Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Curso de Grego Basico, Manuais, Projetos, Pesquisas de Idiomas

Curso de Grego Basico para auxilio em cursos de linguas e teologia

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2019

Compartilhado em 11/09/2019

robsonoliveiracosta
robsonoliveiracosta 🇧🇷

5

(7)

3 documentos

1 / 105

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Sum´ario
1 Alfabeto e pron´uncia 1
1.1 Consoantes ............................ 2
1.2 Vogais ............................... 2
1.3 Ditongosehiatos ......................... 4
1.4 Esp´ıritos.............................. 5
1.5 Acentua¸c˜ao ............................ 5
1.6 Exerc´ıcios ............................. 6
1.7 Tema adicional: a translitera¸ao de palavras gregas . . . . . . 8
1.8 Vocabul´ario ............................ 9
2 Ora¸oes nominais 11
2.1 Artigo ............................... 11
2.2 Adjetivos ............................. 12
2.3 Osintagma ............................ 12
2.4 Ora¸c˜oesnominais......................... 13
2.5 Vocabul´ario ............................ 14
2.6 Exerc´ıcios ............................. 14
3 Ora¸oes verbais 16
3.1 Conjuga¸ao tem´atica (verbos em
-w
) .............. 16
3.2 Conjuga¸ao atem´atica (verbos em
-mi
).............. 17
3.3 Ora¸c˜oesverbais .......................... 18
3.4 Vocabul´ario ............................ 19
3.5 Exerc´ıcios ............................. 19
4 Caso acusativo 21
4.1 O sentido do acusativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
4.2 Declina¸ao do acusativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
4.3 Formas masculinas e femininas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
4.4 Formasneutras .......................... 24
4.5 Oartigo .............................. 24
i
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18
pf19
pf1a
pf1b
pf1c
pf1d
pf1e
pf1f
pf20
pf21
pf22
pf23
pf24
pf25
pf26
pf27
pf28
pf29
pf2a
pf2b
pf2c
pf2d
pf2e
pf2f
pf30
pf31
pf32
pf33
pf34
pf35
pf36
pf37
pf38
pf39
pf3a
pf3b
pf3c
pf3d
pf3e
pf3f
pf40
pf41
pf42
pf43
pf44
pf45
pf46
pf47
pf48
pf49
pf4a
pf4b
pf4c
pf4d
pf4e
pf4f
pf50
pf51
pf52
pf53
pf54
pf55
pf56
pf57
pf58
pf59
pf5a
pf5b
pf5c
pf5d
pf5e
pf5f
pf60
pf61
pf62
pf63
pf64

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Curso de Grego Basico e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Idiomas, somente na Docsity!

