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Um estudo realizado na equipe de saúde da família saúde e esperança no município de são joão do pacuí/mg, que avalia a demanda espontânea e programada no serviço de atenção básica. O objetivo é propor um plano de ação para organizar a demanda e buscar a redução da demanda espontânea, aumentando o atendimento programado e promovendo a saúde. O documento inclui uma justificativa, objetivos, metodologia e resultados.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Montes Claros / MG 2017
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especializaçãoem Atenção Básica em Saúde da Família, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, para obtenção do Certificado de Especialista em Atenção Básica em Saúde da Família. Orientadora: Ms. Grace Kelly Naves de Aquino Favarato
Montes Claros / MG 2017
À Deus por ter me possibilitado estarfirme durante toda essa trajetória, caminho esse que irá me levar á realização dos meus sonhos! Mãe, pai, irmã, amor, sem vocês nada disso seria possível. Obrigada pelo apoio, carinho e compreensão.
A demanda espontânea surge a partir da percepção individual ou familiar da necessidade de atendimento pelos serviços de saúde. A Equipe de Saúde da Família (ESF) não deve ignorar a demanda espontânea, porém, como a prioridade é a promoção de saúde, deve organizar suas atividades de modo a superar os problemas prioritários de saúde/doença da população. Este estudo visa avaliar a demanda espontânea e programada no serviço de atenção básica na equipe saúde e esperança do município de São João do Pacuí/MG e propor um plano de ação para organizar a demanda espontânea e programada no serviço de atenção básica no município de São João do Pacuí/MG e buscar a redução da demanda espontânea na Unidade básica de Saúde (UBS), procurando aumentar o atendimento programado de todos os ciclos de vida, portadores de processos patológicos ou não, buscando promoção de saúde e a redução de atendimentos ambulatoriais de urgência. Foi realizado revisão de literatura e relato de experiência. Os resultados evidenciam uma grande quantidade de pacientes atendidos na demanda espontânea, o que exige estratégias para reduzir esta demanda para que ocorra um melhor atendimento aos pacientes.
Palavras-chaves : acolhimento, promoção da saúde.
1.3 - A equipe de Saúde da Família Saúde e Esperança, seu território e sua população..............................................................................................
1.1 -Breves informações sobre o Município de São João do Pacuí São João do Pacuí é uma cidade de 4036 habitantes, localizada no Estado de Minas Gerais, situada a 510 km da capital do estado, Belo Horizonte. A cidade vive basicamente de agricultura e pecuária. As atividades políticas partidárias são polarizadas entre dois grupos políticos tradicionais que se revezam à frente da administração ao longo de décadas. São João do Pacuí é uma pequena e aconchegante cidade do interior de Minas Gerais. Cercada por natureza abundante, suas paisagens são dotadas de várias cachoeiras, grutas e rios. O turismo religioso é parte importante desse município e atrai muitos visitantes ao distrito de Santa da Pedra.O calendário de eventos do destino oferece a Festa Tradicional de São João Batista, a Cavalgada de São Sebastião e a Vaquejada em Junho (IBGE, 2010). Dizem os nativos que somente os que têm fé conseguem enxergar a santa. O município possui inúmeras cachoeiras e matas exuberantes. O rio Pacuí e seus afluentes formam essa bela paisagem que atrai turistas que buscam o contato com a natureza (IBGE, 2010).
1.2 - O Sistema Municipal de saúde O município pertence à microrregião de Montes Claros. Referência em consultas e exames de média e alta complexidade, atendimento de urgência e emergência e cuidados hospitalares para os municípios de Coração de Jesus, Pirapora e Montes Claros. O município conta hoje com duas equipes de saúde da família, sendo uma na zona rural (Saúde e Esperança) e uma na zona Urbana (Vida e Esperança), além de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) mista, com atendimento ambulatorial e de urgência e emergência.
procura de atendimento por demanda espontânea, onde população que deveria ser atendido buscando a prevenção de doenças e promoção de saúde acabam não procurando atendimento; Baixa adesão da população aos grupos operativos. Foi identificado através da priorização dos problemas que a demanda espontânea e demanda programada é o principal problema ocorrido no município de São João do Pacuí. A demanda espontânea é o nome dado para qualquer atendimento não programado, que pode ser uma informação, agendamento de consultas, urgência ou emergência. São os atendimentos aos pacientes com doenças agudas ou agudizadas (INOJOSA, 2005). A demanda programada é o agendamento de consultas médicas ou de enfermagem para acompanhamento a portadores de doenças crônicas, como por exemplo, hipertensos, diabéticos, asmáticos, entre outras, além de crianças e gestantes. (INOJOSA, 2005). Deve-se, portanto, obervar a demanda espontânea e programada, para que seu atendimento seja ágil, resolutivo, humanizado e acolhedor.
