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Especificação tecnica de vapor saturado para instalações industriais determinando o ponto critico de processo.
Tipologia: Esquemas
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Nos processos industriais de aquecimento, o vapor d’água é o fluido térmico de maior preferência por várias razões. Todavia, muitos usuários se queixam do desempenho abaixo do esperado para o equipamento consumidor. Por exemplo, um tanque com camisa de aquecimento usado em um processo por batelada está levando mais tempo para que seu conteúdo atinja a temperatura de regime do que aquele previsto pelas características nominais do equipamento. Em geral, a primeira reação do operador é apontar a falta de vapor, com a tendência reflexa igualmente comum de aumentar o diâmetro da tubulação, sem obter com isso qualquer melhora. Nesta coluna, procurarei mostrar um procedimento simples para que se possa fazer um diagnóstico correto. Para desenvolver nosso raciocínio, usaremos a Figura 1, que mostra o esquema simplificado de um processo de aquecimento industrial composto por um tanque com agitação, contendo um líquido que deve ser aquecido pelo calor proveniente do vapor inserido na camisa de aquecimento do tanque. Os tramos de alimentação de vapor e de remoção de condensado foram representados de maneira simplificada, contendo apenas a válvula redutora de pressão e o purgador de condensado, respectivamente. Os processos de aquecimento industrial possuem requisitos muito bem determinados quanto às temperaturas máximas suportadas pelos produtos em aquecimento. Por exemplo, no processo de recauchutagem de pneus, a temperatura mínima exigida para o vapor é de 150ºC, abaixo dela não ocorre vulcanização conveniente. A máxima admissível para o vapor é de 153ºC, acima da qual a borracha endurece. Por esse motivo, a especificação para a entrada das prensas de recauchutagem requer vapor saturado entre 4,8 e 5,3 kgf/cm² absoluto (abs), sendo a válvula redutora de pressão regulada para 5 kgf/cm² abs. O vapor para aquecimento dos diferentes processos existentes em uma indústria é gerado em uma pressão única, muitas vezes levemente superaquecido. Para efeito de raciocínio, imaginemos que o gerador de vapor central da indústria produza vapor a 10 kgf/cm² abs a 190ºC, ou seja, a temperatura do vapor saturado, nesta pressão, corresponde a 179ºC, o que indica uma geração com 11ºC de superaquecimento. A Figura 2 mostra esquematicamente um diagrama Ts do vapor d’água, com o ponto A indicando a condição do vapor na geração. Ao escoar pela tubulação, o vapor tem sua pressão reduzida pela perda de carga e também sua temperatura, devido à perda térmica pelo isolamento térmico da tubulação. Admitamos que na seção a montante da válvula redutora de pressão, ponto B, as condições do vapor sejam 9,7 kgf/cm² abs (temperatura de saturação de 178,5ºC) e 186ºC, situação em que o vapor estaria com 8ºC de superaquecimento. O processo de redução de pressão do vapor na válvula redutora leva a condição do mesmo para 5,0 kgf/cm² abs e 170ºC, no ponto C (temperatura de saturação de 151ºC), ou seja, um grau de superaquecimento de 19ºC. O vapor, ao entrar na camisa de aquecimento nesta condição, tem no processo de troca de calor com a parede do tanque com agitação uma redução de temperatura até 151ºC, quando, então, atinge a temperatura de saturação para a pressão em que se encontra. Portanto, podemos identificar dois
mecanismos de troca de calor: o primeiro, do vapor superaquecido, é equivalente ao de um gás contra uma parede metálica; e o segundo, de um vapor condensante sobre a mesma parede metálica. A capacidade de transporte de calor do vapor condensante é cerca de 400 vezes maior do que aquela do vapor superaquecido; e isso faz com que os tempos de aquecimento superem o nominal do equipamento, que prevê a alimentação apenas com vapor saturado. Uma forma de sanar este problema é introduzir um dessuperaquecedor de linha na alimentação do equipamento consumidor, conforme esquematizado na Figura 3. A inserção de água em contato com o vapor superaquecido fará com que esta se vaporize, resultando a mistura como vapor saturado. Outro inconveniente que pode baixar o desempenho de um aquecedor é o ar e o gás carbônico presentes nas linhas que conduzem o vapor. O ar, em geral, é aquele que se achava dissolvido na água de alimentação da caldeira e o gás carbônico é proveniente do bicarbonato de cálcio, que também se apresentava dissolvido na água de alimentação da caldeira. Além dos efeitos corrosivos do oxigênio do ar e do ácido carbônico que podem se formar, estes incondensáveis prejudicam a troca de calor. Como a densidade dos mesmos é maior que aquela do vapor, sua tendência é se acumular nas regiões mais baixas do equipamento e nas posições mais afastadas dos bocais de entrada, posição, aliás, propícia para se instalar a tomada de remoção de incondensáveis que não conseguem ser removidos pelo purgador de vapor. O condensado formado deve ser removido pelo purgador de "vapor", embora na realidade ele purgue o condensado. Atenção deve ser tomada neste ponto, pois um purgador mal dimensionado e/ou com uma tubulação que permita que o equipamento consumidor fique inundado em sua parte inferior reduz a área efetiva de troca de calor e assim deteriora a eficiência de troca térmica. Todos esses fatores citados diminuem a capacidade de produção do processo, ou seja, diminuem o faturamento. Portanto, vale a pena estar atento a eles, pois são de correção muito fácil. Analisemos agora outro fator que pode baixar o desempenho do equipamento de aquecimento: como saber se a linha de vapor está subdimensionada? A Figura 3 esquematiza dois manômetros instalados: um antes (M1) e o outro depois (M2) da válvula redutora de pressão. Quando o processo está em regime, eles fornecem leituras que, em pressão