Sum´ario

  • 1 Alfabeto e pron´uncia
    • 1.1 Consoantes
    • 1.2 Vogais
    • 1.3 Ditongos e hiatos
    • 1.4 Esp´ıritos
    • 1.5 Acentua¸c˜ao
    • 1.6 Exerc´ıcios
    • 1.7 Tema adicional: a translitera¸c˜ao de palavras gregas
    • 1.8 Vocabul´ario
  • 2 Ora¸c˜oes nominais
    • 2.1 Artigo
    • 2.2 Adjetivos
    • 2.3 O sintagma
    • 2.4 Ora¸c˜oes nominais
    • 2.5 Vocabul´ario
    • 2.6 Exerc´ıcios
  • 3 Ora¸c˜oes verbais
    • 3.1 Conjuga¸c˜ao tem´atica (verbos em -w)
    • 3.2 Conjuga¸c˜ao atem´atica (verbos em -mi)
    • 3.3 Ora¸c˜oes verbais
    • 3.4 Vocabul´ario
    • 3.5 Exerc´ıcios
  • 4 Caso acusativo
    • 4.1 O sentido do acusativo
    • 4.2 Declina¸c˜ao do acusativo
    • 4.3 Formas masculinas e femininas
    • 4.4 Formas neutras
    • 4.5 O artigo
    • 4.6 Identifica¸c˜ao da declina¸c˜ao SUM ARIO´ ii
    • 4.7 Declina¸c˜ao dos adjetivos
    • 4.8 Vocabul´ario
    • 4.9 Exerc´ıcios
  • 5 Caso nominativo
    • 5.1 Declina¸c˜ao do nominativo
    • 5.2 Part´ıculas
    • 5.3 Pronome interrogativo tÐc, tÐ
    • 5.4 Vocabul´ario
    • 5.5 Exerc´ıcios
  • 6 Pronomes
    • 6.1 Pronomes pessoais
    • 6.2 O pronome/adjetivo aÎtìc, aÎt , aÎtì
    • 6.3 Pronomes demonstrativos
      • 6.3.1 oÝtoc, aÕth, toÜto
      • 6.3.2 íde, ¡de, tìde
      • 6.3.3 âkeØnoc, âkeÐnh, âkeØno
    • 6.4 Pronomes reflexivos
    • 6.5 A conjuga¸c˜ao do verbo eÊmÐ
    • 6.6 Vocabul´ario
    • 6.7 Exerc´ıcios
  • 7 Imperfeito e aoristo tem´aticos
    • 7.1 Aspecto verbal
    • 7.2 Imperfeito e aoristo
    • 7.3 Aumento
    • 7.4 Desinˆencias secund´arias
    • 7.5 Imperfeito do verbo eÊmÐ
    • 7.6 Prefixos verbais separ´aveis
    • 7.7 Vocabul´ario
    • 7.8 Exerc´ıcios
  • 8 Imperfeito e aoristo atem´aticos
    • 8.1 Imperfeito
    • 8.2 Aoristo
    • 8.3 Sentidos especiais do aoristo e imperfeito
      • 8.3.1 Aoristo gnˆomico
      • 8.3.2 Imperfeito de tentativa
      • 8.3.3 Imperfeito de a¸c˜ao habitual
      • 8.3.4 Perspectiva da pessoa que fala SUM ARIO´ iii
    • 8.4 Vocabul´ario
    • 8.5 Exerc´ıcios
  • 9 Caso genitivo
    • 9.1 Fun¸c˜ao b´asica do genitivo
      • 9.1.1 A fun¸c˜ao b´asica do genitivo: exemplos
      • 9.1.2 Usos atributivo e predicativo
    • 9.2 Fun¸c˜ao adverbial do genitivo
    • 9.3 Genitivo com id´eia de ablativo
      • 9.3.1 Genitivo partitivo
      • 9.3.2 Genitivo ablativo com preposi¸c˜oes
    • 9.4 Compara¸c˜ao com acusativo
    • 9.5 Declina¸c˜ao do genitivo
    • 9.6 Vocabul´ario
    • 9.7 Exerc´ıcios
  • 10 Vozes m´edia e passiva
    • 10.1 Voz ativa
    • 10.2 Voz passiva
    • 10.3 Voz m´edia
    • 10.4 Desinˆencias m´edio-passivas
    • 10.5 Conjuga¸c˜ao m´edio-passiva tem´atica
    • 10.6 Conjuga¸c˜ao m´edio-passiva atem´atica
    • 10.7 Agente da passiva
    • 10.8 Ambig¨uidade m´edio-passiva
    • 10.9 Vocabul´ario
    • 10.10Exerc´ıcios
  • 11 Caso dativo
    • 11.1 Dativo propriamente dito
    • 11.2 Dativo locativo
    • 11.3 Dativo instrumental-sociativo
    • 11.4 Declina¸c˜ao do dativo
    • 11.5 Vocabul´ario
    • 11.6 Exerc´ıcios
  • 12 Infinitivo, partic´ıpio e gen. absoluto
    • 12.1 Partic´ıpio
    • 12.2 Declina¸c˜ao do partic´ıpio
      • 12.2.1 Formas ativas
    • 12.2.2 Formas m´edio-passivas SUM ARIO´ iv
    • 12.2.3 O partic´ıpio do verbo eÊmÐ
  • 12.3 Genitivo absoluto
  • 12.4 Infinitivo
    • 12.4.1 Acusativo com infinitivo
  • 12.5 Nega¸c˜oes: m e oÎ
  • 12.6 Vocabul´ario
  • 12.7 Exerc´ıcios

