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CUSTOS DA QUALIDADE, Slides de Materiais

Para FEIGENBAUM (1994), os custos operacionais da qualidade são os custos associados à definição/planejamento, criação e controle da qualidade, assim como à ...

Tipologia: Slides

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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Gaucho_82 🇧🇷

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
CONCEITOS SOBRE CUSTOS DA QUALIDADE
(APOSTILA)
Prof. José Carlos de Toledo
GEPEQ – Grupo de Estudos e Pesquisa em Qualidade
SÃO CARLOS/2002
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

CONCEITOS SOBRE CUSTOS DA QUALIDADE

(APOSTILA)

Prof. José Carlos de Toledo

GEPEQ – Grupo de Estudos e Pesquisa em Qualidade

SÃO CARLOS/

1 - INTRODUÇÃO

Mesmo não sendo um tema recente, o conhecimento sobre Custos da Qualidade ainda se encontra limitado no Brasil. Surgindo na literatura internacional na década de 50, tal ferramenta foi lançada no país nos anos 70 por algumas empresas multinacionais e só recentemente, com a questão da qualidade ganhando maior notoriedade, é que se obteve uma maior difusão e, por conseguinte, um maior número de casos de implantação nas empresas. Trata-se de uma ferramenta da gestão da qualidade que - por meio da quantificação e análise das categorias de custos especificamente associados a investimentos e perdas no processo de obtenção da qualidade - contribui para responder questões como:

  • Qual o valor da qualidade que a empresa oferece?
  • Quanto custa a qualidade que está sendo obtida na empresa?
  • Quanto está custando a falta de qualidade para a empresa?
  • Quanto custa a perda de um cliente por problemas de qualidade?
  • Em que é viável investir para reduzir os custos da falta de qualidade?
  • Como está o desempenho da empresa em qualidade?

De acordo com CROSBY (1994), qualidade não custa, mas é, sim, um investimento com retorno assegurado. Na verdade o que custa e causa vultosos prejuízos às empresas é a "não qualidade", ou seja, a falta de um nível de qualidade aceitável. Para não correr o risco de passar a idéia de que a qualidade acarreta à empresa um custo adicional desnecessário, seria mais conveniente utilizar a expressão "custos da não qualidade". Todavia, por se tratar de um termo consagrado e usualmente empregado nas Normas Nacionais e Internacionais, opta-se por manter a expressão "custos da qualidade", tendo-se clara a idéia de que possuir qualidade, fazer as coisas certas desde a primeira vez, é lucrativo para a empresa. De acordo com a ASQC (1986) citado por MATTOS & TOLEDO (1998), Custos da Qualidade consistem na medida dos custos especificamente associados ao sucesso e ao fracasso no processo de obtenção da qualidade, sendo representado pelo somatório dos custos de suas quatro categorias: custos de prevenção, custos de avaliação, custos de falhas internas e custos de falhas externas. Vide figura abaixo.

c) alocação realista de recursos para o esforço necessário de qualidade para se atingir os objetivos da empresa; d) preparação de estimativas de custos para novos empreendimentos, etc.

2 - CATEGORIAS E ELEMENTOS DOS CUSTOS DA QUALIDADE

As quatro categorias de Custos da Qualidade são assim definidas:

A – PREVENÇÃO

São os custos associados às atividades de projeto, implementação e operação do sistema de gestão da qualidade, incluindo a administração e auditoria do sistema, em todo o ciclo de produção(do projeto ao pós-venda). Ou seja, referem-se aos gastos ocasionados com o propósito de se evitar defeitos.

B – AVALIAÇÃO

Custos associados à medição, avaliação e auditoria de características da matéria-prima, componentes e produtos para assegurar a conformação com os padrões de qualidade. Ou seja, referem-se aos custos das atividades de inspeção (avaliação da qualidade) propriamente dita.

C - FALHAS INTERNAS

Custos associados a materiais, componentes e produtos que não satisfazem os padrões de Qualidade causando perdas na produção, e que são identificados antes do produto deixar a empresa. Ou seja, custos de falhas ocorridas e identificadas internamente à empresa.

CATEGORIAS DE CUSTOS DA QUALIDADE^ D - FALHAS EXTERNAS

Custos gerados pela distribuição de produtos não conformes ou defeituosos aos clientes/consumidores. Ou seja, custos de falhas identificadas/ocorridas externamente à empresa.

Na seqüência, são apresentados os conceitos dos respectivos elementos de custo para cada uma das quatro categorias de Custos da Qualidade.

