo-se pela costa, nos tabuleiros costeiros e nas baixadas litorâneas. Também é encontrada por toda a região de cerrado do Brasil Central até o Pantanal. Ocorre naturalmente em solos marginais para fins agrícolas, acidentados, pedregosos, arenosos ou arenoargilosos, pobres e ácidos, sujeitos a longos períodos de estiagem (áreas de cerrado e semiáridas do Nordeste). A ampla dispersão comprova a eficiência reprodutiva natural e a capacidade de adaptação da espécie a diversos ambientes, vegetando e produzindo normalmente em latitudes de 20° sul (clima frio durante o inverno) até 10° norte (clima quente o ano todo), desde o nível do mar (clima mais quente) até altitudes de 1500 metros no Planalto Central (clima mais ameno com período de inverno seco).
Devido ao sabor característico e agradável, os frutos maduros são muito apreciados in natura pelas populações locais. A polpa dos frutos pode ser armazenada congelada, a exemplo de outras fruteiras conhecidas, e utilizada no preparo de suco, picolé, sorvete, doce, geleia e licor. Segundo Narain e Ferreira (2003), o fruto é bastante adequado para a fabricação de geleia, pois é pequeno e ácido. No entanto, o melhor aproveitamento da fruta é na fabricação de sorvete, porque contém alto teor de goma que também aumenta as propriedades funcionais de ligação, retenção de sabor e aroma e inibição da formação de cristal. Além de saborosa, a polpa da mangaba. É pouco calórica, podendo ser^ consumida mais livremente nas dietas de baixa caloria, pois cada 100g possui de 47,5 calorias (Franco, 1992) a 60,4 calorias (ALMEIDA et al., 1998). A polpa de mangaba pode ser considerada uma boa fonte de ferro, manganês, zinco e vitamina C. A associação do ferro com a vitamina C, ou ácido ascórbico, é uma característica importante na composição da fruta, uma vez que esta vitamina aumenta a biodisponibilidade de ferro, ou seja, a vitamina C aumenta a absorção de ferro pelo organismo. O teor de taninos é também considerado elevado. A natureza química dos taninos e dos demais compostos fenólicos da mangaba ainda não foi estudada. Na polpa da mangaba, estes ácidos graxos são representados pelo ácido linoleico e, especialmente, pelo ácido linolênico, que são considerados essenciais para o organismo humano. O aproveitamento da mangaba pelas indústrias de processamento é o próprio reflexo da situação em que se encontra o seu cultivo, sendo utilizada quase que exclusivamente na fabricação de sucos concentrados, sorvetes e da polpa congelada. Outros derivados como doces, compotas e geleias são pouco difundidos e, praticamente, desconhecidos da maioria dos consumidores, o que ocorre em parte, devido à escassez da matéria prima no mercado (LEDERMAN; BEZERRA, 2003). Em Goiânia (GO) e Uberlândia (MG) existem sorveterias que processam polpas de frutas do cerrado, inclusive de mangaba. Quanto à exploração, ainda predomina o extrativismo. Entretanto já começam a aparecer os primeiros pequenos pomares cultivados com fins comerciais, tanto no litoral nordestino quanto no Brasil Central, em função, principalmente, da boa aceitação do fruto e da polpa por parte dos consumidores. A planta é laticífera e sua borracha tem potencial de uso. De acordo com Wisniewski e Melo (1982), as características físico-mecânicas (índice de retenção de plasticidade - IRP, dureza Shore e deformação permanente) conferem à borracha da mangabeira boas características tecnológicas. Entretanto, apresenta cura retardada, o que pode onerar a vulcanização. Os autores destacam a alta resiliência (resistência à abrasão) da borracha da mangabeira resultante do seu baixo teor de nitrogênio proteico. Há, portanto, necessidade de pesquisas urgentes para melhorar as propriedades da borracha da mangabeira (PINHEIRO, 2003).
Figura 7: Exsudação de látex na mangabeira. Figura 8: Fruto e flor da Mangabeira.