Cap´ıtulo 1

Alfabeto e pron´uncia

Ao contr´ario do que sugerem as aparˆencias, o alfabeto grego ´e bastante f´acil para todos que tˆem familiaridade com o alfabeto latino. Isso ocorre porque o ambos alfabetos s˜ao estreitamente relacionados: eles derivam em grande parte de alfabetos surgidos no oriente m´edio e disseminados pelos comerci- antes fen´ıcios. O alfabeto grego possui 24 letras. Embora existam modernamente formas mai´usculas e min´usculas, nos tempos antigos havia apenas diferentes varieda- des de mai´usculas. As letras min´usculas s˜ao formas cursivas que surgiram na ´epoca medieval por um processo de simplifica¸c˜ao das mai´usculas. A tabela 1.1 apresenta o alfabeto grego. O grego cl´assico pode ser pronunciado segundo diferentes sistemas. E´ certo que o grego foi pronunciado de maneiras variadas em diferentes ´epocas e lugares do mundo antigo. O nosso conhecimento dessas pron´uncias ´e ne- cessariamente limitado, mas os esfor¸cos dos pesquisadores tˆem produzido boas reconstitui¸c˜oes do que deveria ser a pron´uncia antiga. Hoje existem trˆes conven¸c˜oes principais para a pron´uncia do grego cl´assico: a pron´uncia erasmiana, a pron´uncia ´atica reconstitu´ıda e a pron´uncia moderna. A pron´uncia erasmiana ´e uma tentativa de reconstitui¸c˜ao do grego cl´assico, proposta por Erasmo. Este sistema de pron´uncia foi o padr˜ao em estudos cl´assicos at´e recentemente. Pesquisas modernas, por´em, forneceram recons- titui¸c˜oes mais exatas do grego cl´assico. Por essa raz˜ao, cada vez ´e mais utilizada uma reconstitu¸c˜ao da pron´uncia da Atica (a regi˜´ ao de Atenas) no per´ıodo cl´assico (cerca do s´ec. IV a.C.). A pron´uncia moderna ´e a aplica¸c˜ao do sistema do grego moderno aos textos gregos antigos^1. Este sistema ´e usado principalmente pelos gregos de hoje, da mesma forma que costumamos pro- nunciar os versos de Cam˜oes com o portuguˆes atual.

(^1) A pron´uncia moderna ´e muito diferente da antiga: um poeta antigo descreveu o balido

das ovelhas como βῆ, βῆ, que segundo a pron´uncia moderna seria vi, vi e n˜ao b´e, b´e.

CAP´ITULO 1. ALFABETO E PRON UNCIA´ 3

Tabela 1.1: O alfabeto grego e a pron´uncia das letras

Letra Nome Pron´uncia A a alfa (Šlfa) a B b beta (b¨ta) b G g gama (gˆmma) g (como gato, nunca com som de j ), n antes de k, x, q ou outro g D d delta (dèlta) d E e ´epsilon (ë yilìn) e breve, fechado como em ˆe Z z zeta (z¨ta) sd H h eta (ªta) e longo, aberto como em ´e J j teta (j¨ta) th como no ing. hot-house I i iota (ÊÀta) i K k capa (kˆppa) k L l lambda (lˆmbda) l M m mi ou mu (mÜ) m N n ni ou nu (nÜ) n X x csi (xeØ) x (sempre com som de ks, como em t´axi) O o ˆomicron (ï mikrìn) o breve, fechado como em ˆo P p pi (peØ) p R r rˆo (ûÀ) r S sv/c sigma (sÐgma) s (nunca com som de z ) T t tau (taÜ) t U u ´upsilon (Þ yilìn) u francˆes F f fi (feØ) ph como no ing. up-hill Q q qui (qeØ) kh como no ing. chemistry Y y psi (yeØ) ps W w ˆomega ( mèga) o longo, aberto como em ´o