ELEMENTO DO CUSTO

DEFINIÇÃO

CUSTOS ASSOCIADOS

  • Pesquisa de mercado; - Programas para buscar a opinião dos clientes; - Análise crítica de contrato ou outros documentos queafetam os requisitos do produto/serviço;

1 - Identificação dasnecessidades dos clientes

São os custos incorridos relacionados à avaliação contínua das necessidades e percepção do cliente e/ou usuário quanto àqualidade (incluindo dados de confiabilidade e desempenho),que afetam a sua satisfação com os produtos e/ou serviçosfornecidos.

  • Desenvolvimento de procedimentos e listas deverificação para análise da entrada de pedidos. - Análise crítica de projeto;

2 - Desenvolvimento doprojeto do produto

São os custos necessários para gerenciar a qualidade na fase de desenvolvimento de um novo produto ou serviço, antes deliberar a documentação autorizada para a produção inicial.

  • Testes de qualificação de novos produtos; - Avaliação de fornecedores - Preparação e manutenção da lista de fornecedoresaprovados e do índice de desempenho dos mesmos; - Análise crítica dos dados técnicos constantes dadocumentação de compra;

3 – Suprimentos

São os custos voltados para assegurar a conformidade e minimizar o impacto das não conformidades dos materiaisadquiridos na qualidade dos produtos e/ou serviços, envolvendoas atividades antes e após a colocação do pedido de compra.

  • Planejamento de inspeção de recebimento e na fonte. - Planejamento das atividades de controle da qualidadepara todas as etapas do processo; - Qualificação do processo (inclusive estudos decapacidade do processo); - Projeto e desenvolvimento de técnicas e instrumentosde medição e ensaios; - Desenvolvimento de planos e procedimentos deinspeção e ensaios.

4 - Planejamento daQualidade do ProcessoProdutivo

São aqueles custos incorridos para garantir a capacidade das operações produtivas em atingir os requisitos e padrões daqualidade.

  • Aquisição e implantação de

software

para

processamento de dados de inspeção e ensaios. - Salários administrativos da qualidade (gerentes,supervisores, etc.); - Planejamento do sistema da qualidade (inclui manualda qualidade); - Análise e divulgação de índices da qualidade(relatórios de auditoria, de custos etc.); - Desenvolvimento de plano de melhoria da qualidadeenvolvendo todas as atividades; - Auditorias da qualidade (somente sistema eprocesso);

5 - Administração daQualidade

São os custos voltados para administrar e gerenciar a função qualidade.

  • Despesas administrativas em geral.

A – PREVENÇÃO

6 - Educação para aQualidade

São os custos necessários à educação para a qualidade de todas as funções da empresa que possam afetar, direta ouindiretamente, a qualidade dos produto e/ou serviços.

  • Inclui os custos de educação, conscientização emotivação de todo o pessoal ou funções da empresa,para a qualidade.

ELEMENTO DO CUSTO

DEFINIÇÃO

CUSTOS ASSOCIADOS

  • Ação corretiva de projeto; - Retrabalho devido às mudanças de projeto; - Sucata devido às alterações de projeto;

1 - Falhas de projeto deproduto/serviço

São aqueles custos não planejados que existem em função das inadequações inerentes ao projeto e sua relação com a execuçãodas operações da produção. Destaca-se que não estãoconsiderados os custos relativos às alterações solicitadas pelocliente para melhoria do produto, ou os esforços maiores dereprojetos que fazem parte do plano de

marketing

da empresa.

  • Rejeição de materiais comprados; - Reposição de materiais comprados;

2 - Falhas de suprimentos

São os custos devidos às falhas de materiais de fornecedores em relação aos requisitos da qualidade, inclusive com o pessoalenvolvido nessas atividades.

  • Retrabalho sobre os materiais não conformesrecebidos do fornecedor. - Análise de produto ou serviço não conforme eação corretiva; - Retrabalho e reparo de operação; - Re-inspeção/reteste; - Operações extras; - Sucatas de operação; - Subclassificação do produto/serviço final(usualmente chamado de produto de 2ª linha);

3 - Falhas de operação(produto/serviço)

Custos de falhas de operação quase sempre representam uma significativa porção dos custos gerais da qualidade e podem,geralmente, serem vistos como os custos relacionados comprodutos ou serviços defeituosos, descobertos durante asoperações de processo.

  • Horas de trabalho por falha interna.

Outros Custos de Falhas Internas

  • Problema de embarque de material; - Re-elaboração de propostas antes de submetê-las aos cliente; - Comparecimento a reuniões internas sobre problemas da qualidade; - Redução de receita e penalidade devido a atraso nas vendas faturadas;

C - FALHAS INTERNAS

  • Projetar novamente um item devido a erros ou problemas de fabricação.