Ao ter como objetivo principal de trabalho à saúde individual, da família e da coletividade, a proposta da ESF é necessariamente centrada na promoção de saúde (DUNCAN, 2006). Equipes relatam a dificuldade em se fazer, com qualidade, a escuta, que exige atenção e disponibilidade, mediante a demanda volumosa e o despreparo dos trabalhadores, o predomínio da lógica médica na pratica dos profissionais e a expectativa da sociedade (BRASIL, 2013). Isso faz com que, os profissionais tenham
uma sensação de pouca resolubilidade, pois não consegue alcançar a proposta da ESF, que é a promoção de saúde (COSTA e CAMBIRIBA, 2010). O presente estudo visa buscar uma solução para diminuir essa sensação de pouca resolutividade devido ao elevado número de pessoas na demanda espontânea e organizar melhor o atendimento à população em busca da promoção de saúde, prevenindo o aparecimento de doenças e seus agravos. Além disso, busca-se através deste projeto de intervenção reduzir a demanda espontânea, procurando aumentar o atendimento programado de todos os ciclos de vida.
3.1 – Objetivo Geral:
3.2- Objetivos específicos:
condições de vida da comunidade de cada município (BRASIL, 2006). A ESF é um modelo de organização dos serviços de atenção primária da saúde, baseado em equipes multiprofissionais compostas por, no mínimo, 1 médico, 1 enfermeiro, 1 técnico em enfermagem e de quatro a seis ACS podendo ser complementado pela equipe de saúde bucal e prioriza a promoção de saúde tendo como foco, a coletividade (DUNCAN, 2004). As equipes são responsáveis por um número definido de famílias em uma área geográfica delimitada. Atua com a promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos comuns e na manutenção da saúde desta população (BRASIL, 2013).
5.2 – Demanda Espontânea A base no atendimento no modelo clássico de saúde é a demanda espontânea (DUNCAN, 2004). Demanda espontânea consiste no paciente que comparece na unidade de saúde de forma inesperada, seja por motivo agudo ou que o próprio paciente julgue necessidade de saúde (BRASIL, 2010). A ESF não deve ignorar a demanda espontânea, porém, como sua prioridade é a promoção de saúde, deve organizar suas atividades de modo a superar os problemas prioritários de saúde/doença da população (DUNCAN, 2004). Este aspecto é fundamental para que o trabalho de saúde da família consiga impacto nos indicadores de saúde local, reduzindo atendimento ambulatorial nos serviços de urgência (DUNCAN, 2004). A demanda espontânea pode acontecer de duas formas: com casos de intervenção que podem ser programadas (não agudos) e de casos de atendimento imediato, prioritário (agudos). Nos casos não agudos pode requerer ações voltadas a orientação e atendimento (DUNCAN, 2004).
O acolhimento é uma prática presente em todas as relações de cuidado, baseado no encontro de trabalhadores de saúde e usuários, no ato de receber e escutar as pessoas. Realizar o acolhimento com escuta qualificada, classificação de risco, avaliação das necessidades de saúde e da vulnerabilidade é o objetivo que se deve alcançar (BRASIL, 2011c).
5.3 – Demanda programada Friedrich e Pierantoni (2006) definem como demanda programada os atendimentos agendados previamente, sendo um importante serviço para a atenção básica, pautada em ações preventivas. Deve-se, portanto, obervar a demanda espontânea e programada, para que seu atendimento seja ágil, resolutivo, humanizado e acolhedor. É preciso ter equilíbrio entre demanda espontânea e atenção agendada. O modelo fragmentado voltado para o atendimento espontâneo e de condições agudas desequilibra as respostas sociais e de acompanhamento longitudinal do usuário e seus familiares (MENDES, 2011). Segundo Mendes (2011), sempre haverá demanda espontânea para atendimentos agudos em decorrência de agudização de doenças crônicas ou eventos novos não esperados. Deve haver, portanto, uma rede de atendimento preparado para casos de urgência e emergência, que não deve ser de responsabilidade da atenção básica de saúde.
5.4 – Diagnóstico situacional O Ministério da Saúde afirma que a partir da situação de saúde local e seus determinantes, os profissionais e gestores possuem dados para efetuar planejamento das
Os ACS agendam as consultas dos pacientes, no entanto, eles não possuem nenhum critério para tal agendamento. Além disso, os pacientes com doenças crônicas não buscam pelos serviços de saúde para tratamento de suas enfermidades, pois consideram que a UBS seja somente para atendimento de casos com doenças agudas.
6.3 – Seleção dos nós críticos:
A seleção de nós críticos consiste em identificar entre as causas que explicam o problema aquelas que, quando modificadas, por si só promovem a alteração de outra ou de uma série de causas.