Obs.: Al´em destas 24, o primitivo alfabeto grego contava com mais trˆes letras, que se perderam muito cedo da l´ıngua falada: o vau, (Ã, “), o qoppa ( ou ) e o sampi (). O vau, tamb´em chamado digama em raz˜ao de seu formato, correspondia ao som do w e vinha ap´os o ´epsilon no alfabeto. O qoppa correspodia ao q romano e vinha ap´os o pi. O sampi era uma consoante dupla, composta por s+p, e era a ´ultima letra do alfabeto. Estas letras permaneceram em uso, entretanto, no sistema de numera¸c˜ao alfab´etico grego. Na numera¸c˜ao, o vau (“) foi eventualmente substitu´ıdo por um sinal parecido, o stigma (), que era a abrevia¸c˜ao para st.

CAP´ITULO 1. ALFABETO E PRON UNCIA´ 4

O iota nunca leva um ponto como o nosso i. A letra ´upsilon tem um som intermedi´ario entre o i e o u, que se pronun- cia com um biquinho como o u francˆes. Mas quando une-se a outra vogal formando um ditongo, o u tem o som de u simples.^2

1.3 Ditongos e hiatos

Um ditongo (dÐfjoggoc, que tem dois sons) ´e a combina¸c˜ao de duas vogais em uma ´unica s´ılaba. No grego existem dois tipos de ditongos:

  1. Ditongos onde os dois elementos s˜ao escritos normalmente:

ai ai, como em pai oi oi, como em boi au au, como em mau ou u simples, como em tatu ei ei, como em sei ui ui, como em fui eu eu, como em meu hu ´eu, como em c´eu

Quando quer que uma destas combina¸c˜oes de vogais n˜ao deva ser to- mada como ditongo, coloca-se o sinal ¨ sobre a segunda vogal: Laòc La-´ıs, boò bo-´ı. As pron´uncias dos ditongos ei e ou dadas acima s˜ao as tradicionalmente adotadas. No entanto, o hist´orico de sua pron´uncia ´e um pouco mais complicado.^3

  1. Ditongos em que as vogais longas a, h, w s˜ao combinadas com um iota. Nestes ditongos, o iota ´e escrito embaixo da outra vogal e ´e chamado iota subscrito: ø, ù, ú. Quando se escreve em mai´usculas, o iota ´e escrito normalmente, ao lado da outra letra: AI, HI, WI. Este iota perdeu-se bastante cedo na evolu¸c˜ao da l´ıngua, e por volta do ano 100 a.C. j´a havia desaparecido completamente. Na ´epoca me- dieval, foi restaurado academicamente por estudiosos bizantinos. Estes ditongos s˜ao convencionalmente pronunciados como a, h, w simples. (^2) Originalmente o ´upsilon se pronunciava como o nosso u. No entanto, j´a antes do

per´ıodo cl´assico esse som havia se transformado no u francˆes. (^3) Originalmente, a forma ει podia representar tanto o ditongo ei como a vogal simples

de som e longo fechado. Durante o per´ıodo cl´assico o som ei veio a fundir-se com o e longo fechado. A forma ου tamb´em representava originalmente dois sons distintos: o ditongo ou e o som de o longo fechado. Com o tempo, o som ou fundiu-se com o o longo fechado, o qual foi por sua vez rebaixado ao som de u simples.

CAP´ITULO 1. ALFABETO E PRON UNCIA´ 6

Acento agudo. O acento agudo (') indica uma tonalidade ascendente (↗), isto ´e, um som que se torna agudo.

Acento grave. O acento grave (`) indica uma tonalidade descendente (↘), isto ´e, um som que se torna grave.