Seu nome, de origem indígena, significa "ensopado" ou "embebido", fazendo referência à textura meio aquosa da sua polpa - que, além de ser muito nutritiva, é conhecida pelo seu sabor adocicado. Árvores ou arvoretas, inermes, perenifólias; folhas compostas, paripinadas, raque foliar normalmente alada; nectários foliares sésseis ou estipitados, entre cada par de folíolos. Inflorescências axilares ou caulifloras, racemosas, espiciformes, capituliformes ou umbeliformes, solitárias ou em fascículos axilares. Flores pentâmeras, actinomorfas, hermafroditas, gamossépalas, gamopétalas; estames mais de 10, monadelfos, formando um tubo estaminal; anteras bitecas, eglandulares; gineceu 1- 6 - carpelar (dialicarpelar); estigma funiliforme. Legumes coriáceos a lenhosos, glabros, vilosos ou tomentosos, lineares ou curvados, seção transversal cilíndrica, elíptica, quadrangular ou comprimida, faces abertas ou cobertas pelas margens, margens lisas ou estriadas longitudinalmente. Sementes elípticas a oblongas, recalcitrantes, envoltas pela testa que se prolifera em uma polpa branca adocicada (sarcotesta), comestível.
Norte (Acre, Amazonas, Pará), Nordeste (Bahia), Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso), Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro).
Área Antrópica, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta de Terra Firme, Floresta, Estacional Semidecidual.
Um dos principais benefícios do consumo de ingá é o fato de ele fazer bem para os olhos, evitando problemas sérios que podem surgir na região - como glaucoma e catarata, por exemplo. Isso acontece por conta da grande concentração de vitamina A em sua composição, nutriente responsável pela proteção da córnea - tecido transparente localizado na parte anterior do olho, que recebe e transmite luz. Além disso, a fruta também aparece como uma aliada para o tratamento e prevenção de dores de cabeça e enxaqueca. Além dos nutrientes essenciais para o bom funcionamento do organismo, a fruta também é rica em antioxidantes. Sendo assim, ela também aparece como uma verdadeira aliada contra o câncer por combater a ação dos radicais livres - isso sem falar no fato de também ajudar a recuperar o organismo de quem já sofreu com possíveis danos causados pelos invasores. Quem disse que só dá para apostar em produtos farmacêuticos para aliviar o incômodo que vem junto com a dor de cabeça ou enxaqueca? O ingá pode funcionar como um remédio natural para resolver esses problemas por ter ação adstringente! Para aproveitar esse benefício, é só consumir a fruta "in natura" ou usar sua polpa para preparar um delicioso suco que vai ajudar a amenizar os sintomas. Além de combaterem o câncer, os antioxidantes que estão presentes no ingá também contribuem parao aumento da imunidade. Por isso, a fruta faz parte da lista de alimentos indicados para a dieta de quem precisa tratar qualquer doença relacionada à essa sensibilidade do sistema imunológico - como é o caso da anemia, por exemplo. Evita problemas ligados ao sistema ósseo - como artrite, artrose e osteoporose, por causa do cálcio presente no fruto, como uma das principais substâncias. Figura 9: Ramo de Ingá. Figura 10: Fruto ingá.
alternas, face inferior aveludada, com pecíolo curto, subcoriáceas de forma elíptica, de margens frequentemente revolutas com ou sem sementes, pubescentes na face anterior com nervuras salientes, de tamanho muito variável na mesma planta (3-13 cm de comprimento por 2-6 cm de largura). Inflorescências bissexuais, as femininas globosas, de 3-5 mm de diâmetro, sobre pedúnculo de 1-5 cm de comprimento, com coloração verde-amareladas, são minúsculas, agrupadas na extremidade de pedúnculos pendentes das axilas das folhas, de maneira especialmente característica da espécie. Infrutescências globosas, com 2 a 3cm de diâmetro, cheios de calosidades, de cor laranja quando maduras, suculentas e fibrosas. Figura 1: Fruto mamacadela. Figura^ 2: Ritidoma^ da^ mamacadela. Figura 3: Folhas da mamacadela.