ELEMENTO DO CUSTO

DEFINIÇÃO

CUSTOS ASSOCIADOS

1 - Administração de reclamações

São os custos incorridos na investigação, julgamento e resposta às reclamações individuais dos clientes ou usuários por razões dequalidade.

2 - Responsabilidade civil peloitem

São os custos incorridos pela empresa devido às reclamações de responsabilidade pelo produto ou serviço, inclusive, custos comadvogados, registros e indenizações.

  • Custo de produto retornado pararetrabalho e custo de produto rejeitadoe devolvido;

3 - Produtos ou serviçosdevolvidos

São os custos incorridos para manusear, transportar e contabilizar produto devolvido, bem como avaliar e reparar ou trocar bens que nãoatendem os requisitos de aceitação pelo cliente ou usuário devido aproblemas de qualidade. Não inclui gastos com reparos realizados comoparte de uma manutenção rotineira.

  • Erros de marketing (custos desubstituições devidas a erros nainterpretação dos requisitos doconsumidor); - Custos de substituição de produtos

4 - Solicitação em garantia

É o custo total envolvido na correção de não conformidades nos produtos em garantia. Deve-se adicionar os custos de pessoal de serviçoe administrativo que não podem ser custeados na conta de garantia, masque estão fazendo trabalho associado com garantia.

durante o período de garantia. - Campanha de campo (após adistribuição de um produto no mercadopode ser constatado, ainda durante asua vida útil, que um componenteprecisa ser trocado). Ex: campanha dasubstituição do rolamento externo docubo das rodas traseiras do Corsa.

5 - Alteração das especificaçõesde projeto

São os custos para atualizar ou alterar as especificações de produtos/serviços no local de operação, para uma nova condição deprojeto, baseado em recálculos significativos para minimizar ou mesmoeliminar as deficiências do projeto anterior. Inclui somente aquelasúltimas modificações devidas aos problemas da qualidade. Inclui-se oscustos incorridos como resultado do recolhimento de produtos oucomponentes já em uso, a fim de corrigir problemas que não puderamser previstos (custos com

recall

  • Erros de Engenharia (idem paradesenhos e especificações);

6 - Penalidades pós-entrega

São os custos incorridos para o pagamento das penalidades por falhas no atendimento aos requisitos contratuais pós-entrega doproduto/serviço.

  • Multas incorridas por devoluções eatrasos na entrega (conformecontratos). - Descontos de vendas; - Extensões de garantia de produtos ou

7 - Concessões ao cliente/usuário

São os custos incorridos, sobre e acima dos custos de vendas normais, com clientes ou usuários que não estão completamente satisfeitos com aqualidade dos produtos ou serviços recebidos.

serviços, etc.

8 - Perdas de vendas

São os custos incorridos pela perda de margem de lucro devido à redução de vendas por problemas de qualidade (ex: quantidade denegócios que perdidos no período medido). Este elemento está associadocom a perda da imagem pela empresa do ponto de vista do cliente.

  • Desgaste da imagem da empresa.

Outros Custos de Falhas Externas

D - FALHAS EXTERNAS

Inclui-se aqui qualquer outra conta associada ao produto/serviço no local de operação (ex: assistência técnica), diretamente atribuída à correção de imperfeições ou testes especiais, mas que não se inclui nos itens anteriores.

Custo Total da Qualidade = A + B + C + D Estratégia : investir em (A + B) para reduzir (C + D). Espera-se que o investimento em A + B seja inferior à redução em C + D.

A + B

C + D

Mas até onde investir? Segundo JURAN & GRYNA (1980), os custos da qualidade se relacionam segundo o apresentado na figura abaixo:

100% defeituoso

Q. de Conformação

C+D

CT A+B

100% bom

0 x y z

Onde: C+D = Custo de Falhas A+B = Custo para obter a qualidade CT = Custo Total x = zona de melhoria ( CF > 70% do CT ) y = zona de indiferença ( CF = 50% do CT ) z = zona de perfeccionismo ( CF < 40% do CT ) Fonte: adaptado de JURAN & GRYNA (1980).

O gráfico mostra que: quando os custos de Prevenção (A) e de Avaliação (B) forem zero, o produto(ou lote) será 100% defeituoso e o custo de Falhas (C + D) tendem a ser muito elevado. Por outro lado, quando o produto(ou lote) é 100% dentro da qualidade de conformação, não há falhas, porém os custos de prevenção e de avaliação tende a ser muito alto. A idéia, então, é que se encontre um "ponto ótimo".