Acento circunflexo. O acento circunflexo (ˆ ou ˜) indica uma tonalidade ascendente seguida de uma descendente (↗↘), isto ´e, um som que se torna agudo para em seguida ser rebaixado a um tom mais grave. Devido ao tempo necess´ario para esse processo, o circunflexo s´o ocorre em s´ılabas longas. As principais caracter´ısticas da acentua¸c˜ao grega s˜ao as seguintes:

  1. Todas as palavras que tenham s´ılaba tˆonica levam acento. Disso resulta que quase todas palavras gregas s˜ao acentuadas. (Existem algumas palavras que n˜ao levam acento, pois, em vez de possu´ırem sua pr´opria s´ılaba tˆonica, ligam-se ao padr˜ao tonal circundante).
  2. Os acentos sempre caem sobre uma das trˆes ´ultimas s´ılabas. Assim, potamìc rio, Ñppoc cavalo, Éppopìtamoc hipop´otamo.
  3. Nos ditongos, o acento ´e escrito sobre a segunda vogal. Exemplos: basileÔc (rei), que se pronuncia bassil´eus (e n˜ao bassile´us); kaÐ, que se pronuncia cai (e n˜ao ca´ı).
  4. O acento circunflexo pode ocorrer livremente na ´ultima s´ılaba, e na pen´ultima quando a s´ılaba final for breve: tÀn potamÀn dos rios, âkeØnoc aquele.
  5. O acento agudo pode cair livremente sobre ´ultima ou pen´ultima s´ılaba, e sobre a antepen´ultima quando a s´ılaba final for breve: peirat c pirata, monarqÐa monarquia, Šnjrwpoc ser humano.
  6. O acento grave ocorre quando uma palavra que levaria acento agudo na s´ılaba final ´e seguida de uma outra palavra acentuada: å peirat˜c ‚pˆgei tän Éppopìtamon o pirata leva embora o hipop´otamo. Por´em, quando um sinal de pontua¸c˜ao produz uma pausa depois de uma palavra, o acento agudo ´e preservado:  poihtˆ, « pØji « Špiji O poeta, ou bebe ou vai´ embora.

1.6 Exerc´ıcios

  1. Leia em voz alta, copie e identifique os nomes dos seguintes escritores famosos:

CAP´ITULO 1. ALFABETO E PRON UNCIA´ 7

(aþ) >Aristotèlhc (bþ) >Aristofˆnhc (gþ) Dhmosjènhc (dþ) <Hrìdotoc

(eþ) Jeìkritoc (“þ) KallÐmaqoc (zþ) PÐndaroc (hþ) Plˆtwn

  1. Leia em voz alta, copie e translitere as palavras abaixo. Confira o seu significado no vocabul´ario.

(aþ) ‚km (bþ) ‚nˆlusic (gþ) ‚ntÐjesic (dþ) Šsbestoc (eþ) aÎtìmaton (“þ) ‚fasÐa (zþ) bˆjoc (hþ) gènesic (jþ) diˆgnwsic (iþ) dìgma (iaþ) drma (ibþ) z¸nh (igþ) ªjoc (idþ) šq¸ (ieþ) Êdèa (i“þ) kÐnhma (izþ) klØmax

(ihþ) kìsmoc (ijþ) krÐsic (kþ) kÀlon (kaþ) mètron (kbþ) mÐasma (kgþ) nèktar (kdþ) nèmesic (keþ) ærq stra (k“þ) pˆjoc (kzþ) skhn (khþ) stÐgma (kjþ) Õbric (lþ) Ípìjesic (laþ) qˆoc (lbþ) qarakt r (lgþ) yuq