Ceiba speciosa (Paineira) Nomes populares: Paineira-rosa, Árvore-de-lã, Árvore-de-paina, Barriguda, Paina- de-seda, Paineira, Paineira-de-espinho, Paineira-fêmea. Autor: (A.St.-Hil.) Família: Bombacaceae. Gênero: Ceiba. Sononímia: Chorisia speciosa A. St.-Hil, Bombax aculeatum Vell. , Chorisia speciosa A.St.-Hil. Distribuição geográfica: Ocorrências no Norte (Pará), Nordeste (Bahia), Centro- Oeste (Mato Grosso do Sul, Mato Grosso), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo) Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina). Tipo de vegetação: Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila. Usos: A madeira da paineira é bastante leve, mole e pouco resistente, além de não ter boa durabilidade. Pode ser utilizada na confecção de calçados, caixotaria, celulose e artesanato. A paineira é uma planta excelente para o paisagismo de grandes áreas, como parques e jardins públicos, devido ao seu rápido crescimento, rusticidade e beleza. A floração é intensa e ocorre no verão e outono, com a árvore semi ou completamente despida de sua folhagem. Descrição morfológica: Na fase juvenil, a casca externa ou ritidoma é revestido de acúleos pontiagudos e apresenta coloração verde-acinzentada. A casca interna é grossa, de coloração café-clara e quase sem sabor. As folhas são alternas, digitadas, compostas, geralmente com cinco a nove folíolos (às vezes até 11), sustentados por pecíolos verdes e finos de 8 cm a 28 cm de comprimento. Os folíolos são glabros na página superior e pálidos na inferior, variando de 3 cm a 30 cm de comprimento e de 2 cm a 5 cm de largura, de margem serrada, formato elíptico e ápice acuminado e levemente discolores. As inflorescências apresentam-se em racemos laterais. As flores apresentam cinco pétalas de coloração creme ou marrom-esbranquiçada, medindo de 3 cm a 4 cm de comprimento. Sementes são negras, pequenas e medem 5 mm de comprimento. São envoltas em abundante algodão marrom-esbranquiçado a grisáceo. O fruto é bastante grande e se abre quando maduro, liberando boa quantidade de paina-sedosa, entremeada com as sementes que são carregadas pelo vento. A paina é uma fibra fina e sedosa, mas pouco resistente, não de grande proveito na confecção de tecidos, mas como preenchimento de travesseiros, almofadas e pelúcias.
Hancornia speciosa (Mangaba) Nomes populares: Mangaba, Mangabeira, Mangaba-ovo, Mangabiba, Mangaíba, Mangaíba-uva, Mangabeira-de-minas. Autor: Gomes. Família: Apocynaceae. Gênero: Hancornia. Sinonímia: Echites glaucus Roem. & Schult.; Hancornia gardneri (A.DC.) Miers; H. pubescens Nees & Mart.; Willughbeia pubescens (Nees & Mart.) Mart. (Koch et al., 2014). Distribuição geográfica: No Brasil, ocorre nas regiões Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), Centro-Oeste (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe), Sudeste (Espirito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo) e Sul (Paraná). Também é encontrada em países vizinhos como Paraguai, Bolívia, Peru e Venezuela (Lederman et al., 2000; Koch et al., 2014). Tipo de vegetação: Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu), Savana Amazônica. Usos: Devido ao sabor característico e agradável, os frutos maduros são muito apreciados in natura pelas populações locais. A polpa dos frutos pode ser armazenada congelada, a exemplo de outras fruteiras conhecidas, e utilizada no preparo de suco, picolé, sorvete, doce, geleia e licor. Segundo Narain e Ferreira (2003), o fruto é bastante adequado para a fabricação de geleia, pois é pequeno e ácido. No entanto, o melhor aproveitamento da fruta é na fabricação de sorvete, porque contém alto teor de goma que também aumenta as propriedades funcionais de ligação, retenção de sabor e aroma e inibição da formação de cristal. A planta é laticífera e sua borracha tem potencial de uso. De acordo com Wisniewski e Melo (1982), as características físico- mecânicas (índice de retenção de plasticidade - IRP, dureza Shore e deformação permanente) conferem à borracha da mangabeira boas características tecnológicas. Entretanto, apresenta cura retardada, o que pode onerar a vulcanização. Os autores destacam a alta resiliência (resistência à abrasão) da borracha da mangabeira resultante do seu baixo teor de nitrogênio proteico. Descrição morfológica: Árvore lactescente, medindo entre 2 e 10m de altura, podendo chegar a 15 metros. O fuste é tortuoso, áspero com casca fendida. As folhas são simples, alternas e opostas, cruzadas, pecioladas, coriáceas, pilosas, glabras em ambas as faces, de formato estreito-oblongo, com ápices acuminados, bases levemente assimétricas, margens inteiras, e medem entre 10 e 11 cm de comprimento por 4cm de largura de cor verde a avermelhada. As inflorescências são do tipo dicásio ou cimeira, terminais, com delicadas flores brancas, hermafroditas, pentâmeras e tubulares, que são polinizadas por abelhas nativas e outros insetos. O fruto é do tipo baga, com formato arredondado, casca delicada, amarela e alaranjada e manchas vermelhas. A polpa é branca, carnosa emacia.
Figura 7: Ritidoma da Mangabeira. Figura 8: Folhas da Mangabeira. Figura 9: Fruto e flores da Mangabeira. Figura^ 10:^ Exsudação^ leitosa da (^) Mangabeira.