Para autores como FEIGENBAUM (1994), o ideal para os custos da qualidade seguiria a seguinte orientação: Indústria % Vendas Simples, baixa tolerância 0,5 – 2 Processo mecânico normal 1 – 5 Indústria de precisão 2 – 10 Complexo eletrônico, espacial 5 – 25

E sugere também a seguinte distribuição dos Custos da Qualidade como sendo a “ideal”:

Categoria de Custo % Custo Total Prevenção 0,5 – 5 Inspeção ± 25 Falhas (Internas e Externas) ± 70

Tal orientação difere da apresentada por JURAN & GRYNA (1980), os quais sugerem que o ponto ótimo para os Custos da Qualidade ocorre na circunstância em que:

  • Custos de Prevenção (A) + Custo de Inspeção (B) = Custo de Falhas (C+D) (graficamente o ponto ótimo é representado na intersecção das curvas A+B e C+D )

Fazendo-se uma análise mais apurada da figura apresentada, pode-se destacar três zonas ou regiões: zona de melhoria , zona de indiferença (ou de operação) e zona de perfeccionismo. A zona de melhoria é caracterizada por altos custos de falhas associados a uma má qualidade, e é onde a empresa identificará os projetos de melhorias e de aperfeiçoamento.

A resposta a essas questões dependerá dos seguintes fatores: fatores econômicos, tipo de produto, processo, mercado etc., além, evidentemente, de um aprofundamento no estudo das categorias e dos elementos dos diversos custos da qualidade.

Críticas ao conceito do ponto ótimo:

É pertinente destacar que esse conceito de "ponto ótimo" expresso pelo gráfico acima é alvo de várias críticas, já que representa um momento específico de um processo, com determinadas condições fixas e de, portanto, não aceitar o aperfeiçoamento da qualidade e a conseqüente redução de custos através da mudança do processo de fabricação ou execução de um dado produto ou serviço. A contraposição à teoria da existência de um ponto ótimo é sustentada também pela visão japonesa do TQC ( Total Quality Control ), que prega a busca constante pela melhoria contínua e pelo zero defeito. Por essa visão é possível se chegar próximo ao zero defeito (por ex. de 2 a 3 defeitos por milhão) com custos de prevenção e de avaliação da qualidade que não inviabilizam um custo competitivo para o produto.

Observações:

  • É interessante se trabalhar com os custos da qualidade para cada linha/família específica de produto. Após a escolha da linha de produto que será “estudada” o próximo passo é levantar os elementos de custo que serão enfocados;
  • O diagrama de Pareto (classificação ABC) pode ser utilizado para se identificar os elementos mais importantes (de maior responsabilidade) nos custos da qualidade, assim como os “produtos-problema” mais importantes;
  • Algumas empresas procuram estudar os investimentos, retorno e falhas em qualidade também segundo os níveis de qualidade: qualidade de concepção; qualidade de projeto; qualidade de conformação; qualidade de serviços.

4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

O conhecimento e análise dos Custos da Qualidade através da mensuração e do registro dos mesmos pode ser uma importante ferramenta gerencial. As informações oriundas desse acompanhamento evidenciam a tendência do comportamento desses custos na forma de indicadores e relatórios, com dados

agregados e desdobrados, fornecendo subsídios às gerências na tomada de decisão em termos de onde investir (em prevenção?, em avaliação/inspeção?, no que em prevenção ?, no que em inspeção?) e onde buscar respostas para as causas das falhas, de modo a maximizar a eficácia das ações de melhoria postas em prática.

5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CROSBY, P. B. Qualidade é investimento. Rio de Janeiro, José Olympio, 1994.

FEIGENBAUM, A. V. Controle da Qualidade Total: gestão e sistemas. Vol.1. São Paulo: Makron Books, 1994.

MATTOS, J. C. Custos da qualidade como ferramenta de gestão da qualidade: conceituação, proposta de implantação e diagnóstico nas empresas com certificação ISO 9000. Dissertação de Mestrado.- DEP/UFSCar. São Carlos, 1997.

MATTOS, JC., TOLEDO. J. C. Custos da qualidade: diagnóstico nas empresas com certificação ISO

  1. Revista Gestão & Produção. Vol. 5, Nº 3. São Carlos, 1998.

JURAN, J. M., GRYNA, F. M. Quality planning and analysis. 2.a Ed_. New York:_ McGraw-Hill, 1980.