  1. Para exercitar as mai´usculas, leia em voz alta, copie e identifique os seguintes nomes pr´oprios:

(aþ) >AGAMEMNWN (bþ) >AQILLEUS (gþ) <EKTWR (dþ) <ELENH (eþ) >ODUSSEUS

(“þ) PATROKLOS (zþ) PHNELOPEIA (hþ) PRIAMOS (jþ) >AJHNAI (iþ) >ARGOS

CAP´ITULO 1. ALFABETO E PRON UNCIA´ 9

a acentua¸c˜ao na l´ıngua portuguesa ´e uma acentua¸c˜ao de ˆenfase an´aloga `a acentua¸c˜ao do latim; a acentua¸c˜ao tonal do grego ´e de outra natureza. Assim, o sistema tradicional de translitera¸c˜ao fornece, por exemplo:

Grego Latim Portuguˆes Sofokl¨c Soph˘ocles S´ofocles Antisjènhc Antisth˘enes Ant´ıstenes Prwtagìrac Protag˘oras Prot´agoras

AfrodÐth Aphrod¯ıte Afrodite Swkrˆthc Socr˘ates S´ocrates EpÐdauroc Epid¯aurus Epidauro AÊsqÔloc Aesch˘ylus Esquilo´ Diìnusoc Dion¯ysus Dioniso OÊdÐpouc Oed˘ıpus Edipo´ EÖdhmoc Eud¯emus Eudemo VOmhroc Hom¯erus Homero

O sistema de acentua¸c˜ao do latim tende a produzir apenas parox´ıtonas e proparox´ıtonas. Quando uma palavra latina tem a pen´ultima s´ılaba longa, leva acento nesse ponto. Quando a pen´ultima ´e breve, o acento recai sobre a s´ılaba anterior. Observe como esse padr˜ao ´e obedecido no quadro acima. Um outro sistema de translitera¸c˜ao muito utilizado modernamente ´e ba- seado na convers˜ao direta do grego. Segundo esse sistema, temos:

Grego Translitera¸c˜ao Sofokl¨c Sofoclˆes VOmhroc Hˆomeros

Alèxandroc Alˆexandros EpÐdauroc Ep´ıdauros AÊsqÐnhc Aisqu´ınes EÖdhmoc Eudemosˆ

Estas s˜ao apenas indica¸c˜oes b´asicas sobre translitera¸c˜ao. N˜ao ´e o objetivo, neste ponto, estudar minuciosamente essa quest˜ao.

1.8 Vocabul´ario

‚km acme, apogeu

‚nˆlusic soltura, libera¸c˜ao; resolu¸c˜ao (de um problema)

‚ntÐjesic oposi¸c˜ao, ant´ıtese

Šsbestoc inextingu´ıvel, imperec´ıvel

CAP´ITULO 1. ALFABETO E PRON UNCIA´ 10

aÎtìmaton acidente ‚fasÐa afasia, falta de voz bˆjoc profundidade gènesic nascimento, surgimento diˆgnwsic ato de distinguir, diagnose dìgma opini˜ao, cren¸ca; decis˜ao, resolu¸c˜ao drma pe¸ca (teatral), drama z¸nh cinto, faixa ªjoc costume, uso; (no plural) modos, maneiras šq¸ eco Êdèa forma, tipo, formato kÐnhma movimento klØmax escada kìsmoc adorno, enfeite; ordem; cosmo, universo; mundo krÐsic discernimento, ju´ızo; decis˜ao; disputa, discuss˜ao; julgamento, senten¸ca

kÀlon membro mètron medida; devida propor¸c˜ao, modera¸c˜ao mÐasma mancha, sujeira

nèktar n´ectar nèmesic retribui¸c˜ao ærq stra orquestra (parte do teatro para dan¸car; tamb´em parte da ´agora onde se comercializavam livros.) pˆjoc sofrimento, experiˆencia skhn tenda; palco (no teatro) stÐgma sinal, marca, tatuagem

Õbric agress˜ao, violˆencia, insolˆencia, inj´uria, humilha¸c˜ao Ípìjesic proposta, suposi¸c˜ao qˆoc caos qarakt r sinal gravado; caracter´ıstica, car´ater yuq alma, vida, esp´ırito