Tabela 1: Plano de intervenção para organizar a demanda espontânea e programada no serviço de atenção básica na Equipe de Saúde e Esperança do município de São João do Pacuí/MG.
Quantidade excessiva de pacientes atendidos na demanda espontânea. Nó crítico Operação Recursos críticos Viabilidade Responsáveis Prazo Planejamento atendimento^ de de população crônica
Organizar programadas^ agendas para todos os ciclos, buscando prevenção de doenças.
Estrutural
Secretaria Municipal de Saúde Prefeitura Coordenação atenção Equipe de^ básica Saúde da Família
Equipe saúde da família 2 meses para iniciar projeto
Falta de capacitação da equipe
Capacitar equipe sobre atenção levando a^ básica, mesma a compreender sobre as diretrizes da
Financeiro: audiovisuais, cartazes organização^ Cognitivo: da capacitação
Secretaria Municipal de Saúde Coordenação^ Prefeitura atenção básica
Equipe saúde da família Coordenação atenção básica
1 mês para projeto^ iniciar
Atenção Básica Pouca adesão da população a grupos operativos
Orientar a população, principalmente sobre o que é atenção básica, buscando melhor aceitação da população
Financeiro: audiovisuais, panfletos, cartazes informação^ Cognitivo: da população
Secretaria Municipal de Saúde Prefeitura
Equipe saúde da família 4 meses
Fonte: Banco de dados Mônica Mendes Vieira, 2017.
6.4 – Desenhos das operações
O desenho das operações é importante, pois é nessa fase que se definem as ações e os resultados relacionados a cada ação, além dos recursos necessários. Quadro 1 – Operações sobre o “nó crítico 1” relacionado ao problema “quantidade excessiva da demanda espontânea”, na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da Família Saúde e Esperança, do município de São João do Pacuí, estado de MG.
Nó crítico 1 Falta de planejamento de atendimento da população crônica Operação (operações) Organizar agendas programadas para todas os ciclos de vida buscando promoção de saúde Projeto Organizar agendas de atendimento Resultados esperados Atendimento visando prevenção de doenças e promoção^ da^ população^ organizado de saúde Produtos esperados Agenda programada Grupos com a população Recursos necessários Estrutural: profissionais para agendamento e grupos Cognitivo:informação à população sobre agendamento Político: mobilização social Financeiro: audiovisuais, cartazes Recursos críticos Estrutural:adesão da equipe / adesão da população
Responsável (eis) pelo acompanhamento das operações
Atenção básica, medico e enfermeiro
Processo de monitoramento e avaliação das operações Reuniões semanais e treinamentos bimestrais com os ACS Fonte: Banco de dados Mônica Mendes Vieira, 2017.
Quadro 3 – Operações sobre o “nó crítico 3” relacionado ao problema “quantidade excessiva da demanda espontanea”, na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da Família Saúde e Esperança, do município de São João do Pacuí, estado de MG.
Nó crítico 3 Pouca operativos adesão da população a grupos Operação (operações) Orientar a população, principalmente s melhor aceitação da populaçãoobre o que é atenção básica, buscando Projeto Realizar PSF e gruposimportância sobre daos princípiosprevenção doe promoção de saúde Resultados esperados População informada sobre importância da prevenção de doenças e promoção de saúde e mais participativa aos grupos operativos Produtos esperados Grupos operativos sobre PSF e suas diretrizes Recursos necessários Estrutural: equipe de saúde Cognitivo: orientação à população Financeiro: Cartazes, audiovisuais Recursos críticos Estrutural:adesão da população / adesão da equipe Cognitivo: orientação a população Controle dos recursos críticos Favorável Ações estratégicas Grupos operativos buscando orientar a população objetivos e a importânci sobre o quea da promoção de é PSF, seus saúde Prazo 4 meses
Responsávelacompanhamento das operações (eis) pelo^ Equipe de saúde da família Processo de monitoramento e avaliação Reuniões bimestrais com população e
das operações controle dos grupos operativos através de reunião da equipe buscando eventuais problemas em relação a adesão e possíveis Fonte: Banco de dados Mônica Mendes Vieira, 2017.^ soluções.
Os resultados deste estudo evidenciam uma grande quantidade de atendimentos de demanda espontânea, o que exige estratégias para redução desse quadro, para que ocorra um melhor atendimento aos pacientes em todos os ciclos de vida, procurando a promoção de saúde e prevenção de doenças, seguindo a proposta da ESF que é, necessariamente, a promoção de saúde. Organizar a demanda espontânea e demanda programada, utilizando ferramentas diversas, permite que a população tenha acesso à atendimento de saúde de qualidade, alem de permitir o vínculo com o paciente/equipe. Acolher o paciente é necessário, não se pode ignorar este fato. Porém, deve-se acolher de forma organizada para prestar um serviço humanizado e de alta resolução.