CAP´ITULO 2. ORAC¸ OES NOMINAIS˜ 12

2.2 Adjetivos

Os adjetivos gregos podem existir em at´e trˆes formas diferentes, uma para cada gˆenero. Por exemplo, o adjetivo ‚gajìc, ‚gaj , agajìn corresponde ao nosso bom, boa. Ao utilizar um adjetivo, devemos coloc´a-lo no mesmo gˆenero que o substantivo que ele descreve:

masculino ‚gaj-äc ‚n r bom homem feminino ‚gaj-˜ gun boa mulher neutro ‚gaj-än mètron boa medida Alguns outros adjetivos: kalìc, - , -ìn belo dÐkaioc, -a, -on justo sofìc, - , -ìn s´abio xènoc, -h, -on estranho

2.3 O sintagma

O artigo definido evidentemente est´a unido ao nome a que se refere: å ‚n r o homem. Esse conjunto de palavras chama-se sintagma^2. Outras palavras que porventura sejam colocadas entre o artigo e o nome tamb´em pertencem ao mesmo sintagma:

tä ‚gajän mètron a boa medida ™ kal˜ pìlic a bela cidade å sofäc an r o homem s´abio å pˆlai sofäc an r o homem s´abio de antigamente

As palavras descritivas que s˜ao colocadas entre o artigo e o nome est˜ao em posi¸c˜ao atributiva, pois est˜ao atribuindo caracter´ısticas ao nome em quest˜ao. Tais palavras s˜ao, portanto, atributos do nome. H´a outras maneiras de colocar as palavras que descrevem o nome em posi¸c˜ao atributiva. As seguintes formas s˜ao praticamente equivalentes a co- locar o material descritivo entre o artigo e o nome:

å ‚n˜r å sofìc o homem s´abio (o homem, o s´abio) ‚n˜r å sofìc um homem s´abio (um homem, o s´abio) (^2) Em ling¨u´ıstica, sintagma ´e uma unidade de an´alise sint´atica composta por um n´ucleo

(que pode ser um verbo, um substantivo, um adjetivo, etc.) e outros termos que a ele se unem, formando uma locu¸c˜ao que entrar´a na forma¸c˜ao da ora¸c˜ao. Por exemplo, a locu¸c˜ao “aqueles meninos de azul” ´e um sintagma nominal, cujo n´ucleo ´e o substantivo meninos; “muito lindo” ´e um sintagma adjetival (n´ucleo lindo); “muito cuidadosamente” ´e um sintagma adverbial (n´ucleo cuidadosamente).

CAP´ITULO 2. ORAC¸ OES NOMINAIS˜ 13

2.4 Ora¸c˜oes nominais

Em portuguˆes, podemos expressar a identidade entre dois termos por sim- ples justaposi¸c˜ao. Por exemplo: “felizes os bˆebados”^3 ´e uma ora¸c˜ao completa, onde omitiu-se o verbo s˜ao. Poder´ıamos reescrevˆe-la, sem perda de signifi- cado, pela equivalente “os bˆebados s˜ao felizes”. O grego tamb´em pode expressar uma id´eia completa pela simples justa- posi¸c˜ao de dois elementos, deixando impl´ıcito o verbo ´e/s˜ao ou outro qual- quer que denote uma identidade entre esses elementos. Dessa maneira, po- demos escrever:

dÐkaioc å neanÐac. o rapaz ´e justo å neanÐac dÐkaioc. o rapaz ´e justo

A ordem dos dois elementos n˜ao altera o sentido da ora¸c˜ao, embora o primeiro elemento receba maior ˆenfase:

sofäc å ‚n r. s´abio ´e o homem å ‚n˜r sofìc. o homem ´e s´abio

As ora¸c˜oes nominais tamb´em podem ser escritas com um verbo que denote a identidade entre os dois elementos. Um verbo que pode ser empregado ´e o âsti ´e/est´a:

å ‚n r âsti sofìc. o homem ´e s´abio sofìc âstin å ‚n r. o homem ´e s´abio

O verbo âsti ´e uma palavra sem tonicidade pr´opria: por isso n˜ao leva acento. O âsti ´e um exemplo de palavra encl´ıtica, isto ´e, de palavra que se ap´oia no padr˜ao r´ıtmico da anterior. Note ainda que o acento agudo n˜ao passa a grave diante de uma encl´ıtica: ‚n r âsti ´e pronunciado como se fosse uma coisa s´o, ‚n resti. Devemos observar tamb´em que o verbo âsti pode ser escrito como âstin, com n, antes de uma vogal ou de uma pausa. Este n ´e introduzido apenas para melhorar a pron´uncia: ´e o n eufˆonico^4. Como o verbo âsti(n) ´e uma encl´ıtica ele normalmente n˜ao inicia frases, pois n˜ao haveria nenhuma palavra anterior na qual se apoiar. Contudo, o verbo pode ir no final da ora¸c˜ao:

å ‚n˜r sofìc âstin. o homem ´e s´abio sofäc å ‚n r âstin. o homem ´e s´abio (^3) No original, “Felizes os bˆebados, pois ver˜ao a Deus duas vezes”. (^4) O grego cl´assico tinha uma forte tendˆencia de evitar o encontro de uma vogal em fim

de palavra com outra em in´ıcio de palavra.

CAP´ITULO 2. ORAC¸ OES NOMINAIS˜ 15

(eþ) å sofäc ‚gajìc.

  1. Identifique os grupamentos de palavras como sintagmas ou ora¸c˜oes no- minais.

(aþ) å ‚n˜r sofìc (bþ) sofäc å ‚n r (gþ) å sofäc ‚n r (dþ) ‚n˜r å sofìc (eþ) å ‚n˜r å sofìc

  1. Preencha as lacunas com adjetivos adequados. Copie as ora¸c˜oes nomi- nais assim produzidas. Apresente as tradu¸c˜oes.

(aþ) å pat˜r. (bþ) ™ gun˜. (gþ) tä paidÐon. (dþ) å nìmoc å. (eþ) kaÈ å xènoc.

  1. Componha dez ora¸c˜oes nominais utilizando as palavras do vocabul´ario. Apresente as tradu¸c˜oes.

Cap´ıtulo 3

Ora¸c˜oes verbais

J´a vimos como as ora¸c˜oes nominais do grego expressam a identidade entre dois elementos. Tamb´em se podem construir ora¸c˜oes para expressar uma a¸c˜ao. Isto envolve o uso de verbos de a¸c˜ao:

paideÔomen educamos

Assim como ocorre no portuguˆes, o sujeito do verbo (n´os) n˜ao precisa ser expresso por uma palavra separada. O sujeito ´e indicado pala termina¸c˜ao (-men) que ´e colocada no final da por¸c˜ao b´asica do verbo, chamada tema. Na l´ıngua portuguesa, os verbos s˜ao divididos em trˆes grandes grupos, chamados conjuga¸c˜oes, que correspondem aos verbos terminados em -ar (p. ex. amar), -er/-or (comer/compor) e em -ir (ouvir). No grego existem apenas duas conjuga¸c˜oes, denominadas conjuga¸c˜ao tem´atica e conjuga¸c˜ao atem´atica. Em grego, a maneira convencional de referir um verbo n˜ao ´e citar o infini- tivo (paideÔein educar ), mas sim a primeira pessoa do singular do indicativo presente (paideÔw eu educo). Na conjuga¸c˜ao tem´atica, esta forma ´e terminada em -w, ao passo que na conjuga¸c˜ao atem´atica a termina¸c˜ao ´e -mi.

3.1 Conjuga¸c˜ao tem´atica (verbos em -w)

O quadro abaixo mostra a conjuga¸c˜ao do verbo paudeÔw:

paideÔw eu educo paideÔeic tu educas paideÔei ele educa paideÔomen n´os educamos paideÔete v´os educais paideÔousi(n) eles educam

16